Bianca Paiva
Da Agência Brasil
Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Sociedade São Vicente de Paula (SSVP) firmaram hoje (9) acordo de cooperação que vai beneficiar famílias carentes em todo o país. Segundo o ministro Patrus Ananias, a parceria é um convênio histórico, que vai ajudar na consolidação dos programas do ministério.
"Muitas vezes, nós não chegamos a essas famílias porque elas, às vezes, nem sequer têm documentos, certidão de nascimento, identidade. Essas pessoas, do ponto de vista civil, não existem, e nós queremos que elas existam com toda dignidade de seres humanos. Esse trabalho vai identificar pessoas pobres para que possamos levar a elas os programas do nosso governo", explicou.
Patrus Ananias disse que a parceria com os vicentinos é fundamental também no aspecto espiritual. "São pessoas de bem e de boa vontade, que certamente, além do trabalho concreto junto aos pobres, vão trazer muitas e boas energias e bênçãos para os nossos trabalhos", afirmou.
Segundo o presidente dos Vicentinos do Brasil, Carlos Henrique David, o termo de cooperação firmado hoje "é a busca de um trabalho em conjunto, para colaborar com os programas sociais do governo, no objetivo de atender as famílias que se encontram em uma situação muito excludente, muito difícil".
Ele destacou que a complementação alimentar da família e a proteção social dos idosos serão prioridades na parceria com o ministério. "Os vicentinos visitam essas famílias semanalmente nas sua casas. Eles têm o conhecimento, têm o contato para ver quais são as verdadeiras necessidades dessas famílias". Além disso, afirmou David, a Sociedade de São Vicente de Paula tem mais de mil unidades de longa permanência de idosos, os antigos asilos, onde acredita que poderá desenvolver um trabalho de parceria com programas já existentes no ministério.
A Sociedade de São Vicente de Paula foi fundada em 1833 em Paris e está presente em 135 países, com cerca de 500 mil membros. De acordo com o presidente da SSVP, existem 250 mil vicentinos no Brasil, que atendem cerca de 100 mil famílias cadastradas. "A Sociedade existe há 172 anos e está presente no Brasil desde 1872. São 20 mil conferências espalhadas por todas as regiões do Brasil, que auxiliam famílias carentes com alimentos, remédios e roupas", informou.
Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em depoimento hoje (9) à Polícia Federal, Caisser Bittar confirmou ter apresentado o empresário Arthur Washeck ao ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Jairo Martins. Segundo o inquérito da PF, os três estão envolvidos no suposto esquema de corrupção nos Correios. O esquema foi denunciado em uma fita de vídeo divulgada em maio pela imprensa. Na fita, o ex-chefe do Departamento de Contratação dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo R$ 3 mil em dinheiro.
Arthur Waschek seria o mandante da gravação e Jairo Martins, o responsável pelo equipamento usado. De acordo com o advogado de Bittar, Jeová Junior, a participação de seu cliente se restringiu à realização do encontro. Ele afirmou que Washeck e Jairo Martins estiveram num restaurante em Brasília e que Bittar não sabia o motivo da contratação de Martins nem de sua especialização. Bittar o conhecia "de uma empresa de monitoramento de câmeras de circuito-fechado, já que seu pai é arquiteto".
De acordo com o advogado, Caisser Bittar conheceu Arthur Washeck "durante uma transação de um veículo", já que ele "trabalha com o pai e de vez em quando compra e vende carros".
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Mesa Diretora da Câmara adiou, por 48 horas, a decisão sobre a perda do mandato do deputado Paulo Marinho (PL-MA) porque recebeu novos documentos de defesa do parlamentar. Segundo o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), os novos documentos precisam ser anlaisados. A Mesa da Câmara havia se reunido para cumprir decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em liminar assinada pelo ministro Sepúlveda Pertence, determinou o afastamento de Marinho.
O deputado teve os direitos políticos cassados em 1999 pela Primeira Vara da Fazenda de Caxias (MA). Ele foi acusado de vender ilegalmente ações da Companhia Energética do Maranhão, quando era prefeito de Caxias, e foi condenado a ressarcir o município. A liminar, assinada no último dia 5, determina que a Câmara proceda à declaração de perda de mandato do deputado e emposse o suplente Alberico Filho.
Alberico Filho protestou contra o adiamento da decisão, afirmando que "não cabe à Mesa Diretora da Câmara discutir decisão judicial". Segundo ele, a decisão do STF foi pela vacância do cargo. O suplente disse que vai analisar as medidas cabíveis contra a Mesa da Câmara que, mais uma vez, adiou a decisão.
Brasília, 9/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse durante almoço em homenagem ao presidente de Gâmbia, Yahya Jammeh, que para expandir o intercâmbio entre os dois países é preciso "trabalhar para dar maior equilíbrio ao comércio bilateral". Hoje, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores, "o comércio entre os dois países é modesto do ponto de vista brasileiro, mas significativo para Gâmbia, que tem no Brasil seu quarto maior fornecedor". Em 2004, o intercâmbio alcançou cerca de US$ 30 milhões.
Lula destacou como promissores entre os dois países os negócios nos campos aeronáutico, agrícola e do turismo. Segundo o presidente, a presença da comitiva de Gâmbia no Brasil "reforça a expectativa de que as relações econômicas bilaterais estarão mais fortes". Jammeh é o primeiro chefe de Estado daquele país a visitar o Brasil.
Para o presidente brasileiro, os três acordos firmados hoje entre os dois países são um "importante passo" no sentido de aprofundar as potencialidades. O primeiro deles é um acordo de cooperação técnica que trata das normas a serem cumpridas em projetos comuns a serem firmados no futuro. O segundo refere-se à criação de uma comissão mista Brasil-Gâmbia, com o objetivo de diversificar as relações de cooperação. E o terceiro trata de cooperação na área de esportes.
Deniza Gurgel
Da Voz do Brasil
Brasília - Boletim divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, mostra que 19 estados brasileiros registraram um aumento no número de casos de dengue. De janeiro a maio, segundo o boletim, houve um aumento de quase 30% no número de casos, em relação a igual período do ano passado.
A região Sul registrou o maior aumento, de 183,5% – só no estado do Paraná foram 692 casos a mais. Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, os resultados do boletim servem como um alerta para a sociedade não deixar de tomar os cuidados necessários à prevenção da doença.
"Dengue a gente não combate só com os agentes de endemia colocando veneno nas casas. Se no dia seguinte a família joga um pote de iogurte vazio no quintal, ou deixa a caixa d’água destampada, abre espaço para novos criadouros do mosquito. Então se as pessoas não tiverem uma participação muito presente nós poderemos ter um risco de epidemia", alertou o secretário.
A região sudeste foi a única que apresentou redução do número de casos, de 26,6%.
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios aprovou hoje (09) 50 requerimentos. Entre eles, foi aprovada a convocação do chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da presidência e ex-ministro chefe da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica (Secom), Luis Gushiken. Também foram convocados o ex-secretário executivo da Secom, Marcus Flora, e o subsecretário de Publicidade da pasta, Expedito Barsotti.
Também foi aprovada a convocação para prestar esclarecimentos à CPMI da presidente do Banco Rural, Kátia Rabelo. A CPI dos Correios aprovou, ainda, a convocação do ex-tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, e do ex-presidente do Banco Popular, Ivan Guimarães. Além destes, a comissão aprovou as convocações do ex-secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, e do sócio de Marcos Valério, Rogério Tolentino.
O ex-ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga, também foi convocado a prestar esclarecimentos por escrito sobre pagamentos feitos a ele pelo empresário Marcos Valério. O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) na época em que Pimenta da Veiga era ministro, Egydio Bianchi, também foi chamado a depor na comissão.
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse hoje que os 18 parlamentares direta ou indiretamente citados nas investigações serão chamados a explicar por escrito os saques em contas do empresário Marcos Valério ou a comparecer pessoalmente à CPI para esclarecerem os fatos. Segundo o relator, a decisão foi tomada para que "a comissão não seja acusada de não dar direito de defesa aos deputados".
Na sexta-feira (5), Serraglio havia dito que em 10 dias a CPI teria pronto um relatório parcial sobre a participação desses parlamentares em esquemas de recebimento de mesada ou de formação de caixa 2 para campanhas eleitorais. A intenção do relator era encaminhar diretamente ao Conselho de Ética da Câmara os nomes daqueles que estivessem comprovadamente envolvidos. Os dos outros seriam enviados para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o suposto pagamento de mesada.
Essa decisão, no entanto, foi contestada por vários parlamentares, entre eles o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), e o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP). Em pronunciamento no plenário, ontem (8), Mercadante afirmou que a CPI dos Correios não poderia ser tornar "um tribunal de exceção", que julga parlamentares sem lhes dar direito de defesa.
Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, considerou hoje (9) positivo o debate realizado na sede da entidade. "Temos que fazer mudanças urgentes, ou teremos os mesmos problemas que estamos vivendo agora", defende Afif A ACSP realizou ontem o primeiro de uma série de encontros para debater o sistema político brasileiro.
O diretor-executivo da organização não-governamental Transparência Brasil, Cláudio Abramo, defendeu que as investigações que apuram o suposto esquema do "mensalão" devem ser direcionadas para descobrir o que classificou de "duas pontas", ou seja, o caminho do dinheiro, de onde saiu e com quem ficou. "Quem recebeu dinheiro, e disse que usou para pagar dívidas de campanha deveria ser obrigado a mostrar quais fornecedores foram pagos", afirma o diretor da organização não-governamental (ONG), que apóia o financiamento público de campanha.
Cláudio Abramo participou do evento que discutiu a reforma política no Brasil. Ele afirmou que o país "não quer as práticas políticas" que estão sendo divulgadas com as denúncias do "mensalão". Segundo o diretor da ONG, a corrupção "desgasta" a capacidade do Estado distribuir riqueza."A corrupção faz com que o Estado funcione pior e com isso a sociedade funciona pior".
Ele acrescentou que "as pressões da corrupção corrompem o ambiente político", mas ponderou que isso é uma conseqüência e não a causa. "Não é a corrupção do sistema político que causa a robalheira no Estado. A corrupção é derivada de interesse econômico, que corrompe a vida política", acrescentando que "quem dá dinheiro tem interesses. Ninguém dá dinheiro para não cobrar depois".
O deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), disse durante o evento que é contra o financiamento público para campanha eleitoral. Segundo ele, quem defende a idéia estima que cerca de R$ 1 bilhão serão utilizados, mas questionou aos presentes no encontro: "os senhores acham mesmo que vai ficar só em um bilhão de reais o financiamento, ou vai passar para quatro, ou vai passar para cinco?. Na sua avaliação o financiamento público não vai impedir o uso de dinheiro do setor privado e nem iria inibir o caixa dois. "Iria tornar o caixa dois mais forte ainda.Ninguém iria doar por dentro. E todos doariam por fora".
O deputado Jefferson, principal acusador do suposto esquema do mensalão que teria ocorrido no Congresso Nacional, entende que é necessário discutir a fidelidade partidária e se colocou como exemplo: "eu sou o exemplo vivo de que nunca troquei de partido, seis mandatos consecutivos no PTB". Ele ressaltou que dos 513 deputados federais, 261 trocaram de legenda no atual governo.
Lucas Parente
Da Agência Brasil
Brasília - O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que o depoimento do ex-secretário municipal de Ribeirão Preto, Rogério Buratti, levou os integrantes da comissão a crer que ele mentiu em seu depoimento. "Foram mostradas evidências que o contrato da Gtech o envolveu, e ele deve ter levado vantagens nesse contrato. E tudo que ele disse não convenceu os integrantes da CPI", disse.
O relator propôs uma nova convocação de Buratti, e também uma acareação com os dirigentes da Gtech. Na semana passada, os ex-diretores da empresa acusaram o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz de pedir propina para renovar o contrato com a Caixa Econômica Federal, além de exigir que Buratti fosse contratado como consultor.
O ex-secretário contestou os ex-diretores ao enumerar três argumentos. "Não poderia ser indicado por Waldomiro Diniz porque não o conheço", apontou. "Eles disseram que a minha contratação era condição essencial para a assinatura do contrato só que o acordo ocorreu sem mim", continuou. "E eles afirmaram que já tinham feito tratativos com o governo."
Garibaldi Alves disse ainda, que o depoimento do ex-gerente de Loterias da Caixa Econômica Federal, José Luiz Quintans, hoje (9), não acrescentou muito as investigações da CPI. "Ficamos convencidos que ele (Quintans), não sabia de nada. Pensamos que era um homem de Waldomiro Diniz, mas na verdade não", acrescentou.
Érica Sato
Da Agência Brasil
São Paulo – A defesa do crescimento econômico sustentado é tema de uma campanha publicitária estadual lançada hoje pelo Conselho Regional de Economia do estado de São Paulo (Corecon-SP). A campanha irá a público no dia 13, data em que se comemora o Dia do Economista, e incluirá cartazes afixados no Metrô, outdoors e painéis nas principais vias da capital, além de encartes em revistas.
As peças de divulgação trazem o globo da bandeira do Brasil, com a expressão "Crescimento Sustentado" em lugar da frase "Ordem e Progresso". O texto da campanha diz: "Promover o crescimento sustentado: um dos objetivos da atuação dos economistas. Aspiração de toda a sociedade brasileira".
Nas palavras do presidente do Corecon-SP, o economista Heron do Carmo, o crescimento sustentado é "um crescimento com harmonia, sem inflação, em que sejam mantidas as instituições democráticas. E é um crescimento que leva a melhora das condições sociais da população, no qual gradualmente a questão da desigualdade social seja resolvida".
Do Carmo acredita que este é o momento de avançar em reformas para consolidar o processo de crescimento de país. "O fundamental no momento seria uma mudança na atuação dos governos, aumentando o investimento e reduzindo os gastos de custeio. Naturalmente, nós precisamos avançar quanto à reforma tributária, para tornar mais eficiente o sistema tributário, e também tornar mais eficientes os programas sociais", afirma.
O economista observa que as perspectivas de crescimento do país são as maiores desde os anos 80 e pede um maior empenho do governo. "Crescer 3%, na situação atual, permite que nós possamos crescer um pouco mais lá na frente, desde que, naturalmente, haja uma participação mais efetiva do governo ampliando os investimentos públicos", disse.