Brasília, 9/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - Alertas da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, foram enviados hoje (9) às defesas civis de São Paulo e do Rio de Janeiro prevenindo para a possível ocorrência de chuvas fortes, raios e ventos com até 60 quilômetros por hora (km/h), até amanhã.
De acordo com a previsão meteorológica, em algumas regiões do estado do Rio de Janeiro e do Vale do Rio Paraíba, é provável a ocorrência de granizo, devido à passagem de frente fria. A Sedec alerta para o risco de alagamentos, deslizamentos de terra e pedras e orienta os moradores a evitarem zonas ribeirinhas, baixadas, encostas e morros.
Os avisos sobre temporais e queda de granizo foram orientados pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe).
As informações são do Ministério da Integração Nacional
Gabriela Guerreiro
Reportera Agencia Brasil
Brasilia - El empresario Marcos Valerio dijo este martes en la Comisión Parlamentaria Mixta de Investigación de compra de votos en el Congreso Nacional, que tuvo un perjuicio de US$ 3.9 millones (R$ 9 millones) del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) en 1998, deuda de la campaña del candidato a gobernador del estado de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, contratada por US$ 4,84 millones (R$ 11 millones). Azeredo es senador y presidente nacional del PSDB.
Valerio explicó que él no cobró la deuda porque no quería pelearse con el partido del entonces presidente de la República, Fernando Henrique Cardoso, y divulgo una lista de 79 personas que recibieron recursos para la campaña electoral de 1998.
Traducción : Jaime Valderrama
Gabriela Guerreiro
Reporter - Agência Brasil
Brasília - Yesterday (9), the advertising executive, Marcos Valério, told the Joint Parliamentary Investigation Commission that is probing charges of vote-buying in the National Congress (the CPI on vote-buying) that he was bilked to the tune of US$ 3.9 million (R$ 9 million) by the PSDB in 1998. According to Valério, the campaign of the former Minas Gerais gubernatorial candidate, Eduardo Azeredo, incurred a total debt to him of US$ 4.84 million (R$ 11 million). Azeredo is now a senator and national president of the PSDB.
Valério recounted that he was repaid only US$ 881 thousand (R$ 2 million), leaving US$ 3.9 million (R$ 9 million) outstanding. When asked what caused him to overlook the PSDB's pending debt, he replied: "Let's be honest. I wasn't going to fight with the federal government at the time." The president of the Republic in 1998 was Fernando Henrique Cardoso, of the PSDB.
The adman made public a list containing the names of 79 individuals who supposedly received campaign funds in 1998.
The loans, according to Valério, were negotiated with the current vice-governor of Minas Gerais, Clésio Andrade, who was president of the PFL in Minas at the time and candidate for vice-governor on Azeredo's ticket. Andrade used to be Valério's business partner, and that is why he made the loans, Valério said. He didn't provide any details on the origins of the funds that were transferred to Azeredo's campaign.
The president of the PSDB, Azeredo, stated through his press office that he will not comment on the new declarations, since he already gave an explanation in the voluntary defense he submitted on August 2 to the Parliamentary Investigation Commission on the Post Office. On that occasion Azeredo admitted that his treasurer, Cláudio Mourão, did not report all the funds used to pay for the campaigns of candidates who ran for deputy on Azeredo's ticket.
According to the senator, Mourão asked SMP&B, one of Valério's firms, to contribute financial support to the legislative candidates. He did not include these sums in the campaign expenses reported by Azeredo, because he believed that they should be reported by the legislators.
Translation: David Silberstein
Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O publicitário Marcos Valério, que depõe hoje (09) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncias de compra de votos no Congresso Nacional (CPI da Compra de Votos), afirmou que "levou um cano" de R$ 9 milhões do PSDB em 1998. Segundo ele, a dívida contraída pela campanha do então candidato a governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, foi de R$ 11 milhões.
Valério narrou que teria recebido como pagamento apenas R$ 2 milhões, o que resultaria, então, na dívida de R$ 9 milhões. Azeredo atualmente é senador e presidente nacional do PSDB. Questionado sobre os motivos que o levaram a não cobrar a dívida do PSDB, o publicitário afirmou: "Vamos ser sinceros, eu não ia brigar com o governo federal na época". Em 1998, o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
Os empréstimos, segundo Valério, teriam sido negociados com o atual vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, que à época presidia o PFL mineiro e era candidato a vice na chapa de Azeredo. Andrade é ex-sócio do publicitário e ele afirma que seria essa a razão para ter realizado os empréstimos. Valério não detalhou a origem dos recursos que foram repassados à campanha de Azeredo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente do PSDB afirmou que não vai comentar as novas declarações, porque já as teria esclarecido em sua defesa voluntária entregue à CPI dos Correios no dia 2 de agosto. Na ocasião, Azeredo admitiu que seu tesoureiro, Cláudio Mourão, não declarou todos os recursos para as campanhas para deputados na chapa majoritária.
Segundo o senador, Mourão pediu apoio financeiro da SMP&B, empresa de Valério, a candidatos a deputado. Ele não teria incluído as despesas na conta da campanha majoritária (de Eduardo Azeredo) por entender que as contas deveriam ser prestadas pelos parlamentares.
Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O empresário Marcos Valério prometeu encaminhar amanhã (10) à CPI da Compra de Votos todos os documentos que reúnem a contabilidade das empresas SMP&B e DNA, com informações sobre as movimentações financeiras realizadas desde 1998. Em seu depoimento na CPI, ele afirmou que "todos os mistérios serão revelados" após a análise desses documentos.
Marcos Valério disse estar disposto a reconstruir a vida após o fim das investigações: "Eu não quero nada de ninguém. Deus me deu dois braços. Se ninguém me der emprego e eu tiver que vender banana na esquina, eu vou vender, eu vou criar os meus dois filhos".
Ele negou, no entanto, que tenha decidido contar detalhes das transações financeiras com o PT em troca do instrumento jurídico chamado de delação premiada – que permite redução da pena em troca da revelação de informações também ao Ministério Público e à Polícia Federal.
O empresário afirmou que, assim como a SMP&B e a DNA, toda grande empresa de propaganda mantém relações com políticos e partidos. "No passado, a DM9 fez a campanha do ex-presidente Fernando Henrique e atendeu às melhores contas do governo. Hoje, o Duda Mendonça fez a campanha do Lula e também faz as melhores contas do governo".
Ele negou que tenha sacado dinheiro para pagar parlamentares a votarem favoravelmente à emenda da reeleição em 1997. E voltou a afirmar que não é operador financeiro, uma vez que agiu apenas a pedido do tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, e do seu ex-sócio, Clésio Andrade.
Michèlle Canes
Da Agência Brasil
Brasília – O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de quebra de sigilo bancário de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central (BC). O pedido havia sido feito pela Procuradoria Geral da República.
Em sua decisão, Marco Aurélio justifica que – ao primeiro pedido de quebra de sigilo em junho deste ano – Meirelles encaminhou seus dados bancários ao STF. Os dados foram reencaminhados ao procurador geral da república Cláudio Fonteles.
No entanto, ministro Marco Aurélio alega que Fonteles refez o pedido de quebra, sem avaliar se os dados já enviados pelo presidente do BC são suficientes. Marco Aurélio ressaltou, em sua decisão, que o sigilo bancário é a regra, somente devendo ser afastado em caso de necessidade absoluta.
Com informações do STF
Ana Paula Marra
Reportera Agencia Brasil
Brasilia - El presidente Luiz Inacio Lula da Silva dijo que es inaplazable la participación de países en desarrollo en el Consejo de Seguridad de la Organización de las Naciones Unidas. Durante almuerzo ofrecido a miembros del gobierno de Gambia, en el Palacio del Itamaraty, Lula agradeció el apoyo del presidente de aquel país, Yahya Jammeh a la convergencia entre las propuestas del grupo formado por Alemania, India, Japón y Brasil (G4), y por la Unión Africana sobre la reforma de la ONU.
Los dos grupos quieren ampliar el Consejo, pero divergen en cuanto al número de miembros permanentes con derecho a veto. Según la propuesta del G4, África obtendría dos curules permanentes en el consejo sin derecho a veto y uno no permanente, mientras que la de la Unión Africana propone que el continente cuente con dos asientos permanentes con derecho a veto y dos no permanentes.
El G4 quiere ampliar de 15 para 25 el número de integrantes permanentes y temporales en el Consejo. Seis nuevos miembros tendrían asientos permanentes, uno para Europa, dos para Asia, dos para África, y uno para América.
Lula dijo además que la aproximación entre Gambia y Brasil es necesaria para fortalecer y democratizar la ONU.
El presidente de Gambia reiteró a Lula que su gobierno está firme en la iniciativa de apoyar a Brasil en su propuesta de reforma en la ONU, observando que los países del sur tienen ahora las mejores oportunidades de contribuir con la reforma del sistema global.
El Consejo de Seguridad es el órgano de la ONU que discute y decide conflictos armados y la seguridad de las naciones. Hoy tienen derecho a veto y voto en el Consejo China, Estados Unidos, Francia, Reino Unido y Rusia.
Traducción : Jaime Valderrama
Ana Paula Marra
Reporter - Agência Brasil
Brasília - President Luiz Inácio Lula da Silva said that the participation of developing countries as permanent members of the United Nations (UN) Security Council is "non-postponable." At a luncheon offered in the Itamaraty Palace to the visiting delegation from Gambia, Lula thanked the president of that country, Yahya Jammeh, for his efforts to establish a "convergence" between the proposals defended by the G4 (the group formed by Brazil, Germany, India, and Japan) and the African Union with regard to UN reform.
The two groups want the UN Security Council to be expanded, but they disagree over how many permanent members should have veto rights in the organ. According to the G4 proposal, Africa would receive two permanent seats on the Council without veto rights and one temporary seat. The African Union, on the other hand, is seeking two permanent seats with veto rights and two temporary seats for African representatives.
The G4 wants the total number of Security Council seats to be increased from 15 to 25. Six of the new members would occupy permanent seats - one for a country of the Americas, one for Europe, and two each for Asia and Africa.
Lula also remarked that the approximation between Brazil and Gambia is "necessary" for the two countries not to miss out on the historic opportunity to strengthen and democratize the United Nations. "This is the only way we can prepare multilateralism to respond to the demands of a world marked by unequal globalization, the arms race, and the incitation of intolerance," he observed.
The president of Gambia, Yahya Jammeh, reassured President Lula that his government stands "firmly" behind the aspirations of Brazil and the other G4 countries to reform the United Nations. Jammeh insisted that, now more than ever, the countries of the South have "better possibilities" of contributing to the reform of the global system.
The Security Council is the UN organ that discusses and decides on matters related to armed conflicts and security around the world. Currently, only the five permanent members - China, the United States, France, the United Kingdom, and Russia - have voting and veto rights on the Council.
Translation: David Silberstein
Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio – Márcia Marcelino viveu nas ruas do Rio durante 17 anos, período em que nasceram seus três filhos. Hoje ela está empregada, mora em uma casa no bairro de Nova Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, e cuida das três crianças, um garoto e duas meninas, que estão na escola.
Ela participou do projeto desenvolvido pela Rede Rio Criança – que envolve além da Associação e do Instituto, a Pastoral do Menor da Arquidiocese do Rio, o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e a secretaria municipal de Ação Social. Trinta famílias de 15 bairros do município do Rio foram acompanhadas de junho de 2002 a dezembro de 2004. O trabalho, em princípio, era avaliar o retorno às famílias de 60 crianças e adolescentes que viviam nas ruas da cidade.
A história de Márcia e de sua família foi retratada na publicação "Minha Vida Mudou - Reintegração Familiar de Crianças e Adolescentes". O livro documenta outros relatos e resulta do projeto. Hoje ele foi lançado pela Associação Brasileira Terra dos Homens (ABTH) – organização não-governamental ligada a Fondation Terre des Hommes da Suíça – em parceria com o Instituto Holcim.
A idéia de "família integrada" se concretizou para Márcia quando pôde reunir seus filhos para o Natal. Ela contou que, como nunca tinha passado pela experiência, não sabia nem o que deveria servir de comida. "Deus tinha que me dar sabedoria e eu tive. Fiz uma ceia bonita", contou. "Eu vi a felicidade nos olhos dos meus filhos."
Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ser "inadiável" a participação de países em desenvolvimento como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). Durante o almoço oferecido a integrantes do governo da Gâmbia, no Itamaraty, Lula agradeceu o apoio do presidente daquele país, Yahya Jammeh, pela busca de uma "convergência" entre as propostas defendidas pelo G 4 (grupo formado pelo Brasil, Alemanha, Índia e Japão) e pela União Africana sobre a reforma da ONU.
Os dois grupos querem a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, mas divergem quanto ao número de membros permanentes com direito a veto no órgão. Segundo a proposta do G 4, a África obteria dois postos permanentes no conselho sem direito a veto e um não permanente, enquanto a da União Africana, os africanos teriam dois assentos permanentes com direito a veto e dois não permanentes.
O G 4 quer ampliar de 15 para 25 o número de integrantes permanentes e não permanentes do Conselho de Segurança. Seis dos novos membros teriam cadeiras permanentes – uma para um país da América, uma para a Europa, duas para a Ásia e duas para a África.
Lula falou ainda que a aproximação entre Brasil e Gâmbia é "necessária" para que os dois países não percam a oportunidade histórica de fortalecer e democratizar as Nações Unidas. "Somente assim habilitaremos o multilateralismo a responder às exigências de um mundo marcado pela globalização desigual, pelo armamentismo e pelo acirramento da intolerância", pontuou.
O presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, reiterou ao presidente Lula que seu governo está "firme" na iniciativa de apoiar a aspiração do Brasil e dos outros países do G4 de reformar as Nações Unidas. Jammeh destacou que os países do Sul têm, mais do que nunca, "melhores oportunidades" para contribuir com a reforma do sistema global.
O Conselho de Segurança é o órgão da Organização das Nações Unidas que discute e decide sobre assuntos relacionados aos conflitos armados e à segurança do mundo. Hoje, apenas cinco membros permanentes têm direito a veto e voto no conselho: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.