Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, durante coletiva no velório do deputado Miguel Arraes (PSB-PE), que o líder político teve um papel fundamental no processo democrático do país e deixa como herança um exemplo de coragem, coerência e luta pela justiça social. "Atributos de que o Brasil está precisando no momento conturbado que atravessa", comentou.
Para o governador, o caminho para a superação da atual crise política passa pelo "aprofundamento da busca da verdade da justiça".
Também compareceram ao velório os senadores Cristovam Buarque (PT-DF), Heloísa Helena (Psol-AL), Marco Maciel (PFL-PE), Pedro Simon (PMDB-RS) e Roberto Freire (PPS-PE).
O velório de Miguel Arraes, presidente nacional do PSB (Partido Socialista Brasileiro) – que também foi prefeito do Recife e, por três vezes, governador de Pernambuco – prossegue no Palácio Campo das Princesas. No momento, o frei franciscano Aloísio Fragoso e o pastor anglicano Felipe Manuel realizam um culto ecumênico.
Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O senador Pedro Simon (PMDB-RS) declarou, no velório do deputado federal e presidente nacional do PSB (Partido Socialista Brasileiro) Miguel Arraes, que o Brasil perdeu a última liderança à esquerda que teve o mérito de contribuir para a retomada da democracia no país. Simon afirmou que no momento não existe ninguém com qualidades para substituir o parlamentar.
"Tínhamos uma intimidade grande, as mesmas idéias e filosofia de pensamento, e nos comuicávamos muito, principalmente nos momentos de crise", disse Simon. "Ele foi fiel a sua doutrina até o fim."
Citando Ulisses Guimarães, Mário Covas, Teotônio Villela e Leonel Brizola, o senador concluiu: "Arraes não é só uma grande referência na esquerda, mas o último tronco de uma geração da qual não sobrou ninguém. "
Foi realizado, no pátio externo do palácio, um culto ecumênico com a participação do frei franciscano Aloísio Fragoso e do pastor anglicano Felipe Manuel. "Não termina com a morte a vida de um homem que, como Arraes, aprendeu a amar e servir o povo", disse Fragoso. "Miguel Arraes não será enterrado, vai ser plantado para que possamos colher os frutos das sementes que ele plantou."
Estavam presentes no local parlamentares, amigos, correligionários, lideranças sindicais, autoridades civis e militares e trabalhadores rurais, entre milhares de pessoas.
Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já está na Granja do Torto. Ele chegou há pouco na residência oficial. Lula desembarcou na Base Aérea de Brasília, depois da viagem a Recife, onde participou, no Palácio Campo das Princesas, do velório do presidente do PSB (Partido Socialista Brasileiro), Miguel Arraes, que morreu ontem (13) no Hospital Boa Esperança após 58 dias internado para o o tratamento de uma infecção pulmonar.
Segundo a assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto o presidente não tem nenhum compromisso oficial marcado para esta tarde.
O presidente Lula esteve no velório de Miguel Arraes acompanhado dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Ciro Gomes (Integração Nacional), Jacques Wagner (Relações Institucionais), Agnelo Queiroz (Esportes), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), além do controlador geral da União, Waldir Pires, e do ex-ministro e deputado federal (PCdoB-SP) Aldo Rebelo.
Paula Menna Barreto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de determinar a suspensão temporária da comercialização e uso dos medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% solução 500ml e Lidocaína 2% Gel 120g, da empresa Medicminas Equipamentos Médicos Ltda, com sede em Belo Horizonte (MG). A proibição é para todo o território nacional e os lotes estocados nos hospitais não poderão ser usados.
A medida da Anvisa foi tomada após serem registradas três mortes possivelmente associadas ao uso do medicamento, que é indicado para anestesia local em procedimentos como os exames de endoscopia. Para Abdon Murad, da Associação Médica Brasileira, quando acontecem casos como esse é normal que a vigilância suspenda o uso do medicamento para análise. "É preciso avaliar o que houve, a lidocaína é usada há muitos anos", diz o médico.
Na sexta-feira (12), no hospital do município de Itagibá, sul da Bahia, duas mulheres e um homem morreram e outras 12 pessoas se sentiram mal após tomar o anestésico. Todos tiveram dores de cabeça e tonturas uma hora depois de receber o medicamento.
A Anvisa e as Vigilâncias Sanitárias estaduais da Bahia e de Minas Gerais estão fazendo análises do medicamento e apurando a causa das mortes. A Anvisa pede que qualquer relato de reações adversas por uso desses medicamentos sejam notificados.
Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - O prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou em coletiva no Palácio Campo das Princesas que veio à capital pernambucana trazer a homenagem da população paulista a Miguel Arraes. Milhares de pessoas já passaram pelo velório do deputado federal e presidente nacional do PSB (Partido Socialista Brasileiro), que também foi prefeito do Recife e, por três vezes, governador de Pernambuco.
Serra recordou os tempos de líder estudantil, quando conviveu de perto com Miguel Arraes. Citou a época em que convidou o recém-eleito governador de Pernambuco para fundar a Frente de Mobilização Popular em São Paulo. "Desde aquela época, mantivemos uma relação bastante próxima, de afeto recíproco", comentou.
De acordo com José Serra, Arraes foi uma pessoa que marcou a História do Brasil na segunda metade do século passado e no início do atual: "Quando a História do país for reescrita, Miguel Arraes será uma das personagens fundamentais, em função da coerência e da generosidade que marcaram sua vida de dedicação às lutas do povo."
Serra disse, ainda, que o ex-governador de Pernambuco foi um símbolo da ascensão da força popular para a realização de reformas, como a agrária, e para a democratização do processo político.
No velório, José Serra cumprimentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, ao conceder entrevista, disse que não era momento para falar sobre política.
Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio - A profissionalização do esporte paraolímpico, que é possível principalmente por causa do patricínio público, é responsável cada vez mais por revelar nomes como o do nadador Clodoaldo Silva. O atleta foi vencedor de seis medalhas de ouro e uma de prata, nas olímpiadas de Athenas, no ano passado e é um exemplo, garante Sérgio Gatto, vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).
Gatto destaca o patrocínio público às entidades paraesportivas como um dos principais fatores do sucesso desses atletas. "Principalmente por meio da lei Agnelo/ Piva, de 2001, que este ano garantiu cerca de R$ 12 milhões para o esporte paraolímpico", diz. Sérgio Gatto conta que este valor, adicionando os R$ 3,4 milhões repassados pelas Loterias Caixa, corresponde a praticamente todo o orçamento do paraesporte brasileiro que, apesar de ser responsável por conquistas, ainda é considerado baixo. "A organização melhorou muito. Antigamente não existia verba para nada", diz. "Mas ainda não é o suficiente".
Segundo Sérgio Gatto, o Brasil participou pela primeira vez, em 1972, na Alemanha, de uma paraolímpiada e os atletas não ganharam nenhuma medalha. Já ano passado, em Athenas, os brasileiros trouxeram para casa 14 medalhas de ouro, 12 de prata e sete de bronze. "O desenvolvimento do paraesporte é claro e pode ser comprovado com essa evolução", diz.
Liesio Pereira
Reportero Agencia Brasil
São Paulo - Cerca de 10 mil personas participarán en la manifestación por la investigación de los casos de corrupción y reforma en el sistema político brasileño, programada para este martes en Brasilia. La estimativa es de la Unión Nacional de Estudiantes (UNE), que organiza el acto en conjunto con la Unión Brasileña de Estudiantes Secundaristas (UBES), y la coordinación de los Movimientos Sociales.
La salida para la crisis política pasa por el combate a la corrupción, castigo a todos responsables, y por una reforma política profunda, que combata la raíz de la cuestión, afirmó el presidente de la UNE Gustavo Petta.
Según Petta, los estudiantes van a las calles a pedir también una reaproximación del proyecto del gobierno con la base social que lo eligió en 2002, es decir, el cumplimiento de las medidas sociales que se están enviando, añadiendo que existen medidas que se pueden tomar, como la reafirmación del acuerdo firmado con el Movimiento de los Sin Tierra para la reforma agraria y la articulación de una base en el Congreso Nacional para aprobar medidas como la propuesta de creación del Fondo de Manutención y Desarrollo de la Educación Básica y la reforma universitaria.
Petta observa que la posibilidad de que el presupuesto para educación del próximo año disminuya preocupa, teniendo en cuenta que la propuesta del Ministerio de Planeamiento no contempla esas acciones.
El directivo estudiantil evaluó como importante, aunque tardío, el discurso del presidente Luiz Inacio Lula da Silva en la apertura de la XI reunión ministerial de su mandato, este viernes. En la ocasión, el presidente dijo que no se avergonzaba de decirle al pueblo brasileño que el Partido de los Trabajadores y el gobierno tienen que pedir disculpas por los errores cometidos, pero cobró una posición más firme para asegurar los avances sociales.
Traducción : Jaime Valderrama
Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os movimentos sociais ligados à questão urbana e ao direito à moradia marcaram para amanhã (15) e terça-feira (16) a Marcha Nacional da Reforma Urbana e pelo Direito à Cidade, em Brasília. O objetivo é chamar a atenção para as desigualdades sociais causadas pela urbanização. O Brasil tem mais de 7 milhões de famílias sem casa e mais de 10 milhões de famílias morando de forma precária, em áreas carentes de infra-estrutura urbana e saneamento básico.
Organizada por quatro entidades, a marcha tem uma pauta de reivindicações que será levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti. As entidades são: Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), União Nacional por Moradia Popular (UNMP) e Central de Movimentos Populares (CMP).
Os movimentos querem que o governo invista mais no acesso à moradia e na qualidade de vida das cidades, o que inclui saneamento básico, transporte urbano eficiente e barato, acesso ao trabalho e ao lazer. Por isso, defendem o reconhecimento da Carta Mundial pelo Direito à Cidade. Outro pedido é a regulamentação da lei que criou o Fundo e o Conselho Nacional de Habitação de Interesse Social. Os movimentos sociais reivindicam uma articulação constante entre sociedade civil e o Conselho Nacional das Cidades e querem a garantia de que o Fundo de Habitação de Interesse Social terá recursos do Orçamento Geral da União e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A pauta de reivindicação dos movimentos sociais inclui o pedido por políticas públicas de prevenção e mediação junto às ações judiciais que determinam os despejos, e de promoção da inclusão social e do fim da segregação urbana. Na carta, há ainda pontos como: aprovação da política nacional de saneamento ambiental; promoção de programas que ampliem o acesso à água a todas as famílias, bem como ao serviço de esgoto sanitário e coleta de lixo; políticas que garantam transporte público de qualidade e barateamento das tarifas; integração dos vários tipos de transporte urbano, como trens, metrô e ônibus; ampliação de ciclovias; proteção dos direitos de moradores de favelas e periferias; e políticas de segurança pública que garantam a inclusão social como forma de combater a violência urbana, entre outras reivindicações.
Amanhã, às 7 horas, está prevista a concentração dos participantes em frente ao Memorial JK e, ao longo da manhã, caminhada em direção à Esplanada dos Ministérios. Haverá uma manifestação em frente ao Ministério das Cidades. Segundo informações da secretaria nacional da marcha, um grupo será recebido à tarde pelos ministros das Cidades, do Trabalho e da Justiça e pelos chefes da Secretaria de Comunicação, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da Secretaria Especial para Promoção da Igualdade Racial. Haverá debates sobre reforma urbana, sobre o direito à cidade e sobre a Campanha Tarifa Cidadã, numa tenda, montada na Esplanada.
Para terça, os movimentos sociais preparam um ato contra a política econômica, em frente ao Ministério da Fazenda. E, segundo a secretaria nacional da marcha, representantes dos movimentos serão recebidos à tarde pelo presidente Lula e pelos presidentes do Senado e da Câmara. Nesse dia, haverá uma reunião final da marcha.
Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A primeira caravana com 50 trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do município de Caruaru, no agreste de Pernambuco, chegou por volta das 12 horas ao velório do deputado Miguel Arraes. O líder do MST Jaime Amorim destaca que os trabalhadores estão tomando a inciativa de vir até ao Palácio Campo das Princesas prestar homenagens ao ex-governador de Pernambuco pelo que ele representou na construção de um projeto de desenvolvimento nacional.
Segundo Amorim, a luta de Arraes está vinculada diretamente ao apoio, ao final dos anos 60, às ligas camponesas e à reforma agrária. Estão programadas para chegar ao velório mais 20 caravanas de trabalhadores de várias cidades do estado.
O presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), Carlos Wilson Campos, explica que um dos programas lançados pelo ex-governador foi o "chapéu de palha", para possibilitar, no período da entressafra da indústria açucareira, o emprego da mão-de-obra que ficava ociosa no trabalho de recuperação de estradas e escolas.
Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Duarte Mamberti, diz que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo o compromisso de garantir cultura para todos. "Estamos defendendo um novo projeto de nação, a partir dessa visão de que cultura é para todos, porque a cultura tem um papel importantíssimo de transformação na nossa sociedade", disse Mamberti, ao receber o relatório do Grupo de Trabalho de Promoção da Cidadania – GLTB, voltado a subsidiar políticas públicas para a população de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.
O Ministério da Cultura, segundo o secretário Sérgio Mamberti, tem se preocupado com as questões relacionadas à cidadania, incluindo nas políticas públicas vários segmentos da sociedade brasileira que nunca puderam participar. "O Ministério da Cultura tem dado apoio às paradas do orgulho gay, que chegaram a reunir 4 milhões de pessoas", comentou.
O secretário de Identidade e Diversidade Cultural explicou que o relatório que recebeu do grupo de trabalho, para ser entregue ao ministro da Cultura, Gilberto Gil, informa à sociedade o que está sendo feito para a implantação de políticas públicas nessa área, como reconhecimento das expressões ou manifestações culturais das identidades ligadas aos movimentos sociais.
"Esse grupo de trabalho foi criado para tratar de uma série de reivindicações da GLTB para promover essa inserção cidadã do movimento, da sua cultura e da sua expressão na sociedade brasileira. É mais uma conquista inovadora para os homossexuais, que tiveram um apoio institucional do ministério da Cultura", explicou Sérgio Mamberti.