Patrocínio público possibilita profissionalização de atleta paraolímpico

14/08/2005 - 15h02

Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil

Rio - A profissionalização do esporte paraolímpico, que é possível principalmente por causa do patricínio público, é responsável cada vez mais por revelar nomes como o do nadador Clodoaldo Silva. O atleta foi vencedor de seis medalhas de ouro e uma de prata, nas olímpiadas de Athenas, no ano passado e é um exemplo, garante Sérgio Gatto, vice-presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).

Gatto destaca o patrocínio público às entidades paraesportivas como um dos principais fatores do sucesso desses atletas. "Principalmente por meio da lei Agnelo/ Piva, de 2001, que este ano garantiu cerca de R$ 12 milhões para o esporte paraolímpico", diz. Sérgio Gatto conta que este valor, adicionando os R$ 3,4 milhões repassados pelas Loterias Caixa, corresponde a praticamente todo o orçamento do paraesporte brasileiro que, apesar de ser responsável por conquistas, ainda é considerado baixo. "A organização melhorou muito. Antigamente não existia verba para nada", diz. "Mas ainda não é o suficiente".

Segundo Sérgio Gatto, o Brasil participou pela primeira vez, em 1972, na Alemanha, de uma paraolímpiada e os atletas não ganharam nenhuma medalha. Já ano passado, em Athenas, os brasileiros trouxeram para casa 14 medalhas de ouro, 12 de prata e sete de bronze. "O desenvolvimento do paraesporte é claro e pode ser comprovado com essa evolução", diz.