Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, disse hoje (23) que o setor deve crescer entre 14% e 15% em 2005. "Nós temos uma perspectiva indiscutível de atingir as metas e de conseguir que o setor cresça até mais ainda que o esperado", afirmou o ministro, ao divulgar o desempenho do setor no segundo trimestre do ano.
Em julho, o número de desembarques em vôos nacionais registrou recorde, com cerca de 4,2 milhões de passageiros. Um crescimento de 22,57% em relação ao mês passado. "É o melhor desembarque doméstico da história do Brasil. Nunca houve isso", disse Mares Guia. Segundo ele, a meta de chegar este ano a 42 milhões de pessoas viajando de avião deverá ser superada. "Nós ainda temos cinco meses pela frente", avalia. Há 22 meses, os desembarques nacionais têm registrado crescimento.
Os desembarques internacionais também registraram aumento de 20,34% em julho, em relação ao mesmo mês de 2004. O número de passageiros vindos do exterior tem registrado crescimento há 31 meses consecutivos. Em julho, os estrangeiros que visitaram o Brasil trouxeram US$ 298 milhões para e economia brasileira, 34,23% a mais do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados do Banco Central, cerca de US$ 2,1 bilhões entraram no país no primeiro semestre do ano trazidos por estrangeiros. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Eduardo Sanovicz, o turismo já é o terceiro produto de exportação na balança comercial brasileira, atrás apenas do minério de ferro e da soja em grãos.
O levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ouviu 948 empresários do setor, entre agências de viagens, hotéis, operadoras, restaurantes, promotores de eventos e de passeios turísticos (receptivo). O levantamento foi feito de 4 de julho a 5 de agosto em 23 estados e no Distrito Federal.
De acordo com o levantamento, os empresários tiveram aumento médio de receita de 16% de abril a junho de 2005, comparado ao mesmo período do ano passado. Nas agências de viagens, 51% dos entrevistados afirmaram que houve crescimento nas vendas e 31% pretendem contratar novos empregados. As 948 empresas ouvidas empregam 39.386 pessoas e a estimativa é que movimentem R$ 2,4 bilhões este ano.
Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Integrantes de entidades estudantis, de movimentos sociais e de organizações não-governamentais entregaram hoje (23) ao presidente do Senado, Renan Calheiros, carta de apoio ao referendo do desarmamento, que será votado em 23 de outubro.
No documento, as entidades estabelecem sua posição favorável ao "sim" no referendo e "se comprometem a difundir a campanha em seus estados, ampliando a discussão e a mobilização da sociedade em geral".
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, a campanha deverá ser o mais ampla possível. "Esse é o primeiro referendo do mundo sobre essa matéria, mas pode influenciar o comportamento de outros países".
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, ressaltou que os jovens hoje são as principais vítimas da violência no país. Para ele, no entanto, o desarmamento é apenas uma contribuição para a diminuição da violência no país.
"Não é a solução do problema, mas é uma medida educativa importante para combater a violência e a insegurança", afirmou.
Porto Alegre, 23/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - Um forte temporal, com rajadas de vento de até 90 quilômetros horários, atingiu, na madrugada e na manhã de hoje (23), vários municípios da regiões central, fronteira oeste e centro-oeste do Rio Grande do Sul.
Em Barra do Quaraí, dezenas de casas foram destelhadas e cerca de 30 postes de energia foram derrubados, deixando mais de 10 mil pessoas sem energia elétrica e telefone fixo. A Escola Estadual Neusa Pereira foi parcialmente destruída, deixando 700 alunos sem aulas. O prefeito de Barra da cidade, Maher Jaber Mahmud, decretou situação de emergência.
Em Itaqui, três mil residências ficaram sem luz. Em Santa Maria, a rede elétrica também foi afetada, deixando oito mil pessoas sem luz. Em Santiago, 30 casas foram destelhados e um trecho da BR-285 no município foi interrompido com a queda de vários eucaliptos sobre a pista. Também ocorreu queda de árvores na BR-392, interrompendo a estrada em Santa Maria.
A Estação de Climatologia de São Leopoldo e a Coordenadoria da Defesa Civil do Rio Grande do Sul lançaram alerta sobre a ocorrência de vendaval com ventos fortes, chuva e raios na região metropolitana de Porto Alegre e norte do estado nas próximas horas. No início da tarde de hoje, a temperatura chegou a 32 graus no Vale do Rio dos Sinos, região metropolitana de Porto Alegre.
Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília, 23/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (23) que é a favor do projeto de reforma política, de autoria do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), que trata "da redução do custo da campanha eleitoral, do fim de megaespetáculos, das produções caríssimas de TV". Renan Calheiros disse que é importante "o projeto caminhar na Câmara com a celeridade com que caminhou no Senado".
O projeto foi aprovado na semana passada, em caráter terminativo, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e deverá ser encaminhado à apreciação da Câmara dos Deputados nos próximos dias.
Para Renan Calheiros, é natural que haja divergências em alguns pontos da reforma, como a proibição de publicação de pesquisas eleitorais 15 dias antes das eleições e a redução do perído de propaganda partidária no rádio e na televisão de 45 para 35 dias antes do pleito. Entretanto, disse ele, "o fundamental é que possamos fazer as mudanças para dar verdade eleitoral, transparência no financiamento, garantir igualdade de oportunidade e, sobretudo, possibilitar à Justiça instrumentos para melhor fiscalização da eleição".
O projeto da reforma política emergencial prevê, entre outros itens, o fim dos "showmícios", estabelece critérios para o uso do horário eleitoral de rádio e televisão e obriga a divulgação da prestação de contas das campanhas na internet.
Para que as novas regras tenham validade nas eleições de 2006, elas devem ser aprovadas pela Câmara e pelo Senado – e sancionadas – um ano antes do pleito.
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Brasil deve aproveitar a crise política para sair fortalecido e mais democrático, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele voltou a afirmar que o governo não irá deixar a crise afetar o andamento do país.
"Por mais grave que seja a crise política, o povo brasileiro saberá com a sua paciência, com a sua maturidade, debelá-la. Se depender das ações do governo, nós iremos trabalhar para que o Brasil não conheça e não sofra retrocesso", disse hoje (23) na inauguração da linha de transmissão de energia entres as cidades de Coxipó, Cuiabá e Rondonópolis (MT).
Ele garantiu que a população não precisa temer prejuízos por causa da atual situação política. "O povo brasileiro tem consciência de que o que pode acontecer para ele, daqui para frente, é melhorar de vida", acrescentou.
Lula criticou quem está aproveitando a crise para tentar abalar a economia do país. Ele citou o episódio dos senadores terem aumentado o salário mínimo para R$ 384. Segundo o presidente, se a Câmara dos Deputados não tivesse revertido à decisão e voltado o salário para R$ 300, ele teria vetado "sem nenhuma preocupação", apesar dos apelos de alguns para que mantivesse o valor aprovado pelo Senado devido à crise política.
"Quem aprovou sabia que nenhuma prefeitura poderia pagar e que a Previdência Social não suportaria pagar. Quem aprovou tinha tido tempo de aprovar porque governa o Brasil há 500 anos, mas não aprovou", disse. E acrescentou: "Para mostrar que eu não estou pensando nas próximas eleições, mas pensando nas próximas gerações".
O presidente disse que seu desejo e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, é reduzir a taxa de juros, mas isso não é "uma questão apenas de vontade". "Esse país só vai dar certo se nós agirmos com serenidade e seriedade".
Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Dados do Banco Central ainda não divulgados indicam que os juros cobrados em empréstimos pessoais estão caindo, em média, dois pontos percentuais até o momento, este mês. O número foi adiantado hoje (23) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
No entanto, nos dados de julho, divulgados hoje, ainda não houve nenhuma queda. Nos empréstimos com pessoas físicas, em julho, os encargos médios atingiram 64,5% ao ano, com redução de apenas 0,2 pontos percentuais em relação aos encargos cobrados em junho.
Mas, neste mês, a taxa média caiu para 62,4%, adiantou, por causa da redução do spread (diferença entre as taxas bancárias de captação e de empréstimo) também de 2 pontos em média.
Para Lopes, a expectativa de início do processo de redução da taxa básica de juros (Selic), a partir do mês que vem, já começa a fazer efeito na rede bancária e se faz sentir na cobrança de juros menores na contratação de empréstimos neste mês de agosto.
Em julho, os bancos mantiveram a mesma taxa de 148% ao ano para os cheques especiais e de 36,8% para os empréstimos vinculados ao salário, mas aumentaram de 76,2% para 76,6% os juros do crédito pessoal e de 54,1% para 54,7% os juros para aquisição de eletroeletrônicos em geral. A única queda, de 36,9% para 36,1%, foi nos empréstimos para compra de veículos.
As empresas pagaram taxa média de 48,8% nas operações de crédito com recurso livre. Queda também de 0,2 pontos percentuais em relação à média apurada em junho. A taxa de inadimplência nas operações com pessoas físicas caiu de 12,4% para 12% em julho, enquanto nas operações com empresas subiu de 3,4% para 3,5%. Enquanto isso, os bancos reduziram o spread das operações empresariais, de 13,6% para 13,4%, e mantiveram os mesmos 46,3% cobrados nas operações com pessoas físicas.
Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, disse hoje que a exploração predatória ainda é a marca da ocupação do território em muitas regiões do país. "Em grande parte, essa característica secular se preserva, exatamente uma apropriação predatória, ilimitada, dos nossos recursos. Essa relação predatória com o meio ambiente também se manifesta na relação com o povo brasileiro, na medida em que a pobreza, a exclusão e a miséria caminham juntas com esse modelo, que tem sido incapaz de oferecer um ambiente de justiça, de eqüidade de oportunidades para todos", afirmou.
Segundo Rossetto, superar esse modelo significa melhorar as condições de vida da população brasileira, sobretudo da parcela que vive no meio rural. "Quando falamos em pensar um novo modelo de desenvolvimento econômico, significa superar marcas do passado que não queremos mais para o nosso Brasil. Estamos trabalhando para construir essa agenda que ofereça oportunidades, acesso às melhores tecnologias produtivas, que garanta uma renda e que preserve os nossos recursos naturais e o nosso meio ambiente".
O ministro participou hoje (23) da abertura do Seminário Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Para Rossetto, é fundamental considerar a necessidade de gerar renda e qualidade de vida no campo, sem deixar de lado a preservação ambiental.
"Temos uma grande responsabilidade com o futuro. Há um conceito dos antigos que ajuda a compreender isso: quando nós utilizamos a nossa terra, não recebemos a terra dos antepassados, mas estamos pegando emprestada essa terra para os nossos netos. Vamos ter que devolvê-la e temos grande responsabilidade sobre como iremos devolver a nossa terra, a nossa água, os nossos recursos naturais, de tal forma que as gerações futuras tenham também direito à vida".
Durante o seminário, o ministro destacou as ações implementadas pelo governo federal para melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares e de assentados da reforma agrária. Citou o Plano Safra 2005-2006, que contará com R$ 9 bilhões, R$ 2 bilhões a mais que o plano anterior. Ele também salientou que o Plano Nacional de Reforma Agrária já possibilitou o acesso à terra a mais de 160 mil famílias.
"O grande desafio é como pensar a atividade econômica que garanta renda, mas ao mesmo tempo preserve o nosso meio ambiente. Tenho certeza de que aquilo que estamos fazendo são referências muito poderosas e muito positivas para que possamos cumprir com a nossa responsabilidade", finalizou.
Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Serão investidos R$ 4 milhões na capacitação de gestores ambientais e conselheiros do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), em municípios de 10 estados brasileiros, de acordo com um convênio assinado hoje (23) ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Metade dos recursos deverá vir do orçamento do Ministério do Meio Ambiente e a outra metade de um convênio assinado com a Petrobras. A ministra firmou, além desta parceria, um convênio com a Caixa Econômica Federal, que ficará responsável pelos materiais, publicações e infra-estrutura.
A ministra lembrou, em solenidade no Teatro da Caixa, em Brasília, que, com a capacitação, estarão sendo repassadas competências aos municípios, descentralizando as tarefas. "Cria condições objetivas no município, para que possa receber a competência de licenciar, fiscalizar. Na medida em que você descentraliza o sistema e distribui corretamente as competências entre os diferentes entes da federação, você faz com que o alargamento do atendimento à sociedade seja maior. Existem muitas demandas que são levadas ao Ibama, que não deveriam ser da competência do órgão federal".
O secretário-executivo do ministério, Cláudio Langone, informou que 22% dos municípios brasileiros não têm nenhum tipo de estrutura de gestão ambiental. A idéia é que até o início do ano que vem todos os estados tenham passado pela capacitação.
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou hoje (23) um novo apagão no país. "Estou otimista de que o Brasil não terá mais apagão. Estou certo de que se depender do investimento do governo federal na produção de energia, não teremos nenhum empresário brasileiro com medo de investir no Brasil por falta de energia", disse ele na inauguração da linha de transmissão de energia elétrica entre as cidades de Coxipó, Cuiabá e Rondonópolis (MT).
Segundo o presidente, 51 linhas de transmissão de energia espalhadas por todo o país serão concluídas até o final de 2007. Elas somam mais de 5.600 quilômetros e investimentos superiores a R$4,8 bilhões de reais.
Para Lula, o país deixou de dar passos importantes porque "muitos governantes, de forma medíocre, só pensavam no seu mandato". Ele destacou que o Brasil só irá se tornar uma potência se for pensado em longo prazo e o governo federal está consciente disso. O presidente garantiu que o país não será mais um "cemitério de obras inacabadas".
O Brasil sofreu um "apagão" em diversos estados em 2001, levando a um racionamento de energia nos Estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, fato que não ocorria desde 1965.
Paulo Mesquita
Da Voz do Brasil
Brasília - Técnicos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos visitarão amanhã (24), em Belo Horizonte, o restaurante popular e projetos de abastecimento da capital mineira. Hoje (23), eles conheceram uma escola e uma unidade do programa Cozinha Brasil, na cidade satélite de Santa Maria, no Distrito Federal. Os programas nas áreas de transferência de renda e segurança alimentar são desenvolvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Na escola do DF, os quatro técnicos conheceram o projeto Criança Saudável, Educação Dez que trabalha noções de nutrição com os alunos do ensino especial. Segundo a professora Ana Glória da Silva, eles trabalham em hortas como parte do processo de inclusão e socialização. "Os alunos aprendem a cuidar da horta, se socializam com os demais colegas e ainda acabam se profissionalizando. Muitos saem daqui e vão trabalhar em hortas particulares", disse.
Um dos integrantes da comitiva dos EUA, Dennis MacSwain, disse que em seu país a inclusão de alunos especiais em turmas regulares ainda não é comum e se mostrou empolgado com os resultados da experiência brasileira.
Depois da escola, os técnicos visitaram uma unidade do Programa Cozinha Brasil, que ensina o uso de sobras e cascas de alimentos para produzir refeições de baixo custo e alto valor nutritivo.
Além de Dennis MacSwain, gerente de Divisão para o Serviço de Desenvolvimento e Inclusão de Comunidades da Cáritas, integram a missão o coordenador de Treinamento para Distribuição de Alimentos, Steve Thomas; a vice-diretora para Programas Especiais de Nutrição Suplementar, Sandy Benton Davis; e o chefe da Política de Certificação do Food Stamp (Transferência de Renda), Patrick Waldron.