24/11/2010 - 7h30

Rio: criminosos incendeiam ônibus e veículos durante a madrugada e no início da manhã

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Poucas horas depois de o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, anunciar que a policia vai endurecer ainda mais as ações contra a criminalidade, a cidade foi alvo de novos ataques, que continuaram na madrugada e no início da manhã de hoje (24), na região metropolitana, Baixada Fluminense e zona norte.

Há pouco, um ônibus foi incendiado na Avenida Vicente de Carvalho, na zona norte. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o veículo foi completamente destruído, mas não há registro de vítimas. A via fica próximo ao Morro do Juramento, comunidade que ainda não recebeu Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Durante a madrugada, três ônibus também foram incendiados na Baixada, de acordo com a Polícia Militar. Foram dois no bairro Jardim Redentor, em Belford Roxo, e um na Via Dutra, na pista sentido Rio, na altura de Engenheiro Pedreira. Os coletivos ficaram totalmente destruídos, mas não houve vítimas.

Os criminosos também atearam fogo em carros nos municípios de Duque de Caxias e de Niterói, e ainda no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Também em Caxias, mais uma cabine da PM foi atacada. Os tiros chegaram a perfurar o vidro blindado.

Nesta quarta-feira, segundo a PM, todo o contingente da corporação permanece nas ruas, em reação aos ataques de traficantes que teriam se unido contra a pacificação das favelas da cidade pelo governo do estado.

Ontem (23), o secretário Beltrame informou ter solicitado à Justiça a transferência de oito presos para presídios federais em outros estados. De acordo com ele, os ataques foram ordenados por um grupo de detentos.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 7h21

Prêmio Nacional da Gestão Pública será entregue hoje

Da Agência Brasil

Brasília - O Prêmio Nacional de Gestão Pública será entregue hoje (24) a  11 organizações públicas que se destacaram neste ano na execução de práticas de excelência na gestão, com foco no atendimento ao cidadão.

A solenidade de entrega do prêmio será às 19h, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília, e contará com a presença do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, do presidente do Movimento Brasil Competitivo, Jorge Gerdau, acompanhado pelo diretor-presidente da entidade, Erik Camarano, entre outros.

A iniciativa reconhece, pela 12ª vez, instituições de todo o país nas categorias ouro, prata e bronze. As finalistas foram escolhidas em um total de 34 organizações inscritas. Nesta edição, duas instituições ouro também receberão o troféu do Prêmio Nacional da Gestão Pública: o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Instituto Estadual de Hematologia (HemoRio).

No mesmo local, será realizado de manhã e à tarde o Seminário das Boas Práticas de Gestão.

Edição: Graça Adjuto

24/11/2010 - 7h09

Ipea promove conferência sobre desenvolvimento

Da Agência Brasil

Brasília - De hoje (24) a sexta-feira (26), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promove a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code). O objetivo é criar um espaço nacional de debates sobre o tema, no momento em que o país volta a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento.

A conferência terá vídeos, apresentações de livros, instalações, projeções, oficinas e palestras. Às 10h30, haverá painel com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann; às 16h30, com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Como parte da programação do Code, começa hoje e vai até sexta (26) na Esplanada dos Ministérios, a terceira edição do Latinidades - Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha.

Edição: Graça Adjuto

24/11/2010 - 7h08

PF indicia casal que vazou tema de redação do Enem

Da Agência Brasil

Brasília - Uma professora da rede municipal de Remanso (interior da Bahia) e o seu marido foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por vazarem o tema de um texto motivador da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

De acordo com nota da PF, a professora teve acesso ao tema no dia 7, segundo dia de exame, duas horas antes do início das provas e ligou para o marido para que informasse o assunto ao filho que fez a prova em Petrolina (PE). O pai pesquisou sobre o tema na internet e passou informações ao filho, que por sua vez perguntou aos seus professores sobre o tema. Um dos docentes procurados denunciou o vazamento à polícia.

O casal foi indiciado por violação de sigilo funcional (previsto no Artigo 325 do Código Penal, com pena que pode chegar a 6 anos de reclusão), e o filho teve a prova cancelada.

O crime, no entanto, não anula o Enem. O assunto vazado era de um texto auxiliar de apoio à redação, o tema efetivo da prova era O Trabalho na Construção da Dignidade Humana. A investigação da PF levou 10 dias e por meio de quebra do sigilo telefônico a PF descobriu o crime.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 6h02

Inep divulga gabarito do Enade 2010

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou nessa terça-feira (23) à noite o gabarito das provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), aplicadas no último fim de semana. Os participantes podem consultar as informações no site do órgão (www.inep.gov.br).

Cerca de 650 mil universitários fizeram o exame no domingo. O Enade é aplicado aos alunos que estão ingressando e concluindo cursos superiores para avaliar a qualidade do ensino oferecido pelas universidades, centros universitários e faculdades. A partir do exame, são elaborados os principais indicadores de qualidade do Ministério da Educação (MEC).

Participaram da avaliação alunos dos cursos de educação física, agronomia, biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional, zootecnia, tecnologia em agroindústria, agronegócio, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.

Edição: Graça Adjuto

24/11/2010 - 5h45

Secretaria de Segurança nega que dinamite roubada seria usada em atentados no Rio

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, negou, em nota divulgada nessa terça-feira (23) à noite, que 600 quilos de dinamite, roubados em duas ações na madrugada do último dia 10 em São Paulo e no Rio Grande do Sul, seriam usados em atentados contra autoridades e monumentos públicos no Rio.

A secretaria informou que consultou informalmente os serviços de inteligência dos dois estados e que, até o momento, as linhas de investigação rechaçam a ideia de que os explosivos tivessem como destino o Rio de Janeiro.


Uma das cargas de dinamite foi roubada em Jundiaí, no interior de São Paulo.
Na ação, seis homens renderam os três vigias de plantão numa pedreira e levaram 300 quilos do produto, além de 1.000 metros de pavio e detonadores de explosivos. O carregamento foi colocado em vários carros usados pelo bando para a fuga.


Também na madrugada do dia 10, cinco homens invadiram uma pedreira em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, de onde roubaram 300 quilos de dinamite.

Ontem à noite, a Polícia Militar (PM) confirmou que houve mais um ataque na Avenida Paulo de Frontin, na altura da Rua Santa Amélia, no Rio Comprido. De acordo com a PM do Batalhão do Estácio, responsável pelo policiamento na região, os seis homens desceram de um voyage roubado, que foi incendiado por eles em cima do viaduto e, em seguida, roubaram uma caminhonete tucson, usada para a fuga. O grupo fugiu em direção ao Estácio, área central da cidade.

 

Edição: Graça Adjuto

24/11/2010 - 5h30

Jovens haitianos têm expectativas diferentes quanto às eleições no país

Vitor Abdala
Enviado Especial

Porto Príncipe - Dois jovens haitianos, que têm em comum a paixão pelo Brasil, manifestam expectativas diferentes com relação às eleições presidencial e parlamentar do Haiti, marcadas para o próximo domingo (28). Em entrevista à Agência Brasil, o estudante de contabilidade Chamyr Jean e o tradutor das forças de paz brasileiras Marc-Arthur St. Surin falam sobre o que esperam do próximo presidente.

Marc-Arthur tem 22 anos e é formado em letras. Depois de aprender a falar português em um curso oferecido pela força brasileira que participa da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), ele começou a trabalhar como intérprete de creole - a língua popular do país - para os brasileiros.

Sua expectativa com relação ao próximo presidente é pessimista. "Nenhum presidente nunca fez nada por minha família. O povo não vai aclamar nenhum candidato como sendo deles. Ninguém fala de nenhum candidato aqui na favela. Para mim, a eleição não vai mudar nada. Os candidatos vão à rádio prometer várias coisas, depois pegam o poder e nada vai mudar", afirma.

O tradutor diz ainda que teme a possibilidade de violência durante e depois das eleições. "Com a eleição, haverá muitas brigas nas ruas. Vai ter gente que vai morrer. Tenho medo, até porque trabalho com o Exército. Se eu sair em patrulha e tiver tiro, posso morrer", acrescenta.

Marc-Arthur, morador do Morro do Forte Nacional, área carente próxima ao centro da capital Porto Príncipe, tem uma visão negativa sobre os políticos e o futuro do país e diz que quer morar no Brasil algum dia.

Já Chamyr Jean, de 27 anos, é morador do mesmo bairro de Marc-Arthur, mas tem opinião diferente. Estudante da Universidade Nacional de Administração e de Saúde do Haiti, Chamyr, que não quer morar no Brasil, é otimista.

"Espero que a gente tenha um bom presidente, que possa organizar o país, que possa tornar o país igual aos Estados Unidos, ao Brasil, Canadá ou à França. Que possa fazer do Haiti um país melhor", afirma.

Para Chamyr, os problemas de seu país são vários, principalmente nas áreas de educação e saúde, e nenhum presidente vai resolvê-los todos. "Acredito que há candidato capaz de fazer o Haiti evoluir".

O Haiti tem 19 candidatos à Presidência. Entre os mais cotados para substituir René Préval, que deixa o governo em fevereiro do ano que vem, estão Jude Celestin, apoiado por Préval, e a oposicionista Mirlane Manigat.

A campanha eleitoral vem sendo marcada por manifestações e confrontos entre partidários de candidatos e militares da Minustah. Agências de notícias divulgaram hoje que duas pessoas morreram segunda-feira (22) em um confronto entre partidários de Celestin e do candidato Charles Henri Baker, no sudoeste do Haiti.

Edição: Graça Adjuto
 

24/11/2010 - 5h14

Desabrigado por terremoto no Haiti diz que quer esquecer desastre

Vitor Abdala
Enviado Especial

Porto Príncipe - Aos 60 anos, Hasler não tem muitos bens materiais. Depois do terremoto de janeiro deste ano, até a casa ele perdeu. Hoje, vive com cinco pessoas de sua família em uma barraca montada sobre a laje de uma igreja evangélica no morro do Forte Nacional, área carente no centro de Porto Príncipe.

Apesar disso, Hasler (que fez questão de se identificar apenas com esse nome) não tem dúvidas. "Tenho uma boa vida", diz o haitiano, com um enorme sorriso no rosto. "Não quero pensar na minha casa. Preciso continuar vivendo."

Sobre o que espera do próximo presidente do Haiti, Hasler diz que não tem grandes expectativas. "Falta muita coisa para o Haiti. Basta olhar em volta", afirma, apontando para as moradias precárias do morro do Forte Nacional.

Na entrevista concedida à Agência Brasil, Hasler tem a ajuda do filho Chamyr Jean, de 27 anos. É ele quem traduz o creole, a língua popular do Haiti falada por seu pai, para o português, aprendido com as tropas brasileiras que mantêm um quartel no antigo Forte Nacional.

No meio da entrevista, aparece o neto de Hasler, um menino de 5 anos. A criança pergunta  ao oficial do Exército que acompanha a reportagem, em bom português: "Como você se chama?". Essa é uma das frases em português que o garoto sabe pronunciar.

O oficial diz seu nome e logo o menino, incentivado pelo avô e pelo tio, começa a cantar a música Entra na Minha Casa, em português perfeito. Chamyr diz que o sobrinho está aprendendo português com a influência do tio e a proximidade com os militares brasileiros que ocupam o forte em frente à barraca onde moram.

Pastor da pequena igreja evangélica que abriga a barraca de Hasler, Jhunes Fabien, de 67 anos, também começa a participar da entrevista. Sua igreja, conta ele, tem 500 membros frequentes, além de pessoas que aparecem para as cerimônias religiosas. Todo dia tem culto na congregação e "a casa está sempre cheia", garante.

Ele reclama da violência na área e diz que já foi ameaçado pelos bandidos que atuam na região. "Tem muito perigo aqui no Forte Nacional", diz, acrescentando que os problemas da vizinhança e de seu país são muitos. Mas, como líder religioso, Jhunes expressa sua fé. "Tenho fé. Só com fé pode-se viver no Haiti", diz o pastor.

Ao fim da entrevista, ele leva a equipe à porta da igreja. Lá, a reportagem conhece Felix Louissant, uma viúva haitiana. Com três filhos, ela monta diariamente uma barraquinha em frente ao templo religioso, há quase um ano.

Na pequena tenda, Louissant vende de tudo, de pão a papel higiênico, passando por detergente e biscoitos. "Preciso ganhar dinheiro. Por isso, vendo essas coisas. Ganho o suficiente para sobreviver", conta. A reportagem pergunta se ela vende muita coisa em seu comércio improvisado. A haitiana nem precisa responder. Logo um cliente se aproxima e entrega uma nota amassada de gourde, a moeda do país.

Edição: Graça Adjuto

 

24/11/2010 - 4h51

Em quatro meses, 25 militares brasileiros contraíram malária no Haiti

Vitor Abdala
Enviado Especial

Porto Príncipe - Apesar de a epidemia de cólera se alastrar pelo Haiti, é a malária que mais afeta os militares brasileiros que participam da missão de paz das Nações Unidas no país (Minustah). Segundo dados do Departamento Médico do contingente brasileiro, em apenas quatro meses 25 militares adoeceram por causa da doença transmitida por um mosquito.

De acordo com o coronel Carlos Eduardo Parra, médico da missão brasileira, a malária causa mais preocupação do que o cólera, não só porque afeta mais os militares, mas também porque o tipo da doença existente no Haiti, provocada pelo microorganismo Plasmodium falciparum, é a forma mais agressiva. "É claro que nos preocupamos com todas as doenças. Mas, para mim, a malária é prioridade número um", disse Parra.

Ele informou que as tropas brasileiras tentam evitar os casos da doença na base militar da capital haitiana, Porto Príncipe, por meio de medidas como a distribuição de repelentes de mosquitos, o uso de fumacê no acampamento para matar os transmissores da malária e a ingestão semanal, pelos soldados, da mefloquina, substância que pode evitar ou abrandar a doença.

Também há um trabalho de conscientização dos militares para que tomem medidas preventivas, desde o início do treinamento ainda no Brasil. No Campo Charlie, onde fica baseada a tropa brasileira, há cartazes espalhados com orientações como a de que os militares evitem andar sem camisa nos horários em que o mosquito costuma estar ativo (das 5h às 7h e das 17h às 19h).

A malária sempre preocupou os militares brasileiros, desde que a Minustah se instalou no país caribenho em 2004. De acordo com o médico, nenhum dos 25 casos dos últimos quatro meses foi grave, mas na história das tropas brasileiras no Haiti já houve casos complicados, com a necessidade de remoção de pacientes para hospitais mais bem equipados no exterior.

Edição: Graça Adjuto

23/11/2010 - 21h07

Lula se reúne com Dilma, Mantega e Eduardo Campos no Palácio da Alvorada

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve alguns encontros extraoficiais esta noite no Palácio da Alvorada, após retorno de viagem a São Paulo. Lula recebeu a presidenta eleita Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no começo da noite, em reunião não prevista em sua agenda de trabalho.

Mais tarde, após a saída de Dilma, foi a vez de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, chegar para um encontro com o presidente. Campos garantiu que não conversaria com o presidente sobre a distribuição de cargos no próximo governo.

"Conversei hoje com a presidenta eleita e marcamos um encontro para a próxima semana. Falamos sobre várias coisas, o partido, o Nordeste, mas não tratamos de cargos. Não vou falar sobre isso hoje com o presidente [Lula] também", afirmou o governador.

Ele não deu detalhes sobre o tema da conversa com o presidente da República e disse não saber se o encontro incluiria o ministro Guido Mantega que permanecia no Alvorada. "Eu já estava no hotel e o presidente me ligou pedindo que viesse. Tenho alguns assuntos administrativos para tratar com ele e [sobre] uma visita dele a Pernambuco antes do fim do mandato que estamos tentando agendar", afirmou Campos.

O governador chegou ao Alvorada por volta das 21h40. O teor das reuniões com Dilma e Mantega não foi divulgado.

 

 

Edição: Aécio Amado

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