24/11/2010 - 11h06

Lula: indicação de ministro para o STF poderá ficar com Dilma, mas será feita em consenso

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou hoje (24) que poderá deixar a indicação do 11º ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para o governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Lula, no entanto, reafirmou que o nome será escolhido em conjunto, de forma consensual.

“Conversei com o Sarney [José Sarney, presidente do Senado] e se não for possível votar [realizar a sabatina do indicado no Congresso] até o dia 17 de dezembro vou deixar pra Dilma indicar. Não vou indicar um cara que seja da minha vontade, vamos construir juntos uma alternativa, com 50% de responsabilidade de cada um”, disse em entrevista coletiva a blogueiros, no Palácio do Planalto.

Lula disse que não há pressa para a indicação do ministro do Supremo, pois não há nada de “gravíssimo” para ser votado, embora destaque que o novo integrante do STF terá a importante tarefa de ajudar no julgamento de recursos sobre a Lei da Ficha Limpa.

O presidente afirmou que a pressão para escolher um ministro para a Corte é maior do que a enfrentada para indicar um ministro de Estado. Ele citou ainda os nomes dos ministros que chegaram ao Supremo durante os oito anos de seu mandato.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 10h57

Para presidenta da Caixa, há condições de implementar plano de negócios do PanAmericano

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, afirmou hoje (23), em audiência no Senado, que como está restabelecida a condição patrimonial do Banco PanAmerico será possível implementar o plano de negócios para a instituição comprada.

Ela defendeu que, pelo fato de o Grupo Silvio Santos ter tomado empréstimos do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de R$ 2,5 bilhões para cobrir o rombo financeiro no PanAmericano, é possível levar adiante os objetivos com a instituição. “Há plenas condições de executarmos os planos de negócios”, afirmou. Ela acrescentou que na próxima sexta-feira (26), com a assembleia de acionistas, a Caixa assumirá a presidência do Conselho de Administração do PanAmericano.

Segundo Maria Fernanda, além das análises de empresas especializadas, houve uma avaliação da compra do Banco PanAmericano pela própria equipe da Caixa.

A presidenta disse ainda que diversas instituições financeiras procuraram o banco público para fazer negócios e o PanAmericano foi o que apresentou “o melhor conjunto de sinergias com a instituição”. Ela destacou que o banco tem 20 mil pontos de atendimento, “expressivo atendimento em São Paulo, importante para o crescimento do crédito no Brasil”.

Maria Fernanda ressaltou ainda que o PanAmericano tem experiência consolidada com crédito pessoal, principalmente crédito consignado para trabalhadores do setor privado. “O PanAmericano apresentava um conjunto de sinergia que possibilita um crescimento em setores que são prioritários”.

Ela participa neste momento de audiência pública conjunta das comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicas do Senado. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também participa da audiência.

Edição: Juliana Andrade

24/11/2010 - 10h51

Comissão cancela depoimentos de auditores sobre crise no Banco PanAmericano

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicas (CAE) em que seriam ouvidos três executivos de empresas responsáveis por auditoria no Banco PanAmericano, na tarde de hoje (24), foi adiada e não há nova data marcada. A informação foi dada pelo senador Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA), no plenário da comissão, antes de começar o depoimento da presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho. Ela falará sobre a aquisição de 49% do capital do banco pela Caixa.

O Grupo Silvio Santos tomou um empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de R$ 2,5 bilhões para cobrir um rombo financeiro no PanAmericano.

Na audiência pública, deveriam prestar esclarecimentos os representantes de três empresas responsáveis pela auditoria do PanAmericano: Juarez Araújo, presidente da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes; Pedro Melo, presidente da KPMG no Brasil; e Manoel Horácio Francisco da Silva, presidente do Banco Fator.

O senador Antônio Carlos Magalhães Junior não soube explicar o motivo do cancelamento da audiência pública.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 10h46

Presidente da Caixa diz que necessidade de crescer justifica aquisição de parte do PanAmericano

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse hoje (24) que a aquisição de parte do capital do Banco PanAmericano foi uma consequência da necessidade de crescimento da instituição pública, a partir de 2008, “notadamente democratizando o acesso ao crédito às famílias brasileiras”.

No dia 9 deste mês, o PanAmericano comunicou que recebeu aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para restabelecer o equilíbrio patrimonial. No ano passado, a Caixa pagou R$ 739,2 milhões para adquirir parte do banco, pertencente ao Grupo Silvio Santos.

Segundo Maria Fernanda, houve na Caixa uma “discussão bastante intensa” sobre a importância de aquisições. “O que nós percebemos é que o crescimento das instituições financeiras tem passado por um processo de consolidação. Os principais bancos passaram por um processo de consolidação dos seus ativos, a partir de fusões e aquisições de outras instituições”, destacou, em audiência conjunta das comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos do Senado.

Ela exibiu gráficos para mostrar o processo de incorporações e fusões dos grandes bancos nos últimos anos, que, com isso, ampliaram seus ativos. “A Caixa é um banco público, mas é um banco que atua nesse segmento e que necessita ter presente a sua condição e sua capacidade de crescimento”, disse, ao mostrar um quadro indicando que a instituição foi superada no ranking de bancos devido às restrições para acompanhar o processo de consolidação bancária.

“A Caixa era a única instituição bancária que não tinha autorização legal para fazer aquisições e fusões”, lembrou Maria Fernanda. Ela acrescentou que, até junho de 2001, quando ocorreu a reestruturação da Caixa, a instituição disputava com as demais instituições financeiras em volume de ativos, mas passou a perder competitividade a partir de dezembro de 2006.

“Era necessário para a Caixa ter um instrumento legal que lhe possibilitasse [fazer] aquisições e fusões, para exercer o seu papel de banco público e de democratização do crédito”. De acordo com a presidenta, dados do último balanço da Caixa indicam o crescimento expressivo das operações de crédito. “Na variação dos últimos 12 meses, nossas operações cresceram 45%, lembrando que, em 2003, o saldo da nossa carteira de crédito era de R$ 25 bilhões. Hoje, nós já chegamos a R$ 163 bilhões e devemos fechar o ano em R$ 180 bilhões”, destacou.

Edição: Juliana Andrade

 

24/11/2010 - 10h45

Taxa de desemprego cai em outubro, aponta pesquisa do Dieese

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A taxa de desemprego caiu em outubro para 10,8% (ante 11,4% em setembro) da população economicamente ativa nas regiões pesquisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese). É a menor taxa desde janeiro de 1992.

O total estimado de desempregados foi de 2,4 milhões de pessoas nas sete regiões pesquisadas (Distrito Federal, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e São Paulo). Em setembro o número registrado era de 116 mil desempregados a mais.

A queda mais expressiva, de -9,2, foi constatada em Fortaleza, onde a taxa de desemprego passou de 8,7% para 7,9%.

O nível de ocupação cresceu 1,1%, com a criação de 223 mil vagas em outubro. No período, 107 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho. Nos últimos 12 meses foram criados 531 mil empregos no conjunto das sete regiões.

O setor de serviços continua sendo o maior gerador de postos com 153 mil novas vagas, alta de 1,4% em relação a setembro; seguido pela indústria com 33 mil, aumento de 1,1%; construção civil (30 mil), crescimento de 2,4%; e comércio (12 mil), 0,4% a mais do que o volume registrado no mês anterior.

Edição: Lílian Beraldo

 

 

24/11/2010 - 10h35

Cidades-sede da Copa de 2014 registram 700 denúncias de exploração sexual infantil

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - De janeiro a setembro foram registradas 698 denúncias de exploração sexual infantil nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e em João Pessoa. Os dados são da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e incluem a capital paraibana por ser considerada uma cidade-dormitório, devido à proximidade com Recife e Natal.

Salvador é a capital onde foram feitas mais denúncias, num total de 138. Porto Alegre está em quinto lugar (20). Brasília foi onde houve menos denúncias (4). Para combater essa prática, o Ministério do Turismo e o Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB) criaram o Programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), que promove oficinas em todas cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014.

“Isso não quer necessariamente dizer que ocorreu o crime, mas demonstra acima de tudo que todos estão sensíveis ao problema e não se intimidam, denunciam”, disse a coordenadora da oficina em Porto Alegre, Ariadne Bittencourt, à Agência Brasil. As denúncias podem ser feitas no Disque 100, que recebe atualmente uma média de 90 ocorrências diárias.

As ações do programa envolvem o setor público e privado, especialmente os profissionais e empresários do setor turístico. “A ideia é que eles promovam ações articuladas nesses destinos. No final de cada oficina, a cidade define as ações específicas de combate à exploração sexual infantil e se compromete a garantir os direitos da criança e do adolescente.

O público-alvo das oficinas da fase pré-Copa é formado principalmente por empresários do setor de turismo. “O Brasil, até mesmo ao contrário de outros países onde já foram realizados os jogos da Copa, está fazendo esse trabalho preventivo a quatro anos do evento”, ressaltou a coordenadora.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 10h23

Para Sarney, Meirelles foi fundamental na consolidação da política econômica

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) disse hoje (24) que a saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central em nada diminui a participação que teve no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele foi peça fundamental na consolidação da política econômica do governo”, destacou.

O presidente do BC falou sobre a saída do cargo em entrevista coletiva antes de participar de audiência pública no Senado. Meirelles frisou que trata-se de uma decisão pessoal e que se sente “feliz e gratificado”. Ele continuará na função até 31 de dezembro, último dia de mandato do presidente Lula.

Meirelles não quis comentar a possibilidade de o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do BC, Alexandre Antonio Tombini, ser indicado para ocupar a presidência da instituição na gestão de Dilma Rousseff.

Edição: Talita Cavalcante

24/11/2010 - 10h01

Inflação medida pelo IPC-S é maior em cinco das sete capitais pesquisadas

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) aumentou, na terceira semana de novembro, em cinco das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo levantamento divulgado hoje (24), a maior variação foi registrada em Recife, onde a taxa passou de 0,93%, na segunda semana, para 1,36%. Em Salvador, o índice subiu de 1,14 para 1,25%. Na capital paulista, o IPC-S subiu de 0,71 para 0,85%, mesmo patamar da média nacional, divulgada ontem (23).

Também foram registrados acréscimos em Belo Horizonte (0,55 para 0,74%) e no Rio de Janeiro (0,66 para 0,74%). Em Brasília, o índice diminuiu de 0,82 para 0,80% na terceira semana de novembro. Em Porto Alegre, que registrou a menor taxa, o IPC-S passou de 0,34% para 0,16% no período pesquisado.

A próxima divulgação dos resultados regionais do IPC-S será no dia 2 de dezembro.

Edição: Juliana Andrade

24/11/2010 - 9h50

Coordenadora do PAC é escolhida para assumir Planejamento

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A atual coordenadora do principal programa de infraestrutura do governo foi a escolhida de Dilma Rousseff para ocupar a pasta do Planejamento. Miriam Belchior, 54 anos, é secretária executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e esteve próxima à presidenta eleita durante a gestão de Dilma na Casa Civil.

Engenheira de alimentos, formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), Miriam tem mestrado em Administração Pública e Governamental pela Escola de Administração de Companhias de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Desde 2001, Miriam é professora na Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia e no Departamento de Administração e Contabilidade Econômica na Universidade de São Paulo (USP).

Por dez anos, ela foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Os dois já estavam separados quando ele foi assassinado. Durante a gestão de Celso Daniel no município do ABC Paulista, Miriam foi secretária de Administração e Modernização nos dois primeiros anos do mandato. Depois, passou a ocupar a pasta da Inclusão Social e Habitação.

Como Dilma, a futura ministra do Planejamento integrou a equipe de transição em 2002, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela primeira vez. Na época, Miram já contava com a confiança de Lula e, no primeiro governo, passou a ser assessora especial do presidente.

Em 2003, Miriam foi chamada pelo então ministro José Dirceu para a Casa Civil, onde passou a ocupar o cargo de subchefe de Avaliação e Monitoramento da pasta.

No início deste ano, quando Dilma deixou o cargo para se candidatar, Miriam chegou a ser cotada para assumir a pasta. Ela tinha a preferência de Lula. No entanto, Erenice Guerra assumiu o comando da Casa Civil e Miriam ficou na coordenação do PAC.

Envolvida em denúncias de tráfico de influência, Erenice Guerra deixou a Casa Civil durante a campanha de Dilma. Mesmo assim, Miriam não foi alçada ao cargo de ministra, que coube ao secretário executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima.

Edição: Rivadavia Severo

24/11/2010 - 9h48

Índice de Confiança do Consumidor da FGV aumenta 2,7% em novembro e alcança novo recorde

Paulo Virgílio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os consumidores brasileiros estão mais satisfeitos com a situação atual e otimistas em relação aos próximos seis meses. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado hoje (24), alcançou novo recorde histórico, elevando-se em 2,7% de outubro para novembro e alcançando 125,4 pontos.

Dos cinco quesitos que compõem a Sondagem de Expectativas do Consumidor, base para o cálculo do ICC pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o Índice da Situação Atual avançou 4,5%, passando de 141,2 para o recorde de 147,5 pontos. O Índice de Expectativas elevou-se em 1,5%, subindo de 111,9 para 113,6 pontos. A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa aumentou de 31,7% para 34,6% do total. Já a dos que consideram o quadro ruim diminuiu, caindo de 18,7% para 15,9%.

O indicador que mede as expectativas com a evolução da situação econômica nos meses seguintes passou de 117,5 pontos para 120,2 pontos, entre outubro e novembro. A parcela dos consumidores que projetam melhoria aumentou de 27,3% para 31,7%, enquanto a dos que preveem piora ficou em 11,5%, embora tenha crescido em relação à sondagem anterior, quando foi de 9,8%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada em sete capitais brasileiras, com base numa amostra de mais de 2 mil domicílios. Os dados para a pesquisa de novembro foram coletados entre os dias 1 e 20 deste mês.

 

Edição: Lílian Beraldo

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