Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao sair de uma reunião hoje (24) com a presidenta eleita, Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou que a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, será a ministra do Planejamento no governo de Dilma. O ministro também que foi convidado para participar do novo governo, no entanto, ainda não há definição de qual pasta ocupará.
“Conversei com a presidenta ela me informou das escolhas que está fazendo. A Miriam vai para o Planejamento. Ela [Dilma] me fez um convite para participar do governo, mas um convite genérico, porque ela me disse que tem mais de uma opção e não queria decidir isso agora”, disse o ministro, que é um dos cotados para assumir a Casa Civil. Mesmo sem dizer a área, Paulo Bernardo disse que aceitou participar do governo de Dilma. “Se ela me convocar eu vou participar”, destacou.
“Ela tem um tabuleiro para montar e precisa completar o Lego [brinquedo] primeiro”, comparou Paulo Bernardo.
Na conversa, Dilma também pediu a Paulo Bernardo detalhamento sobre várias áreas do governo. “Ela me pediu que continuasse colaborando com a transição e é o que nós estamos fazendo. Pediu-me informações que preciso providenciar.”
Edição: Talita Cavalcante
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O comandante-geral da Polícia Militar no Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, determinou hoje (24) estado de prontidão a todos os policiais dos 19 batalhões da corporação. A decisão foi tomada devido à continuidade das ações criminosas na capital e região metropolitana.
O serviço de Relações Públicas da PM informou que, com o estado de prontidão, as folgas dos militares ficam canceladas e todos aqueles que não estavam de serviço têm que se apresentar nos quartéis.
Hoje pela manhã, bandidos incendiaram um ônibus em Vicente de Carvalho e um carro em Cavalcante, ambos na zona norte. Ninguém ficou ferido. Também agora pela manhã as polícias Civil e Militar fazem operações em várias favelas da zona norte. Durante a madrugada três ônibus e pelo menos oito carros foram incendiados. Nas ações também não houve feridos.
Edição: Lílian Beraldo
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção florestal brasileira somou R$ 13,6 bilhões em 2009, registrando avanço em relação ao ano anterior, quando o setor totalizou R$ 12,7 bilhões. Do total obtido no ano passado, 66,3% (R$ 9 bilhões) foram oriundos da silvicultura, que é a exploração de florestas plantadas, e 33,7% (R$ 4,6 bilhões) do extrativismo vegetal, que representa o manejo de recursos vegetais nativos.
Os dados fazem parte da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam que o crescimento do setor foi puxado principalmente pela atividade extrativista, que teve incremento de 7,9%. Já a exploração de florestas plantadas ou cultivadas registrou elevação de 5,6%.
A produção madeireira do extrativismo vegetal totalizou R$ 3,9 bilhões e a extração vegetal não madeireira ficou em apenas R$ 685,4 milhões. Entre os itens incluídos na produção madeireira estão o carvão vegetal, a lenha, a madeira em tora e o nó-de-pinho.
Conforme o estudo, a produção de carvão vegetal em 2009 sofreu queda de 19% na comparação com 2008, tendo passado de 6,2 milhões de toneladas para 5 milhões de toneladas. A produção de carvão proveniente da silvicultura, que desde 2002 vinha apresentando alta, teve redução de 15% no período, somando 3,378 milhões de toneladas em 2009.
O mesmo movimento foi observado no carvão oriundo do extrativismo, com queda ainda mais intensa, de 26,2% na passagem de um ano para o outro. Em 2009, a produção somou 1,639 milhão de toneladas.
O levantamento aponta, ainda, que a produção de lenha diminuiu 0,3%, somando 83,9 milhões de metros cúbicos no ano passado. Esse total inclui a lenha da silvicultura (41,4 milhões de metros cúbicos) e a oriunda do extrativismo vegetal (42,5 milhões de metros cúbicos).
Já a produção nacional de madeira em tora totalizou 122 milhões de metros cúbicos, dos quais 87,5% são provenientes de florestas cultivadas e 12,5%, coletados em vegetações nativas.
Ainda de acordo com a pesquisa, entre os produtos não madeireiros que se destacaram estão coquilhos de açaí (R$ 160,5 milhões), amêndoas de babaçu (R$ 121,3 milhões), fibras de piaçava (R$ 110,3 milhões), erva-mate nativa (R$ 86,6 milhões), pó cerífero de carnaúba (R$ 79,4 milhões) e castanha-do-pará (R$ 52,3 milhões). Juntos, eles somaram 89,1% da produção extrativista vegetal não madeireira.
Edição: Juliana Andrade
Da BBC Brasil
Brasília – O governo do Equador informou que a estatal brasileira Petrobras deverá deixar o país, depois de fracassadas as negociações para estabelecer novas regras para a exploração de petróleo.
O anúncio foi feito ontem (23) pelo ministro de Recursos Naturais Não Renováveis, Wilson Pastor, horas antes do fim do prazo estabelecido para a mudança dos contratos de participação para um modelo que limita a atuação das petroleiras à prestação de serviços.
De acordo com o governo equatoriano, a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços, com produção diária estimada em 19,3 mil barris, no prazo de 120 dias.
Segundo o ministro equatoriano, com a renegociação, o país passará a ficar com 80% das divisas da exploração de petróleo, e não mais com 70%, como previam os contratos anteriores.
As novas regras para a exploração de petróleo no Equador estabelecem que o governo vai arrecadar todo o lucro obtido com a extração, em troca do pagamento dos custos de produção.
Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram fora dos novos contratos. O Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.
O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.
À época, quando foi assinado o "contrato de transição", a Petrobras havia advertido que o impasse entre a estatal e o Equador continuava apesar do acordo e que existia a possibilidade de a companhia deixar do país.
Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Equador produz 500 mil barris de petróleo por dia.
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O crescimento de 1,5% no rebanho bovino brasileiro em 2009 já era esperado pelo setor. Na avaliação do superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, depois de uma “intensa crise” de 2005 a 2007, a pecuária brasileira vem dando sinais de recuperação. Naquele período, os pecuaristas enfrentaram perdas em função de fatores climáticos, de câmbio, além de focos de febre aftosa, que fez com que países importadores e mesmo o mercado interno impusessem restrições aos seus produtos, gerando grandes prejuízos.
“Esse resultado já era esperado porque a pecuária vem dando sinais de recuperação diante da crise bastante intensa que vivenciamos nos anos de 2005, 2006 e 2007. A retomada do crescimento da pecuária e das exportações brasileiras contribuíram para que os pecuaristas voltassem a fazer investimentos, principalmente em melhoramento genético e na recuperação da estrutura das propriedades”, afirmou.
Segundo ele, o estado de Mato Grosso se mantém na liderança do rebanho de bovinos no país porque acompanha a tendência nacional de recuperação, com ampliação dos investimentos.
“O resultado disso aparece nas exportações. O estado também é o segundo maior exportador de carne bovina, perdendo apenas para São Paulo”, acrescentou.
De acordo com Vaccari, a queda de 9,9% nas exportações constatada pelo levantamento já foi revertida em 2010. Ele explicou que o resultado reflete as perdas em função da crise financeira internacional, a partir do fim de 2008. Segundo o superintendente da Acrimat, no entanto, levantamentos recentes apontam que as exportações já retomaram os níveis anteriores à crise.
“O ano de 2009 foi mesmo de redução drástica das exportações. Era uma crise de crédito e não de demanda, então os compradores queriam a carne brasileira, mas não tinham como pagar. Já em 2010, os levantamentos que temos apontam que houve retomada dos níveis de exportação, que voltaram ao patamar anterior à crise”, afirmou.
Dados da Associação dos Criadores de Mato Grosso, com base em informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) revelam que em 2010, o volume exportado da carne bovina já é 8,9% maior que o volume do mesmo período do ano passado. Além disso, enquanto o faturamento da atividade entre janeiro e outubro de 2009 somou US$ 2,45 bilhões, no mesmo período de 2010 o valor já chegou a US$ 3,3 bilhões, o que representa um crescimento de 34,6%.
Edição: Lílian Beraldo
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, confirmou hoje (24) que não continuará à frente da instituição no governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff. Segundo Meirelles, ela anuncia na tarde de hoje (25) três nomes que irão compor a equipe econômica.
O presidente do BC falou sobre o assunto em entrevista coletiva antes de participar de audiência pública no Senado. Ele destacou que a saída do cargo é uma decisão pessoal e que se sente “feliz e gratificado”. Meirelles afirmou que continuará na função até 31 de dezembro, último dia de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A minha intenção e objetivo eram e são concluir o meu trabalho junto com o presidente Lula”, disse. “Regras de boas práticas de governança de bancos centrais aconselham que os presidentes dos BCs não fiquem mais de dois mandatos [no cargo]. O momento é adequado para encerrar a missão.”
Meirelles fez um balanço positivo sobre os oito anos à frente do Banco Central. “Foi um governo de sucesso. Assumi com média de crescimento [da economia], em 2003, de 2% ao ano, a inflação atingia patamar elevado, chegou a 17% em 12 meses encerrados em maio de 2003. A inflação está na meta durante todo esse período. A taxa de juros real caiu”, destacou.
O presidente do BC também afirmou que, neste período, o país alcançou uma posição de destaque no cenário externo. “O Brasil está enfrentando crises econômicas com sucesso, tem reservas internacionais elevadas, investment grade [grau de investimento], é credor do FMI [Fundo Monetário Internacional], é um país que tem respeitabilidade internacional.”
Henrique Meirelles não quis comentar a possibilidade de o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do BC, Alexandre Antonio Tombini, ser indicado para ocupar a presidência da instituição na gestão de Dilma Rousseff.
Edição: Juliana Andrade // A matéria foi ampliada e alterada para esclarecer informação
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O rebanho bovino do país cresceu 1,5% em 2009 na comparação com o ano anterior e somou 205,3 milhões de cabeças. Com isso, o Brasil detém o segundo maior rebanho de bovinos do mundo, ficando atrás apenas da Índia. Em 2008, após dois anos em queda, o número de cabeças de gado havia apresentado alta de 1,3%. Os dados, divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2009.
Regionalmente, o levantamento aponta que a maior parte desses animais estava concentrada na Região Centro-Oeste, com 34,4% do efetivo nacional, seguida da Região Norte (19,7%) e da Sudeste (18,5%).
O estado de Mato Grosso é o que apresenta o maior número de animais (13,3%) e a cidade de Corumbá lidera o ranking entre os municípios, com cerca de 1,973 milhão de cabeças, representando 1% do efetivo nacional. Em seguida, aparecem São Félix do Xingu (PA), com 0,9%, e Ribas do Rio Pardo (MS), com 0,6%.
O documento do IBGE também destaca o incremento no rebanho do município de Porto Murtinho (MS), que registrou aumento de 25,3% de 2008 para 2009. Com isso, a cidade subiu da 12ª para a quinta posição no ranking dos principais municípios de um ano para o outro.
Ainda segundo o levantamento, o efetivo de bovinos encontra-se “bem distribuído” pelo país, já que os 20 principais municípios concentram cerca de 8,4% do total de animais.
O IBGE também constatou que foram abatidas no ano passado 28,063 milhões de cabeças e produzidas 6,661 milhões de toneladas de carne bovina. Desse total, 13,9% foram exportadas para outros países, tendo sido observada redução do volume comercializado externamente em cerca de 9,9% sobre o ano de 2008. A maior parte dessa carne foi exportada para Rússia, Hong Kong e Irã. O maior consumidor mundial de carne bovina foram os Estados Unidos, seguidos pela União Europeia e pelo Brasil.
Ao contrário do bovino, todos os outros rebanhos de grande porte investigados pelo IBGE sofreram redução. Os bubalinos (búfalos) apresentaram queda de 0,9%; os equinos, de 0,8%; os asininos (asnos), de 8,9% e os muares (burros e mulas), de 2,9%.
Em relação aos rebanhos de médio porte, a pesquisa aponta que houve crescimento de 3,3% no efetivo de suínos, em relação a 2008, totalizando 38 milhões de cabeças. Esse resultado coloca o Brasil como quinto maior produtor mundial, atrás apenas da China, dos Estados Unidos, da Alemanha e da Espanha. Os estados do Sul responderam por quase metade (48,5%) da quantidade de animais. Somente Santa Catarina possuía 21% das unidades.
Já o efetivo de caprinos teve queda de 2% e o de ovinos, de 1,1%.
Entre os de pequeno porte, o IBGE verificou aumento de 2,7% no efetivo de galinhas, que somou 1,234 bilhão de unidades. As codornas tiveram crescimento de 27,9% no período e os coelhos registraram queda de 10%.
O IBGE também identificou alta de 5,6% na produção de leite, tendo somado 29,112 bilhões de litros. Em valor de produção, a variação foi ainda maior, de 9,2%. Os principais produtores foram Minas Gerais (27,2%), Rio Grande do Sul (11,7%) e Paraná (11,5%).
Edição: Lílian Beraldo
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Qualquer reajuste do salário mínimo acima dos R$ 540, previstos no relatório preliminar da Comissão Mista de Orçamento, dependerá agora de uma decisão política da presidenta eleita Dilma Rousseff ou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relator da proposta de Orçamento da União para 2011, Gim Argello, aguarda uma sinalização do governo federal para fazer, se for o caso, as alterações necessárias para viabilizar o aumento.
Lideranças da base aliada que tem participado das negociações com as centrais sindicais afirmam que há margem para que o salário mínimo de 2011 seja de R$ 550. Para executar esse reajuste, teriam que remanejar cerca de R$ 3 bilhões no relatório de Argello. Uma vez feito isso, a alteração do valor seria feita por medida provisória.
O Executivo deve definir o valor do mínimo até o início de dezembro. Pelo calendário da Comissão Mista de Orçamento, hoje é o último dia para a apresentação das emendas de comissão e individuais. No dia 13 de dezembro, termina o prazo para que os relatores setoriais apresentem seus pareceres ao relator-geral, Gim Argello, para que ele consolide seu relatório.
Edição: Talita Cavalcante
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pela terceira vez seguida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, apresentou redução no ritmo de correções. Na terceira prévia de novembro, divulgada hoje (24), o IPC teve variação de 0,77%, contra 0,87% da apuração anterior e 0,97% da primeira prévia do mês.
O maior aumento continua sendo o do grupo alimentação, com taxa de 2,02%. Essa variação, no entanto, indica que os aumentos estão perdendo força desde o encerramento de outubro.
Mais três grupos tiveram decréscimos: habitação (de 0,39% para 0,25%); transportes (de 0,73% para 0,53%) e despesas pessoais (de 0,74% para 0,70%).
Em educação, a taxa ficou estável em 0,05%. Já os grupos saúde (de 0,34% para 0,37%) e vestuário (de 0,37% para 0,54%) apresentaram aumentos.
Edição: Juliana Andrade
Da Agência Brasil
Brasília - A folha de pagamento de novembro, que inclui a segunda parcela do décimo terceiro salário sobre a qual será descontado o Imposto de Renda, começa a ser paga hoje (24) pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A folha de novembro está creditando R$ 9,2 bilhões, referentes à segunda parte do 13º salário, para 23,6 milhões de beneficiários. A primeira foi antecipada na folha de agosto.
Hoje, o benefício será pago aos aposentados, pensionistas e demais segurados que ganham até um salário mínimo e têm cartão com final 1, desconsiderando-se o dígito. Para os segurados que recebem benefícios acima de um salário mínimo, o pagamento tem início no dia 1º de dezembro, quando ocorrerá o depósito para aqueles que têm cartão com finais 1 e 6, também desconsiderando-se o dígito.
Edição: Graça Adjuto