06/11/2003 - 14h24

Distribuidoras de valores aprovam instrução sobre acesso ao mercado de capitais

Rio, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A instrução para democratização do acesso ao mercado de capitais pelas pequenas e médias empresas, em estudo na Comissão de Valores Mobiliários, foi considerada uma medida importante pelo presidente da Associação Nacional das Empresas Distribuidoras de Valores (Adeval), Ney Castro Alves. Segundo ele, a iniciativa possibilitaria ao segmento procurar distribuidoras de menor porte, o que elevaria as oportunidades para todos.

Alves considerou animador o fato de o governo estar enxergando a importância do mercado de capitais como alavanca do desenvolvimento, porque contribui para a formação de poupança interna. Para ele, uma das maneiras de aumentar o crescimento econômico é elevar o crédito. "O governo está tomando medidas para reduzir os juros e os bancos se sentem mais seguros para emprestar", afirmou. De outro lado, o desenvolvimento do mercado de capitais, que é a maneira de capitalizar as empresas e elas passarem a investir na economia, ajudando o crescimento econômico".

Alves destacou um ponto do Plano Diretor do Mercado de Capitais que o governo já anunciou que será atendido. Trata-se da criação da "conta de investimento", para ele, uma "idéia muito boa". "A pessoa entra, faz um investimento e quando resgata, mas vai manter o investimento, mesmo mudando de posição, não paga CPMF. Na hora em que tirar os recursos e passar para a conta corrente, é que paga CPMF", explicou. Alves participa do XIII Congresso de Corretoras de Valores e Mercadorias, no centro de convenções na Bolsa do Rio.

06/11/2003 - 14h09

ONG pede extinção de comissão que investiga desaparecidos do Araguaia

Brasília, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Representantes do grupo Tortura Nunca Mais defenderam nesta quinta-feira a revogação do decreto de outubro que criou uma comissão interministerial para descobrir o paradeiro das ossadas dos desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia, movimento armado da década de 70.

O grupo divulgou nota de repúdio durante audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, para discutir o paradeiro dos restos mortais dos guerrilheiros. Segundo a nota, "a comissão é uma proteção àqueles que prenderam, assassinaram e desapareceram com os opositores políticos ao regime ditatorial".

O Ministério da Justiça esclareceu que a comissão, ao contrário, é resultado do reconhecimento, por parte do governo federal, do direito dos familiares de obter todas as informações sobre os militantes, inclusive o local onde foram enterrados. De acordo com a assessoria do Ministério, o objetivo do governo é desvendar os épisódios e atender às angústias dos familiares das vítimas.

O grupo insiste, porém, que a comissão, coordenada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, é antidemocrática, por não ter nenhum representante de familiares de desaparecidos políticos e nem de organizações não-governamentais, além de manter os documentos obtidos em caráter sigiloso.

Além de Bastos, integram a comissão os ministros da Defesa, José Viegas; da Casa Civil, José Dirceu; da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e o advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro Costa. Eles foram convidados para o debate, mas não compareceram.

Pelo decreto, o governo terá até abril de 2004 para levantar informações de qualquer órgão federal, sem restrições de segurança, que levem à localização das ossadas de pessoas desaparecidas durante guerrilha. De um total de cerca de 150 desaparecidos, até hoje foram identificados e resgatados os restos mortais de apenas três.

No entendimento de representantes de parentes dos militantes políticos, a comissão é uma espécie de compensação porque o governo recorreu, em agosto, da sentença da juíza federal Solange Salgado, de Brasília, que determinou que o Exército abrisse os arquivos relacionados ao Araguaia. "O governo tenta agora agradar os familiares", afirmou a presidente do grupo Tortura Nunca Mais, Elizabeth Silveira e Silva.

Desde 1995, já existe uma comissão especial, ligada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos, para apurar mortes e desaparecimentos de perseguidos políticos durante a ditadura. "Queremos que as autoridades civis e militares tenham, por lei, a obrigação de prestar informações à nossa comissão", reivindicou a deputada Maria do Rosário (PT), único membro do Legislativo a integrar a comissão criada em 1995.

No final da reunião, o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), advogado de familiares de desaparecidos políticos, disse que não vai medir esforços para que a decisão judicial sobre a abertura dos arquivos saia, em segunda instância, antes do término do prazo de vigência da comissão.

06/11/2003 - 14h05

Especialista defende maior participação de grupos independentes no mercado de capitais

Rio, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Associação Nacional das Empresas Distribuidoras de Valores (Aderval), Ney Castro Alves, defendeu hoje uma maior participação dos grupos independentes no mercado de capitais, como clubes de investimentos.

Ney Castro Alves considerou que um mercado de distribuição tem melhor qualidade quando possui um número muito grande de instituições operando, porque elas atingem um número maior de investidores. No caso das aplicações em Bolsa, afirmou que quanto maior o número e centros de decisão sobre compra e venda, melhor a questão de preço.

O presidente da Adeval críticou a forte concentração existente hoje no mercado brasileiro: de 1988 para cá, o número de corretoras caiu de 260 para 180, enquanto o número de distribuidoras passou de cerca de 430 para 145, sendo que as 10 maiores corretoras respondem por 47% do movimento da Bovespa. De janeiro a julho, a Bovespa movimentou R$ 189 bilhões.

As 20 maiores corretoras, por sua vez, respondem por 67% do movimento financeiro da Bovespa e as 30 maiores por 70%. Ney Castro disse que a concentração do mercado é um fato extremamente negativo que mostra o enfraquecimento do sistema de distribuição independente.

Ney Castro fez as declarações durante o XIII Congresso Nacional de Corretoras de Valores e Mercadorias, na Bolsa do Rio.

06/11/2003 - 14h05

Pauta de fotos nº 7

Brasília - As seguintes fotos estão à disposição dos jornais na internet:

Brasília - Venda de carros aumentou 12,6% em outubro. (Foto: Roberto Barroso - ABr - hor.25)

Brasília - Venda de carros aumentou 12,6% em outubro. (Foto: Roberto Barroso - ABr - hor.26)

Windhoek - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é saudado por um grupo que canta e dança em sua homenagem, na cehagada à Namíbia. (Foto: Marcello Casal Jr - ABr - hor.27)

Windhoek - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Marisa Letícia, chegam à Namíbia. (Foto: Marcello Casal Jr - ABr - vert.28)

Windhoek - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dona Marisa são recebidos no aeroporto pelo presidente da Namíbia, Sam Nujoma. (Foto: Marcello Casal Jr - ABr - hor.29)

Windhoek - Um grupo de artista faz apresentação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dona Marisa, no aeroporto da Namíbia. (Foto: Marcello Casal Jr - ABr - hor.30)

Windhoek - Um grupo de artista faz apresentação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dona Marisa, no aeroporto da Namíbia. (Foto: Marcello Casal Jr - ABr - hor.31)

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De acordo com a legislação em vigor, solicitamos aos nossos assinantes e usuários a gentileza de registrar os créditos como no exemplo abaixo: nome do fotógrafo - ABr

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Para receber as fotos da Agência Brasil, acesse a página da Radiobrás na Internet: http://sn-01.radiobras.gov.br/fotos/default.htm Informações poderão ser fornecidas pelo telefone (0XX61)327.1377.

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06/11/2003 - 13h56

Empresários pedem ao governo câmbio de R$ 3,00

Brasília, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Doze dos maiores empresários brasileiros aproveitaram uma reunião com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Casa Civil, José Dirceu, para reclamar do valor atual do câmbio. Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, disse que se o dólar chegasse a R$ 3,00, "seria bom para o Brasil". O empresário é contra a intervenção no câmbio, mas disse que "o governo tem ferramentas para fazer o câmbio subir ou deixar de subir". Segundo ele, o câmbio mais alto contribuiria para o aumento da produção e das exportações, sem a necessidade de o governo oferecer incentivos para os exportadores.

As variações no câmbio também preocupam os empresários. Pedro Piva, presidente do grupo Klabin, pediu que o governo olhe com mais cuidado para a oscilação no valor do dólar. Na opinião dele, o câmbio deve continuar flutuante, mas grandes defasagens, como de 10% ou 15%, podem "quebrar" as empresas. O empresário defende uma estabilidade do dólar em R$ 3,00 ou R$ 3,05, que segundo ele é o patamar que as indústrias já haviam assimilado.

A queda dos juros foi outra das reivindicações dos empresários. Antônio Ermírio de Moraes afirmou que só com juros mais baixos haverá investimento na produção e crescimento econômico. "Já há um viés de baixa, se baixar mais 1% até o final de dezembro está bom", disse. Já Pedro Piva foi mais enfático, afirmou que os juros precisam baixar "de qualquer maneira" para que o país volte a crescer.

Durante o encontro com os ministros, Piva citou especificamente o caso dos spreads (custo entre a captação e o repasse dos recursos) nos financiamentos do BNDES, que são Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 11% ao ano. Ele acrescentou que os bancos intermediários cobram ainda entre 3% e 4% para repassar os recursos, o que, segundo ele, representa entre 20% e 30% do preço do juro. Ele defende que o BNDES transfira diretamente os recursos para o tomador. Com isso, o empresário acredita que haverá desoneração do desenvolvimento e do trabalho.

O governo, segundo Piva, pediu mais investimentos dos empresários para que a economia possa crescer. Os empresários admitem que as condições macroeconômicas estão colocadas para que haja o crescimento sustentável, mas, para que isso ocorra, eles querem a definição das alterações no papel das agências reguladoras e redução da burocracia do Estado, que, segundo Piva, impede o investimento. Como exemplo ele citou a questão do meio ambiente "que às vezes atrapalha os investimentos em infra-estrutura". Ermírio de Moraes concorda que os empresários devem produzir sem poluir, mas reclama das dificuldades impostas pela atual política ambiental. "Hoje é muito difícil se começar a produzir nesse país porque as objeções ao crescimento são fantásticas", disse.

Apesar das dificuldades, os empresários estão otimistas em relação ao crescimento do país. Ermírio de Moraes acredita que o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será importante para que o país não tenha "nenhuma surpresa em 2004".

Eduardo Eugênio Vieira, presidente do grupo Ipiranga, destacou que o terceiro e o quatro trimestres foram melhores que os primeiros meses deste ano. Ele aposta em um 2004 melhor, já que as condições macroeconômicas estão colocadas e "não existe, aparentemente, nenhum risco de choques externos". Pedro Piva avaliou como "um grande avanço" a expectativa de um crescimento de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2004, mas disse que o Brasil tem que crescer até 6% para recuperar o atraso.

Paula Medeiros e Maria Helena Antun

06/11/2003 - 13h52

Venta de vehículos crece el 12,6% en octubre

São Paulo, 6/11/03 (Agência Brasil - ABr) - Las fábricas de vehículos instaladas en Brasil vendieron en octubre 140.749 unidades, aumento del 12,6% sobre septiembre, según la Asociación Nacional de Fabricantes de Vehículos Automotores. El mes pasado se vendieron 125.035 vehículos y el aumento de octubre obedece a la reducción del Impuesto sobre Productos Industrializados, válida del 1º de agosto al 30 de noviembre, pero esos resultados no son suficientes para recuperar las ventas en 2003 (1.127.173 unidades) baja del 8,1% sobre el mismo periodo de 2002. (JV)

06/11/2003 - 13h52

Vehicle sales increase 12.6% in October

São Paulo, November 6, 2003 (Agência Brasil - ABr) - Motor vehicle manufacturers in Brazil sold 140,749 vehicles in October, 12.6% more than in September, according to data from the National Association of Motor Vehicle Manufacturers (Anfavea). Last month they sold 125,035 vehicles. For Anfavea, the sector's good performance is still the result of the temporary reduction in the Industrial Products Tax (IPI) which took effect at the beginning of August and expires at the end of this month.

The positive results, however, were not enough to reverse the situation of falling sales in 2003. So far this year 1,127,173 vehicles have been sold, 8.1% less than over the same period last year. (DAS)

06/11/2003 - 13h52

Verkaufsumfang wächst um 12,6%

São Paulo, 6.11.2003 (Agência Brasil - ABr) - Die Automobilfabriken in Brasilien verkauften im Oktober 140,749 Wagen gegen 125,035 im vergangenen Monat, also 12,6% mehr im Vergleich zum September, laut Angaben des Brasilianischen Automobilherstellerverbands (Anfavea). Die gute Leistung erklärt sich durch die vorübergehende Reduzierung der Steuer auf Industrieprodukte, die Anfang August in Kraft trat und bis Ende November gültig ist.

Seit Jahresanfang wurden aber 1,127,173 Wagen verkauft, also eine Senkung von 8,1% im Vergleich zur gleichen Periode 2002. (MNJ)

06/11/2003 - 13h48

Psicoacústica ajuda indústrias a reverter ruídos em sons agradáveis

Brasília, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - Não é de hoje que indústrias e autoridades governamentais se preocupam com a qualidade sonora dos eletrodomésticos, automóveis, brinquedos, equipamentos e máquinas produzidas no país. Mas nos últimos anos, isso deixou de ser apenas uma preocupação para se transformar em importante diferencial de competitividade num mercado globalizado que, cada vez mais, exige qualidade, eficiência e conforto auditivo dos produtos utilizados no dia-a-dia.

Liquidificador normalmente produz ruído irritante

Com isso, geladeira, máquina de lavar, ar-condicionado, liquidificador e até secador de cabelos, entre outros eletrodomésticos, vêm recebendo tratamento especial dos fabricantes com a ajuda de universidades, instituições e centros de pesquisa que trabalham com a psicoacústica - ciência que associa a psicologia com a percepção auditiva, na busca da chamada qualidade sonora.

Como a capacidade para ouvir sons varia bastante de pessoa para pessoa, a psicoacústica quantifica as sensações auditivas de volume, som (mais ou menos agudo) e aspereza para torná-lo mais agradável. Em adulto normal, os limites de audibilidade situam-se em torno de 16 Hz para as baixas freqüências (graves) e por volta de 16.000 Hz para as altas freqüências (agudos). Ou seja, nossa audição distingue sons do grave ao agudo na faixa de 16 Hz a 16 Khz.

Em 1994, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) instituiu o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora e criou um "selo ruído" para identificar a potência sonora dos eletrodomésticos, facultando ao consumidor a opção pelos produtos que sejam menos ruidosos. De lá pra cá, os fabricantes nacionais adotaram materiais e dispositivos de alta tecnologia concebidos pela engenharia acústica para eliminar ou reduzir os ruídos por meio da absorção ou isolamento acústico.

Relacionar a percepção auditiva com as sensações e emoções do homem é uma preocupação constante para o aperfeiçoamento da qualidade acústica dos equipamentos. No caso do ar-condicionado, por exemplo, a utilização de espumas no formato de mamilos aumentou a área de absorção acústica, impedindo que o som emitido seja refletido nas superfícies do equipamento. Resultado: o aparelho ficou mais silencioso e auditivamente mais agradável.

Os barulhentos brinquedos eletrônicos também estão ficando mais silenciosos. Entre os requisitos que a criança lista para um brinquedo é que ele faça barulho. Quanto mais barulho melhor, mas a própria indústria já reconhece que muitos produtos excedem o volume seguro do sistema auditivo infantil. Segundo os especialistas, acima de 80 decibéis (dB's), valor equivalente ao barulho de um secador de cabelos, o ruído já passa a ser nocivo para as crianças. Porém, não é raro encontrar brinquedos nacionais e importados que produzem sons de até 106 decibéis.

Na indústria automobilística, existe uma área da engenharia que cuida exclusivamente do controle de ruídos e vibrações no interior dos veículos. É a acústica automotiva, responsável pela aferição de sons e pelo tratamento interno do barulho produzido pelos equipamentos e peças. Antes de lançar qualquer modelo, as montadoras fazem uma série de testes e simulações para medir a quantidade de ruído e vibrações produzidas pelo automóvel. Tudo isso para tornar o produto mais agradável, uma vez que ruído e vibração estão diretamente relacionados ao conforto.

O ruído externo produzido por veículos automotivos é regulamentado pelo Conama e não pode ultrapassar o limite máximo de 77 dB's para automóveis, 80 dB’s para motos e 84 dB’s para caminhões e ônibus.

Ruído da turbina de avião a jato provoca estresse

O avião é um excelente exemplo da importância do isolamento acústico como gerador de conforto sonoro. O ruído emitido na decolagem de um avião a jato é de 140 dB’s - o limiar da dor começa em 120 dB’s, equivalente a um motor de Fórmula 1. Sem o isolamento acústico composto por várias camadas de materiais isolantes instalados sob a estrutura metálica, o som seria insuportável para os passageiros e poderia provocar milhões de casos de surdez.

Seja em eletrodomésticos, automóveis, máquinas ou motores, o ruído não precisa ser necessariamente baixo, mas agradável. Por isso, quando um som desagradável é captado em qualquer produto pode-se utilizar diversos materiais de isolamento como espumas, fibras de vidro, mantas e câmera de ar para remover aquela faixa de freqüência ou até mesmo aumentar o ruído de outra faixa para encobrir aquela que desagrada. Tudo isso para atingir a meta do conforto sonoro.

O mascaramento do ruído desagradável está relacionado com a resolução sonora que nosso sistema auditivo é capaz de discernir. Se dois estímulos sonoros muito similares forem emitidos quase ao mesmo tempo, o cérebro provavelmente irá reconhecê-los como um só. Isso também é explicado pela psicoacústica.

Em Brasília, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Fau) da UnB desenvolveu placas de absorção sonora feitas de fibras vegetais e papel reciclado para serem instaladas em estúdios, hospitais e salas de aula, locais onde a reverberação do som prejudica o conforto sonoro do ambiente. A mistura de fibra de bananeira cozida em água e soda cáustica, polpa de papel e um componente aerante responsável pela formação de bolhas de ar, alcançou índices de absorção entre 60% e 90% para freqüências médias ou altas.

O Departamento de Mecânica Computacional e Vibroacústica da Faculdade de Engenharia Mecânica (Fem) da Unicamp desenvolve vários projetos que visam melhorar desde instrumentos musicais até o nível de ruído no interior de veículos e aeronaves, incluindo brinquedos e eletrodomésticos.

Recentemente, o Laboratório de Integração e Testes (Lit) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São Joisé dos Campos (SP), inaugurou uma Câmara Reverberante capaz de simular em laboratório o ambiente acústico produzido por motores de avião modelo Boeing. A câmara também pode gerar ambientes acústicos específicos para a avaliação do desempenho de materiais isolantes utilizados pelas indústrias automobilísticas e de eletrodomésticos da chamada linha branca.

O controle de ruídos das máquinas e equipamentos passou a ser tão importante, que o processo requer a troca efetiva de informação acústica entre fabricantes, pesquisadores, instaladores e usuários. O ideal é que os eletrodomésticos gerem ruídos na faixa de até 30 dB’s, nível um pouco superior aos 20 dB’s de uma conversação em voz baixa e bem inferior a média de 45 dB’s registrada no interior de residências de grandes cidades.

A tecnologia desenvolvida buscando o conforto sonoro também é muito empregada no tratamento de insônia, ansiedade, depressão e outros distúrbios. Como este conforto está diretamente relacionado à reação do organismo humano aos sons, dependendo do estímulo sonoro, o cérebro pode produzir a ilusão de freqüências abaixo do espectro auditivo provocando uma sensação de total relaxamento.

06/11/2003 - 13h45

Anatel multa Brasil Telecom e Telemar por fechamento de postos de atendimento

Brasília, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu multar novamente as empresas de telefonia fixa Brasil Telecom e Telemar pelo fechamento de postos de atendimento aos usuários. As multas para as duas empresas somam mais de R$ 2 milhões.

A Telemar terá que desembolsar R$ 990,9 mil pelo fechamento de postos pela Telemig (MG) e R$ 1.458 milhão por causa da Telamazon (AM). Na Brasil Telecom, os postos foram fechados pela Teleron (RO). A multa para a empresa é de R$ 275.256 mil.

As multas são resultado dos Procedimentos Administrativos para Apuração de Descumprimento de Obrigações (Pados), que foi instaurado pela Anatel, em 2000, contra as operadoras, para apurar o não cumprimento de metas de qualidade.

De acordo com a Anatel, o fechamento de postos vem provocando "degradação" na qualidade dos serviços. Para facilitar o atendimento aos clientes, a Anatel permite que as operadoras utilizem empresas terceirizadas para prestarem o atendimento.

Segundo dados da agência, desde a abertura dos procedimentos administrativos em 2000 as multas aplicadas pela não reabertura de postos de atendimento já somam mais de R$ 7 milhões, distribuídas entre a Telemar, Brasil Telecom e Telesp.

Hoje, a Telemar possui 72 lojas de atendimento ao cliente em sua região, Brasil Telecom, 106 pontos, e a Telesp tem 15, de acordo com registros da Anatel.

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