Especialista defende maior participação de grupos independentes no mercado de capitais

06/11/2003 - 14h05

Rio, 6/11/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Associação Nacional das Empresas Distribuidoras de Valores (Aderval), Ney Castro Alves, defendeu hoje uma maior participação dos grupos independentes no mercado de capitais, como clubes de investimentos.

Ney Castro Alves considerou que um mercado de distribuição tem melhor qualidade quando possui um número muito grande de instituições operando, porque elas atingem um número maior de investidores. No caso das aplicações em Bolsa, afirmou que quanto maior o número e centros de decisão sobre compra e venda, melhor a questão de preço.

O presidente da Adeval críticou a forte concentração existente hoje no mercado brasileiro: de 1988 para cá, o número de corretoras caiu de 260 para 180, enquanto o número de distribuidoras passou de cerca de 430 para 145, sendo que as 10 maiores corretoras respondem por 47% do movimento da Bovespa. De janeiro a julho, a Bovespa movimentou R$ 189 bilhões.

As 20 maiores corretoras, por sua vez, respondem por 67% do movimento financeiro da Bovespa e as 30 maiores por 70%. Ney Castro disse que a concentração do mercado é um fato extremamente negativo que mostra o enfraquecimento do sistema de distribuição independente.

Ney Castro fez as declarações durante o XIII Congresso Nacional de Corretoras de Valores e Mercadorias, na Bolsa do Rio.