Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio – O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, explicou hoje (12), que a estatal reajustou os preços de gasolina e óleo diesel depois de constatar que o barril do petróleo no mercado externo estabilizou-se em um novo patamar – entre US$ 60 e US$ 70. Gabrielli lembrou que os produtos não eram reajustados desde novembro do ano passado.
A Petrobras anunciou na sexta-feira (9) que iria reajustar em 10% o preço da gasolina e de 12% sobre o do óleo diesel, nas refinarias. "Nós analisamos o comportamento do preço do barril de petróleo e dos derivados no mercado externo", disse Gabrielli.
"Evidentemente que nós estamos sempre avaliando os impactos das decisões da empresa sobre o conjunto das atividades econômicas do país. E porque levamos em consideração todos esses fatores", pergunta? "Porque nós somos um grande produtor de algo que é vendido para 272 distribuidoras (de derivados). Então, em nossa política comercial, nós temos que levar em conta todos os impactos que essa decisão de aumentar derivados tem – inclusive sobre as taxas de inflação", afirmou Gabrielli.
Na avaliação de Gabrielli, no entanto, os aumentos do último final de semana foram suficientes para atender as necessidades da companhia e não deverão ocorrer novos reajustes se a atual conjuntura internacional for mantida.
"Caso nada de grave venha a ocorrer até o final de 2005, e os preços externos fiquem no patamar atual, entre US$ 60 e US$ 70, não haverá necessidade de novos aumentos ainda este ano", afirmou o executivo.
Gabrielli foi enfático, ao voltar a rebater os que argumentam que os preços da estatal estão defasados. "Eu já disse a vocês que a nossa política de preços leva em conta um alinhamento no longo prazo entre os preços nacionais e os internacionais. Nós não trabalhamos com conceito de defasagem, trabalhando, sim, com a idéia de que existem níveis de preços internacionais e, toda vez que consideramos que exista um novo patamar internacional, nós faremos os ajustes que se fizerem necessários aqui no mercado interno".
Sergio Gabrielli admitiu que o governo federal, por ser o acionista majoritário da estatal, tem como influenciar nas decisões da Petrobras. Ele ressaltou, porém, que essa influência se dá via Conselho de Administração. "Toda empresa tem uma influência grande do seu acionista controlador. Isto é normal e esta influência se dá através do Conselho de Administração. Agora, nós reajustamos os preços porque achamos que estava se configurando um novo patamar".
Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O aumento em 23,7% nas vendas de produtos manufaturados contribuiu para a alta das exportações brasileiras nas duas primeiras semanas de setembro em comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso, subiram para US$ 79,023 bilhões as exportações deste ano, contra US$ 64,379 bilhões do mesmo período de 2004. O número geral da balança comercial foi divulgado hoje (12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Nas duas primeiras semanas deste mês, a média diária das exportações foi de US$ 489,5 milhões. As vendas entre os manufaturados saíram de uma média de US$ 229,7 milhões por dia para US$ 284,2 milhões por dia, com aumento especialmente nas vendas de motores e geradores, polímeros plásticos, álcool etílico, aparelhos transmissores e receptores, máquinas e aparelhos para terraplanagem, açúcar refinado, automóveis de passageiros, veículos de carga, autopeças e motores para veículos.
Entre os semimanufaturados, o aumento foi de 4,5%, saindo de US$ 61,2 milhões por dia em 2004 para US$ 63,9 milhões, ocasionado pelas vendas de açúcar em bruto, couros e peles, celulose e ferro fundido. Os básicos também tiveram aumento, de 3,7%, saindo de US$ 126,4 milhões para US$ 131,0 milhões, devido, principalmente, ao aumento das exportações de petróleo em bruto, carne bovina, suína e de frango, minério de alumínio, minério de ferro e café em grão.
Já as importações registraram queda na comparação entre as médias diárias das duas primeiras semanas de setembro de 2004 e de 2005. As compras diárias até a segunda semana de setembro deste ano foram de US$ 259,3 milhões, 5,3% abaixo de setembro de 2004, que registrou média de US$ 273,9 milhões.
Houve retração de 27% nos gastos com combustíveis e lubrificantes, de 26,9% com adubos e fertilizantes, de 23,3% com químicos orgânicos/inorgânicos, de 16,4% com aeronaves e peças e de 9% cereais e produtos de moagem.
As importações no ano chegam a US$ 49,294 bilhões. No balanço entre compras e vendas o saldo é positivo para o Brasil em US$ 29,729 bilhões. A previsão dos analistas para o superávit comercial no ano é de US$ 40 bilhões. O governo persegue uma meta de US$ 112 bilhões em vendas ao exterior.
Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre – A Semana dos Alimentos Orgânicos é um marco para o movimento orgânico, diz o superintendente federal de Agricultura no Rio Grande do Sul, Francisco Signor.
"É o início de um trabalho articulado entre organizações governamentais e não governamentais com o objetivo de aproximar produtores e consumidores na busca da construção de relações de consumo, pautadas no comércio justo e na melhoria da qualidade de vida no campo e na cidade", afirma.
Em Porto Alegre e no interior do estado a Semana dos Alimentos Orgânicos realiza atividades nos principais pontos de comercialização de produtos orgânicos, com destaque para a Feira da Coolméia.
Desde o dia 10 o Ministério da Agricultura realiza a Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos. A semana vai até sexta-feira (16) e tem o objetivo de acabar com as dúvidas que os consumidores têm sobre esses alimentos. Durante a programação, que prevê atividades em cidades de todo o país, o público poderá assistir a palestras e participar de feiras, oficinas e mesas de degustação.
Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Itamaraty vai mandar hoje (12) uma missão para acompanhar o caso da brasileira naturalizada norte-americana, Benilda Caixeta Daniels, 57 anos, desaparecida após a passagem do furação Katrina pelo estado de Nova Orleans. A comissão brasileira, formada por dois funcionários do consulado, irá para Baton Rouge, capital da Louisiana.
O último contato de Belinda com a família no Brasil foi feito no dia 29 de agosto. No sábado (11), a Divisão de Assistência Consular (DAC) recebeu a informação de que um corpo havia sido encontrado dentro do apartamento de Benilda, mas ainda não há confirmação da morte.
Benilda estava nos Estados Unidos desde o final dos anos 70, quando teria sido convidada pelo então presidente da República Jimi Carter para se submeter a um tratamento no país. Em 6 de novembro de 1990, Benilda perdeu a cidadania brasileira e adquiriu a americana. De acordo com o diretor do departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Manoel Gomes Pereira, o fato de Benilda não ser mais brasileira pode dificultar o processo de identificação do corpo. "É uma situação nova. Ela é cidadã americana e estamos agindo como estrangeiros".
O embaixador informou que, embora Benilda não seja mais cidadã brasileira, o Itamaraty continuará prestando assistência à família dela. "A nossa intenção é continuar ajudando a família dela. Os brasileiros membros da família terão o nosso apoio".
Até às 15 horas desta segunda-feira (12), a Divisão de Assistência Consular do Itamaraty já localizou 78 dos 100 brasileiros que estariam desaparecidos desde a passagem do Katrina pelos Estados Unidos.
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouve amanhã (13) o depoimento das três primeiras testemunhas indicadas pelo deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro da Casa Civil, no processo que tramita contra ele no Conselho.
Às 11 horas, depõe o ex-ministro Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Às 14h30 e às 18 horas serão ouvidos o ex-ministro Eduardo Campos (PSB-PE) e o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), respectivamente.
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O corregedor geral da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI) leu há pouco a carta de renúncia do deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ). Agora, ela será publicada no Diário Oficial da Câmara, quando se efetivará a renúncia do parlamentar.
Ele é citado no relatório parcial das comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos, entre os 18 parlamentares que, direta ou indiretamente, aparecem nas investigações conduzidas pelas comissões.
Na lista enviada à Polícia Federal pelo empresário Marcos Valério de Souza, Carlos Rodrigues aparece como beneficiário de saques no total de R$ 400 mil. Além de negar, Rodrigues diz que não há provas que o relacione aos saques.
Amanhã a Mesa da Câmara vai julgar o relatório das duas CPMIs, que apontou os 18 nomes para serem julgados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
A renúncia é um recurso usado para não haver o risco da cassação, que implica a inelegibilidade do parlamentar por oito anos. No dia 1º de agosto, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, também renunciou antes que seu processo de cassação fosse para o Conselho de Ética da Câmara e ele pudesse perder os direitos políticos.
Mylena Fiori
Reportera Agencia Brasil
Brasilia - Los países centroamericanos están interesados en importar de Brasil la tecnología para producir alcohol combustible y automóviles multicombustibles. El director del Departamento de Promoción Comercial del Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil, embajador Mario Vilalva, observa que recibió varios pedidos para avanzar en la cooperación en el área del combustible mencionado. Durante la visita del presidente Luiz Inacio Lula da Silva a Guatemala se firmaron protocolos de cooperación técnica en este sentido.
De acuerdo con el embajador, Centroamérica y el Caribe son productores de azúcar, no soportan el alto precio del petróleo y necesitan hacer conversiones en su estructura productiva y energética para usar el etanol con competitividad, como lo hace Brasil, añadiendo que Brasil va a transferir tecnología para la producción de etanol, lo que puede resultar en la exportación de plantas y del propio combustible, hasta que ellos transformen la industria azucarera a la producción de etanol.
Paralelamente hay interés en la compra de automóviles multicombustibles, y Vilalva informa que hay demanda para importación inmediata por parte de países que están lanzando sus programas oficiales de etanol combustible, como es el caso de Honduras.
El embajador explica que la exportación de automoviles dispensa acuerdo específico, pues Centroamérica no cuenta con industria automovilística. La comercialización, en esos casos, es hecha por contratos de compra caso a caso, dependiendo sólo de una negociacion tarifaria sobre importación de automóviles. Si ellos tienen interés en importar automóviles multicombustibles, sólo es necesario que Brasil los venda.
Traducción : Jaime Valderrama
Mylena Fiori
Reporter Agência Brasil
Brasília – A concrete result of the Brazil-Cental American and Caribbean Integration System (Sica) summit in Guatemala is interest in Brazil's sugarcane-based ethanol fuel and cars that can use more than one type of fuel (gasoline, ethanol, natural gas) reports Mario Vilalva, director of the Foreign Ministry's Commercial Promotion Department. He adds that Brazil and Sica have found that there is a convergence of needs and resources that can be exploited for the mutual benefit of all.
"Central America and the Caribbean are producers of sugar who are being crushed by high petroleum prices. They are interested in alleviating this situation through a program similar to what Brazil has - make ethanol fuel from sugar," says Vilalva, adding that Brazil can transfer ethanol technology, export plants and even ethanol fuel.
At the same time the region is interested in hybrid cars (flex fuel, as they are called in Brazil). There will be an immediate demand for these cars, says Vilalva. "Honduras is ready to begin importing right now," he says. And as the region does not manufacture vehicles, it is just a question of reaching an import agreement, reports Vilalva.
Translator: Allen Bennett
Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os países da América Central têm interesse em importar do Brasil a tecnologia para produção de etanol e automóveis multicombustíveis – que aceitam mais de um tipo de combustível. "Recebemos vários pedidos para que avançássemos numa cooperação na área do álcool combustível", revela o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Mário Vilalva. Protocolos de cooperação técnica neste sentido devem ser assinados hoje (12), durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guatemala.
"América Central e Caribe são produtores de açúcar, já não agüentam o alto preço do petróleo e necessitam fazer determinadas conversões na sua estrutura produtiva e energética de modo a utilizar o etanol com competitividade, como o Brasil vem fazendo", analisa o embaixador. Segundo Vilalva, o Brasil vai transferir tecnologia para a produção de etanol, o que pode resultar na exportação de usinas e do próprio combustível. "Até que possam converter a produção deles de açúcar para etanol, vão precisar de quantidades maiores de combustível e já pediram isso ao Brasil".
Paralelamente, há interesse na compra de automóveis multicombustíveis – também chamados de flex fuel. O embaixador informa há demanda de importação imediata por parte de países que já estão lançando seus programas oficiais de etanol combustível. "Um exemplo é de Honduras, que nos tem contactado com muita freqüência e muita insistência querendo já importar automóveis multicombustíveis para a região", revela.
O diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty explica que a exportação de carros dispensa acordo específico pois a América Central não conta com indústria automotiva. A comercialização, nestes casos, é feita por contratos de compra caso a caso. Depende, apenas, de negociação tarifária. "Hoje, cada país da América Central aplica uma tarifação sobre importação de automóveis. Se eles têm interesse em importar carros multicombustíveis e só o Brasil está produzindo, eles têm que baixar para tarifa 0 para que estes automóveis possam entrar imediatamente e eles possam acelerar a implementação de seus programas de álcool combustível", afirma Mário Vilalva.
Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os três garçons do restaurante Fiorella, do empresário Sebastião Buani, afirmaram hoje (12) que entregaram pacotes com dinheiro na Primeira Secretaria da Câmara dos Deputados durante o período em que o atual presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), ocupou o cargo. Os garçons chegaram há pouco à Polícia Federal, para prestar depoimento sobre o caso, e falaram à imprensa.
Buani acusa Severino Cavalcanti de, na época em que era primeiro-secretário da Câmara, cobrar propina para que o empresário pudesse manter a concessão de seu restaurante, Fiorella, no décimo andar da Câmara dos Deputados.
De acordo com um dos graçons, Helio Antonio da Silva, a filha de Buani, Gisele Buani, diretora financeira do restaurante, escolhia um garçom para entregar dois envelopes e, segundo ele, afirmava: "Leve com cuidado porque tem dinheiro dentro". Helio disse que teme pela sua segurança e pela permanência no emprego.