Agência Telam
Buenos Aires (Argentina) - O número dois e porta-voz das Forças ArmadasRevolucionarias de Colombia (Farc), Raúl Reyes, foi mortona madrugada de hoje (1º) durante uma operação militar que inclui o bombardeio deum acampamento da guerrilha e posterior combate, ocorrido em parte emterritório equatoriano.Após as primeirasversões de agências internacionais e da RádioCaracol, de Bogotá, o governo colombiano confirmou a morte deReyes, feito que considerou “um duro golpe” na mais antiga emaior guerrilha do país.O ministro da Defesa, JuanManuel Santos, disse que juntamente com o porta-voz, morreu umideólogo do grupo, Guillermo Enrique Torres, cujo nome deguerra é "Julián Conrado".Os doiscorpos, explicou, estão em poder das autoridades de Bogotá."Quero comunicar ao país que em uma operaçãoconjunta das Forças Armadas e da polícia, foi dado comobaixa Raúl Reyes, membro do secretariado das Farc. É ogolpe mais contundente nesse grupo terrorista até o momento”,afirmou Santos durante entrevista coletiva.Segundo oministro, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, telefonou paraRafael Correa, do Equador, “para informá-lo da situação”,ocorrida em uma região de fronteira entre os dos países.Correa, em declarações divulgadas pela rede de tevêCNN, renovou sua solidariedade ao povo colombiano, afirmou que “todaperda de vidas humanas é sempre uma dor” e voltou a seoferecer como eventual mediador “se houver algo que possamosfazer”.Santos contou que uma vez bombardeado o acampamento, as Forçascolombianas receberam ordem para entrar e neutralizar o inimigo,enquanto a polícia foi incumbida de manter o controle da áreaaté a chegada das autoridades equatorianas.Segundo oministro, o “resultado da operação” atéaquele momento indicava a morte de 17 guerrilheiros, entre elesReyes, integrante da cúpula das Farc cujo verdadeiro nome eraLuis Edgar Devia Silva.Santos disse que os bombardeios foramfeitos a partir do território colombiano, com colaboraçãodas autoridades do Equador. "No momento em que unidades da forçapública transportadas por helicópteros se aproximavamdo local, foram atacadas a partir de um acampamento das Farclocalizado no lado equatoriano, a menos de 1.800 metros da fronteira.Um dos nossos soldados infelizmente morreu nesse ataque”.A operação foi realizada na madrugada de hoje, numazona próxima ao Rio Putumayo, a partir de dados de "fonteshumanas e de inteligência", detalhou Santos. Olíder rebelde Reyes, um dos sete integrantes da direçãodas Farc, foi o mais importante negociador durante os frustradosdiálogos de paz com o governo do então presidenteAndrés Pastrana (1998-2002), quando as tratativas serealizaram numa área desmilitarizada de 42 mil quilômetrosquadrados. Reyes ficou conhecido internacionalmente ao viajarpor vários países europeus junto com delegados dogoverno de Bogotá durante esse processo de paz. Alémdisso, tinha coordenado as frentes internacionais da guerrilha queoperaram em vários países da Europa, México eCosta Rica. Era um ex-sindicalista que entrou nas Farc nos anos 70 esubiu rapidamente na hierarquia.Contra ele, pesavam mais de25 mandados de prisão por crimes como terrorismo, sequestro eassassinatos, entre outros, segundo a agência italiana Ansa.A morte de Reyes ocorre três dias após novaliberação unilateral de reféns(ex-parlamentares) por parte da guerrilha e um dia após acaptura de Lucio Gómez Briñez, outro alto dirigente dogrupo, acusado de ser um dos responsáveis pelo sequestro doagora chanceler Fernando Araújo.
Quênia Nunes
Da Agência Brasil
Brasília - Mais de 300 pessoasentre gestores municipais e estaduais, secretários estaduais e municipais das áreas de educação, saúde, esportes, cultura e inclusão digital se reuniram emBrasília na última semana para aperfeiçoaros mecanismos de ampliação da jornada escolar para outros 47municípios.De acordo com oMinistério da Educação (MEC) serão repassados, neste ano, cerca de R$ 60milhões para serem aplicados na infra-estrutura das escolascom ampliação de refeitórios, instalação de quadras de esportes e de banheiros adequados para que essas escolas tenham condições de atender os alunos em horáriointegral. De acordo com adiretora de Educação Integral, Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada,Alfabetização e Diversidade (Secad), Jaqueline Moll, oobjetivo de ampliar a jornada escolar é trabalhar odesenvolvimento integral da criança. “Nãose trata de ocupar um tempo para que as crianças nãofiquem na rua, o nosso objetivo é constituir uma perspectivade um processo educativo que permite a esse sujeito se desenvolverintegralmente em todos os campos, em termos de educação,de construção de uma sensibilidade estética, de inclusão das novas tecnologias de informação ecomunicação, nas práticas esportivas, no mundodo letramento, no campo da literatura e no mundo das artes. Épreciso qualificar o tempo educativo das novas gerações.”Segundoela, a meta é articular o programa Mais Educação - do MEC - com outras iniciativas do governo como o Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.O Índicede Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) foi o critério utilizado para a escolha dos 47municípios que entrarão para o programa.“Estamostentando trabalhar com escolas estaduais e municipais que sãode grande vulnerabilidade, com grande concentração deviolência juvenil, violência contra os jovens, homicídiojuvenil, então cruzamos vários dados e chegamos a 1970 escolas”, disse Jaqueline.Com a ampliaçãoda jornada escolar, as crianças vão passar a fazer asrefeições básicas do dia na escola. “Buscaremos não oferecer só o almoço e o lanche, mas até a janta.” De acordo com adiretora, o programa deveter início ainda este ano.
Pablo Kaschner
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A partir de hoje (1) pecuaristasde todo o estado do Rio de Janeiro devem imunizar os rebanhos contraa febre aftosa. A campanha de vacinação contra a doença, que podecausar sérios prejuízos para a economia rural, vai acontecer durantetodo o mês de março.Deacordo com o secretário estadual de Agricultura,Pecuária, Pesca e Abastecimento, Christino Áureo, o controle da doença realizado noestado, que há 11 anos não registra ocorrência de aftosa, temcontribuído para que o Rio de Janeiro se destaque nacionalmente emrelação à qualidade do plantel de gado.Duranteas etapas de vacinação, que serão realizadas em parceria com diversasentidades governamentais e da sociedade civil, os pecuaristas serãoorientados sobre a importância da imunização dos rebanhos.Segundoa Secretaria de Agricultura, o produtor que não comprovar a imunizaçãode seus animais junto ao Núcleo de Defesa Agropecuária de sua regiãoaté o quinto dia útil após o encerramento da campanha poderá sermultado, além de ter suspensa a comercialização de produtos e subprodutos e o trânsito de animais proibido.
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Equipes de resgate encontraram a caixa preta e a fuselagem do helicóptero Super Puma da BHS que transportava funcionários da Petrobras e caiu no mar, na tarde da última terça-feira (26). Em nota divulgada hoje (1), a estatal informa que o resgate tanto da caixa preta quanto da fuselagem da aeronave devem acontecer na próxima semana, após a elaboração de um plano conjunto da Petrobras com a Aeronáutica.Ainda segundo a nota, apenas dois dos 15 passageiros resgatados com vida permanecem internados. O caso de José Carlos Bezerra do Nascimento, 47 anos, é o mais grave. Ele está internado em Macaé e na manhã de hoje (1) foi submetido a uma cirurgia na cabeça para a retirada de um hematoma.O estado de saúde do passageiro Alessandro Moraes, 28 anos, é considerado estável. Ele foi transferido para um hospital em Campos dos Goytacazes para ficar mais próximo da família.A Petrobras informou, ainda, que continuam as buscas pelo piloto Paulo Roberto Veloso Calmon, 63 anos, da empresa BHS Helicópteros. Ele é o último desaparecido do acidente com a aeronave, que levava 20 pessoas. No acidente, quatro pessoas morreram.
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O hangar da BHS Helicópteros Táxi Aéreo S.A no aeroporto de Macaé, no norte fluminense, foi parcialmente interditado por fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no estado do Rio de Janeiro. Os lacres nas portas da oficina de manutenção da empresa, que presta serviços para a Petrobras, foram colocados no final da tarde de ontem (29), mas a vistoria foi realizada na quarta-feira (27).Os fiscais da Delegacia Regional do Trabalho em Macaé estiveram no hangar da BHS atendendo denúncia do Sindicato dos Petroleiros do norte fluminense. O trabalho foi acompanhado pelo presidente da entidade, Armando Freitas, que considerou a interdição "uma vitória dos trabalhadores", já que foram encontradas diversas inconformidades com as normas de segurança."Eles [os fiscais] pediram o diagrama da parte elétrica e não tinha. Pediram o resultado da intensidade de luz no hangar, já que a manutenção das aeronaves é feita durante a noite, e eles também não tinham. Alguns tanques onde é feita a limpeza das peças dos helicópteros estavam sem a certificação da legislação brasileira e os equipamentos de combate a incêndio também não estavam dentro das conformidades", destacou o sindicalista.Segundo Freitas, estas fiscalizações são pedidas pelo Sindicato dos Petroleiros rotineiramente e são intensificadas quando ocorre um acidente com vítimas fatais. Ele lembrou que, em uma outra inspeção da Delegacia Regional do Trabalho, a BHS foi multada e obrigada a sanar as irregularidades, mas o hangar não chegou a ser interditado.Ontem (29) dez funcionários da Petrobras se recusaram a embarcar em um helicóptero da BHS que os levaria para a plataforma P-8 no campo de Marimbás, na bacia de Campos. De acordo com Armando Freitas, o grupo ficou com medo de um novo acidente.A assessoria da Petrobras confirmou a recusa dos funcionários de embarcar no helicóptero da BHS, mas considerou o fato isolado.Em nota, a BHS informou que "vem concentrando todo o esforço possível para apurar e identificar as supostas irregularidades apontadas pelos auditores-fiscais e que não economizará meios para saná-las". Esclarece, porém, que sempre adotou as mais modernas medidas de saúde e segurança do trabalho, com respeito às normas vigentes.Na última terça-feira (26), um acidente com um helicóptero da BHS à serviço da Petrobras, na bacia de Campos, deixou 4 mortos. Dos 20 passageiros, 15 foram resgatados com vida. Uma pessoa continua desaparecida. As buscas estão sendo feitas por 10 embarcações, três helicópteros e cinco barcos equipados com robôs submarinos.
Sabrina Craide e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O decretoque muda as regras para concessão de créditoconsignado estabelece que o Ministério do Planejamentodefinirá um limite para a cobrança de juros. Na avaliaçãodo vice-presidente da Associação Nacional dosExecutivos de Finanças, Administração eContabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, a limitaçãonão deve inibir os bancos.Elelembra que, para os empréstimos destinados a aposentados epensionistas, já existe um limite de 2,64% aomês, e muitas vezes os bancos cobram até menos. “Isso demonstra que eles se dão porsatisfeitos com uma taxa menor porque continuam ganhando bem. Euentendo que nesse tipo de crédito, em que há umagarantia de salário, deveria sim haver um teto”.Segundo Oliveira, os juros cobrados nos empréstimos aservidores têm ficado no mesmo patamar daqueles concedidos aaposentados e pensionistas.Apesar de reconhecer que os juroscobrados para os empréstimos consignados são maisbaixos que os disponíveis no mercado, o diretor daConfederação Nacional dos Trabalhadores do ServiçoPúblico (Condsef), Sérgio Ronaldo da Siva, defendea redução da taxa.“Se otrabalhador tem alguma reserva que coloca na caderneta de poupançae rende 0,5% ao mês, é um absurdo pagar juros nosvalores que estão sendo cobrados”, comenta.O decreto prevê também que o servidor tem até 60meses para pagar o empréstimo. Na opinião de Silva,é muito tempo. “É um tempo muito longo, mas cada umvai fazer a sua opção, dentro do que suporta pagar”. Eleacrescenta que a Condsef recomendará que o servidor optepelo tempo máximo somente “se estiver no últimoapuro”.O diretorlembra que, independentemente do prazo estipulado para opagamento do empréstimo, o importante é que o servidor cumpra suas obrigações. “Se você faz oempréstimo, tem o dever de pagar, seja num tempo longo oucurto. Mas quanto maior for o prazo, mais o servidor vai pagarpelos juros bancários”, argumenta. Já Miguel de Oliveira avalia que os cincoanos podem ser benéficos para os credores e para oandamento da economia. “Prazos longos são bons para aeconomia, porque quanto maior o prazo, menor o valor da prestação,então [se] consegue trazer para o mercado de consumo pessoas comrenda menor, pois têm prazo mais longo para pagar”.Apesardisso, ele ressalta que, quanto maior o prazo, mais caro o financiamento vai ficar, por causa dos juros cobradosmensalmente. “Mas, de um modo geral, é benéficopara o consumidor ter essa opção de escolha”,afirma. Outra regranova é que somente associações com pelos menos700 associados, ou uma quantidade que represente 90% do total deservidores da categoria, poderão descontar a mensalidade nafolha. Para o diretor da Condsef, a limitação podeimpedir a ação de “associaçõesfictícias”, criadas apenas para conseguir debitar valores nocontracheque. O decretoautoriza ainda os bancos privados a conceder créditoconsignado para os servidores públicos. Saiba mais.
Diego Paes
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Debater políticas públicas sociais e unir os movimentos da sociedade civil em torno de bandeiras comuns é o objetivo do encontro que acontece neste fim de semana no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Segundo o ambientalista Sergio Ricardo de Lima, o intuito do seminário dos Movimentos Sociais é unir forças para reivindicar políticas públicas sociais. "Nos últimos anos tem havido uma intensa fragmentação dos movimentos sociais e com isso uma desorganização muito grande e a sociedade civil perdeu a força de pressão por política pública, então a idéia é juntar os movimentos para debater essa conjuntura" afirmou Sérgio Ricardo.O objetivo é debater assuntos como a política de segurança pública, agronegócios, reindustrialização do estado do Rio de Janeiro, além de temas nacionais como a integração do Rio São Francisco às bacias hidrográficas do Nordeste Setrentional, a questão da anulação do leilão da Vale do Rio Doce e a utilização dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Participam do seminário movimentos da educação, juventude, dos direitos humanos, sindicatos, ambientalistas. Segundo Sérgio Ricardo, outro propósito do evento é elaborar um calendário unificado e iniciar a construção de projetos de comunicação para a Plenária dos Movimentos Sociais e trabalhar para a formação política da militância.Para o dia 26 de março está marcada uma manifestação em frente à sede do BNDES no Rio para protestar contra o investimento em grandes empresas e solicitar mais recursos públicos para cooperativas de agricultores que trabalham com o fomento à agricultura familiar e ecológica. A manifestação vai ter a participação de movimentos de todo o país.
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Alinha de crédito com desconto em folha para servidores,aposentados e pensionistas corresponde a 57,3% de todo o créditopessoal concedido no país, segundo a AssociaçãoNacional dos Executivos de Finanças, Administraçãoe Contabilidade (Anefac).Segundoo vice-presidente da entidade, Miguel de Oliveira, a linha de créditoconsignado, com desconto em folha de pagamento ou no benefícioprevidenciário, é uma das que mais crescem no país.Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 32%.“Atendência é que essa linha continue crescendo na médiade 30% ao ano, pelo menos”, afirma. Segundo ele, a facilidade deacesso e o interesse dos bancos, por ser um empréstimo debaixo risco, são as causas do crescimento.Quemmais recorre a esse tipo de empréstimo são osaposentados e pensionistas. “Isso é devido àsdificuldades que eles teriam numa outra linha de crédito,pelos baixos rendimentos que têm e pela grande dependênciadesses recursos”, explica Oliveira. Em segundo lugar, vêm osfuncionários públicos ativos, seguidos pelosfuncionários da iniciativa privada.ParaOliveira, apesar dos avanços que o mercado de créditoconsignado registrou desde sua implantação, como alimitação de valores a serem obtidos, o estabelecimentode regras sobre os juros praticados e o alongamento do prazo para opagamento, ainda faltam orientações para os tomadoresde crédito, que muitas vezes não sabem dos riscos quecorrem ao recorrer a esse tipo de empréstimo.Omaior perigo dessa modalidade, segundo ele, é que o credor nãoconsiga arcar com despesas inesperadas. “O risco é queeventualmente algo aconteça na vida dele, como uma doença,uma batida de carro, uma gravidez inesperada, as despesas comeducação do filho. Se algo acontece que nãoestava previsto naquele momento da contratação, elepode não conseguir pagar outras despesas adicionais porque osalário vai estar comprometido”, avalia.Elediz que, apesar de existir um limite com o qual os servidores podemcomprometer seus salários ou benefícios nosempréstimos, é preciso ter cuidado com outros tipos dedívidas, como crediários em lojas. “Ele pode seendividar acima desse limite, porque além do empréstimoconsignado, pode fazer empréstimos em lojas e assumir dívidassem vincular o salário”, afirma.Quemmais recorre a esse tipo de empréstimo é ofuncionalismo público. Do total de R$ 65,5 bilhõesdestinados ao crédito consignado em janeiro, R$ 56,8 bilhõesforam destinados a servidores públicos, na ativa ouaposentados e pensionistas, o que representa 87% do total. Os outros8,7 bilhões se destinaram a funcionários da iniciativaprivada, por meio de associações e sindicatos.
Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de 300 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na madrugada de hoje (1º) uma fazenda no munícipio de Itatiba, próximo a Campinas, no interior de São Paulo. O comando da Polícia Militar na cidade confirmou à Agência Brasil que a ocupação é pacífica e que não houve incidentes.De acordo com Rosely Maria Paini, uma das coordenadoras da ocupação, esta é a terceira tentativa recente das famílias do Acampamento Comuna da Terra Che Guevara de conseguir assentamento.“Essas famílias ocuparam a Fazenda Belém, em Franco da Rocha, e depois a Fazenda Eldorado, em Valinhos, e foram despejadas [das duas]. E como não foram atendidas pelo programa de reforma agrária ainda, continuam acampadas sem nenhuma resposta e decidiram ocupar esta fazenda em Itatiba.”De acordo com Rosely, a Fazenda Haras Rosa Sul - que foi ocupada - possui instalações para criação de cavalos, mas está vazia e estaria à disposição de uma imobiliária para loteamento.Segundo comunicado do MST, a fazenda fica no quilômetro 108 da Rodovia Dom Pedro I e possui 300 hectares. Na avaliação de Paini, a terra é valiosa e a proximidade das áreas urbanas da Grande São Paulo permitiria a produção e a vida dessas famílias.A cidade de Itatiba fica a cerca de 26 quilômetros de Campinas. O comando da Polícia Militar de Itatiba disse que a ocupação foi pacífica porque a fazenda não está em operação aparente e é guardada apenas por caseiros. Ainda de acordo com o comando, a movimentação das famílias está sendo acompanhada, alternadamente, por um veículo da Polícia Militar ou da Polícia Rodoviária Estadual.Em comunicado à imprensa, o MST “exige o assentamento imediato das famílias e a vistoria do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], nas centenas de latifúndios improdutivos na região da Grande São Paulo e Campinas”.
Agência Telam
Buenos Aires (Argentina) - LuisEdgar Devia, porta-voz internacional das Forças ArmadasRevolucionárias da Colômbia (Farc) mais conhecido comoRaúl Reyes, e pelo menos outros 18 guerrilheiros morreram hoje(1º) em uma operação das Forças Armadas daColômbia na fronteira com o Equador, no sul do país,segundo fontes do governo colombiano.Oscombates teriam começado na última quinta-feira, nazona rural de San Miguel, numa grande operação conjuntadeflagrada pelos militares e pela Polícia Nacional.Éa primeira vez que um integrante do secretariado (primeiro escalão)da guerrilha morre numa ação militar, segundo oMinistério da Defesa da Colômbia.