Após sete meses de reestruturação, Caixa reabre sistema de penhora

06/12/2005 - 19h44

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – A Caixa Econômica Federal voltou a fazer um leilão de jóias de penhora, no Rio de Janeiro, na semana passada, depois de um período de paralisação de atividades de sete meses para reestruturação e modernização do serviço. As informações foram divulgadas hoje pela assessoria de imprensa da Caixa.

O leilão resultou na venda de 2.714 lotes, que foram arrematados pelo público por R$ 4,6 milhões. O ágio obtido atingiu 30% em relação ao valor da avaliação. Segundo analisou a instituição, o leilão do Rio de Janeiro foi positivo, na medida em que mais de 21.500 contratos do sistema de penhor foram renovados ou quitados pelos clientes, para evitar que as jóias fossem leiloadas.

O êxito obtido na operação levou a Caixa a agendar os novos leilões. O próximo será realizado neste final de semana, em Belém (PA), seguindo-se Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), Natal (RN), Recife (PE) e São Paulo (SP) nos dias 15 e 16 deste mês, além do Rio de Janeiro (RJ), que terá um segundo pregão.

De acordo com a Caixa, o lote contendo um anel de ouro e diamantes e um broche de ouro com coral e diamantes obteve o lance mais alto do leilão, da ordem de R$ 45,999 mil. O lote de menor valor, reunindo um colar, um relógio, uma pulseira e um pendente, avaliado em R$ 715,00, foi arrematado por R$ 717,00. Um total de 5.249 lotes foi exposto no leilão do Rio de Janeiro.

O sistema de penhor da Caixa foi instituído em 1861 e, segundo a instituição, representa uma das formas mais baratas e fáceis de acesso a crédito. Basta que a pessoa se dirija a uma agência da Caixa e solicite o crédito. A jóia apresentada é avaliada pela equipe técnica da Caixa, que concede o empréstimo no valor da avaliação. A única exigência é a jóia como garantia do recurso emprestado. Somente este ano, o sistema de penhor da caixa movimentou R$ 3,68 bilhões, revelou a assessoria.