Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A exportação brasileira de flores é quase nula e não se vislumbra nenhum futuro promissor, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kees Schoenmaker. Ele informou que as poucas estatísticas que aparecem não se referem a flores cortadas, nem a plantas, a mudas ou bulbos. “Em vez de exportar, hoje em dia nós estamos importando da Colômbia e do Equador”. Rosas estão entre as principais flores importadas.
Segundo Schoenmaker, o Brasil nunca teve destaque no campo da floricultura no mercado exterior. “A gente era conhecido. E com a piora do câmbio, a atividade parou”. Em outro sentido houve melhoria no mercado interno. “Por que, então, exportar?”, indagou.
Ele explicou que o clima no Brasil não é favorável à produção de flores como no Equador e na Colômbia, “que têm altitudes maiores do que a gente. Produzem acima de 2,5 mil metros. A gente para com 1,4 mil metros”. Schoenmaker informou que quanto mais alto e mais frio, mais propício é o clima para a produção de flores de alta qualidade.
O presidene da Ibraflor disse que o consumo está evoluindo de forma positiva. “Porque está se encontrando flores e plantas em todos os lugares, hoje em dia. Praticamente, todos os supermercados têm”. A qualidade do produtor final melhorou, bem como a durabilidade das flores, que “é muito maior do que há cinco ou dez anos “.
Segundo ele, isso faz com que aumente a satisfação do consumidor e o leva a repetir a compra. O consumo per capita no Brasil é R$ 26 por habitante/ano, o que ele considera que “não é bom, mas não é ruim”. Em 2012, o consumo por habitante/ano era R$ 23,02. Em comparação a outros países, principalmente da Europa, o consumo brasileiro é pequeno. “Na Europa, é até sete vezes maior”.
No Brasil, o maior consumo per capita em 2013 foi registrado no Distrito Federal (R$ 43,72), seguido de São Paulo (R$ 43,63), do Rio Grande do Sul (R$ 36,99), Rio de Janeiro (R$ 35,48) e de Santa Catarina (R$ 31,46).
Edição: Beto Coura
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