11/07/2010 - 17h35

Polícia apreende três balões na região metropolitana do Rio

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os policiais do Batalhão Florestal da Polícia Militar do Rio de Janeiro encontraram três balões - medindo entre 10 e 18 metros - em um terreno abandonado em Maricá, região metropolitana do estado. A polícia chegou ao local após receber uma denúncia anônima e também encontrou fogos de artifício, uma bolsa com material para confecção de balões e uma enorme bandeira. Ninguém foi preso.

De janeiro até agora já foram apreendidos mais de 150 balões e pelo menos 30 pessoas foram presas. O número é mais que o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apreendidos 68 balões e feitas 20 prisões.

O comandante do batalhão, tenente-coronel Mário Fernandes, disse que além das ligações feitas para o Disque-Denúncia (21 2253-1177) - que aumentou de R$ 1 mil para R$ 2 mil a recompensa para quem der informações sobre baloeiros - os policiais se baseiam no trabalho do Serviço de Inteligência para desencadear as ações.

Ele lamentou o fato de que pessoas que soltam balões não fiquem presas. Os envolvidos são apenas detidos, autuados por crime ambiental e depois são liberados. Se condenados, a pena pode chegar a três anos de prisão.

“A soltura de balões é uma cultura antiga e que persiste, principalmente nos meses de junho e julho. Este ano, a prática aumentou por causa da Copa do Mundo, mas estamos observando que a sociedade não aceita mais e está se manifestando, denunciando esta prática danosa ao meio ambiente”, disse.

No início de junho, o Batalhão Florestal montou uma força-tarefa para intensificar o combate à prática de soltar balões. São mais de 70 policiais envolvidos. Segundo o comandante Fernandes, as áreas de maior incidência de balões são Jacarepaguá, Bangu e Campo Grande, na zona oeste, Ilha do Governador, na zona norte, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Maricá e São Gonçalo, na região metropolitana do estado.

Neste ano, o maior incidente provocado pela queda de um balão foi um incêndio ocorrido em junho num morro na zona sul da cidade, que destruiu o equivalente a quatro estádios de futebol. Moradores das imediações chegaram a sair de suas casas e apartamentos assustados com o calor das chamas, que foram controladas somente um dia depois.

Edição: Andréa Quintiere
 

11/07/2010 - 17h27

TSE recebe dez pedidos de registro de candidaturas à Presidência da República

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu dez pedidos de registro de candidaturas à Presidência da República. Ontem (10), último dia para a apresentação de candidaturas aprovadas em convenções, o ex-senador João Américo de Souza, do Partido Social Liberal (PSL), protocolou seu pedido.

O prazo para o registro de candidaturas pelos partidos ou coligações terminou no dia 5 deste mês. De acordo com a Lei das Eleições (9.504/97), no entanto, os próprios candidatos, escolhidos em convenção, podem pedir o registro até 10 de julho caso o partido não tenha feito a solicitação.

O candidato do PSL declarou ter patrimônio de R$ 696 mil e apresentou como vice-presidente Gilberto de Souza Leal Júnior, do mesmo partido.  

No encerramento do prazo, o tribunal recebeu 150 pedidos de candidatos a governadores, 239 ao Senado, 4.202 à Câmara dos Deputados, 11.078 às assembleias legislativas e 802 à Câmara Distrital.

Edição: Graça Adjuto

11/07/2010 - 16h55

Caixa instala unidades móveis em Alagoas para atender vítimas das enchentes

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Caixa Econômica Federal instalará, a partir de amanhã (12), unidades móveis nos municípios do estado de Alagoas para atendimento às vítimas de enchentes. Cada unidade tem um contêiner equipado com guichês de caixa, linha telefônica e caixas eletrônicos. Os equipamentos permitem aos trabalhadores o acesso a serviços bancários encontrados em agências.

As unidades móveis serão instaladas em seis cidades de Alagoas. Branquinho e Rio Largo receberão os postos de atendimento no dia 12 de julho; Atalaia, Joaquim Gomes e Quebrangulo no dia 13 de julho; e Murici no dia 19 de julho.

Estão previstas ainda a instalação de uma agência lotérica móvel em Branquinho e a reabertura da Agência Rio Largo, ambas para o dia 19 de julho. As agências da Caixa que não foram atingidas pela enchente nos municípios de Palmeira dos Índios, Teotônio Vilela, Conceição da Paraíba, Pilar, Porto Calvo e Quilombo dos Palmares atenderão em horários diferenciados a partir de amanhã, das 8 às 16h.

Em Pernambuco, a agência provisória de Barreiros começa amanhã a atender trabalhadores vítimas de enchentes que querem sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Esse posto, localizado em frente à Igreja Matriz, atende a moradores desde o último dia 7. Segundo a Caixa, a maior demanda tem sido o pagamento dos programas e benefícios sociais, a exemplo do Bolsa Família, da Previdência e também a busca por informações sobre os procedimentos necessários para saques do FGTS.

Segundo o Caixa, nos próximos dias, Barreiros receberá outro contêiner onde será instalada a casa lotérica do município, que teve a antiga estrutura completamente inundada.

A Caixa elaborou um cronograma para que os trabalhadores de Barreiros solicitem o saque do FGTS.

 

TABELA DE ATENDIMENTO DO FGTS

DATA

INICIAL DO NOME

HORÁRIO

12 e 13/jul

A

08 às 16h

14/jul

B-C-D

08 às 16h

15/jul

E

08 às 16h

16/jul

F-G-H-I

08 às 16h

19, 20 e 21/jul

J

08 às 16h

22 e 23/jul

K-L-M

08 às 16h

26/jul

N-O-P-Q-R-S

08 às 16h

27/jul

T-U-V-X-Z

08 às 16h

Edição: Graça Adjuto

11/07/2010 - 16h02

Combate ao crime organizado é prioridade do novo secretário nacional de Justiça

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O combate à lavagem de dinheiro e ao crime organizado estão entre as prioridades do novo secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, que pretende ampliar os investimentos em tecnologia para aprimorar e agilizar as ações. Ele também quer reduzir a burocracia nos processos de regularização de estrangeiros que vivem no país. O uso de ferramentas tecnológicas, segundo Abramovay, permitirá uma gestão mais eficiente e transparente.

“A modernização já vinha sendo feita, mas a gente vai acelerar [o processo] para conseguir implementar definitivamente. No Departamento de Estrangeiros as pessoas vão poder fazer tudo pela internet, consultar seus processos e saber quais documentos estão faltando”, disse com exclusividade à Agência Brasil.

Abramovay assumiu o cargo na última terça-feira (6), no lugar de Romeu Tuma Júnior, exonerado após denúncias sobre suposto envolvimento com a máfia chinesa. Ele estava em Paris, se preparando para assumir a direção executiva do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Undoc), quando recebeu o convite do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.

“Eu estava estudando [em Paris], me preparando para esse processo [de assumir um cargo na ONU]. O Luiz Paulo Barreto me chamou e, como eu trabalhava aqui desde 2004, acho que não podia deixar de enfrentar o desafio. É uma secretaria muito interessante, que acumulou muita coisa nesses sete anos e meio de governo”, afirmou.

Segundo o Abramovay, o ministro pediu que a secretaria avançasse na integração de todos os setores relacionados à lavagem de dinheiro para tornar o combate mais eficiente. “ É uma parte que não é policial, mas lida com informação, com a busca e bloqueio de recursos. É importante que essa área esteja funcionando integrada com toda a política de segurança pública do governo”, disse o secretário.

No fim de junho, o Brasil foi elogiado pelo Grupo de Ação Financeira (Gafi), a maior autoridade internacional na área de combate à lavagem de dinheiro. De acordo com Abramovay, que participou da reunião na Europa, o país mudou completamente a maneira como enfrenta a questão.

“Fomos explicar para o Gafi a política de lavagem de dinheiro do Brasil. O que a gente percebe é uma admiração muito grande pelo trabalho daqui, sobretudo pelos avanços. Se antes você não tinha nenhum inquérito sobre o tema, hoje você tem centenas de inquéritos, várias condenações”, disse.

Segundo ele, o Brasil tem pelo menos US$ 3 milhões bloqueados no exterior. Para Abramovay, o bloqueio de recursos é a maneira mais eficiente de acabar com o crime organizado. “Se você impede que esses recursos sejam usados para continuar alimentando o crime, você começa a sufocar financeiramente o crime organizado, que se alimenta dos recursos ilícitos.”

A Secretaria Nacional de Justiça coordena o Departamento de Estrangeiros, o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (Dejus) e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

De acordo com Abramovay, serão feitas algumas mudanças em dois departamentos. Na próxima semana será anunciado o nome do novo diretor do DRCI. Além disso, Izaura Miranda deve assumir o Departamento de Estrangeiros.

Edição: Andréa Quintiere
 

11/07/2010 - 15h05

Instituto Butantan produz soro para veneno de abelha

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Um soro que vai neutralizar os problemas provocados por picadas de abelhas. O anúncio foi feito esta semana pelo Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, e pode virar realidade em breve no país.

“O produto é importante para acidentes com enxames. O envenamento por abelhas não é necessariamente mortal e pode ser resolvido com o soro. Por isso estamos trabalhando para produzi-lo”, disse o diretor do Serviço de Imunologia do instituto, José Roberto Marcelino.

De acordo com a secretaria, quando um adulto é picado por mais de 200 abelhas o corpo recebe uma quantidade de veneno suficiente para provocar lesões nos rins, fígado e coração. Isso pode debilitar esses órgãos e até levar à morte, o que poderá ser revertido com esse soro.

Um primeiro lote do soro contra veneno de abelhas já foi produzido em larga escala pelo Butantan, em conjunto com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), mas ainda precisa passar por alguns testes clínicos e ter aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser distribuído em hospitais da rede pública.

“O soro é produzido a partir de anticorpos criados em cavalos. Ainda precisamos testá-lo nos animais por mais um período para então o produto ser validado pela Anvisa. Somente após a anuência da agência o produto será testado em humanos voluntários e será distribuído para a população”, explicou Marcelino.

Segundo a secretaria, 576 ocorrências de picadas de abelhas foram registradas somente este ano em todo o estado paulista. No ano passado, aconteceram 1.557 ocorrências desse tipo, com duas mortes.

Edição: Andréa Quintiere

 

11/07/2010 - 14h37

Violência contra as mulheres é diária, diz ministra

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A violência contra a mulher acontece cotidianamente e nem sempre ganha destaque na imprensa, afirmou a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, após participar da abertura do Fórum de Organizações Feministas para a Articulação do Movimento de Mulheres Latino-Americanas e Caribenhas, neste domingo (11), em Brasília.

“Quando surgem casos, principalmente com pessoas famosas, que chegam aos jornais, é que a sociedade efetivamente se dá conta de que aquilo acontece cotidianamente e não sai nos jornais. As mulheres são violentadas, são subjugadas cotidianamente pela desigualdade”, afirmou ao ministra.

Segundo Nilcéa Freire, esse é um dos temas a serem tratados no fórum que termina amanhã (12) e também da Conferência Regional da Mulher da América Latina e do Caribe, que será aberta na próxima terça-feira (13), em Brasília.

A ministra lembrou dos casos da modelo Eliza Samudio e da advogada Mércia Nakashima. O principal suspeito do desaparecimento e da provável morte de Eliza é o goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, com quem ela teria tido um filho. No caso de Mércia, o principal suspeito é o ex-namorado Mizael Bispo de Souza. O corpo da advogada foi encontrado em uma represa no interior de São Paulo.

“Eliza morreu porque contrariou um homem que achou que lhe deveria impor um castigo. Ela morreu como morrem tantas outras quando rompem relacionamentos violentos”, disse a ministra.

Nilcéa Freire também criticou o fato de a Justiça não ter oferecido proteção à Eliza, com base na Lei Maria da Penha. “Não é bastante termos mais delegacias e juizados se as pessoas que lá trabalham não estiverem capacitadas”, destacou. Ela acrescentou que “muitos crimes têm acontecido porque os agentes públicos que atendem as mulheres subestimam aquilo que elas falam, acham que é apenas mais uma briga, desqualificam a vítima”.

A representante da comissão organizadora do Fórum de Organizações Feministas da América Latina e do Caribe, Guacira César de Oliveira, afirma que as mulheres participantes do encontro buscam pressionar os municípios, estados e o governo federal a estabelecerem metas de combate e de redução desse tipo de violência.

“A gente quer metas que se traduzam em investimentos, recursos públicos, equipamentos, estrutura. Existem muitos compromissos vazios no sentido de que são discursos, mas não se consolidam em obrigação efetiva que mude a vida das mulheres”, enfatizou.

A mulher vítima de violência pode ligar para a central 180 tanto para denunciar agressões quanto para reclamar por ter sido mal atendida pelos agentes públicos.
 

Edição: Andréa Quintiere

11/07/2010 - 14h28

Pesquisa comprova eficiência de exercícios respiratórios no controle da asma

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Exercícios respiratórios feitos sem a ajuda de nenhum tipo de aparelho podem melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas portadoras de asma. Foi o que comprovou a professora de educação física Ludmila Gomieiro, durante pesquisa de mestrado na Universidade de São Paulo (USP).

A asma é uma inflamação crônica do sistema respiratório capaz de provocar extrema falta de ar no paciente. Esse tipo de doença tende a se intensificar no período de inverno, quando a umidade diminui e o frio aumenta. Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo, as internações por doenças respiratórias crescem 60% nessa época.

Existem formas, entretanto, de aliviar quem vive com asma. Ludmila percebeu a eficiência dos exercícios de respiração no controle da doença ao ministrar aulas de educação física para um grupo de asmáticos. “Eu cheguei a ver alunos que chegavam em crise e conseguiam reverter a crise fazendo os exercícios respiratórios”, conta.

Apesar dos benefícios da prática, ela percebeu que havia certo desinteresse pelo assunto, pouco abordado pela literatura especializada e visto como pouco importante pelos alunos e professores. “Comecei a procurar estudos que provassem a eficácia dos exercícios respiratórios. Mas, até então, não tinha nada que medisse, por exemplo, a força dos músculos respiratórios”.

A partir dessas constatações, a pesquisadora desenvolveu um projeto em que avaliou a eficiência dos exercícios respiratórios em idosos com asma. Eles participaram de sessões de atividade de uma hora, duas vezes na semana, por quatro meses.

Após o período da pesquisa, os pacientes tiveram uma série de melhoras. No grupo de idosos, a pressão de inspiração máxima, um método utilizado para inferir a capacidade da musculatura respiratória, teve um aumento médio de 26,5%.

Os pacientes também relataram uma qualidade de vida muito maior do que antes dos exercícios. “Reforçando a parte estatística, eu tinha a comprovação por causa dos relatos que os pacientes fizeram ao longo do programa”, explicou. “Eles chegavam e diziam: professora, eu estou conseguindo fazer faxina, lavar roupa e não ficar com falta de ar”, disse ela.

Para que o efeito seja duradouro, no entanto, a prática dos exercícios deve ser constante. Segundo Ludmila, como parte da pesquisa, após os quatro meses de trabalho, os idosos ficaram um mês sem as atividades. Como resultado, a pressão de inspiração reduziu, em média, 20%.

Por conta dos benefícios comprovados  pelo estudo, Ludmila defende que a prática dos exercícios respiratórios seja incluída como parte do tratamento da asma. “Não é a cura, é um coadjuvante no tratamento medicamentoso. Mas espero que seja reconhecido e que eu veja o profissional de educação física ser inserido ali, junto com o pneumologista”.

Edição: Graça Adjuto

11/07/2010 - 14h08

Reciclagem de óleo gera renda para 1,8 mil trabalhadores em todo o país

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Ao jogar o óleo de cozinha usado na pia, o brasileiro não percebe que está ajudando a aumentar a contaminação dos córregos, rios e mares, além de colaborar para entupir o encanamento da sua residência e das galerias pluviais.

“Com uma iniciativa muito simples, os cidadãos podem ajudar na preservação do meio ambiente e na geração de renda para as pessoas carentes”, destaca a presidente da Associação Nacional para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível (Ecóleo), Célia Marcondes. Segundo ela, o armazenamento do óleo em potes de vidro e o encaminhamento do produto para postos de reciclagem está gerando renda para 1,8 mil trabalhadores em todo o país.

“São pessoas que vivem só disso”, afirmou Célia, em entrevista à Agência Brasil. A associação que ela preside não se responsabiliza pela coleta, mas é responsável pela criação de redes que fazem esse serviço. Cerca de 50 entidades e empresas, de acordo com Célia, já estão interessadas em participar desse processo.

Na Grande São Paulo, a organização não governamental (ONG) Trevo é uma das responsáveis pela coleta desse material em cerca de 2,5 mil prédios. Segundo Roberto Costacoi, a ONG que preside coleta, em média, 270 mil litros de óleo por mês. Todo esse óleo de cozinha que é recolhido pelos prédios, bares e principalmente restaurantes fast food de São Paulo é depois tratado e repassado para grandes indústrias de biodiesel. Com esse trabalho, a organização se autosustenta e gera emprego para 50 famílias que recebem, em média, R$ 1 mil por mês.

“A reciclagem tem várias vantagens: uma é que vamos deixar um mundo melhor para nosso filhos e netos. Outra é que vai cair pela metade o gasto do condomínio com o desentupimento de esgotos e encanamentos – e sabemos que qualquer desentupidora não sai de sua base por menos de R$ 1 mil. Tem ganho material, ganho ecológico e geração de emprego”, destacou Costacoi.

Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 366 municípios do estado de São Paulo, a reciclagem do óleo de cozinha realmente diminui o número de trabalhos de desobstrução na rede de esgoto. Em Cerqueira César, bairro da capital paulista onde o trabalho começou a ser desenvolvido em 2007 com as ONGs Trevo e Ecóleo, 1,6 mil condomínios aderiram ao programa e o resultado foi que o número de desobstruções de esgotos diminuiu 26% em relação aos demais bairros operados pela Sabesp.

De acordo com Célia, uma família brasileira formada por cinco pessoas consome cerca de quatro litros de óleo por mês. Desse total, um litro é descartado e o restante absorvido na comida. Pelos cálculos da Sabesp, cada litro desse óleo que é descartado nas pias polui mais de 25 mil litros de água.

“A reciclagem gera postos de trabalho e renda e aquilo que é problema, que é resíduo, vai passar a ser produto para as indústrias, que precisam do óleo como matéria-prima. Há uma gama enorme de produtos (biodiesel, sabão, tintas, vernizes e massas de vidro) que podem ser feitos com esse material que estamos jogando fora de forma irresponsável”, resumiu Célia.

As pessoas, empresas e condomínios que estiverem interessados em fazer parte da rede de reciclagem do óleo de cozinha podem procurar informações nos sites www.trevo.org.br ou www.ecoleo.org.br.

Edição: Graça Adjuto

11/07/2010 - 13h48

Kalil Filho diz que Alencar deve ter alta em dois ou três dias

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O médico Roberto Kalil Filho, que acompanha o tratamento do vice-presidente da República, José Alencar, no Hospital Sírio-Libanês, afirmou há pouco em que em dois ou três dias ele deve ter alta. Segundo Kalil, Alencar está bem e permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por rotina.

"O procedimento é rápido, demorou de 40 minutos a uma hora, ficou muito bom e ele vai voltar à vida normal em poucos dias."

De acordo com o oncologista Paulo Hossi, o tratamento contra o câncer será continuado no hospital. "Temos tido muita alegria com o tratamento do vice-presidente. Ele responde muito bem. Isso [o cateterismo] foi uma alteração que não estava prevista, mas que ocorre. O vice-presidente já havia tido a necessidade anterior de um stent [peça parecida com uma pequena mola, que impede a interrupção do fluxo sanguíneo] e isso não muda o tratamento oncológico daqui para a frente".

Segundo Hossi, a doença continua sob controle, com o acompanhamento mais intenso de três tumores em especial.

Alencar já havia colocado um stent na artéria marginal há cinco anos. Há mais de dez anos o vice-presidente luta contra o câncer e já passou por 15 cirurgias.

Edição: Graça Adjuto

11/07/2010 - 13h42

Em 2009, produção de armas de fogo no Brasil atingiu maior volume da década

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Assim como aconteceu com o comércio de armas de fogo, as indústrias fabricantes também sentiram o impacto do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, mas se recuperaram depois do referendo de 2005 - quando a população decidiu por manter a comercialização.

Em 2003, a produção atingiu o menor volume da década: 416 mil armas, uma redução de 56,2% em relação a 2001 (951 mil). Já em 2009, a indústria bélica nacional atingiu o recorde do período, com a fabricação de 1,05 milhão de revólveres, pistolas e fuzis. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército.

A aprovação do estatuto tornou mais rígidas as regras para a posse de arma de fogo por civis. Em 2004, a produção continuou baixa em relação aos anos anteriores, com 423 mil unidades fabricadas. Mas em 2005, após o referendo, a produção cresceu 27,4% em relação ao ano anterior - chegando a 539 mil armas fabricadas – e continuou crescendo em 2006 (721 mil), 2007 (917 mil) e 2008 (983 mil), até chegar a 1,05 milhão em 2009.

O Estatuto do Desarmamento também parece ter contribuído para que as indústrias de armas brasileiras - que têm na Taurus e na estatal Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) suas principais representantes - buscassem exportar mais sua produção. Em 2001, as fábricas exportaram 40,5% de sua produção.

Em 2004, esse percentual subiu para 86% e se mantém praticamente estável até hoje. Em 2009, por exemplo, as indústrias exportaram 88,8% de sua produção.

Edição: Andréa Quintiere

 

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