11/07/2010 - 9h43

Reforma ou construção de estádios é prioridade para receber Copa do Mundo

Akemi Nitahara
Repórter do Radiojornalismo

Brasília - O principal investimento que o país precisa fazer para receber uma Copa do Mundo é a reforma ou construção dos estádios, para que fiquem de acordo com as exigências de conforto e segurança da Federação Internacional de Futebol (Fifa). É também uma oportunidade para modernizar os equipamentos esportivos.

A França, por exemplo, não tinha um local com capacidade para 80 mil pessoas. O urbanista brasileiro Iuli Nascimento, que mora em Paris há 30 anos, explicou que a solução para a Copa de 98 foi construir o Estádio da França, na periferia de Paris.

“Quando a Fifa aceitou que a França organizasse a Copa do Mundo, o país teria que construir um estádio com capacidade para 80 mil pessoas, não só para a Copa, mas também para rúgbi, espetáculos, grandes manifestações”. Ele lembrou que o sistema foi feito por concessão, porque o Estado não tinha condições de financiar a operação. Uma convenção foi feita com empresas privadas para a construção do estádio.

A secretária-geral para Grandes Eventos Esportivos da França, Thérèse Salvador, explicou que foi escolhido um local de fácil acesso, a dez quilômetros de Paris. Moderno, o Estádio da França mudou a região de Saint Dennis e abriga vários eventos, além de jogos da Seleção Francesa de Futebol e outras competições esportivas, como a Copa do Mundo de Rúgbi, realizada em 2007.

“Muita coisa mudou, pois o estádio fica dentro da cidade. Isso permite à população chegar ao local a pé. O Estádio da França não é reservado apenas para eventos esportivos, ele também recebe shows, óperas e está sempre cheio”, disse.

O mesmo ocorre em Marselha, outra cidade francesa sede da Copa de 98 e do Mundial de Rúgbi. O líder da maioria no Conselho Municipal, Yves Moraine, lembrou que o Estádio Velódromo pertence a um dos principais times de futebol da França e também recebe outros eventos. “Para a população, o Vélodromo é o estádio do Olympique de Marseille, clube de futebol da primeira divisão francesa, mas também serve para outras atividades. Também abriga grandes shows. Definitivamente, é um estádio que serve para o futebol, mas não apenas para isso”.

Na Alemanha, que recebeu a Copa em 2006, foram gastos 2 bilhões de euros (R$ 4,44 bilhões) na reforma dos estádios. O tesoureiro da Federação Alemã de Futebol, Horst Schmidt, explicou que o planejamento financeiro precisa continuar depois da Copa, para que o estádio continue sendo utilizado.

“A manutenção de um estádio depende de como se utiliza. Nós tivemos a sorte, aqui na Alemanha, de que todos os estádios são utilizados para os jogos da primeira e da segunda liga. Com isso, há uma renda regular pela qual se mantém uma instituição dessa grandeza. O pior que pode vir a acontecer em um investimento desse é construir uma grande arena que, no fim, não se utiliza para nada”.

O jornalista esportivo Thomas Kilchenstein, de Frankfurt, lembrou que além dos estádios, também foram construídas novas estradas e edifícios-garagens. Como o investimento foi muito alto, o estádio precisa ser usado de várias formas para dar retorno financeiro.

O responsável pelo Departamento de Esportes no Senado alemão, Jorg Fisher, disse que em Berlim, o Olympiastadion, que foi construído para os Jogos Olímpicos de 1936, foi totalmente reformado e modernizado para receber a Copa. “Somente a reconstrução do Estádio Olímpico custou 42 milhões de euros (R$ 93,4 milhões), pois a parte interna foi totalmente demolida e reconstruída. Apenas a fachada não mudou. Algumas medidas foram temporárias, mas a grande parte, principalmente na área de esporte, ficou e beneficia a população”.

Na África do Sul, cinco estádios foram reformados e cinco construídos. O menor deles, o Royal Bafokeng, em Rustenburg, tem capacidade para 42 mil pessoas. O maior, o Soccer City, em Joanesburgo, pode receber até 95 mil pessoas.

De acordo com o Ministério do Esporte, o Brasil vai investir R$ 5,6 bilhões na reforma dos 12 estádios das cidades-sede da Copa. Desse total, R$ 3,7 bilhões virão de financiamento federal e R$ 2,1 bilhões de recursos locais ou privados.

Edição: Graça Adjuto
 

10/07/2010 - 17h43

Empresas brasileiras de comunicação querem restringir capital estrangeiro na internet

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As grandes empresas de rádio, televisão e jornais querem que a participação do capital estrangeiro no controle dos portais da internet fique restrita a 30%, conforme estabelece o Artigo 222 da Constituição Federal. O artigo restringe o controle da propriedade de empresas jornalísticas e de radiodifusão (som e imagem) a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos e a empresas com sede no país.

“As regras valem para todas as empresas jornalísticas, independentemente do meio pelo qual elas difundem suas informações”, acredita o advogado Gustavo Binenbojn, consultor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). A mesma opinião tem Kalled Adib Antonio, da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra): “A Constituição tem que ser cumprida. O capital estrangeiro não pode ter portal na internet e TV a cabo”, acrescentou.

A Abra e a Abert participaram na última quarta-feira (8) de audiência pública sobre a participação do capital estrangeiro na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados. Gustavo Binenbojn disse aos parlamentares que as regras têm como finalidade a preservação da cultura nacional.

O argumento, no entanto, é questionado por especialistas como o professor da Universidade de Brasília (UnB) Venício Artur de Lima, autor de 11 livros sobre comunicação de massa. Para ele, a posição das empresas brasileiras de comunicação tem a ver com os interesses financeiro e político. “A atividade econômica nas comunicações envolve a produção de capital simbólico, que tem o valor muito alto. Além disso, a atividade assegura uma fatia de poder”, disse Lima à Agência Brasil.

Binenbojn admitiu o interesse econômico. “Secundariamente, existe uma preocupação de que o mercado nacional não seja inviabilizado por uma competição predatória. Isso é uma razão relevante para fortalecer o mercado jornalístico. O interesse nacional está também no funcionamento saudável das empresas do ponto de vista financeiro”, avaliou.

Para Venício Lima, as empresas de rádio, TV e jornal estão “lutando para manter o que têm”. O esforço, no entanto, pode perder o sentido: “O que vai surgir após a [atual] transição tecnológica ninguém sabe”.

Essa também é a opinião do deputado Jorge Bittar (PT-RJ), membro da CCTCI, que teme que a manutenção das atuais restrições seja inócua no ambiente eletrônico: “Nada impede que o portal se transfira do país e opere em outro lugar com conteúdos brasileiros e estrangeiros”.

O parlamentar ressalta que o controle acionário da empresa não necessariamente assegura a veiculação de conteúdos nacionais. “Podemos ter uma empresa controlada por brasileiros em que os conteúdos veiculados não sejam majoritariamente brasileiros”, lembrou.

A Abert e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) estão aguardando resposta do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quanto à representação que fizeram em abril contra um portal da internet de capital espanhol que também veicula notícias. Parecer da Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações, publicado em maio, admitiu que a regra constitucional vale também para a internet, mas que não compete ao ministério fiscalizar o meio.

Edição: Graça Adjuto//A matéria foi alterada

10/07/2010 - 17h06

Planejamento para receber Copa do Mundo inclui serviços públicos

 

Akemi Nitahara

Repórter do Radiojornalismo

Brasília - Receber uma Copa do Mundo exige muito planejamento do país anfitrião e das cidades-sede. Além dos estádios e da infraestrutura de transporte, é preciso preparar os locais para receber um grande número de visitantes.

As melhorias devem permanecer para a população, como ocorreu em Saint Dennis, no subúrbio de Paris. O urbanista Iuli Nascimento, que vive na capital francesa há 30 anos, explica que o desenvolvimento proporcionado pela construção do Estádio da França para a Copa de 98 é sentido até hoje.

“Efetivamente, na área de Saint Dennis, um dos maiores objetivos era transformar a dinâmica de ocupação industrial que degradou muito o setor. Uma das prioridades da equipe era criar uma mistura de atividade, tanto residencial, como comercial e atividade secundária”. Hoje, a região abriga um centro de artes do circo, vários bancos e um polo de saúde. De acordo com o urbanista, a habitação que existia no local era de má qualidade, e atualmente há uma renovação total da área.

Para a Copa de 2006, a Alemanha reforçou os serviços. O responsável pelo Departamento de Esportes no Senado alemão, Jorg Fisher, lembrou que houve planejamento em todos os setores de segurança. A saúde também recebeu reforços, com a suspensão de férias e folgas dos funcionários. “Em hospitais e nas redes de emergência, o corpo médico foi ampliado e plantões para casos de catástrofes foram implantados nas redondezas dos estádios durante os jogos”.

Outro fator importante para receber uma Copa do Mundo é o apoio popular, lembrou o tesoureiro da Federação Alemã de Futebol, Horst Schmidt. “Sem um apoio sobrenatural da população não se pode organizar uma Copa. A população tem que querer e dizer: sim, eu apoio esse projeto.

O apoio da população foi demonstrado também na recepção que os visitantes tiveram na Alemanha. O jornalista esportivo de Frankfurt Thomas Kilchenstein garantiu que a Copa foi o melhor evento dos últimos 30 anos para o país. “Todos os alemães foram às ruas comemorar com os ingleses, com os franceses, com os brasileiros, com todos os países. Foi uma festa de futebol muito bonita e muito pacífica. Todos os ingressos foram vendido para todos os jogos."

Para Thomas, a realização da Copa mudou a imagem que o mundo tem do povo alemão. “Os alemães podem organizar bem, conseguem tudo, mas são como robôs e frios. Essa festa mostrou que nós somos agradáveis, simpáticos, amigáveis e também podemos festejar com os estrangeiros. O tema da Copa na Alemanha foi Em Casa de Amigos!.

Horst Schmidt, que também é consultor da Federação Internacional de Futebol (Fifa), ressaltou a importância dos locais públicos para assistir aos jogos, principalmente em países em desenvolvimento. “Boa parte da população ganha tão pouco que não tem como comprar uma entrada para assistir a um jogo". Para resolver o problema têm sido utilizados os telões, que possibilitam aos torcedores asssistir aos jogos fora dos estádios.

O Brasil já iniciou os preparativos para sediar a Copa de 2014. O ministro do Turismo, Luiz Barretto, explicou que o governo está preocupado com a qualificação profissional. “A gente tem esse guarda-chuva que se chama Bem Receber Copa, um grande programa de qualificação profissional que abrange os setores dos transportes, de bares e restaurantes, de cultura, da guarda-civil metropolitana, de hospitais.”

O programa foi lançado no começo do ano. De acordo com o ministro, também serão passadas noções básicas de inglês e espanhol. “A gente precisa pensar em serviços de melhor qualidade. Os restaurantes, por exemplo, têm que ter cardápio fora do português, assim como o serviço bancário e o caixa eletrônico devem ter as opções de espanhol e inglês.

Edição: Graça Adjuto

 

 

 

10/07/2010 - 16h33

Melhoria do sistema de transporte é um dos principais legados de uma Copa do Mundo

Akemi Nitahara

Repórter do Radiojornalismo

Brasília - Um dos principais legados que uma Copa do Mundo pode deixar para as cidades-sede é a melhoria do sistema de transporte.

Tudo tem que estar previsto no caderno de compromissos, apresentado à Federação Internacional de Futebol (Fifa) ainda durante a candidatura das cidades, explica a secretária-geral para Grandes Eventos Esportivos da França, Thérèse Salvador.

“O dossiê de candidatura volta-se, evidentemente, sobre os equipamentos esportivos, porque é preciso respeitar uma lista de exigências. As infraestruturas, normalmente, ficam um pouco longe das cidades e, muitas vezes, fora do estádio. É preciso melhorar tudo o que diz respeito ao acesso, às rodovias, aos trens, aos aviões, dobrar a capacidade de recepção para transportar uma quantidade enorme de pessoas ao mesmo tempo, sem criar riscos para a população”.

Tanto a França em 1998 quanto a Alemanha em 2006 não fizeram muita coisa, pois já havia um bom sistema de transportes. Na França, a região de Saint Dennis, na periferia de Paris, onde foi construído o estádio para a Copa, ganhou novas estações de metrô e de trem. O bonde e o ônibus complementam essa rede para atender a toda a cidade.

O jornalista esportivo Thomas Kilchenstein, de Frankfurt, lembrou que as principais construções que o país recebeu foram as reformas dos estádios. “A infraestrutura é grande, tudo já estava aí. Os estádios velhos foram demolidos e reconstruídos. Mesmo durante o campeonato nacional, enquanto ocorriam os jogos na parte velha, a parte nova estava sendo construída e assim por diante”.

A diretora da Secretaria de Transportes de Frankfurt, Nora Pullmann, explicou que todo o sistema foi melhorado nos preparativos para a Copa do Mundo. “Nada foi novo, mas todo o sistema foi ampliado. As estações receberam alargamento nas plataformas, para suportar mais passageiros, as ruas foram alargadas, o compartimento dos estacionamentos e garagens foi bem fixado para garantir organização e mais lugares. Não fizemos nada que não existisse, nós desenvolvemos, reconstruímos e ampliamos tudo nos transportes”.

De acordo com ela, todo o planejamento foi feito pensando no longo prazo. “Já ficou claro desde o início que nada seria feito ou construído que fosse usado somente durante a Copa do Mundo. Tudo foi feito, como as vias de acesso, a modernização de pontos e estações dos bondes, dos metrôs e trens, a construção de estradas, as garagens, guias, os sinais de itinerário com estabilidade e vai durar por muito tempo. Será usado durante os jogos da liga nacional e outros eventos”.

Na África do Sul, o transporte mais usado nas cidades é o táxi, mas as sedes também têm sistemas de metrô e ônibus.

Para 2014, o Brasil vai investir quase R$ 11,5 bilhões em projetos de transporte nas 12 cidades-sede. O ministro das Cidades, Marcio Fortes, lembrou que foi lançado, no começo do ano, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo e, simultaneamente, o PAC da Mobilidade Urbana na Copa.

“É importante a circulação rápida e segura dos torcedores e turistas entre o estádio e a rede hoteleira, o aeroporto, a rodoviária e também aqueles lugares onde haverá telões. Por outro lado, também deixar um legado para a cidade”. De acordo com o ministro, o PAC da Mobilidade é para atender à Copa e deixar uma contribuição para a melhoria do transporte nas cidades.

Marcio Fortes explicou que foram selecionados projetos que tenham um cronograma confortável para execução até 2014. “Todas as sedes têm projetos, seja o monotrilho para duas cidades, o VLT [Veículo Leve Sobre Trilho], uma espécie de bondinho de cidade, também foi atendido para duas cidades, 21 BRTs, que são corredores exclusivo de ônibus.” Além disso, o ministro cita obras viárias para melhorar o acesso às cidades e a circulação dentro delas, como o alargamento de uma avenida ou a construção de um viaduto.

Mesmo com a mudança de governo a partir de 2011, ele garantiu que não haverá problemas com os recursos dos projetos, já que a verba é do programa Pró-Transporte, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e já foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional.

Edição: Graça Adjuto

 


 

10/07/2010 - 16h31

Serra quer associar Bolsa Família a programa de saúde e capacitação de jovens

Carolina Pimentel

Enviada Especial

Fortaleza - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, deu hoje (10) o pontapé inicial de sua campanha na Região Nordeste. Junto com aliados de partido - o senador Tasso Jereissati e o candidato ao governo do Ceará, Marcos Cals - Serra fez uma caminhada, de aproximadamente uma hora e meia, pelas ruas da cidade de Cascavel, a 60 quilômetros de Fortaleza.

O candidato voltou a prometer que irá dobrar o número de beneficiários do Programa Bolsa Família. De acordo com ele, os recursos virão da redução no pagamento de juros. Serra avalia que o programa não é caro e disse que quer associar o Bolsa Família a outras ações, como saúde e capacitação profissional de jovens. O Nordeste é uma das regiões mais beneficiadas pelo programa.

“Não é um programa caro, especialmente se se leva em conta o proveito que a população carente tira dele”, declarou. “Não há uma correspondência entre quem recebe o Bolsa Família e o Programa Saúde da Família. É preciso fazer essa relação.”

O candidato criticou a proposta para a divisão dos royalties com a exploração do petróleo da camada pré-sal e defendeu que as regiões produtoras tenham direito a uma parcela maior. De acordo com o tucano, o modelo deve “atender a todos” e distribuir os lucros do petróleo entre os estados e municípios, mas as regiões produtoras – como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo – devem receber mais.

Os senadores aprovaram emenda que prevê a divisão dos royalties entre todos os estados e municípios, e não somente entre os produtores de petróleo. A matéria voltará a ser analisada pela Câmara dos Deputados.

“O governo lançou [a proposta de divisão dos royalties] e deixou correndo no meio de uma campanha eleitoral, causando conflito entre os estados. Precisamos harmonizar isso. É perfeitamente possível distribuir os benefícios do petróleo para o conjunto de estados e municípios. As regiões produtoras terão algo sempre de especial, porque elas produzem e precisam de estrutura”, afirmou aos jornalistas.

Serra disse ser contrário ao uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a fusão de companhias. “Uma coisa é emprestar dinheiro para investimento, formar capital novo. Outra é para uma empresa comprar outra. Eu não sou contra uma empresa comprar outra, mas não com dinheiro subsidiado”, disse.

Na área da saúde, Serra disse que pretende lançar um programa de acompanhamento médico para as grávidas – elas seriam atendidas pelo mesmo profissional, do pré-natal ao nascimento da criança. Ele afirmou que já desenvolveu essa iniciativa quando estava à frente do governo de São Paulo e pretende torna-lá nacional.

Para o Ceará, o candidato afirmou que dará continuidade a obras, de acordo com ele, “que foram anunciadas e mal começadas”. Ele citou a ampliação do Aeroporto de Fortaleza e a construção da Ferrovia Transnordestina, que irá até o Porto de Pecém, no estado.

Ao ser indagado porque decidiu iniciar pelo Ceará a campanha nordestina - região em que apresenta desempenho baixo nas pesquisas de intenção de voto - Serra alegou que tem apreço pelo estado e gostaria de visitá-lo mais.

Já o senador Tasso Jereissati, candidato à reeleição, negou que as cidades escolhidas para a visita de Serra – Cascavel, Uruoca, Marco e Massapê – sejam redutos eleitorais do atual governador Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro Gomes e aliado da presidenciável do PT, Dilma Rousseff. “Isso aqui não é colônia de ninguém. É do povo”, respondeu o senador.

Durante a visita a Cascacel, Serra visitou a feira do município, cumprimentou eleitores e comerciantes e, inclusive, fez uma parada em uma padaria para tomar um refresco e tirar fotos.

Edição: Andréa Quintiere

 

10/07/2010 - 16h08

Consultor da Fifa diz que segurança é uma das principais tarefas em Copas do Mundo

 

 

Beatriz Arcoverde
Repórter do Radiojornalismo

Brasília - A preocupação com a segurança na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha aumentou depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que atingiram as torres gêmeas em Nova York e o Pentágono, de 2004 na rede ferroviária em Madri e de 2005 nas estações do metrô de Londres. A Alemanha recebeu 2 milhões de visitantes e em todas as cidades-sede as aglomerações eram naturais.

Para o consultor da Fifa Horst Schmidt, a preparação do esquema de segurança foi a principal tarefa. “É muito importante que desde o início seja desenvolvido um trabalho cooperativo com a polícia e também que se usem as experiências de outros eventos. Todos sabemos que um acontecimento dessa categoria sempre está sob as vistas do terrorismo. Não temos uma visão do terror internacional, não sabemos em que situação se encontra e como age, sendo que para isso é necessário investir muito tempo e dinheiro para se prevenir na melhor das possibilidades”.

Todos os setores da segurança pública participaram da preparação do Mundial da Alemanha. O representante do Departamento de Esporte no Senado alemão Jorg Fischer explicou que as autoridades de segurança elaboraram planos próprios. “Do grupo de projetos fizeram parte representantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Berlim, bem como de outros setores de segurança pública, representantes de entidades de atendimentos de emergência e de prevenção de catástrofes. E também os responsáveis por hospitais”. Ele lembra que, durante os jogos, as zonas de segurança nos estádios só podiam ser visitadas com crachás de identificação.

Jorg Fischer esclarece que não houve novas contratações. “Não foram contratados novos funcionários, mas foram recrutados os que estavam de férias ou afastados. Férias, todas as folgas e afastamentos foram simplesmente riscados por esse período, funcionários de todo o estado foram recrutados e, quando não foi o suficiente, chamamos funcionários de outros estados”.

Para 2010, o Serviço Sul-Africano de Polícia investiu na contratação, no recrutamento e na formação de 41 mil funcionários para a Copa. Além disso, o número de policiais, que era de 55 mil, quase triplicou.

A violência e os riscos de ações terroristas e catástrofes são dificuldades que o Brasil terá que solucionar para 2014. Jorg Fischer considera a segurança o maior problema a ser enfrentado pela comissão organizadora. “Com certeza, a maior dificuldade é garantir a segurança para os visitantes, para os organizadores e para todos que estão ligados à Copa, o que pode mudar de acordo com a política mundial. Isso foi muito difícil porque, pouco antes do início da Copa, ainda não estávamos certos se tínhamos seguido todas as medidas de segurança exigidas”.

O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, informou que o Brasil está se preparando. Neste momento, a Copa do Mundo é considerada alta prioridade. “Nós temos certeza de que se intensificarmos os grandes programas estruturantes, como o de fronteiras, os de aviação em segurança pública, os de policiamento comunitário, vamos chegar em 2014 com um país completamente diferente”. Para ele, o evento deve servir de trampolim para melhorar a vida da população.

Edição: Graça Adjuto

 

 

 

 

10/07/2010 - 15h47

Polícia apreende 600 quilos de sardinhas no Rio

Cristiane Ribeiro

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Policiais militares do Batalhão Florestal apreenderam hoje (10) cerca de 600 quilos de sardinhas no cais do Gradim, em São Gonçalo, região metropolitana do estado. O pescado estava em dois barcos que tinham acabado de chegar ao cais. Os pescadores fugiram ao avistarem a viatura da Polícia Militar e ninguém foi preso.

Segundo o comandante do Batalhão Florestal, tenente-coronel Mário Fernandes, os policiais foram ao local checar uma denúncia anônima de que, mesmo proibida neste período de defeso, a pesca da sardinha continua sendo feita na Baía de Guanabara. Desde o dia 15 de junho - e até o dia 31 deste mês - a sardinha está na época da reprodução e por isso a pesca é considerada predatória.

“O pescador que for pego em flagrante vai responder por crime ambiental e se for condenado pode pegar de um a três anos de prisão, além de pagar multa”, explicou. As sardinhas apreendidas foram doadas para duas instituições beneficentes em São Gonçalo.

No início do mês, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente do estado apreenderam 4 toneladas de sardinhas em um caminhão estacionado próximo a Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), em Irajá, zona norte do Rio.

Os policiais também localizaram a mercadoria depois de checar uma denúncia sobre a existência do carregamento. Ninguém foi preso. Como estavam em boas condições para o consumo, as sardinhas foram doadas para creches de comunidades carentes em Irajá.

De acordo com informações da Secretaria Estadual de Agricultura, a sardinha é o peixe mais abundante no litoral fluminense, chegando a 19 mil toneladas por ano - o que representa quase 30% da produção de pescado no Rio de Janeiro. O preço também é um dos melhores, com o quilo variando de R$ 3,00 a R$ 4,00.

Além do alto valor de proteínas, a sardinha foi considerada pelos cientistas como uma das espécies com significativas concentrações de ômega 3 - um superalimento fundamental para o bom funcionamento do cérebro, coração e sistema imunológico.

Edição: Andréa Quintiere
 

 

10/07/2010 - 15h37

Marina Silva reafirma que prefere falar da plataforma de governo a criticar candidatos

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Em visita hoje (10) à Represa de Guarapiranga, na capital paulista, a candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, reafirmou que prefere falar sobre sua plataforma de governo a criticar ou opinar sobre os outros candidatos. Segundo ela, sua plataforma está disponível à sociedade brasileira para que sejam adicionadas contribuições e a expectativa é a de um debate aberto com os diferentes setores da sociedade.

“Eu acho que os candidatos não tinham se preparado para o debate, tinham se preparado para o embate", disse.

A uma pergunta sobre sua relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a candidata respondeu que seu relacionamento com os movimentos sociais é de respeito, porque o país é democrático com uma Constituição que assegura o direito de movimentação e organização. “Desde que não extrapolem o Estado Democrático de Direito, todos devem ser respeitados”.

Sobre a opção de voto declarada durante a semana pelo presidente do MST, João Pedro Stédile, Marina Silva disse que às vezes os líderes sinalizam um caminho, mas que as pessoas são livres para fazer suas opções. “A democracia é isso. Eu respeito todos aqueles que manifestam o voto de acordo com sua identidade e simpatias. Estou aqui para fazer o debate democrático com os outros candidatos e o diálogo de convencimento com o eleitor”.

Em relação ao pré-sal, a candidata defendeu cautela e disse esperar que os problemas da reforma tributária não sejam transferidos para o pré-sal. Segundo ela, é justo que haja uma partilha dos benefícios de exploração, mas essa partilha deve ser definida a partir do novo marco regulatório. “Um marco regulatório no qual esse recurso não esteja na plataforma continental, favoreça o conjunto do país sem prejudicar os estados produtores”.

De acordo com a candidata, a discussão sobre o pré-sal está contaminada pelo processo eleitoral e deveria ter sido adiada para depois das eleições. “Agora é o vale-tudo. Quem der o maior lance é quem ganha maior simpatia eleitoral”.

Para a candidata, parte dos recursos obtidos com a exploração do pré-sal deve ser destinada às políticas sociais e outra parte à tecnologia e inovação, para a pesquisa de novas fontes de energia que substituam os combustíveis fósseis. “Temos que sair do mal necessário para o bem desejável, que são as energias limpas, renováveis, seguras. Vamos ter que sair da idade dos combustíveis fósseis não por falta deles, é porque temos que produzir a energia do século 21, a energia da crise ambiental global que pode destruir o planeta”.

Marina Silva não cumpre mais compromissos de campanha neste fim de semana. Na segunda-feira (12), ela viaja para São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba, onde visita o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial do Instituto de Aeronáutica e Espaço (DCTA/IEA) e a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). 

Edição: Graça Adjuto

10/07/2010 - 15h00

Alencar será submetido amanhã a cateterismo

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da República em exercício, José Alencar, será submetido a um cateterismo amanhã (11), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento será feito para avaliar uma possível isquemia cardíaca sugerida por exames aos quais Alencar foi submetido nos últimos dias, de acordo com boletim médico divulgado pelo hospital.

Alencar está internado desde a última quarta-feira (7), quando foi ao Sírio-Libanês para uma sessão de quimioterapia em função do tratamento contra o câncer e apresentou quadro de hipertensão. Há mais de dez anos, Alencar luta contra o câncer e já passou por 15 cirurgias.

Na noite de hoje (10), assim que chegar de viagem a países da África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará José Alencar no hospital.

Edição: Graça Adjuto

10/07/2010 - 14h20

Lula visita Alencar no Sírio-Libanês hoje à noite

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na noite de hoje (10), logo após chegar da viagem a países da África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá visitar o vice-presidente, José Alencar, que está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A previsão é que Lula desembarque em São Paulo por volta das 19h20.

Alencar está internado desde a última quarta-feira (7), quando foi ao hospital para mais uma sessão de quimioterapia em função do tratamento contra o câncer. Na ocasião, foi diagnosticado um quadro de hipertensão e os médicos decidiram pela internação para fazer exames.

Ontem (9), em Joanesburgo, na África do Sul, o presidente Lula apontou a preocupação com o estado de saúde de Alencar como um dos motivos que o fez antecipar a volta ao Brasil. Inicialmente, Lula ficaria na África do Sul até amanhã (11) para assistir à final da Copa do Mundo.

Há mais de dez anos Alencar luta contra o câncer e já passou por 15 cirurgias.

Edição: Andréa Quintiere

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