Para historiador, Argentina precisa de política externa pró-ativa

07/10/2007 - 9h26

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma políticaexterior pró-ativa, que aposte verdadeiramente no Mercosul enão se prenda a uma visão de mundo a partir da óticado que acontece no país. É assim que o historiador eanalista político uruguaio Gerardo Caetano acredita que deveser a política externa da Argentina a partir das eleiçõespresidenciais de 28 de outubro.“Todosos países do Mercosul necessitamos que a Argentina vábem [economicamente], sobretudo depois do que padeceu, mastambém precisamos de uma Argentina que volte a se colocar nomundo”, afirmou Caetano em entrevista à AgênciaBrasil.O especialista explicaque depois da crise econômica no final de 2001 e iníciode 2002, a Argentina perdeu grande parte do seu crédito comoutros países. “Depois da crise e da forma como a Argentinaprossegue estes anos, sua credibilidade obviamente diminuiu”. Noentanto, lembra que o Mercosul, no qual a Argentina é um dospaíses mais fortes economicamente, junto com o Brasil, precisade uma Argentina que tenha crédito fora da AméricaLatina também.Para Caetano, umprovável governo de Cristina Kirchner – senadora e esposa doatual presidente Néstor Kirchner – deve trazer mudançasna condução da política externa. “Creioque se pode esperar de um governo de Cristina Kirchner algo que estegoverno de Néstor Kirchner não teve, que é umapolítica exterior realmente pró-ativa, que volte apriorizar o vínculo da Argentina com o mundo, e que nãoveja o mundo através dos olhos do que se passa na Argentina”.