OMS quer que cidades aproveitem potencial dos idosos

07/10/2007 - 10h39

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Organização Mundial de Saúde(OMS) lança nesta terça-feira (9), no Rio de Janeiro, o Guia Global das CidadesAmigas do Idoso.A capital fluminense foi a única metrópole brasileira incluída no guia. Aentidade pesquisou 35 cidades de 22 países. O objetivo da publicação é auxiliar as cidades de todo o mundo aaproveitar melhor o potencial de suas populações idosas, na medida em que essescentros urbanos crescem em tamanho e número.De acordo com a OMS, existem atualmente no mundo 600milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Segundo as projeções do órgão,esse contingente populacional deve duplicar em 2025, atingindo 1,2 bilhão depessoas em todo o planeta.O diretor da Universidade Aberta da 3ª Idade(UnAti), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Renato Veras,disse que  apesar dos avanços observados no país, ainda há muito a ser feito em benefício dos idosos. Segundo ele, esse “é um processo lento. Mas nósestamos pouco a pouco assumindo a questão do envelhecimentono país”.O diretor defende que  o guia vai dar elementos para que os governos elaborempolíticas públicas de proteção ao idoso. “Espera-se que o Ministério daSaúde vá botar em prática ações e fazer com que as cidades sejammais receptivas para os idosos e tenham mais programas preventivos”. Segundo Veras, o lançamento da publicaçãoda OMS abre, inclusive,  a possibilidade de financiamento internacionalpara os programas e projetos desenvolvidos no país. “É mais uma tentativa decolocar o idoso na agenda política e social do país”.Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), o Brasil possui hoje 19 milhões de idosos, o que representa10% do total da população. E a tendência é de crescimento cada vez maior, aponta Veras. “Daqui a 20 anos, seremos 32 milhões de idosos. É o grupoetário que mais cresce. E é por isso que nós temos que ter políticas públicas,sociais e  previdenciárias. Ou seja, o idoso não é uma  questãopequena. Tem que entrar na agenda de prioridades do país como algo muito sério,devido a esse enorme crescimento, que  vai se ampliar ainda mais nospróximos 10, 15 anos”, explicou.