Diretor da Petrobras avalia que ainda não é hora de aumentar preço de derivados

16/08/2005 - 20h25

Rio, 16/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - Na avaliação dos dirigentes da Petrobras, ainda não está configurado um novo patamar no preço do barril do petróleo no mercado internacional, apesar da alta do produto e da manutenção desse preço acima dos US$ 60 há vários dias. Para o gerente executivo de Relações com os Investidores, Raul Campos, se o preço do barril permanecer no nível atual, em torno dos US$ 66, a empresa "provavelmente" adotará uma política "compatível" com este novo patamar.

O dirigente lembrou que a estatal já esteve com os preços dos seus derivados por várias vezes alinhados com os do mercado internacional, da mesma maneira que também já esteve com preços abaixo deste nível. "Vamos ver o que vai acontecer aí. Vamos aguardar o fim do inverno americano para ver o que acontece com o preço do produto no mercado externo", afirmou Campos.

A Petrobras negou que esteja reajustando preços de outros derivados, como o do querosene de aviação (QAV) e o da nafta, para compensar a manutenção dos preços da gasolina, do GLP e do diesel no mesmo patamar do adotado em novembro do ano passado, quando do último reajuste dos derivados. "Essa questão do preço do barril do petróleo é um problema que a empresa tem avaliado continuamente e no dia em que chegar à conclusão de que chegou o momento de mexer no preço, nós vamos reajustar", afirmou o diretor de Finanças, Almir Barbasso.

Apesar da manutenção dos preços da gasolina, do GLP e do diesel no mesmo patamar desde novembro de 2005, o preço médio de venda dos produtos da Petrobras aumentou 10,9% no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre imediatamente anterior. Esse preço é determinado pela média dos valores cobrados pelos produtos comercializados pelas refinarias da estatal em todo o país. Em seu balanço, a Petrobras informa que o preço ficou em US$ 55,27 por barril.