Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje que os empresários brasileiros e argentinos não devem misturar questões do dia-a-dia com questões estratégicas. "Se vamos gastar a nossa energia nas questões do dia-a-dia, vai faltar energia para olhar para frente, olhar para o futuro, que é o que os nossos presidentes querem", disse Furlan, ao participar da abertura do encontro Empresarial Brasil-Países Árabes.
Segundo o ministro, a relação brasileira com a Argentina é profunda e permanente. Ele destacou que os contenciosos acontecem entre países que têm relações intensas e próximas. Furlan amenizou as críticas veiculadas em jornais argentinos de que ele seria duro nas negociações e que renunciaria ao cargo, se aceitasse salvaguardas entre os dois países. A Argentina defende que o mecanismo seja amplamente utilizado quando um dos países se sentir ameaçado por meio das importações. Para o governo brasileiro, a medida representaria um retrocesso do Mercosul.
"Li todos os jornais argentinos, e alguns davam a versão correta da reunião (Cúpula América do Sul – Países Árabes). Outros exageraram, buscando algum tipo de interpretação que não é a correta", destacou. O ministro do Desenvolvimento confirmou que vai comparecer ao encontro marcado no próximo mês, na Argentina, com empresários e autoridades de governo.