Lilian de Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As empresas aéreas TAM e Varig operam normalmente, depois do fim do compartilhamento de seus vôos desde a última segunda-feira (02). De acordo com o diretor-geral do Departamento de Aviação Civil (DAC), brigadeiro Jorge Godinho, as companhias cumprem as normas previstas no contrato de concessão. "Estão explorando o serviço com pontualidade, regularidade e a segurança esperada", afirma.

As transportadoras compartilharam vôos por mais de dois anos, desde março de 2003. Em fevereiro deste ano, atendendo a recomendação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), as empresas apresentaram uma proposta para encerrar gradualmente o compartilhamento. O prazo limite para o fim da parceria estava previsto para o dia 23. Segundo o documento que TAM e Varig enviaram ao Cade, mudanças na política do governo para o setor levaram à decisão de interromper o processo, que culminaria numa fusão das empresas.

Para Anderson Markiewicz, presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) e diretor de Mercado de Aviação Civil da Embraer na América Latina, o consumidor deve ser o maior beneficiado com o fim dos vôos compartilhados, ou code-share. De acordo com ele, as companhias vão melhorar os serviços prestados ao cliente e aumentar o número de vôos. "Essas empresas vão ter que fazer mais esforços para tentar assegurar a rentabilidade. Isso traz muitos benefícios para o passageiro", argumenta.

As empresas que operam em vôos regionais também comemoram o fim do compartilhamento. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Transportes Aéreos Regionais, Átila Yurtsever, isso concentrará as grandes empresas nas principais capitais do País. "Com o final do code-share, as empresas grandes são obrigadas a desviar algumas rotas e vai sobrar mais espaço para a gente, com certeza", celebra.

Somente no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, cada uma das companhias aéreas disponibilizou 20 novos vôos desde ontem. Os principais destinos são as capitais do país .