Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Senado deve votar amanhã (9) a medida provisória que reajustou o salário mínimo para R$ 300. A informação é do líder do PMDB da Casa, Ney Suassuna (PB), designado para relatar a MP. Segundo Suassuna, se a matéria não for votada até quarta-feira (10), o reajuste do salário mínimo perderá a validade, por não ter sido apreciada a MP. A Constituição Federal determina que, se uma medida provisória não for votada até 120 dias após a edição, perde a eficácia.
Ney Suassuna afirma que não haverá problemas para a votação, amanhã, da MP do Salário Mínimo. À exceção do PFL, que ainda não tem posição fechada sobre a matéria, o relator disse que a medida provisória é consensual entre os demais partidos, tanto do governo quanto da oposição.
Em entrevista à imprensa, o senador apresentou alguns números para demonstrar a importância da aprovação do reajuste do mínimo de R$ 260 para R$ 300. Suassuna disse que o valor fixado em 1º de maio pelo governo significou um reajuste de 15,38%, dos quais 8,04% de aumento real. O senador ressaltou que 47,7 milhões de brasileiros recebem hoje o salário mínimo ou benefícios previdenciários que são reajustados com base no seu valor.
De acordo com o senador, o reajuste deste ano representou aporte de R$ 5,2 bilhões do Orçamento Geral da União e injetou R$ 13,3 bilhões na economia brasileira. Segundo ele, o mínimo de R$ 300 tem valor real 35% superior ao do salário mínimo pago em 1995, primeiro ano da edição do Plano Real, quando havia a equiparação entre o real e o dólar.
Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Educação adiou a data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele ocorreria no próximo dia 28. Agora, o exame será aplicado no dia 25 de setembro. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o principal motivo do adiamento foi o aumento no número de inscrições. "Já são cerca de 3 milhões de pessoas inscritas para a prova, o dobro do ano passado", contabiliza o ministro.
O aumento no número de inscrições obrigou o MEC a permitir que a empresa contratada por licitação para aplicar o exame, a Cesgranrio, tenha mais tempo para organizar e ampliar o número de locais de prova, reduzindo a necessidade dos estudantes saírem da própria cidade para fazer o Enem. No ano passado, a prova foi aplicada em 608 municípios. Este ano serão 727 – uma ampliação de 27%. São Paulo e Minas Gerais são os estados com mais locais de prova (153 e 110 municípios, respectivamente).
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep), Eliezer Pacheco, afirma que o aumento do interesse pelo Enem está diretamente ligado à criação do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Para concorrer a uma das bolsas de estudos do Prouni, os estudantes recém-formados ou que já concluíram o ensino médio há mais tempo precisam ter feito o Enem.
"O Prouni é um programa de bolsas de extraordinário sucesso, o maior programa de bolsas já feito no Brasil, e está oferecendo a esperança para que milhares de jovens e até mesmo adultos de maior idade poderem freqüentar o ensino superior", avalia Pacheco. O presidente do Inep garante que, apesar da mudança no dia de aplicação da prova, os resultados serão divulgados na data inicialmente prevista, final do mês de outubro.
Com isso, as 470 universidades que utilizam os resultados do Enem no processo de seleção não precisam alterar suas regras. A partir do dia 15 deste mês, o Inep começa a distribuir um kit com o cartão de confirmação de inscrição do Enem, com dados como local de prova e dicas para o teste. Mais informações pela página eletrônica do Inep (www.inep.gov.br) ou pelo telefone 0XX61-2104-8203.
Brasília - A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional enviou alertas à Defesa Civil do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná prevenindo sobre a ocorrência de chuva forte, raios, ventos com até 70 quilômetros por hora queda de temperatura, geada e mar agitado, de hoje (8) até quarta-feira (10).
Os temporais, com ventos de até 60 quilômetros horários, poderão atingir, hoje e amanhã, municípios gaúchos, catarinenses e do sul, do leste e do litoral paranaense. É possível haver queda de granizo em áreas isoladas. A Sedec alerta sobre o risco de alagamentos, deslizamento de terra e escorregamento de pedras e recomenda que a população evite a permanência em zonas ribeirinhas, baixadas, morros e encostas. É conveniente também buscar abrigo dos ventos fortes e raios.
Nas faixas leste do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, amanhã, os ventos poderão alcançar 70 quilômetros horários, por causa da formação de um ciclone extratropical. O fenômeno, típico da região Sul do país, é diferente do Catarina, classificado por pesquisadores de primeiro furacão da América do Sul. Em março de 2004, o Catarina atingiu moradores de municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
De amanhã até quarta-feira, os gaúchos e catarinenses poderão conviver com temperatura mínima entre zero grau e dois graus Celsius, nas áreas mais altas, e entre quatro e sete graus, nas outras regiões. No Paraná, no mesmo período, os termômetros deverão baixar, ficando entre um e quatro graus, nas áreas de maior altitude, e entre cinco e dez graus, nas outras áreas. Durante esse período, os moradores de rua devem receber abrigo do frio.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, as baixas temperaturas vão favorecer a formação de geada na madrugada e na manhã de terça e quarta-feira. Nesse período, os agricultores devem tomar as medidas preventivas para mininimizar os efeitos da geada. Os órgãos estaduais de defesa civil podem orientar os cidadãos sobre como se proteger de eventos meteorológicos extremos.
A previsão meteorológica indica também que, na terça e na quarta, o mar estará agitado no litoral dos três estados. As ondas poderão atingir, nas águas mais afastadas da costa do Paraná, quatro metros, e até seis no restante do litoral da região Sul. Por causa de tais condições de navegação, a Sedec desaconselha o tráfego de pequenas e médias embarcações no período.
Dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) orientaram os avisos sobre temporais, granizo, baixas temperaturas, geada e mar agitado nos Estados da Região Sul.
Com informações do Ministério da Integração Nacional
Melina Fernandes
Agencia Brasil
São Paulo – Las exportaciones de carne porcina brasileña aumentaron por tercer mes consecutivo. En julio, se exportaron 60.873 toneladas, que generaron US$166,339 millones. En junio, el volumen de exportación fue de 57.452 toneladas y, en mayo, de 52.308 toneladas. Según la Asociación Brasileña de la Industria Productora y Exportadora de Carne Porcina (ABIPECS), en julio, la renta cambial fue un 82,5% mayor y los embarques, un 40% mayores respecto al mismo mes de 2004.
De acuerdo con la ABIPECS, los precios promedio se situaron en US$1.911 la tonelada, con incremento del 30,6% respecto a julio del año pasado.
De enero a julio de este ano, las exportaciones sumaron US$669,350 millones y los embarques totalizaron 352.735 toneladas, con crecimiento, respectivamente, del 80,39% y del 30,7% en comparación con los primeros siete meses del año pasado, informó la ABIPECS.
El principal mercado sigue siendo Rusia, que importó 223.634 toneladas de carne porcina, o un 39% más que en el período enero-julio de 2004, y que representó una facturación de US$451,311 millones (+99,36%). Después de Rusia, los mayores compradores fueron Hong Kong, Argentina, Singapur y Sudáfrica.
Traducción: Andréa Alves
Melina Fernandes
Reporter - Agência Brasil
São Paulo - Brazilian pork exports grew for the third straight month. 60,873 tons were exported in July, generating revenues of US$ 166.339 million. Export volumes in May and June were 52,308 and 57,452 tons, respectively. According to the Brazilian Industrial Association of Pork Producers and Exporters (Abipecs), foreign exchange earnings in July were 82.5% greater than in July, 2004, and shipments were up 40%.
The Abipecs reported that the median price was US$ 1,911 per ton, 30.6% higher than in July, 2004.
From January to July of this year, exports totaled US$ 669.350, and 352,735 tons were shipped, representing increases of 80.39% and 30.7%, respectively, when compared with the first seven months of last year, the Abipecs informed.
The principal market continues to be Russia, which imported 223,634 tons, 39% more than during the January-July period in 2004. Earnings came to US$ 451.311 million (up 99.36%). The most important buyers after Russia were Hong Kong, Argentina, Singapure, and South Africa.
Translation: David Silberstein
Recife, 8/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os hospitais públicos e privados de Pernambuco não poderão realizar as cirurgias programadas para os próximos dias, por causa do baixo estoque no banco de sangue da Fundação Hemope. O quadro deverá ser agravado com a greve deflagrada hoje pelos servidores, segundo Silvana Carneiro Leão, diretora de Hematologia.
A captação de sangue, que era feita em 450 doadores por dia, foi reduzida para 150 pessoas e está faltando, principalmente, o sangue de fator RH negativo, acrescentou a diretora.
O coordenador geral do sindicato da categoria, Ubirajara Carvalho, lembrou que em maio houve uma greve de advertência por 48 horas, mas o governo estadual não apresentou qualquer proposta. Entre as reivindicações apresentadas estão: reposição salarial de 50%, aumento no valor do tíquete-alimentação e realização de concurso público para preenchimento de vagas. Dos 800 funcionários, apenas 30% estão trabalhando.
A Fundação Hemope, criada em novembro de 1977, é vinculada à Secretaria estadual de Saúde e atua nos segmentos de hematologia e hemoterapia. Além do banco de sangue, possui um hospital para tratar pacientes com leucemia, uma central de transplante de medula óssea e a indústria de hemoderivados.
Rio, 8/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, disse em depoimento na Polícia Federal que não sabia tratar-se de dinheiro o conteúdo de dois envelopes recebidos do empresário Marcos Valério e destinados ao PT.
A informação foi dada pelo advogado de Pizzolato, Mário de Oliveira Filho. O ex-diretor, acrescentou, teria explicado que costumava servir de intermediário no recebimento de material de campanha e, por essa razão, acreditou que os envelopes continham fitas de vídeo.
Ainda de acordo com o advogado, Pizzolato teria afirmado que recebera um telefonema da empresa DNA pedindo que ele pegasse dois envelopes em um determinado endereço e os encaminhasse ao PT, o que providenciou sem saber o conteúdo.
Melina Fernandes
Da Agência Brasil
São Paulo – As exportações de carne suína brasileira aumentaram pelo terceiro mês consecutivo. Em julho deste ano, foram exportadas 60.873 toneladas, que geraram US$ 166,339 milhões. No mês de junho, o volume foi de 57. 452 toneladas e, em maio, de 52.308 toneladas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), em julho, a receita cambial foi 82,5% maior e os embarques, 40% maiores do que no mesmo mês de 2004.
De acordo com a Abipecs, os preços médios ficaram em US$ 1.911 a tonelada, com incremento de 30,6% sobre julho do ano passado.
De janeiro a julho deste ano, as exportações somaram US$ 669,350 milhões e os embarques totalizaram 352.735 toneladas, com crescimento, respectivamente, de 80,39% e 30,7% sobre os primeiros sete meses do ano passado, informou a Abipecs.
O principal mercado continua sendo a Rússia, que importou 223.634 toneladas, ou 39% a mais que no período janeiro-julho de 2004, com faturamento de US$ 451,311 milhões (+99,36%). Depois da Rússia, os maiores compradores foram Hong Kong, Argentina, Cingapura e África do Sul.
Diego Freire
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A liberação para que agrotóxicos sejam importados dos países do Mercosul é ainda mais arriscada porque o Brasil possui as regras mais rígidas para o assunto entre os quatro integrantes do bloco. "Eu não gostaria de citar outros países aqui mas, mesmo no âmbito do Mercosul, nós somos o único que faz a avaliação toxicológica, por exemplo", compara Letícia Rodrigues da Silva, gerente de normatização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Tem um outro país, que encaminha para um centro de informação fazer", afirmou, em entrevista Programa Revista Brasil, na Rádio Nacional AM. "Tem um segundo país que encaminha para um consultor, que não é nem no âmbito governamental, é um consultor que emite um parecer para as empresas, dizendo se aquele produto vai ter efeito", diz. "Tem um terceiro país no âmbito do Mercosul que não tem avaliação toxicológica alguma".
Segundo Letícia, o Brasil é o quarto consumidor mundial de agrotóxicos e maior da América Latina. Para ela, isso "é bom e ruim". Do ponto de vista da produção agrícola, demonstra que o setor possui equipamentos de tecnologia.
Mas para a área da saúde é preocupante "Por mais que se faça uma avaliação tecnológica com esses produtos para o consumo sempre tem riscos que poderão causar para a saúde do ser humano"
O Brasil, que possui os critérios mais rígidos do Mercosul para avaliação de novos agrotóxicos, poderá agora importar esse tipo de produto dos países vizinhos. A nova regra, determinada por meio de portaria no Diário Oficial da União, fazia parte das reivindicações do "Tratoraço, um Alerta do Campo", ato organizado por grandes agricultores em Brasília. O argumento para a liberação é de que seria necessário importar agrotóxicos para uso em emergências, no caso de detectar uma nova praga.
Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As emissoras de televisão vão fazer campanha informando o telespectador sobre os objetivos da classificação indicativa para a TV. Segundo o diretor do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (DJCTQ), do Ministério da Justiça, José Eduardo Elias Romão, para reforçar o caráter educativo e pedagógico das medidas, "as tevês se prontificaram a fazer uma campanha conosco de esclarecimento da população em geral da utilidade da classificação indicativa".
Romão é um dos representantes do Ministério da Justiça no Grupo de Trabalho da Classificação Indicativa de TV. As últimas reuniões do grupo ocorreram na semana passada. "As televisões têm colaborado participando do grupo de trabalho, debatendo conosco, apresentando seus interesses – há interesses de mercado que também se vinculam à exibição de programas – mas vêm compreendendo a necessidade de se produzir programação de qualidade e que respeite o interesse da criança e do adolescente".
O diretor destacou que as próprias emissoras que acompanharam as discussões do grupo de trabalho se colocaram à disposição para dar maior visibilidade à classificação indicativa. "O esforço nesse momento é não reduzir a classificação indicativa a uma indicação de faixa horária ou faixa etária. É isso que a confunde com a censura e é isso que o Ministério da Justiça e as entidades que participaram do grupo não julgam conveniente. Temos a convicção de que se a população receber uma informação mais límpida, mais clara, mais direta sobre o conteúdo, sobre o que analisado pelo Ministério da Justiça, certamente terá melhores condições de decidir qual programa é adequado para o seu filho, qual programa tem ou não qualidade", ressaltou Romão.
De acordo com ele, a classificação indicativa é uma atribuição do Estado, e o papel das emissoras é o de divulgar as informações sobre a programação ao público. Mas, na avaliação de Romão, elas não vêm cumprindo essa função de forma satisfatória. "Na maioria dos programas do horário livre, eu faço uma checagem constante, e os programas que são monitorados apresentam a informação, a qual nós chamamos de resultado da classificação indicativa, ou seja, elas dizem ao final, no canto da tela, no alto, não há padrão para isso, contudo, elas informam de um jeito bastante discreto sobre a faixa etária, a faixa horária atribuída. Isso nós julgamos como insuficiente e parece que as tevês concordam conosco", salientou.
Segundo ele, um dos instrumentos em estudo para facilitar a compreensão do telespectador é o uso de símbolos, que caracterizariam os tipos de classificação dos programas. "É como um código de trânsito: você tem regras e normas, como a de que o pedestre tem prioridade sobre a faixa, mas tem uma placa que diz isso e as pessoas entendem a partir dos sinais de trânsito", comparou.