24/02/2008 - 13h14

Começa sessão para eleger sucessor de Fidel

Agência Telam

Brasília - O parlamento cubano começoua sessão que definirá quem será o sucessor de Fidel Castro na presidência da ilha. Asapostas sobre quem ocupará o lugar do ex-líder cubano, querenunciouna última terça-feira depois de 49 anos na Presidência,recaem sobre o irmão de Fidel, RaúlCastro, de 76 anos. Considerado “a mão direita” do ex-presidentenos últimos 49 anos, Raúl substitui o lídercubano interinamente há um ano e meio.A reunião começoucom a nomeação de cada um dos 614 legisladores eleitosno último dia 20 de janeiro. O nomedo presidente que governará a ilha pelos próximos cincoanos será escolhido entre os membros do parlamento.Duranteo encontro e de acordo com a lei cubana, os 614 novos deputados – entre os quais figura Fidel – devem eleger os 31 membros do Conselho de Estado, cujo presidenteexerce a função de chefe de Estado e de governo.

24/02/2008 - 13h10

Prisão de traficante mostra integração entre Rio e governo federal, afirma secretário

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, destacou a importância de uma parceria entre os órgãos de segurança estaduais e federais no combate ao crime organizado. Na manhã de ontem (23), policiais civis e federais prenderam, em uma ação conjunta em Aracaju, o acusado de chefiar o tráfico de drogas no Morro da Mangueira, zona norte do Rio, Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha.“Hoje [ontem] não se apresenta aqui, à comunidade fluminense e ao país, mais um traficante de expressão preso. O que se demonstra aqui é a integração que é um pilar que nós perseguimos desde janeiro do ano passado. E o que se apresenta aqui é o quanto a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança tem trabalhado juntas, no que diz respeito à inteligência e investigação policial”, afirmou Beltrame, em entrevista na noite de ontem.O Rio de Janeiro, assim como outros estados, possui um Gabinete de Gestão Integrada de segurança, que, desde janeiro do ano passado, reúne membros das polícias estaduais, de polícias e agências federais, das Forças Armadas e de órgãos municipais.“Essa luta contra a criminalidade nós não venceremos sozinhos. O que fica aqui é o exemplo de que as instituições necessitam se completar. Desde que chegamos à secretaria, temos obtido o apoio da Polícia Federal, da Marinha, da Receita Federal, da Guarda Municipal e de outras instituições públicas. É assim que nós pretendemos combater a criminalidade”, disse o secretário. Na coletiva de apresentação de Tuchinha, na noite de ontem, o superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, também destacou a importância do trabalho conjunto entre as polícias Civil e Federal. “Essa é a forma de trabalhar. E essa sinergia que propiciou a prisão de um grande traficante do Rio de Janeiro. De uma pessoa que tem bastante importância no contexto criminoso local”, afirmou o superintendente.O Gabinete de Gestão Integrada também possibilitou a vinda de dezenas de homens da Força Nacional de Segurança para o Rio de Janeiro, para participar de ações nas estradas e favelas do estado, além de garantir a segurança dos Jogos Pan-Americanos. Recentemente, a Marinha anunciou que cederá 500 fuzis para a polícia fluminense e ajudará a reformar veículos blindados da Secretaria de Segurança.Nem todas os pedidos de apoio feitas pelo governo do Rio no combate ao crime foram aceitas pelo governo federal. No início do ano passado, o governador Sérgio Cabral pediu que as Forças Armadas patrulhassem as ruas do Rio. Na ocasião, o Ministério da Defesa informou que só poderia aceitar o pedido se o governador reconhecesse, oficialmente, a incapacidade de garantir a ordem com as forças policiais existentes. E, em janeiro deste ano, a Secretaria de Segurança também pediu o empréstimo de veículos blindados do Exército, para auxiliar na ocupação do Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Mas, segundo Beltrame, a força negou o pedido, informando que só poderia emprestar o veículo com um militar para operá-lo. E que esse operador do veículo, por ser do Exército, não poderia participar de operações policiais, apenas de ações militares.

24/02/2008 - 11h23

Pará cria programa para evitar extinção de espécies ameaçadas

Rafael Brasil
Da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - O Pará elaborou uma lista de espécies ameaçadas de extinção no estado, que serviu de base para a definição de medidas de recuperação e prevenção dos danos causados àfauna e à flora paraenses. As ações estão previstas no Programa Estadual deProteção às Espécies Ameaçadas de Extinção, conhecido como ExtinçãoZero.A lista reúne 181 espécies, entre plantas, invertebrados, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Treze são consideradas criticamente em perigo, entre elas o bicudo verdadeiro, o peixe-boi marinho e o macaco caiarara. Sete estados brasileiros já possuem a lista de espécies ameaçadas. O Pará é o primeiro estado da Amazônia a organizar uma relação como essa. A listagem foi apresentada na última quarta-feira (20) na sede do Museu Emílio Goeldi e oficializada pelo governo do Pará. O secretário de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, destaca que a lista é um instrumento importante para proteger as espécies ameaçadas“No mundo como um todo, a idéia de elaboração de listas de espécies ameaçadas de extinção se mostrou uma estratégia extremamente importante para proteger essas espécies que estão mais pressionadas, seja pelo desenvolvimento, seja pela degradação ambiental, pela alteração dos ecossistemas, pelo empobrecimento das florestas.”Para alcançar o objetivo de assegurar que nenhuma das espécies ameaçadas sejam extintas, foi criado um comitê gestor com a participação de várias secretarias do governo e outro formado por cientistas e pesquisadores de diversas instituições do estado do Pará. A idéia é que os comitês fiquem atentos às necessidades de proteção e reprodução das espécies.O principal problema causador da extinção é a destruição dos ecossistemas que abrigam essas espécies. Ações como desmatamento, alteração de áreas pela agricultura e pecuária, lançamento de resíduos nos rios ou na atmosfera causam impactos irreversíveis. A maior incidência de casos se dá no leste do Pará, de acordo com a diretora do Museu Emílio Goeldi."O problema é no que nós chamamos de Centro de Endemismo de Belém, ao leste do estado do Pará. Essa é a área geográfica mais crítica, onde está a maioria dessas espécies   ameaçadas. A perda de habitat foi muito grande, as populações têm uma distribuição geográfica restrita e algumas delas [estão] somente nessa área do Pará, onde grande parte da cobertura florestal primária já foi alterada", diz.

24/02/2008 - 11h01

Parlamento de Cuba se prepara para eleger sucessor de Fidel

Agência Telam

Brasília - O Parlamento cubano começaàs 12h (hora de Brasília) a sessão em que definequem será o presidente que governará a ilha pelospróximos cinco anos. As apostas sobre quem ocupará o lugarde Fidel Castro, que renunciou na última terça-feira depois de 49anos na Presidência, recaem sobre o irmão do ex-lídercubano, Raúl Castro, de 76 anos. Considerado “amão direita” de Fidel nos últimos 49 anos,Raúl substitui o líder cubano interinamente háum ano e meio.“Todas as condiçõesestão criadas para se realizar a sessão constitutiva daAssembléia Nacional do Poder Popular, a partir das 10 horaslocal, no Palácio de Convenções”, comentouMaría Esther Reus, presidente da Comissão EleitoralNacional e que terá a seu cargo a conduçãoinicial dos trabalhos.Durante o encontro e de acordo com a lei cubana, os 614 novosdeputados eleitos em 20 de janeiro – entre os quais figura Fidel–  devem eleger os 31 membros do Conselho de Estado, cujo presidenteexerce a função de chefe de Estado e de governo. Desde que esse sistema de eleições foi instituído no país – em 1976 – Fidel Castrotem ocupado, de forma ininterrupta, o duplo cargo.

24/02/2008 - 10h27

Defesa Civil alerta para chuva forte em três estados e no DF

Agência Brasil

Brasília - A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), doMinistério da Integração Nacional, alerta para aocorrência de chuva forte hoje (24) em três estados e no DistritoFederal. De acordo com a secretaria, o alerta de temporaisé para todo território de Minas Gerais e Goiás,além do norte do Paraná.A presença de áreas de instabilidadeprovoca pancadas de chuva no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Acre.Segundo a Defesa Civil, as pancadas de chuva podem ser de forteintensidade e acompanhadas de descargas elétricas. No MatoGrosso do Sul, há risco de rajadas de vento de 50 a 60 quilômetros por hora enão se descarta a ocorrência de granizo localizado.Pode haver pancadas de chuva em Rondônia,Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Persiste oalerta de que, em alguns momentos, estas pancadas de chuva podem serde forte intensidade e acompanhadas de descargas elétricas.Nos Estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio deJaneiro, há risco de rajadas de vento de 40 a 60quilômetros por hora e não se descarta a ocorrência de granizolocalizado.No Distrito Federal, áreas de instabilidadedão origem a nuvens carregadas que provocam pancadas de chuvaneste domingo. Alerta-se que, em alguns momentos, a chuva pode ser deforte intensidade, acompanhada de descargas elétricas e derajadas de vento (40 a 50quilômetros por hora).

24/02/2008 - 10h03

Programa Nacional de Plantas Medicinais recebe sugestões até 18 de março

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde recebe, até o dia 18 de março, sugestões sobre o Programa Nacional dePlantas Medicinais e Fitoterápicos. Os interessados em participar da consulta pública, iniciada em dezembro, podem acessar a página do ministério na internet e enviar as contribuições.O objetivo do programa é garantir o acessoseguro aos fitoterápicos e promover o uso racional de plantas medicinais. O texto básico para o recebimento desugestões foi elaborado pelo Comitê Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterápicos. No entendimento dos especialistas, a populaçãotem que ter acesso seguro a medicamentos fitoterápicos. Paraisso, eles querem regulamentar o manejo sustentável de plantasmedicinais, sua produção e cultivo, bem como amanipulação e a fabricação defitoterápicos de acordo com suas especificidades de produção,garantia e controle de qualidade. Outra ação prevê o incentivo àformação e à capacitação derecursos humanos para o desenvolvimento de pesquisas com plantasmedicinais e fitoterápicos. A proposta é resgatar evalorizar o conhecimento tradicional sobre plantas usadaspopularmente como remédios caseiros, além de apoiarprojetos que valorizem esse conhecimento.O estímulo àprodução de fitoterápicos em escala industrialtambém está proposto, sendo que a idéia éincentivar a produção pelas indústriasfarmacêuticas nacionais.

24/02/2008 - 9h35

Jobim propõe à Argentina criação do Conselho Sul-Americano de Defesa

Mylena Fiori
Enviada especial
Buenos Aires (Argentina) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, aproveitou a visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez à Argentina para apresentar ao governo daquele país a proposta de criação de um Conselho Sul-Americano de Defesa, que seria responsável pela formulação de uma  estratégia conjunta na área. Jobim teve reuniões com a ministra de Defesa, Nilda Garré, e com os comandantes das três forças militares argentinas.  "O objetivo [do conselho] é o entendimento com todas os países sul-americanos para que pudéssemos ter uma mesma palavra sobre defesa nos fóruns internacionais e resolvermos as eventuais questões de defesa que temos por meio desse conselho", explicou, pouco antes de embarcar para o Brasil ontem (23). Um dos projetos, de acordo com o ministro, é a criação de uma indústria privada de defesa sul-americana. "Não há que se pensar um avanço tecnológico das forças armadas sul-americanas sem que tenhamos, no próprio continente, a capacitação dos insumos necessários para esse avanço, senão fica algo dependente", avaliou. No futuro, segundo ele, os países poderão estudar a fabricação conjunta de armamentos.A aproximação na área de defesa com os países vizinhos começou em novembro passado, com visitas ao Chile e ao Equador. Até junho deste ano, Nelson Jobim pretende percorrer todos os países sul-americanos. "Voltarei à Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, num primeiro conjunto, para discutir esse assunto com mais consistência", informou. A expectativa de Jobim é constituir o Conselho Sul-Americano de Defesa em outubro deste ano, em reunião em Brasília.

23/02/2008 - 20h06

Programa de empregos atrai mais de 20 mil pessoas em município do Rio

Agência Brasil

Brasília - Mais de 20 mil pessoas procuraram hoje (23) o município de Duque de Caxias para se inscrever no Programa Tem Emprego – Mutirão de Trabalho, uma parceria da prefeitura com os governos estadual e federal. O projeto oferece 15 mil vagas de trabalho para este ano, em áreas como comércio e construção civil.Alguns candidatos estavam na fila desde a noite de ontem (22) .Segundo o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, além das 15 mil oportunidades, mais vagas devem ser abertas nos próximos meses.As vagas disponíveis são para o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), paras as obras de Expansão da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e para o Caxias Shopping. O programa de geração de empregos também tem como parceiros diversos sindicatos.As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de março entre 9h e 16h. A prefeitura de Duque de Caxias manterá o projeto de forma definitiva em data e local a serem definidos.

23/02/2008 - 19h47

Ramos-Horta pede informações sobre ataques no Timor Leste

Agência Lusa

Dili (Timor Leste) - O presidente da Repúblicado Timor Leste está "sensibilizado com o povo português","preocupado com o povo timorense" e quer "saber tudo"sobre o atentado de que foi vítima, segundo uma declaraçãoenviada à Agência Lusa através de umfamiliar.Na sua primeira declaração àimprensa após o ataque de 11 de fevereiro, em que foi atingidopor um tiro, José Ramos-Horta comunicou a intençãode "saber tudo a fundo sobre o que se passou, levando ainvestigação até ao fim".A investigaçãoaos ataques contra José Ramos-Horta e Xanana Gusmãoestá em curso através da Procuradoria-geral daRepública, do Departamento de InvestigaçõesNacionais da Missão Integrada das Nações Unidasno Timor Leste e de uma comissão de inquérito internacom elementos das Forças Armadas e da secretaria de Estado daDefesa.

23/02/2008 - 19h09

Cirurgias de redução do estômago são mal empregadas no país, diz médico

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As cirurgias para redução deestômago indicadas por especialistas como forma eficaz detratar a obesidade mórbida estão estão sendo malempregadas no país. Enquanto pacientes graves que necessitamda operação permanecem sem tratamento, pessoas comcerca de dez a 15 quilos acima do peso ideal e bom poder aquisitivobuscam o procedimento como solução para melhorar aestética sem ter de mudar hábitos alimentares epraticar atividades físicas.A opinião é de MárcioMancini, supervisor do Ambulatório de Obesidade Mórbidado Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo(USP), uma das 53 unidades de saúde no país querealizam cirurgias bariátricas gratuitamente pelo SistemaÚnico de Saúde (SUS).“Falta muita informação. O númerode cirurgias feitas no Brasil é insuficiente para o númerode pessoas que precisam dela. Há cirurgias que nãodeveriam estar acontecendo e há pacientes que precisariam seroperados e estão confinados em casa, a gente nem os vêna rua. Boa parte dos obesos mórbidos estão dentro decasa e é um problema de saúde que fica meio escondidodos olhos das pessoas”, defende.Segundo o médico, a cirurgia éválida e útil para os casos de obesidade mórbida,no qual a chance de sucesso na perda e manutenção dopeso ao longo dos anos com outros tratamentos é muito reduzidae os riscos de permanecer com a obesidade são maiores do queos da operação. De acordo com ele, o sucesso dascirurgias para os obesos mórbidos é de 90% commanutenção do peso por 16 anos, enquanto os tratamentosconvencionais tem fracassado em 98% dos casos.Mancini diz que, para situações desobrepeso e ou obesidades mais leves (graus 1 e 2), no entanto, acirurgia é contra-indicada pois não justifica ascomplicações envolvidas. De acordo com ele, as pessoasque se submetem à operação precisam ficar emacompanhamento médico pelo resto da vida e ingerircomplementos nutricionais prescritos pois correm risco constante dedesenvolver anemia e fragilidade óssea, além de outrosproblemas de saúde.No ano passado, aproximadamente 25 mil cirurgiaspara redução de estômago foram realizadas nopaís, de acordo com a Sociedade Brasileira de CirurgiaBariátrica e Metabólica, cerca de 2,7 mil foram feitaspelo SUS. A operação tem custo de aproximadamente R$ 20mil.Na rede pública e nos procedimentosparticulares cobertos por planos de saúde as cirurgias sãofeitas seguindo uma resolução publicada em 2005 peloConselho Federal de Medicina que estabelece normas seguras para o usoda operação. O tratamento cirúrgico éindicado para pessoas maiores de 18 anos (e em casos especiais apartir dos 16) com obesidade considerada grave (de grau 3), que édefinida pela presença de Índice de Massa Corporal(IMC) acima de 40 Kg/m2.Segundo Mancini, neste grau a obesidade recebe onome “mórbida” pelo grande número de doençasassociadas a ela, como pressão alta, diabetes, colesterolalto, apnéia do sono e dores nas articulações.No caso do SUS, é exigido ainda que opaciente com IMC acima de 40 já tenha tentado antes otratamento convencional (dieta, psicoterapia, atividade física,etc), durante pelo menos dois anos, sob orientaçãodireta ou indireta de equipe de hospital credenciado/habilitado. Acondição não é exigida caso os pacientessejam portadores de doenças relacionadas a obesidade querepresentem risco de vida.O procedimento também é oferecido apessoas com IMC entre 35 e 39,9 Kg/m2 desde que portadores de doençascrônicas desencadeadas ou agravadas pelo excesso de peso.Para sair do IMC considerado adequado para a saúde(entre 18,5 e 24,9) e chegar a obesidade mórbida o pacientepassa pelo estado de sobrepeso (25,0 a 29,9), obesidade grau 1 (30,0a 34,9) e obesidade grau 2 (35,0 a 39,9).Essa trajetória pode ocorrer desde ainfância, ou em outra fases da vida dependo da predisposiçãogenética, mas sobretudo dos hábitos de vida doindivíduo que acabam determinando o aparecimento ou nãoda obesidade . Por isso, a prevenção e tratamento dadoença são centrados na alimentaçãosaudável e no consumo de calorias por meio de uma rotina queinclua atividades físicas.O radialista Frederico Souza, 24 anos, morador deBrasília, conviveu com a obesidade desde criança. Eledecidiu pela cirurgia bariátrica em 2007 depois de ter sidomal sucedido em uma dieta à base de medicamentos. Desde aoperação, em outubro do ano passado, Frederico perdeu47 dos 140 quilos que pesava e está satisfeito com osresultados da cirurgia.“Só me arrependo de não ter feitoantes. O pós-operatório foi normal e houve uma mudançamaravilhosa na minha vida. Tenho disposição paratrabalhar, sair, ir à academia. Quando vou ao shopping consigocomprar roupas, o que antes não acontecia”, conta. SegundoFrederico Souza, o excesso de peso gerava limitações navida diária, mas não chegou gerar danos à saúde.A história do mecânico aposentadoValter de Macedo Junior, 48 anos, morador de Praia Grande, no litoralpaulista, foi diferente. Pesando 220 quilos e sofrendo de problemasvasculares, hipertensão e diabetes, ele vendeu o carro dafamília em 2001 para pagar uma cirurgia bariátrica narede privada, já que pelo SUS a espera pela operaçãoera de quatro anos na época. Ele conta que emagreceu 40 quilospara fazer a cirurgia e outros 50 no primeiro ano depois da operação,mas como não teve recursos financeiros para continuarcusteando o acompanhamento médico voltou a engordar.Hoje Valter está com 214 quilos, aposentadopela previdência porque não pôde mais trabalhar,tem uma úlcera na perna por causa dos problemas vasculares equase não sai de casa por causa das limitaçõesgeradas pela doença e da discriminação dasociedade.“Se tiver de andar um pouco não tem condições,se tiver de subir uma escada já fico ofegante. Se eu façosinal para um táxi ele não quer parar. Eu moro numacidade de praia e não vou até lá porque soudiscriminado. A gente tem limitações e não étratado como uma pessoa que tem uma doença”, diz.

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