Vantagens do etanol vão contribuir para crescimento, diz ministra

07/03/2007 - 22h43

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao participar hoje (7) da cerimônia de assinatura do protocolo de cooperação técnica para a execução de um programa que estimule a produção de biocombustíveis no Rio Grande do Sul, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff afirmou que o país é o maior produtor competitivo de etanol no mundo.“Eu não diria que ele é o maior produtor em termos de volume, mas sim o maior produtor competitivo, pois não há nenhum álcool originado de qualquer produto agrícola que consiga competir com o nosso, derivado da cana-de-acúcar”. Segundo a ministra, a vantagem econômica do álcool brasileiro - produzido a partir da cana - sobre o norte-americano, mais caro e obtido do milho, pode resultar “em um processo virtuoso que vai auxiliar o crescimento econômico do país”.Dilma preferiu não avaliar recentes críticas do presidente norte-americano, George Bush, ao governo venezuelano de Hugo Chávez. “A posição do Brasil é clara. Nós não achamos que existem relações excludentes. Estabelecemos relações tanto com os Estados Unidos quanto com os demais países latino-americanos, inclusive com a Venezuela”.Sobre a reunião que teve no mesmo dia com representantes da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), a ministra explicou que o governo pretende estruturar um grupo interministerial do qual participem todos os segmentos sociais envolvidos na produção de biocombustíveis. “O país tem de ter diretrizes claras e juntar esforços para não perder a corrida da passagem da primeira para a segunda geração de combustíveis”.Dilma também defendeu o empenho do atual governo ao apostar na viabilidade de um mercado de biocombustíveis, já em 2002. “Desde o primeiro ano de governo, nós demos destaque para a questão dos biocombustíveis. Colocamos o etanol na ordem do dia na política externa brasileira”, declarou a ministra. Segundo ela, nos últimos anos, o combustível se tornou "um segmento estratégico para o país, tanto na relação com os países desenvolvidos, como com os das América do Sul e Central".