Lula elogia e promete aprimorar programa habitacional do governo anterior

07/03/2007 - 22h58

Nielmar de Oliveira e Lana Cristina
Repórteres da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (7) que o Programa de Arrendamento Residencial (PAR) é "extraordinário" e será melhorado, a fim de reduzir o problema da falta de habitação no país.“Esse programa não é do nosso governo, vem do governo passado. Mas é umprograma que nós consideramos extraordinário. Resolvemos mantê-lo eaprimorá-lo para que a gente pudesse construir mais casas”, disse o presidente durante solenidade para entrega de 889 unidades do PAR no Rio de Janeiro.Lula também confirmou que o governo federal vai investir cerca de R$ 146bilhões nos próximos quatro anos em habitação, saneamento básico eurbanização de favelas, conforme prevê o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).“Com este volume maior de investimentos, estaremos resolvendo trêsproblemas crônicos do país: o déficit habitacional, a melhoria dascondições de vida dos que moram nas favelas e a questão da deficiênciade saneamento básico”.Financiados para famílias que ganham de R$ 860 a R$ 1.800 mensais, os imóveis possuem sala, dois quartos, cozinha e banheiro. Os novos moradores pagarão uma taxa de arrendamento entre R$ 258 e R$ 353 ao mês. O prazo do financiamento é de 15 anos. Depois disso, os moradores se tornam proprietários.O financiamento será corrigido pela Taxa Referencial (TR), o que, na avaliação do presidente, provocará um reajuste anual “inferior ao preço de um maço de cigarros”.Entre 2003 e 2006, o PAR investiu R$ 4,28 milhões no país, beneficiando 151.621 famílias, segundo o governo. No Rio de Janeiro, foram construídas 10.109 unidades residenciais. A prefeitura cede o terreno e promove a infra-estrutura.No Rio, Lula também prestigiou o lançamento da organização não-governamental Rio Solidário, voltada para a proteção de mulheres e crianças vítimas de violência doméstica, assim como assistência a idosos e implantação de serviços de atendimento ao cidadão, tais como juizados de pequenas causas e fóruns regionais.O presidente participou da inauguração do primeiro programa da ONG, o Casa Abrigo, espaço com capacidade para atender até 80 mulheres vítimas de violência. Ali, receberão apoio psicológico e jurídico. O projeto é financiado pela iniciativa privada.