Para Confederação Nacional da Indústria, visita de Bush é retomada promissora de relações com o Brasil

07/03/2007 - 20h36

Mylena Fiori e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - As perspectivas de cooperação na área de biocombustíveis – principal tema da visita do presidente norte-americano, George W. Bush, ao Brasil - servirão de pano de fundo para uma reaproximação entre os dois países, acredita o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. “Nos últimos anos, os Estados Unidos não tiveram uma política para a América Latina e especificamente para o Brasil, o que representa um erro, na medida em que essa é uma região estratégica para os interesses hemisféricos”, avalia. “Nesse sentido, o presidente Bush retoma uma agenda com a América Latina e traz essas questões dos biocombustíveis como uma moldura nova para o relançamento dessas relações”, afirma.O presidente da CNI lembra que Brasil e Estados Unidos são os dois grandes produtores de etanol no mundo, e uma parceria seria vantajosa para os dois países. “Há muito o que fazer nessa agenda de biocombustíveis”, destaca. “O Brasil tem condições de não apenas ampliar sua produção e acessar o mercado americano, que  hoje restringe a entrada do etanol brasileiro com um taxação elevada, como também tem condições de transferir tecnologia para que se amplie a produção de etanol na América Central, como pretende o presidente Bush, e na América do Sul.”Bush ficará cerca de 24 horas no Brasil. Chegará amanhã, no final da tarde, e partirá para o Uruguai na sexta à noite. Na avaliação do presidente da CNI, mesmo a curta visita poderá alavancar as relações comerciais entre os dois países e até mesmo futuros investimentos norte-americanos no Brasil. “Acho que a visita do presidente Bush vai impulsionar essa agenda, vai dar uma velocidade, e o Brasil tenderá a ganhar seja no plano comercial, seja também na dimensão dos investimentos  que virão nesse processo”, ressalta.