Ministra afirma que redução de desigualdades conterá avanço da aids em mulheres

07/03/2007 - 16h35

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A redução das desigualdades entre homens e mulheres e ocombate à pobreza são fundamentais para conter a contaminação das brasileiraspelo vírus HIV. A afirmação foi feita hoje (7) pela ministra da SecretariaEspecial de Políticas para Mulheres, Nilcéia Freire. Para ela, o Plano deEnfrentamento da Feminização da Aids e outras Doenças SexualmenteTransmissíveis, lançado esta manhã, vai contribuir para melhoria na qualidadede vida da população feminina no país."A feminização da aids se acentua onde mais se acentuamas diferenças entre os gêneros e a pobreza. Depois de 20 anos da epidemia,esses continuam sendo os principais fatores da contaminação", disse.De acordo com a ministra, o plano é uma resposta aocrescimento de 44% da infecção por HIV entre as mulheres, no período de 1995 a2005. Entre as principais metas do governo federal, estão dobrar o percentualde mulheres que realizam testes anti-HIV (de 35% para 70%); reduzir atransmissão vertical (de mãe para bebê) de 4% para menos de 1%, até 2008, eaumentar a aquisição de preservativos femininos de 4 milhões em 2007 para 10milhões, no ano que vem.O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, defendeucondições mais igualitárias entre homens e mulheres. "O Brasil ainda é umpaís machista, onde as mulheres ganham menos que os homens em seus postos detrabalho", afirmou. Ele lembrou, ainda, que a República foi instituída em1889, mas as mulheres só votaram pela primeira vez para presidente em 1946.O lançamento do plano faz parte das comemorações pelo DiaInternacional de Mulher, comemorado oficialmente amanhã (8).