Comércio entre Brasil e EUA atinge em 2006 recorde histórico de US$ 39,12 bilhões

07/03/2007 - 19h58

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em 2006, o intercâmbio comercial entre Brasil e Estados Unidos alcançouo recorde histórico de US$ 39,12 bilhões – 17,41% da balança comercialbrasileira -, com saldo positivo de US$ 9,74 bilhões para o Brasil. Asexportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 8,72% no anopassado,totalizando US$ 24,43 bilhões. As importações aumentaram 15,99% ealcançaramUS$ 14,69 bilhões. O Brasil será o primeiro destino da visita que o presidente norte-americano George W. Bush fará à América Latina.Apesar do resultado recorde, aparticipação norte-americana no total de exportações e de importaçõesbrasileiras manteve a tendência de queda registrada desde 2003. Atéentão, a fatia dos Estados Unidos na balança comercialbrasileira oscilava para cima e para baixo, embora sempre bem fosse superior a dosdemais parceiros comerciais brasileiros. A Câmara Americana deComércio (Amcham) avalia, entretanto, que a redução da importância dos EUA na balança comercialbrasileira nos últimos anos não representa umproblema.Em2006,os norte-americanos ficaram com 17,77% do total das exportaçõesbrasileiras, contra 25,44% em 2002. Já as compras feitas pelo Brasilnos Estados Unidos, que em 2002 representavam 21,77% de nosso total deimportações, encolheram para 16,08%.A exemplo de anosanteriores, em 2006 destacou-se a ampliação das vendas brasileiras paramercados não tradicionais e com pequena participação na pauta – o que,na avaliação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC), tem sido um dos fatores do aumento das exportaçõesbrasileiras. Cresceram as vendas brasileiras para países do OrienteMédio, América Latina, África e Ásia. O Brasil foi um parceiro importante para Cuba, o país latino-americano cujo Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas pelo país - mais cresceu em 2006: 12,5%.OsEstados Unidos se mantiveram como principal fornecedorbrasileiro em 2003, mas as importações brasileiras daquele país caíram 7%, totalizandoUS$ 9,56 bilhões. Caíram as importações de sete dos dez produtos mais compradospelo Brasil. Também caíram as importações brasileiras de mercadorias davizinha Argentina – o segundo parceiro comercial do Brasil - em 1,48%. Emcompensação, as compras de produtos chineses cresceram 38,20%.Acorrente bilateral de comércio com os EUA continuou em crescimento nos anos seguintes(sempre com saldo positivo pra o Brasil), mas em ritmo mais lento doque as trocas com outras regiões. Em 2004, cresceu a participação dospaíses sul-americanos como destino de produtos brasileiros. Asvendas para a Argentina subiram 61,65%. Também cresceram as vendas paraMéxico (44%), Chile (35,40%), Venezuela (141,79%),Colômbia (38,64%), Paraguai (23,28%), Uruguai (65,30%), Peru(29,43%), Bolívia (48,80%) e Equador (38,71%).