Associação pratica produção orgânica de vegetais no Distrito Federal há 15 anos

04/03/2007 - 21h26

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma experiência bem-sucedida de produção orgânica dehortifrútis no Distrito Federal (DF) começou pelaaplicação de técnicas agrícolas e de preservação ambiental trazidas do Japão,pela Associação Mokiti Okada (MOA). Inicialmente instalada na região de Itu (SP), a MOA começou a atuar no DF há 15 anos, numa área de 70hectares, depois de Brazlândia.Segundo o responsável pelas vendas locais da produção da MOA, ValdimarRodrigues de Carvalho, apenas cinco hectares são devidamente explorados nasplantações de morango, batata inglesa, cenoura e cebola – os produtosdiretamente comercializados, selados e em bandejas, nos “sacolões” de Brasília,Ceasa e cidades vizinhas.A maior parte da área é destinada a preservação ambiental, com uso de adubaçãoverde para rotações futuras de áreas agricultáveis e experiências de plantiocom outras variedades de hortaliças e de frutas, como laranja, abacate,maracujá e goiaba, dentre outros. “Tudo com foco principal na preservação do solo”,destaca Carvalho.Ele diz que apenas quatro funcionários, dos quais um agrônomo e um técnicoagrícola, cuidam dos interesses da MOA (também conhecida como Pan-American MOA doBrasil) no DF. Todos atuam do cultivo à comercialização.Valdimar Rodrigues de Carvalho avalia que a tendência é de crescimento dopotencial de produção orgânica, tanto da MOA quanto de outras experiências quecomeçam a aparecer. Ele afirma que há mercado para todos. Carvalho não revela o faturamento da MOA com a produção dos quatroprincipais  cultivos. Diz apenas que a caixa de morangos, com 300 gramas,é vendida no início da safra, em junho/julho, por até R$ 5 – valor que cai pelametade no pico da safra, em agosto. A batatinha e a cebola, acrescenta ele,conseguem preço médio de R$ 2 por quilo, e a cenoura, R$ 1,50. “O que produzirvende”, diz. “Se mais tivéssemos, mais venderíamos.”