Polícia Federal prende no Paraná um dos maiores ladrões de banco do país

21/11/2006 - 23h45

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A Policia Federal em Curitibaouve neste momento José Reinaldo Giroti, considerado um dos maiores ladrões debanco do país. Segundo o superintendente da PF no Paraná, Jaber MakulHanna Saadi, Giroti é o responsável pelas finanças da organizaçãocriminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).Giroti foi preso na OperaçãoChacal, assim chamada em alusão a Carlos Chacal, que chegou a ser o terroristamais procurado do mundo, e famoso por seus disfarces. Giroti também éespecializado em disfarces e, no momento da prisão, tinha 17 carteiras deidentidade.De acordo com  Saadi, ele tem 30 processos criminais, 25inquéritos policiais, 15 mandados de prisão e estima-se que os roubos de queele participou cheguem a R$ 100 milhões.O assaltante foi preso em Londrina, ontem à noite, depoisde cinco anos de investigações. A prisão foi feita em um supermercado onde elefazia compras, preparando-se para mudar do hotel onde estava hospedado com afamília para a casa que comprou em Londrina, avaliada em R$ 1 milhão. Girotinão resistiu à prisão. providenciando as coisas para a casa. O superintendente informouque a Polícia Federal está providenciando a transferência de Giroti para opresídio de segurança de máxima de Catanduvas (PR), possivelmente ainda hoje.Segundo Saadi, Giroti agia muito em conjunto com Marcos Camacho, o Marcola,mas, desde a prisão do suposto chefe do PCC em Presidente Prudente, Girotipassou a expor-se mais.Giroti constumava seqüestrarfamiliares de gerentes de bancos e de empresas de segurança bancária parapraticar os roubos, crime caracterizado como extorsão mediante seqüestro.Segundo o delegado, um dosmaiores assaltos que Giroti já confessou foi em 2001, ao Banco de Brasília. Naocasião o valor divulgado da ação foi de R$ 5 milhões, mas Girtoti disse que oobjetivo do assalto eram os cofres particulares e, com isso, eles roubaram R$ 50milhões.O crime foi muito divulgadoporque as jóias da família de Juscelino Kubtscheck estavam em um desses cofres.Segundo Giroti, eles não sabiam do valor histórico da jóias e  no dia seguinte elas foram fundidas.Outro roubo confessado foi aocofre de penhores da Caixa Econômica Federal em Curitiba, no mês passado, noqual nove pessoas de uma empresa de segurançaprivada foram mantidas reféns por seis horas.