Preços ao consumidor recuam para 0,31% na terceira semana de novembro

22/11/2006 - 23h28

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na terceira semana de novembro foi de 0,31% frente os 0,34% da semana anterior.

Essa é a terceira semana consecutiva em que o indicador fica na casa dos 0,30%, depois de seis semanas em que a variação dos preços ao consumidor se manteve em patamares mais baixos.

Os dados foram divulgados hoje (23) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a entidade, houve queda em três das sete classes de despesas consideradas na aferição.

O grupo que mais contribuiu para a ligeira redução no IPC-S foi Habitação, no qual foi registrado deflação de 0,14% sobre a estabilidade apurada na semana anterior. A principal influência veio queda no preço da energia elétrica, que passou de –0,68% para –1,19%.

O aumento nos preços relacionados a Cuidados Pessoais e Saúde, 0,20% na terceira semana do mês, também foi menor do que os da semana passada (0,28%). O mesmo ocorreu com os gastos ligados a Vestuário, que passaram de 1,37% para 1,30%, mas com pouca repercussão no índice.

Os Alimentos, que têm grande peso no índice, mantiveram a mesma taxa registrada na última apuração: 1,06%. Houve um aumento em cereais e alimentos in natura, que foi compensado pela redução nos preços de cinco tipos de carnes.

As maiores altas foram no arroz e feijão (de 2,00% para 2,52%) e hortaliças e legumes (de 2,72% para 3,21%). As quedas mais significativas foram em aves e ovos (de 5,21% para 4,12%) e carnes bovinas (de 4,35% para 3,45%).

Também houve aumento no grupo Despesas Diversas - de 0,37% para 0,77% - e de Transportes, de –0,31% para –0,28%. Assim como neste último grupo, a deflação foi menor em Educação, Leitura e Recreação, embora com pouca influência sobre o índice. O IPC-S mede semanalmente a variação dos preços ao consumidor nos últimos trinta dias, nas sete principais capitais do país. O resultado divulgado hoje foi obtido a partir da coleta de preços praticados entre o dia 23 de outubro e 22 de novembro e comparados aos vigentes entre 23 de setembro e 22 de outubro.