Educação, menos carga tributária e política econômica ousada são preocupações do governo, diz secretário

23/11/2006 - 23h46

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Após receber o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) sobre os desafios para o crescimento do país, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse hoje (24) que o governo brasileiro está tomando parte das medidas sugeridas no documento. O estudo aponta, por exemplo, a necessidade de melhorar a qualidade do ajuste fiscal no país.“Ter uma política macroeconômica mais ousada para o crescimento e uma política fiscal que crie espaço para o aumento do investimento público e para a redução da carga tributária é claramente uma preocupação do governo brasileiro, que foi colocada inúmeras vezes pelo ministro Guido Mantega [da Fazenda]”, disse Appy.A necessidade de estímulos na inovação tecnológica pelo setor privado foi outro ponto destacado pelo relatório. De acordo com o secretário, o Brasil também tem apresentado avanços nessa área. Entre as medidas tomadas nesse sentido estaria a aprovação da Lei de Inovação Tecnológica, que permite integração maior entre universidades e empresas.“Neste momento, o governo também está lançando um programa de subvenções com recursos dos fundos setoriais de ciência e tecnologia, para empresas que tenham projetos de desenvolvimento científico e tecnológico”, acrescentou.Ele ressaltou, ainda, a preocupação do governo com o terceiro desafio apontado pela Ocde: aumentar a escolaridade e a formalidade demprego para os menos educados.“O presidente Lula já deixou bastante claro que um dos objetivos fundamentais do segundo mandato é melhorar a qualidade da educação no Brasil. E é exatamente isso que está sendo feito agora com o projeto do Fundo da Educação Básica [Fundeb]”.