Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 130 pequenos agricultores, representantes de organizações não-governamentais e grupos indígenas que participam, desde ontem (23), do 5º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, marcharam hoje da Catedral de Brasília ao prédio do Ministério do Meio Ambiente, no Grito pelo Cerrado. Eles entregaram uma carta, recebida pelo ministro interino, Cláudio Langone, em que pedem políticas de conservação do bioma, ambientais e culturais. "O cerrado tem uma grande biodiversidade e uma grande possibilidade de desenvolvimento sustentável", explicou o superintendente da Fundação Pró-Natureza, César Victor do Espírito Santo, coordenador do encontro.Langone disse que vai lutar para que as reivindicações sejam atendidas. E o coordenador do Núcleo do Cerrado e Pantanal do ministério, Mauro Pires, informou que a situação na região "está melhorando a cada ano", mas admitiu que existem poucas políticas para a conservação do cerrado. Ele lembrou que legislação específica para o bioma e também para a caatinga aguarda votação no Congresso Nacional. Os povos do cerrado, segundo o superintendente da Fundação Pró-Natureza, são pequenas comunidades que vivem da exploração sustentável: produzem artesanato e plantam em pequenas quantidades. Do encontro participam representantes dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e São Paulo, além do Distrito Federal. Eles ocupam um espaço na Torre de TV, no Eixo Monumental, onde podem ser comprados produtos de artesanato e alimentação típicos do cerrado. Na Feira, o visitante também conhecerá aspectos culturais da região.