Porto Alegre, 7/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Junto com mais de 30 viúvas e filhas de ativistas assassinados e líderes rurais jurados de morte, a ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, participou hoje (7) do lançamento da Campanha Internacional de Combate à Violência no Campo no Brasil, na 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural.
Com o slogan Chega de violência, corte este mal pela raíz, a campanha da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e da União Internacional de Trabalhadores na Agricultura (Uita) denuncia a impunidade em relação à morte de mais de 1,5 mil pessoas em conflitos pela terra nos últimos 20 anos, no Brasil.
"A primeira coisa que se faz com as pessoas que tentam fazer alguma coisa na suposta 'contra-mão da maré' é tentar desmoralizá-las, provar para a sociedade que elas são inúteis, incompetentes, ou que estão querendo internacionalizar a Amazônia, como fizeram com Chico Mendes e com a irmã Dorothy Stang", denunciou a ministra.
Em seu depoimento sobre a violência, "produto histórico da apropriação de terras e de recursos naturais no país", Marina Silva ressaltou a ação dos que tentam criar uma opinião favorável sobre as lideranças, "mostrando o trabalho daqueles que não são, não sabem, não podem ou não têm".