Sem-terra ocupam sede do Incra em São Luís para exigir desapropriação

13/12/2004 - 21h39

Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil

São Luís - Integrantes de 94 famílias de trabalhadores sem terra do Município de Magalhães de Almeida ocuparam hoje a sede do Incra em São Luís para exigir mais rapidez no processo de desapropriação de uma fazenda do irmão do prefeito do município de São Bernardo.

Os sem-terra vieram tentar uma audiência com o superintendente do Incra e querem que o Governo Federal entregue o termo de posse de duas fazendas desapropriadas no ano passado por meio de um decreto assinado pelo presidente da República e publicado no Diário Oficial da união, no dia 21 de julho de 2003.

A área tem 2.654 hectares e os trabalhadores denunciam a existência de jagunços fortemente armados, mesmo depois da desapropriação feita pelo Incra. Segundo o superintendente
Regional do Incra no Maranhão, Raimundo Monteiro, o processo que trata da desapropriação das duas fazendas em Magalhães de Almeida foi concluído no último final de semana e encaminhado hoje à tarde a Justiça Federal.

De acordo com o superintendente do Incra, a posse da terra para essas famílias depende agora só da 3ª Vara de Justiça Federal, já que os recursos ´para indenização foram depositados nas contas dos fazendeiros, num total de R$ 315.872,00 . Raimundo Monteiro informou que está dependendo somente da emissão de posse da terra para assentar as famílias nas terras.

Monteiro disse que o decreto de desapropriação já tem dois anos e está ajuizado na 3ªVara da Justiça Federal em São Luís, para que seja emitido. Os sem-terra afirmam que só deixarão a sede do Incra quando o processo de desapropriação da área for concluído