Garcia considera relacionamento entre Argentina e Brasil decisivo

13/12/2004 - 19h00

por Leonardo Stavale
Repórter da Agência Brasil

SãoPaulo - O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, considera decisivo o relacionamento de Brasil e Argentina para o sucesso do Mercosul. "São as duas economias mais importantes. São dois países de peso internacional, países cuja complementaridade solidária, e não uma complementaridade hierárquica, pode ser de fundamental importância. Em torno desse eixo podem gravitar, sem desprezo de economias menores, os demais países que hoje estão filiados ao Mercosul e aqueles que estão associados, como Chile, Bolívia, Peru, Venezuela e Equador", afirmou hoje em São Paulo.

Segundo Garcia, o que tem ocupado a atenção, sobretudo da imprensa, "são alguns diferendos comerciais entre Brasil e Argentina", como as salvaguardas e cotas para alguns segmentos. "Evidentemente nós temos sensibilidade para com esses problemas porque sabemos que as economias são diferentes. A nossa opinião é o que o melhor meio de resolver isso é aprofundando a integração econômica e garantindo certos mecanismos, por exemplo, de financiamentos argentinos".

O assessor para Assuntos Internacionais comentou a 27ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e a Cúpula de Presidentes do Mercosul, que ocorrerão respectivamente nos dias 15 e 16, na capital mineira, e no dia 17 em Ouro Preto (MG).

"A reunião do Mercosul se dá num contexto de reorganização dessa associação regional. No ano passado em Assunção foi definido o que se chama objetivo 2006 para o Mercosul, que prevê um aprofundamento da união aduaneira, avançar na institucionalização do Mercosul, reforço da secretaria executiva e na constituição do parlamento eleito por voto direto. Essas questões todas estão amadurecendo", conclui Garcia.

O secretário falou à Agência Brasil após participar de reunião da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores.