Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil
São Luís - O governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, estará no município de Vargem Grande nesta segunda-feira (6) para inaugurar projetos na comunidade quilombola de Piqui da Rampa. Ao lado da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seagro), Conceição Andrade, José Reinaldo entregará à população 29 casas, um sistema simplificado de abastecimento de água, um trator e seis quilômetros de melhoria no caminho de acesso.
Os projetos inaugurados, que receberam investimentos de R$ 307.531,35, fazem parte do Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR), desenvolvido pela Superintendência do Núcleo Estadual de Programas Especiais (Nepe) da Secretaria da Agricuitura. Para o superintendente Antônio Galhardo, três pontos são importantes na implantação dessas obras: "É uma demanda legítima da comunidade, é executada pela própria comunidade - que contrata a empresa executora - e a qualidade dos serviços é muito boa porque eles mesmos é que fiscalizam". Galhardo informou que foram adquiridas pela comunidade, com recursos do Nepe, duas motos comunitárias e dois computadores.
A comunidade de Piqui da Rampa está localizada a 20 quilômetros de Vargem Grande. Lá, os quilombolas cultivam arroz, milho, feijão, mandioca e juçara. Foram duas as associações beneficiadas com os projetos - a de Mulheres Negras de Piqui e a comunitária do Povoado Piqui.
Em 2005, o Nepe dará continuidade aos programas desenvolvidos no estado por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado do Maranhão (Prodim) que substituirá o atual PCPR. Há US$ 40 milhões para serem investidos no combate à pobreza no campo, elevando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) por meio de ações e projetos nas áreas de educação, saúde, geração de emprego e renda.
O PCPR já financiou mais de 4 mil projetos, beneficiando 276 mil famílias. O programa incentivou ainda a organização das comunidades, com a criação de 10 mil associações comunitárias. Foram instalados 213 conselhos municipais, formadas 200 lideranças e várias organizações não-governamentais (ONGs) atuam nas regiões.