Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rebateu hoje críticas que vem sofrendo por parte do setor empresarial e analistas, a respeito da maneira como conduz as
negociações na área de comércio exterior. No encerramento do seminário "O Brasil e a energia do Século 21: açúcar e etanol", promovido pelo Itamarati, Amorim disse que, ao contrário da lentidão de que é acusado, o que existe é uma "certa fome" de conquista de mercados, mas que não se pode jogar todas as fichas na primeira rodada.
"Não vejo lentidão alguma. Se algum dia algum deles quiser assumir as negociações, eu ofereço com o maior prazer, porque elas são extremamente cansativas, fatigantes extenuantes e pouco gratificantes, porque são duras. Quando a gente acerta o elogio é pequeno e quando a gente erra ou não consegue a crítica é imediata". O ministro disse que, como governo, ele precisa estar atento para o conjunto dos interesse brasileiros, nas negociações, e não apenas para o setor que
se acha mais competitivo. "Numa negociação é preciso dosar ousadia e cautela".