Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Educação, Tarso Genro, disse logo após a divulgação do Índice de Desenvolvimento de Educação, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em que o Brasil figura em 72º lugar de 127 países pesquisados, que a classificação brasileira não deve ser atribuída ao atual governo, nem ao governo anterior. Para ele, a colocação "é o resultado da história de sucessivos governos que não tinham sentido republicano estratégico, e não consideravam a educação um bem público essencial".
Na pesquisa da Unesco, que se refere aos anos de 2001 e 2002, o Brasil figura na 72º posição geral entre 127 países analisados. O país aparece em 32° em educação primária universal, 67° em alfabetização entre adultos e 66° no quesito igualdade de gênero. Na taxa de permanência de alunos até a 5ª série, o Brasil fica em 87° lugar.
Segundo o ministro, uma das alternativas para a melhoria da educação no país seria a aceitação por parte dos países desenvolvidos de que o dinheiro investido em educação pelos países em desenvolvimento seja descontado de suas dívidas. Assim, quanto mais um país em desenvolvimento investisse em educação, menor ficaria sua dívida.
"Não adianta os países mais desenvolvidos dizerem que têm que investir mais em educação. Nós sabemos. A Unesco sabe, trabalha conosco estrategicamente neste sentido. É necessário que seja repartida a responsabilidade para esse investimento, já que países como o nosso são países que tem enorme contrato da dívida pública", afirmou.