Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em visita à quadra da Escola de Samba Portela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o Brasil está comprometido em alcançar as oito metas do milênio até 2015. O samba-enredo portelense do próximo Carnaval é a Declaração do Milênio, cujas metas foram assumidas em Roma, em 2002, pelos países que fazem parte das Nações Unidas.

O presidente Lula ganhou do presidente da Portela, Nilo Figueiredo, uma placa comemorativa e a bandeira da escola de samba e ainda recebeu o convite público para assistir ao desfile no Rio.

O presidente confessou ter se emocionado ao saber da escolha da Portela. "Carnaval não pode ser tratado de forma pejorativa. O Brasil é conhecido como o país que só sabe fazer carnaval, jogar bola e com crianças na rua. Mas esse país conquistou o direito de andar de cabeça erguida no mundo e competir do ponto de vista da tecnológica com qualquer país do mundo", observou Lula, ao comentar a oitava meta da declaração, que é trabalhar para que países em desenvolvimento cresçam e saiam dessa condição.

Lula ressaltou que carnaval não pode ser tratado de forma pejorativa. "Quando uma escola de samba, que é o retrato fiel da imagem mais pura do brasileiro, normalmente saído dos bairros mais pobres dos estados brasileiros, adota para si o compromisso de colocar uma tema da magnitude política que são as metas do milênio como samba-enredo, eu acho que ninguém segura esse país".

O presidente disse que o brasileiro precisa de auto-estima e deve aprender a valorizar o que é capaz de produzir porque "não há país no mundo capaz de sair das vias de país em desenvolvimento para um país desenvolvido se não tiver auto-estima na flor da pele, no coração, na cabeça e na alma de cada brasileiro e brasileira".

Ao assinar a Declaração do Milênio, os países se comprometeram a atingir as oito metas estabelecidas até 2015. São elas: acabar com a fome e a miséria, levar educação básica de qualidade para todos, promover a igualdade entre os sexos e a valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, promover a saúde da gestante, diminuir a incidência de doenças como Aids e malária, garantir a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente, trabalhar pelo crescimento dos chamados países em desenvolvimento.