Andréia Araújo e Marcos Chagas
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmarados Deputados, Professor Luizinho (PT-SP), defendeu a Medida Provisória que eleva o cargo de presidente do Banco Central ao de ministro de Estado. Para o líder, essa medida "é necessaria para melhorar a proteção legal ao cargo de presidente do Banco Central (BC)".
Luizinho considera que o governo não terá dificuldades para aprovar a medida no Congresso, porque "essa Medida Provisória não é para o Henrique Meirelles (atual presidente do BC), é para o cargo de presidente do Banco Central".
Já para o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a Medida é inconsitucional: "Parece nitidamente inconstitucional fazer com que uma autarquia tenha no exercício de seu presidente um ministro".
Para Bornhausen, o cargo de ministro "vai facilitar a convocação do Henrique Meirelles ao Senado para dar explicações sobre a denúncia de evasão fiscal, divulgadas na imprensa". Segundo o senador, como presidente do Banco Central, Meireles só poderia ser convidado a dar explicações.
O presidente do PFL disse ainda que a MP é inócua e só vai provocar mais discussão no Congresso Nacional: "É falta do que fazer! É mais uma MP para trancar a pauta do Congresso".