Governo não aceita encontro de contas em ação judicial no caso Varig

16/08/2004 - 22h49

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Casa Civil divulgou nota hoje informando que são "infundadas" as informações e os comentários feitos até o momento pela imprensa relativos à linha de ação a ser desenvolvida pelo governo em relação à dívida da Varig. A nota esclarece que uma decisão já tomada pelo governo sobre esse assunto é que "não aceitará um encontro de contas a partir de demanda judicial da Varig, que está sub judice".

Segundo informações divulgadas pela imprensa, o governo iria abater parte da dívida da Varig, caso a empresa desistisse de ações na Justiça contra a União. A Casa Civil afirma, ainda, que o governo federal está dando atenção ao assunto por meio de reuniões reservadas e está disposto a buscar uma saída para a questão. A nota, na íntegra, é a seguinte:

"O governo federal, preocupado com as repercussões sociais, políticas e econômicas decorrentes de problemas de gestão nas empresas aéreas brasileiras que operam rotas internacionais, recolheu subsídios ofertados por várias instâncias do governo a fim de instituir um grupo técnico que estuda uma alternativa que assegure ao país a continuidade da prestação de serviços aéreos na rota internacional. Além de questões operacionais, o trabalho avalia a minimização dos impactos sociais e inclui também uma criteriosa análise jurídica. As conclusões do grupo técnico ainda não foram apresentadas aos ministros da Defesa, da Fazenda e da Casa Civil.

Desta forma, em relação a notícias divulgadas pela imprensa em referência à empresa Varig, o governo federal esclarece que continua dando atenção ao assunto por meio de reuniões reservadas e alerta que são infundadas as informações e os comentários feitos até o momento e relativos à linha de ação a ser desenvolvida. Neste sentido, cumpre esclarecer que uma decisão já tomada é que o governo não aceitará um encontro de contas a partir de demanda judicial da Varig que está sub judice. Por fim, o governo federal reitera a sua disposição de buscar uma saída para a questão, conforme a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva."