Caio d’Arcanchy e Aloisio Milani
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O ministro interino da Casa Civil, Swendenberger do Nascimento Barbosa, considera o caso da ONG Ágora "enterrado" após a divulgação nesta quinta-feira do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o programa Primeiro Emprego, do Ministério do Trabalho. "O mais importante a se destacar é que o ‘balão de ensaio’ que se tentou fazer, no sentido de que havia alguma coisa de imoral e com conivência de autoridades do governo com alguma coisa ilícita, ficou enterrado com a resolução e o parecer do TCU", disse Swendenberger durante a 3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal, em Brasília.
O ministro interino se refere à citação do acórdão do TCU que constata que "não houve a realização de despesa estranha ao objeto do convênio" e "que o projeto aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (...) especificava de forma detalhada todos os recursos detalhados para cada item de despesa de custeio, bolsa auxílio, qualificação e investimento". O relatório foi elaborado pelo ministro Guilherme Palmeira, do TCU. Entre as propostas do Tribunal está o pedido de suspensão "do auxílio financeiro aos beneficiários" do Primeiro Emprego até que se regularize o Conselho Consultivo do programa.
"As decisões do TCU, que vão ser comentadas pelo ministro Ricardo Berzoini, ajudam o governo no sentido de fazer com que algumas questões administrativas que precisariam ser corrigidas, assim o sejam", disse o ministro interino da Casa Civil, após divulgação do Ministério do Trabalho que dois decretos seriam preparados a partir das recomendações do TCU. Swendenberger ainda lembrou que o "Ministério do Trabalho já havia feito uma sindicância na mesma direção das orientações do Tribunal de Contas".