29/06/2010 - 13h47

Arno Augustin: técnicos do Tesouro comemoraram decisão de agência de aumentar rating do Brasil

Daniel Lima

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - A decisão da agência de classificação de risco Fitch de elevar de estável para positiva a tendência de avaliação da nota para o Brasil foi comemorada pelos técnicos do Tesouro Nacional, informou o secretário Arno Augustin. Ele criticou analistas brasileiros que enxergam dificuldades fiscais do governo que, segundo ele, não existem.

 

Para ele, o anúncio da Fitch veio no momento em que os países da Europa enfrentam fortes dificuldades para controlar as contas públicas, mas o Brasil está bem e na próxima revisão da agência de classificação de risco a tendência será de elevar a nota do país.

Particularmente, achei muito importante [a tendência de elevação da nota] e nos deixou muito satisfeitos a avaliação que a Fitch fez do Brasil. Entendo que a próxima reavaliação das agências tende a ser de elevar o rating do Brasil”, disse.

Arno destacou que a posição da Fitch, além do reconhecimento da boa posição fiscal do Brasil, reflete a situação econômica do país e o fato de ter resistido melhor à crise internacional, iniciada em 2008. “As agências de rating analisam isso em profundidade, analisam os fundamentos da economia, analisam os fundamentos fiscais e chegaram a essa conclusão".

Sobre o fato de a avaliação da Fitch não levar em consideração fatores sazonais, Augustin destacou que os impactos da crise foram sentidos em todos os países, mas os que estavam melhores resistiram mais.

O mundo é único. Em geral, os efeitos são em todos. Os que estão melhores resistem de forma mais adequada, como é o caso do Brasil. Não é apenas comparação do Brasil com quem está em situação difícil. O Brasil resistiu bem”.

O secretário lembrou que "em outros tempos", quando havia crise em dimensões consideradas menores, o país entrava em grandes dificuldades, com a situação fiscal e na rolagem da dívida pública.

O dólar subia etc. e nada disso vem acontecendo. O Brasil continua na rota do crescimento. Continua bem e isso é uma grande evolução. Do Brasil em relação a ele mesmo e em relação aos outros países".

Edição: Tereza Barbosa

29/06/2010 - 13h43

Dívida pública chega a R$ 1,37 trilhão em maio

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,371 trilhão em maio, resultado que representa 41,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A informação foi divulgada hoje (29) pelo Banco Central (BC).

Em relação a abril, houve uma redução de 0,4 ponto percentual na dívida em relação ao PIB. Segundo o BC, a queda ocorreu devido à desvalorização cambial de 5% registrada no mês e ao crescimento da economia.

A projeção do Banco Central a dívida líquida em junho é de 41,1% do PIB.

Edição: Juliana Andrade

29/06/2010 - 13h08

Setor público fecha maio com superávit primário de R$ 1,4 bilhão

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O superávit primário do setor público consolidado – Governo Central, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 1,430 bilhão em maio, segundo informou hoje (29) o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o superávit primário foi de R$ 1,119 bilhão.

A contribuição para o resultado positivo veio das empresas estatais (superávit de R$ 1,392 bilhão) e dos governos regionais (estaduais e municipais – R$ 1,469 bilhão). O Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) apresentou déficit primário de R$ 1,431 bilhão.

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. No mês passado, os gastos com juros nominais somaram R$ 16,191 bilhões, contra os R$ 12,593 bilhões registrados em maio de 2009.

Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal, que no mês passado foi deficitário em R$ 14,761 bilhões. Em maio de 2009, o setor público havia registrado déficit nominal de R$ 11,474 bilhões.

De janeiro a maio, o superávit primário é de R$ 38,046 bilhões, resultado que corresponde a 2,72% do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país.

No mesmo período de 2009, o setor público apresentou superávit primário de R$ 31,879 bilhões ou 2,60% do PIB. Nos 12 meses encerrados em maio (resultado anualizado), o superávit primário corresponde a 2,13% do PIB (R$ 70,685 bilhões).

Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 75,654 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, contra R$ 65,431 bilhões observados no mesmo período de 2009.

De janeiro a maio, houve déficit nominal de R$ 37,608 bilhões, contra R$ 33,552 bilhões registrados em igual período do ano passado.

Edição: Tereza Barbosa

29/06/2010 - 13h02

Dnit prevê que serão necessários R$ 72 milhões para recuperar rodovias no Nordeste

Da Agência Brasil

Brasília - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prevê a necessidade de R$ 72 milhões para obras emergenciais de recuperação das rodovias de Alagoas e Pernambuco atingidas pela chuva. A BR-101, que corta os dois estados, tem alguns trechos interditados. Os governos federal e estaduais vão atuar juntos para solucionar os problemas.

Em Pernambuco, o tráfego de veículos na BR-101 ainda não foi liberado na altura do km 186, onde as pontes sobre o Rio Una foram levadas pelas águas. Em Alagoas, a interdição ocorre no km 81 da mesma rodovia, onde as cabeceiras da ponte sobre o Rio Mundaú ruíram.

Segundo o Dnit, R$ 57 milhões devem ser disponibilizados ao governo pernambucano para a reconstrução das duas pontes sobre o Rio Una. A previsão é de que elas sejam concluídas em 180 dias. Para Alagoas, R$ 15 milhões estão sendo empenhados na reparação da ponte do Rio Mundaú e em outros pontos afetados pela chuva.

As enchentes provocaram até agora 54 mortes nos estados de Alagoas e Pernambuco. Mais de 50 mil pessoas estão desabrigadas e aproximadamente 100 mil ficaram desalojadas nos dois estados.

Em Alagoas, o número de mortos permanece em 34, mas 76 pessoas ainda estão desaparecidas. Há 26.618 desabrigados e 47.897 desalojados. Em Pernambuco, o número de desabrigados e desalojados é de 26.966 e 55.643, respectivamente. Vinte pessoas morreram em decorrência da chuva no estado.

Edição: Graça Adjuto

29/06/2010 - 12h53

Correios devem normalizar serviço de entrega nos próximos dias

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O serviço de entrega dos Correios deve ser normalizado nos próximos dias. Ainda esta semana, a empresa deve contratar duas linhas para o Nordeste, o que deve resolver os problemas de atraso nas entregas. A informação é do presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio.

Em março, a empresa viveu o pico da crise, quando sete das dez linhas aéreas que fazem o transporte pararam. “Passamos pela crise operacional. Não chegamos ao nível de excelência, mas já estamos em um nível confortável”, disse Custódio ao sair de reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

O presidente dos Correios defendeu a criação de uma empresa subsidiária para cuidar do transporte de cargas. Segundo ele, o atual sistema de licitação, muitas vezes, provoca o atraso nas encomendas urgentes. “Várias empresas deixaram de operar. A TAM e a Gol não fazem esse transporte e a atual Lei de Cabotagem [que trata de transporte de mercadorias] proíbe licitações internacionais para contratar empresas para o serviço”, completou.

Edição: Juliana Andrade

29/06/2010 - 12h53

Déficit primário está “absolutamente dentro da normalidade” para o período, diz secretário

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o déficit primário de R$ 509,7 milhões do Governo Central, divulgado hoje (29), é “previsto e absolutamente dentro da normalidade”.

O resultado foi o pior para meses de maio desde 1999, o que segundo ele não impedirá que o governo cumpra a meta de superávit primário deste ano, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país.

O resultado primário é a diferença entre o que o país arrecada e o que gasta, da qual é tirado um percentual para honrar compromissos financeiros do país, inclusive o pagamento de juros da dívida pública.

“Nós tivemos um leve déficit de R$ 500 milhões, absolutamente dentro da normalidade, para o mês de maio. Esse resultado neutro de maio, está dentro das previsões do ano. Reforçam nossas convicções de que vamos cumprir o primário de 3,3% do PIB, sem fazer abatimentos de PPI e Fundo Soberano”, disse.

O mais importante, segundo ele, é o fato que os investimentos do governo continuam a crescer, incluindo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Portanto, é uma rota de preparar a infraestrutura pública do Brasil para um crescimento sustentável”, enfatizou.

Os gastos do governo federal com investimentos totalizaram R$ 16,69 bilhões no acumulado do ano até maio, o que representa um crescimento de 80%, se comparado com o mesmo período de 2009.

No caso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre janeiro e maio foram pagos R$ 7,12 bilhões, elevação de 89% sobre o mesmo período de 2009.

Edição: Tereza Barbosa

29/06/2010 - 12h36

Chuva provoca alagamentos em Maceió

Ivan Richard
Enviado Especial

Maceió - A volta da chuva em Alagoas teve reflexo hoje (29) também na capital do estado, Maceió, depois que a enxurrada destruiu diversas cidades do interior há 12 dias.

Com a cheia do Rio Mundaú, as ruas do bairro da Levada, na capital alagoana, amanheceram debaixo d'água. A região fica perto da Lagoa do Mundaú, que recebe as águas do rio, que provocou a destruição no interior do estado.

Alguns motociclistas se arriscaram na travessia das vias alagadas. No entanto, apenas ônibus e carros grandes conseguiram atravessar as ruas.

Edição: Juliana Andrade

29/06/2010 - 12h28

Reconstrução de unidades de saúde em Alagoas e Pernambuco deve custar R$ 30 milhões

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Saúde estima que serão necessários R$ 30 milhões para a reconstrução das unidades de saúde destruídas pela chuva nos estados de Alagoas e Pernambuco. A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Vigilância Ambienta do ministério, Guilherme Franco Neto.

"Temos uma equipe especializada em Alagoas que está se deslocando para Pernambuco e fazendo um levantamento dos danos nas unidades de saúde. Isso vai implicar uma quantidade de recursos, para que o ministério aponte para uma medida provisória (MP) a ser editada pelo presidente da República."

O diretor não soube informar quando a MP vai ser editada, mas acredita que deve sair até o fim da semana. Ele disse que foi confirmado um caso de leptospirose em Pernambuco.

Edição: Graça Adjuto

29/06/2010 - 12h27

Reajustes salariais de servidores federais preocupam Tesouro, diz Arno Augustin

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As questões envolvendo reajuste de salário dos servidores federais preocupam o Tesouro Nacional, segundo disse hoje (29) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ao comentar o reajuste para os salários do Judiciário que está sendo discutido na Câmara dos Deputados.

"Entendemos que as carreiras do setor público federal, de uma forma geral, estão alinhadas. Novos reajustes trazem uma preocupação bem relevante. Estamos atentos a isso e esperamos que haja uma revisão das propostas”.

O secretário alertou que alguns reajustes de salários trariam dificuldades para o país a curto e a longo prazos, já que outras carreiras também poderiam reivindicar aumento. Ele destacou que os reajustes dados aos servidores ao longo dos últimos quatro anos foram “bem substanciais e positivos”.

“Agora, é hora de enxergarmos isso como um momento de parada, deixar decisões de eventuais reajustes para o ano que vem. É o mais adequado. São vários bilhões de aumento de despesa de pessoal e reabre-se uma discussão sobre as diferenças entre as diversas carreiras”, disse.

Arno Augustin acredita que o mais adequado seria rever os salários no ano que vem - primeiro “ano de um novo governo”.

“No último ano, acredito que não seja adequado discutir novos reajustes de pessoal”.

Edição: Tereza Barbosa

29/06/2010 - 12h13

Miguel Jorge diz que Itália pode aliar-se ao Brasil para incentivar acordo Mercosul-UE

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje (29) que a Itália pode ser um forte aliado para incentivar a assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

Segundo ele, entre 2002 e 2008 houve expressivo crescimento das relações bilaterais de 162% e só nos cinco primeiros meses deste ano, elas já cresceram 50%.

Ele alertou que é necessário os dois países manterem entendimentos para eliminar barreiras tarifárias. Segundo ele disse também que desde 2008 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social ( BNDES) e a Agência de Crédito à Exportação Italiana (Sace) têm uma parceria para garantir financiamentos de quase US$ 1,2 bilhões.

O ministro afirmou que esse é um bom momento para investir no Brasil já que “além da segurança jurídica o país tem estabilidade econômica, política institucional e superou rapidamente os efeitos da crise financeira mundial que teve início no final de 2008”.

Segundo ele, até 2013 o Brasil deve investir US$ 735 bilhões, dos quais US$ 477 bilhões em projetos na indústria, na construção civil e em infraestrutura. Isso significa um aumento de 10% sobre os US$ 434 bilhões programados entre 2009 e 2012.

Miguel Jorge participou da abertura do seminário Brasil Itália – Novas Parcerias Estratégicas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Edição: Tereza Barbosa

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