13/07/2010 - 16h23

Israel diz que navio líbio rumo à Faixa de Gaza é provocação

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo de Israel criticou hoje (13) a tentativa de entrada de um navio líbio na Faixa de Gaza. De acordo com nota publicada pela embaixada israelense em Brasília, o objetivo da embarcação não é oferecer ajuda humanitária, mas provocar.

“Os organizadores estão tentando provocar e criar uma situação de constrangimento para Israel, assim como forçar a abertura de uma nova rota marítima para Gaza, permitindo a entrada de armas para o Hamas e terroristas. Esta não é uma aspiração humanitária, mas sim uma atitude hostil”, afirmou a nota.

De acordo com o comunicado, Israel permite a entrada de cerca de 800 caminhões com suprimentos por semana – uma média de 15 mil toneladas – e que a quantidade registrada no navio líbio é inferior ao previsto para um único dia.

As restrições feitas por Israel na Faixa de Gaza tratam da entrada de armas, material bélico e itens que podem ser utilizados para fins militares. Todos os navios devem descarregar seus bens no Porto de Ashdod para que sejam transportados para a Cisjordânia ou para a Faixa de Gaza somente depois de inspeção.

“Os organizadores do navio são convidados a entregar seus suprimentos à Faixa de Gaza através do porto israelense de Ashdod ou pelo porto egípcio de El Arish, evitando um confronto desnecessário”, destacou o governo israelense. “Qualquer pessoa verdadeiramente interessada em enviar ajuda aos moradores de Gaza pode usar os canais terrestres existentes, assim como todas as organizações internacionais respeitáveis”, concluiu a nota.
 

 

Edição: Rivadavia Severo

13/07/2010 - 15h56

Funcionários dos Correios poderão financiar casa própria com condições facilitadas

Da Agência Brasil

Brasília - A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Caixa Econômica Federal firmaram hoje (13) um acordo para facilitar o financiamento de imóveis por funcionários dos próprios Correios. O acordo vai beneficiar cerca de 108 mil empregados ativos da estatal.

De acordo com o convênio, os empregados da ECT que recebem salários pela Caixa terão acesso ao crédito imobiliário com taxa de juros de 8,2% ao ano para operações dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Quem ganha menos de três salários mínimos poderá financiar a moradia pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Segundo o presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio, a parceria vai proporcionar mais qualidade de vida aos funcionários. “Esse acordo é de extrema importância para todos os funcionários dos Correios, uma vez que o sonho de todo brasileiro é ter a casa própria”, disse.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 15h47

Ministério envia recursos para Pernambuco e Alagoas reconstruírem unidades de saúde

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A situação da saúde pública nos estados de Pernambuco e Alagoas, atingidos por fortes chuvas, está sob monitoramento diário por parte do Ministério da Saúde. O ministro José Gomes Temporão destacou hoje (13) que sua equipe mantém contatos diários com os secretários de Saúde dos dois estados para garantir “todo o apoio que o governo federal puder dar”. Temporão esteve reunido hoje com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Ele disse que o ministério liberou R$ 47 milhões para ajudar a reconstruir as unidades de saúde atingidas em municípios pernambucanos e alagoanos. “O que aconteceu é que, nas áreas atingidas, unidades de saúde desapareceram [foram destruídas]." Os recursos vão ajudar os governos estaduais na reconstrução e no reequipamento dessas unidades”.

Temporão acrescentou que, primeiramente, sua equipe buscou atender a demandas básicas como alojamento dos atingidos pelas chuvas, alimentação e água de qualidade. Segundo ele, o ministério está preparado para o rápido envio de medicamentos, material de curativo e hipoclorito de sódio, substância utilizada para descontaminação rápida de água.

A pedido do governo de Alagoas, o ministério enviou ao estado 105 médicos e enfermeiros, além de pessoal do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Também foram repassadas novas ambulâncias ao estado.

Edição: Lana Cristina

13/07/2010 - 15h46

Dissidentes cubanos libertados chegam à Espanha

Da Agência Brasil

Brasília - Um grupo de sete dissidentes cubanos com suas respectivas famílias chegou hoje (13) à Espanha. Os sete foram os primeiros de uma lista de 52 prisioneiros políticos que estão sendo libertados segundo acordo fechado na semana passada entre o governo cubano, a Igreja Católica de Cuba e diplomatas espanhóis. A informação é da BBC Brasil.

A Igreja Católica cubana informou que 20 dos 52 dissidentes aceitaram a oferta de exílio na Espanha. Segundo as autoridades, eles não são obrigados a ficar no país europeu e estão livres para ir aonde quiserem. Tanto o Chile como os Estados Unidos já ofereceram asilo aos dissidentes. Pelo menos três prisioneiros teriam dito à Igreja que preferiam permanecer em Cuba.

"Somos o início de um caminho que pode ser o começo de uma mudança para o país", disse o grupo, por meio de um comunicado lido no desembarque em Madri. "Para nós, o exílio é uma continuação da luta, e pode-se lutar de muitas formas. Esperamos que aqueles que permanecem em Cuba tenham a mesma liberdade que temos”, diz a mensagem. A libertação dos dissidentes anunciada na semana passada poderá ser a maior desta década na ilha comunista.

Os 52 prisioneiros que estão ganhando a liberdade fazem parte de um grupo de 75 pessoas detidas em 2003 e condenadas a penas que vão de seis a 28 anos de prisão. Os outros 23 prisioneiros já foram libertados.

Depois que o acordo foi anunciado na semana passada, o dissidente Guillermo Fariñas, que estava à beira da morte, encerrou a greve de fome que mantinha havia 130 dias. No domingo (11), um grupo de mães e mulheres de presos políticos – conhecido como Damas de Branco – pediu, na marcha semanal que as mulheres promovem em Havana, a libertação de todos os opositores ao governo cubano que permanecem na prisão. Segundo a Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, havia 167 prisioneiros de consciência em Cuba antes da libertação deste grupo.

O governo cubano nega que mantenha presos políticos, descrevendo-os como criminosos financiados pelos Estados Unidos para desestabilizar o país. Horas antes dos dissidentes partirem, o ex-presidente Fidel Castro, de 83 anos, apareceu na TV estatal pela primeira vez em 11 meses. Em uma entrevista de uma hora e meia, Fidel falou sobre a Coreia do Norte e o Irã e voltou a atacar os Estados Unidos. Mas Fidel não fez qualquer menção aos prisioneiros.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 15h21

Crescimento econômico acelerado não garante redução da pobreza na mesma proporção, diz Ipea

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O crescimento econômico registrado no Brasil não foi suficiente para elevar o padrão de vida de todos os brasileiros. O boletim sobre pobreza e miséria apresentado hoje (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as regiões com maior expansão econômica não foram necessariamente as que mais reduziram a pobreza e a desigualdade. Entre 1995 e 2008, a Região Centro-Oeste, por exemplo, registrou o maior ritmo médio anual de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país (5,3%). Mas a região teve o pior desempenho na redução média anual da taxa de pobreza absoluta (-0,9%) e a segunda pior evolução na diminuição média anual da taxa de pobreza extrema (-2,3%).

Além disso, em 2008, o Distrito Federal liderou a lista das unidades da Federação com maior desigualdade de renda, com índice Gini de 0,62, seguido por Alagoas (0,58) e Paraíba (0,58). O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade.

Por outro lado, a Região Sul, que registrou o menor ritmo de expansão anual do PIB por habitante (2,3%), foi a região do país com o melhor desempenho em termos de redução das taxas de pobreza absoluta (-3,0%) e pobreza extrema (-3,7%) entre 1995 e 2008.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 15h11

Apesar das desigualdades regionais, Brasil pode acabar com a miséria em 2016, diz Ipea

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro- Até 2016, o Brasil pode superar a miséria e diminuir a taxa nacional de pobreza absoluta (rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo por mês), segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre pobreza e miséria. O levantamento apresentado hoje (13) no Rio de Janeiro alerta que, para atingir esse ideal, o país precisa equilibrar a desigualdade que existe entre os estados em relação às taxas de redução da pobreza.

Segundo o levantamento baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 1995 e 2008 saíram da condição de pobreza absoluta 12,8 milhões de pessoas enquanto 13,1 milhões superaram a condição de pobreza extrema (rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo mensal).

O desafio, segundo o Ipea, é fazer com que os estados apresentem ritmos diferenciados de redução da miséria, justamente por apresentarem níveis diferentes de distribuição de renda e de riqueza. Entre 1995 e 2008, as taxas de pobreza extrema entre as unidades da federação foram bem desiguais. Em 1995, Maranhão (53,1%), Piauí (46,8%) e Ceará (43,7%) eram os estados com maior proporção de miseráveis em relação à população. Treze anos depois, Alagoas assumiu o topo do ranking, com a taxa de pobreza extrema de 32,3%. Na outra ponta da lista, Santa Catariana (2,8%), São Paulo (4,6%) e Paraná (5,7%) apresentaram os melhores resultados.

Em relação à pobreza absoluta, entre os estados que tiveram os melhores resultado nesse período estão Santa Catarina, que reduziu a taxa em 61% no período de 13 anos, Paraná (52,2%) e Goiás (47,3%). Já o Amapá (12%), o Distrito Federal (18,2%) e Alagoas (18,3%) tiveram as menores taxas de redução do universo de pessoas nessas condições.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 14h46

CBIC garante que Brasil concluirá a tempo obras previstas para a Copa de 2014

Pedro Peduzzi e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, disse hoje (13) ter certeza de que o Brasil concluirá no prazo as obras previstas para a Copa de 2014. A afirmação foi uma resposta às críticas de dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de que o país está atrasado com as obras de infraestrutura previstas para o evento.

“O jogo da Fifa é muito pesado. Temos de filtrar o que eles falam. Conheço o setor [de construção civil] e não tenho a menor dúvida: vamos fazer a Copa. Tanto as arenas como aeroportos, portos e a parte de mobilidade interna”, disse o presidente da CBIC, após participar do lançamento do edital de concorrência do projeto do trem de alta velocidade (TAV) que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo e a Campinas.

Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a postura da Fifa. "Vocês viram que mal terminou a Copa na África do Sul e eles já começam a dizer, 'cadê os aeroportos, os estádios, os corredores de trem, os metrôs brasileiros ?', como se nós fôssemos um bando de idiotas que não sabe fazer as coisas ou definir prioridades", disse Lula.

Segundo Safady, o interesse do empresariado é grande com as obras previstas para a Copa de 2014. “Estamos preparados e vai haver mobilização dos empresários e dos governos nos três níveis, principalmente nas cidades, para tocar esse projeto”, afirmou. “Não vamos pensar que o Brasil não está preparado, porque isso é uma bobagem. Vamos sofrer pressão diuturnamente e essa pressão da Fifa é natural porque há interesses econômicos muito grandes por trás disso tudo”, completou Safady.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 14h32

Mantega reafirma a necessidade de se criar estatal de seguros para infraestrutura e exportações

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta terça-feira (13) a intenção do governo de criar a Empresa Brasileira de Seguros (EBS), com o objetivo de apoiar projetos de investimento em infraestrutura e exportações. Ele disse que o governo "não quer, com isso, criar um monopólio na área, mas suprir uma deficiência que existe. Se o setor privado estivesse dando conta, não precisaríamos criar a empresa”. Mantega informou que vai chamar os executivos das grandes empresas de seguros para um encontro no Ministério da Fazenda, na próxima semana, para discutir o assunto.

“É uma bobagem dizer que se trata de estatização do setor”, rebateu Mantega ao se referir a críticas que estão sendo feitas sobre a criação da estatal. Segundo ele, este é um processo que deverá levar muitos meses, tendo em vista a complexidade de se montar uma empresa.

O ministro lembrou que o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) "perdeu o monopólio, por isso está sendo privatizado. As negociações estão sendo feitas com o Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, que já são sócios do instituto". Mantega informou, porém, que o governo vai aperfeiçoar texto de medida provisória que cria a EBS, que ainda está na Casa Civil da Presidência da República.

O ministro da Fazenda disse ainda esperar que o setor "cresça o bastante para suprir a necessidade de seguro no Brasil" e que já existe seguro para a exportação, "mas não na necessidade esperada". Uma das propostas é permitir que o governo e as seguradoras possam formar consórcios para operar de maneira conjunta em grandes projetos.

Edição: Vinicius Doria

13/07/2010 - 14h10

Lula quer que trem-bala esteja pronto até 2016

Yara Aquino e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que o Trem de Alta Velocidade (TAV) esteja pronto até 2016, quando o Brasil sedia os Jogos Olímpicos. Ao lançar hoje (13) o edital de licitação para a constratação das empresas que ficarão responsáveis pela obra, Lula disse que é possível trabalhar em mais de um turno e até mesmo sábados e domingos para que o trem-bala fique pronto a tempo de atender as necessidades do país.

“Boa parte da infraestrutura que estamos fazendo queremos que esteja pronta até as Olimpíadas de 2016 e acho plenamente possível inaugurar [o trem-bala] até 2016”, ressaltou durante discurso. O meio de transporte rápido ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

Lula também defendeu a retomada do transporte ferroviário tanto de cargas quanto de passageiros e lembrou que há cerca de 15 anos o Brasil não fabrica um trilho.

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, afirmou que o projeto do TAV reflete o amadurecimento econômico do Brasil. “O mundo nos enxerga como hoje estamos: prontos para receber esses investimentos.”

Durante a cerimônia, o presidente assinou mensagem que encaminha ao Congresso Nacional um projeto de lei para criar a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav). A instituição será vinculada ao Ministério dos Transportes e fiscalizará o andamento do projeto.

O custo do TAV está estimado em R$ 33,1 bilhões. O preço máximo recomendado pelo Tribunal e Contas da União (TCU) para a passagem da classe econômica é de R$ 199,80.

Edição: Talita Cavalcante

13/07/2010 - 13h57

Copa do Mundo ajudou comércio a vender mais em maio, diz IBGE

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Copa do Mundo da África do Sul, disputada no período de 11 de junho a 11 de julho deste ano, foi um dos fatores que contribuíram para a alta de 10,2% nas vendas do comércio em maio em comparação com o mesmo mês de 2009. A conclusão é do economista Reinaldo Silva Pereira, com base na Pesquisa Mensal de Comércio de maio divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O evento da Copa do Mundo levou a uma antecipação de compras [em maio], principalmente na parte de eletrodomésticos e televisores”, disse Pereira. O segmento de móveis e eletrodomésticos teve alta de 19,5% nas vendas nesse período e respondeu por 20,1% do crescimento do comércio varejista.

Para o economista do IBGE, o aumento da massa salarial que vem ocorrendo no Brasil também contribuiu para a alta de 10,2% nas vendas de maio. “Acredito que esse aumento se deva ao aumento da massa salarial desses últimos 12 meses, com aumento na renda do trabalho e redução da taxa de desemprego”, disse Pereira .

Ele ressaltou que a alta de 10,2% também é reflexo do baixo crescimento do comércio em maio de 2009, mês-base da comparação. Como o mês-base teve pequeno crescimento, o aumento de maio deste ano parece ainda maior.

Outros setores que contribuíram para a alta das vendas foram o de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios (8,2%), que respondeu por 25,5% do crescimento do comércio varejista, e de veículos, motos e peças (6,4%), que respondeu por 22,6% desse aumento geral.

Entre as unidades da federação, 16 cresceram acima da média em maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para Rondônia e o Tocantins, com altas de 42,0% e 40,1%, respectivamente. As 11 demais cresceram abaixo da média nacional de 10,2%, com Santa Catarina (5,5%) e o Piauí (4,3%) apresentando os resultados mais baixos.

Edição: Nádia Franco

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