29/01/2009 - 23h00

Lula se encontra com presidente do Paraguai antes de retornar a Brasília

Amanda Cieglinski
Enviada Especial
Belém - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva seencontra ainda hoje (30) com a candidata socialista derrotada nas últimaseleições da França, SégolèneRoyal. Em seguida, ele se reúne com o presidente do Paraguai,Fernando Lugo.Neste momento, opresidente está reunido com o Comitê Internacional doFórum Social Mundial. O presidente Lula ainda almoçacom a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, antes deretornar a Brasília, às 14h30.

29/01/2009 - 22h05

BNDES e Anfavea vão discutir saídas para a crise no setor automobilístico

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (29) que vai se reunir amanhã (30), com diretores da AssociaçãoNacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) para discutir o que o BNDES pode fazer para manter e sustentarinvestimentos  para o setor automotivo. Coutinho prometeudivulgar novidades em relação ao setor automobilísticojá na próxima semana.

Ao comentar os efeitos da crise financeira internacional sobre o Brasil, Coutinho, tomando como exemplo acadeia automotiva, disse que a perspectiva é que “emalgum momento o processo de ajuste se faz e o setor estabiliza o seunível de operação. E, aí, volta a crescerporque nós acreditamos que o crédito ao consumo voltaráa se expandir moderadamente no Brasil, porque a estrutura bancáriabrasileira, felizmente, não está contaminada pela crisefinanceira internacional”.O presidente do BNDES insistiu que aúnica coisa da qual não se pode recorrer em termos deefeitos negativos sobre a economia brasileira é a que dizrespeito à retração dos mercados desenvolvidos.Sublinhou, contudo, que “não há nenhuma razãopara que todos os outros componentes da demanda efetiva no Brasilsofram impactos desnecessários, resultantes de uma contraçãode crédito endógino”. Coutinho avaliou que o sistemafinanceiro privado do país tem condições de serestabelecer. Segundo ele, nesse cenário, a economia brasileirapode ultrapassar de forma positiva o período difícilpara a economia mundial. "Não hárazão lógica para a economia brasileira comer o pãoque o diabo amassou, porque a economia tem energia e capacidade paraultrapassar esse período”, afirmou.

29/01/2009 - 21h48

BNDES: primeiras medidas de estímulo ao emprego beneficiam micro e pequenas empresas

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) anunciou hoje (29) as primeiras medidas deestímulo ao emprego no país, a partir dos recursosadicionais de R$ 100 bilhões concedidos recentemente ao bancopelo Tesouro Nacional.

As medidas se destinama apoiar as micro, pequenas e médias empresas, devido ao seupapel como grandes empregadores de mão-de-obra no país.“Nós esperamos com isso estar contribuindo de maneiraafirmativa para a questão da manutenção da rendae do emprego”. O BNDES decidiu ampliar para as médiasempresas as operações de refinanciamento (Refin),realizadas por meio dos agentes financeiros e limitadas atéentão para as micro e pequenas companhias.

Os prazos derefinanciamento foram estendidos para até 36 meses, contra 24meses anteriores, para as micro e pequenas empresas. Para as médias, o prazo será de até 12 meses. O banco resolveu tambémaumentar em 25% a dotação inicial de cada agentefinanceiro para operar o Refin. “Isso é muito importante esignificativo porque este momento mais desfavorável deretração, de queda das vendas, afeta muito cadeias depequenas e médias empresas. E a possibilidade dessas empresasganhar carência e refinanciar saldos representa um alívioimportante”, comentou Coutinho.

Em relaçãoao cartão de crédito (Cartão BNDES)para compra de insumos pelo portal eletrônico da instituição,o limite de crédito por cartão subiu de R$ 250 mil paraR$ 500 mil. Os juros cobrados nos financiamentos caíram de1,13% para 1% ao mês. Já o prazo de amortizaçãopassou de 36 para 48 meses. O presidente do BNDES destacou que ocartão tem sido uma ferramenta muito utilizada por empresas depequeno porte nas regiões Norte e Nordeste brasileiras.

O banco quer ampliar aabrangência dos bens e serviços que podem ser adquiridoscom o cartão. “É capital de giro para as empresas”,destacou, acrescentando que esse capital tem um custo relativamentebarato comparado ao custo do crédito para a pequena empresa nomercado. Desde sua criação em 2003, foram emitidos 165mil cartões para micro, pequenos e médios empresários,totalizando 135 mil operações, com créditos deR$ 1,9 bilhão.

Coutinho anunciou aindaa ampliação do prazo de 13 para 24 meses do ProgramaEspecial de Crédito (Pec) para capital de giro. O programa foilançado em dezembro de 2008, no montante de R$ 6 bilhões,voltado para capital de giro das empresas brasileiras. A vigênciado Pec foi aumentada também de 30 de junho de 2009 para 31 dedezembro deste ano. Desse total de R$ 6 bilhões do PEC, cercade R$ 900 milhões já estão em análise.

O banco tambémdeu um reforço para capital de giro no Programa de Apoio aCooperativas Agropecuárias (Prodecoop Agropecuário), dogoverno federal. Por meio do programa, as cooperativas podem, a partirde agora, obter até R$ 10 milhões para giro. O limite decrédito por cooperativa passará de R$ 35 milhõespara R$ 50 milhões. A dotação do ProdecoopAgropecuário deverá subir este ano de R$ 1 bilhãopara R$ 2 bilhões.

29/01/2009 - 21h11

Chinaglia dá explicações ao STF sobre PEC dos Vereadores e envia carta à Itália sobre Battisti

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um dos últimos atos do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) como presidente da Câmara foi enviar hoje (29) ao Supremo Tribunal Federal (STF) as explicações que levaram a Mesa Diretora da Casa a não assinar a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da nova composição das câmaras de vereadores, a chamada PEC dos Vereadores. A polêmica sobre a promulgação da proposta ocorreu no final do ano passado após o Senado fatiar a matéria e aprovar uma parte dela.Como a Câmara se recusou a promulgar a PEC, o Senado recorreu ao STF para que a Corte se posicionasse sobre a postura da Mesa da Câmara. Ao falar à imprensa, Chianglia disse que a tese central do Senado era de que era possível promulgar a proposta porque a matéria havia sido desmembrada e tratava de artigos distintos, onde um deles aumentava o número de vereadores e o outro tratava da redução dos gastos com a câmaras municipais.Segundo Chinaglia, o que cria dependência não é o número desse ou daquele artigo. "O que cria dependência é a vontade expressa no que foi escrito, ou seja, os artigos estão umbilicalmente ligados. Qualquer alteração no número de vereadores estava condicionada à redução de gastos".O presidente da Câmara explicou que além de dar as informações solicitadas, enviou ao STF as notas taquigráficas onde líderes e parlamentares apresentaram, como argumento central, que a Câmara estava reequilibrando a representatividade entre as cidades e, ao mesmo tempo, promovendo economia.Chinaglia também informou aos jornalistas que encaminhou hoje uma carta ao presidente da Câmara da Itália, Gianfranco Fini, respondendo a carta em que o italiano critica o refúgio político dado a Cesare Battisti pelo governo brasileiro e pedindo apoio ao Legislativo brasileiro para sua extradição.O deputado informou que encaminhou cópia da carta recebida, e da sua resposta, aos parlamentares e que também informou ao parlamentar italiano que deu conhecimento ao ministro da Justiça.Arlindo Chinaglia disse ainda que informou ao presidente do Parlamento italiano que quando recebeu a carta já estava publicada a posição do governo brasileiro sobre o assunto. Segundo Chinaglia, o que a Câmara pode e vai fazer é o debate natural que o tema provoca e manter o diálogo que é próprio dos parlamentos

29/01/2009 - 20h55

Embaixador diz que Israel quer mostrar sua democracia para o mundo

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O frágilcessar-fogo na Faixa de Gaza entre o Hamas e Israel nãoequivale a um cessar fogo na propaganda “de guerra” adotada porIsrael com a proximidade das eleições paraprimeiro-ministro. Após uma guerra marcada pela morte decivis, pelo ataque a alvos das Organizações das NaçõesUnidas (ONU) e pela morte de crianças, é importante, naavaliação do embaixador de Israel no Brasil, GioraBecher, mostrar ao mundo que “há democracia em Israel”. “É muitoimportante tratarmos de assuntos pacifistas nesse momento e nãoficarmos recordando o último episódio (operaçãomilitar sobre a Faixa de Gaza). Nós temos muito orgulho dedizer que somos uma das únicas democracias do Oriente Médio.Todos temos direito de votar em nosso país”, disse oembaixador, hoje (29), após votar na Embaixada de Israel no Brasil. A urna com o voto doembaixador e dos demais funcionários israelenses deve chegar  a Israel antes do dia 10 de fevereiro, datadas eleições para a escolha do Parlamento israelense(Knesset). Os cerca de cinco milhões de israelenses esperadosnas sessões eleitorais escolhem o partido para representá-losno Knesset, que possui 120 lugares, que são ocupados de acordocom a proporcionalidade dos votos obtidos. A partir de então,começam as coalizões políticas para se fazer oprimeiro-ministro do país.Becher considerou hojeque a operação militar em Gaza não deveinfluenciar diretamente no resultado das eleições.Apesar da ofensiva contar com o apoio de aproximadamente 80% dosisraelenses, na opinião do embaixador, tanto partidos dogoverno, quanto da oposição apóiam a atitude dogoverno de Israel.O embaixador disse que não acredita em uma mudança da políticanorte-americana em relação ao conflito entreisraelenses e palestinos com Barack Obama no poder. A políticados Estados Unidos foi sempre de apoio a Israel. Becher reconheceu oesforço que os EUA e outros países têm feitopara que se chegue a um acordo de paz, mas observou que não setrata de um processo simples e rápido. “Precisamos de tempoe isso o acordo de paz é uma vontade política de todosos lados. Sou um otimista e acho que podemos chegar a ter apoio dosEstados Unidos e de países da União Européia”,disse o embaixador.Disputam o cargo deprimeiro-ministro pelos principais partidos a atual ministra deNegócios Estrangeiros e candidata pelo Kadima, Tzipi Livni; oatual ministro da Defesa, Ehud Barak, candidato pelo PartidoTrabalhista; além do ex-premiê Benjamin Netanyahu,candidato pelo Likud, e que conta com o apoio da extrema direita, quesempre pregou uma reação dura contra os foguetes lançados pelo Hamas.

29/01/2009 - 20h35

Vannuchi defende modelo de educação popular no Fórum Social Mundial

Amanda Mota
Enviada Especial
Belém - O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu hoje (29), em Belém, a educação popular como forma de preparar indivíduos mais conscientes de seus direitos e deveres e capazes de contribuir para redução das desigualdades sociais. Vannuchi foi uma das autoridades públicas presentes na programação do Fórum Social Mundial (FSM) que será realizado até o próximo domingo (1º), na capital do Pará."A educação popular é um sentido especial de educação que reúne um conjunto de práticas onde os estudantes se organizam para refletir sobre questões que vão além da sua vida escolar, como a maneira de se organizar para resolver problemas e superar injustiças diversas", disse.Ao lado do escritor Frei Betto – um dos principais representantes da luta pelos Direitos Humanos no Brasil -  e da diretora de relações institucionais do Instituto Paulo Freire,  Salete Camba, Paulo Vannuchi destacou o papel dos movimentos sociais para o fortalecimento da educação popular. Ele afirmou que o FSM é uma  experiência bem-sucedida de educação popular."No FSM temas como meio ambiente, trabalho escravo e aperfeiçoamento judiciário, entre muitos outros, são trazidos para o debate plural. A articulação entre os participantes do fórum, incluindo o fundamental papel dos movimentos sociais, será capaz de propagar muito mais adiante, entre diversas outras pessoas, a necessidade de colocar essa proposta como um modelo permanente de educação", afirmou.O conceito de educação popular surgiu com o educador Paulo Freire na década de 60. Segundo os ideais de Freire, divulgados amplamente nas instituições de ensino superior brasileiras, os princípios da educação popular relacionam-se ao reconhecimento, à valorização e à emancipação dos indivíduos.Em entrevista à Agência Brasil, a diretora de relações institucionais do Instituto Paulo Freire,  Salete Camba, declarou que o atual papel da educação popular no Brasil é garantir a formação cidadã, política e científica buscando-se superar a desigualdade existente entre quem alcança e quem não consegue chegar às universidades. A diretora tambémressaltou que a preparação de novos  educadores capazes de atuar no processo de educação popular é um dos principais desafios rumo à efetivação dessa prática escolar."A educação popular é um complemento à educação formal. Trata-se de uma formação mais cidadã, voltada para a qualidade de vida das pessoas e visando a redução das desigualdades sociais. Não há como fazer edução popular se não houver preparo para isso porque ela requer uma outra lógica de ensino-aprendizagem. É transformar uma ação quepoderia ser estática em uma ação dinâmica e política", disse .Ainda de acordo com Salete Camba, a educação de jovens e adultos realizada atualmente no Brasil pelas Pastorais e outros movimentos sociais é um dos exemplos mais conhecidos de educação popular. Ela destacou a importância desse tipo de trabalho como alternativa para minimizar os índices de analfabetismo entre as regiões brasileiras."O que mais temos no país hoje de educação popular são os cursos de alfabetização de jovens e adultos realizados pelos movimentos sociais e entidades de classe. Com as crianças, vale ressaltar as ações de educação não-formal feitas pelas pastorais e organizações não-governamentais, por meio da promoção da cidadania. É fundamental que esses trabalhos continuem porque hoje, infelizmente, a oferta  de escolas públicas e privadas não vai dar conta de formar e de tirarnosso país do analfabetismo", afirmou.

29/01/2009 - 20h24

Corpo-a-corpo domina reta final de campanha na Câmara

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na reta final, a campanha pelaPresidência e pelos demais cargos da nova Mesa Diretora daCâmara dos Deputados está sendo feita corpo-a-corpo. Osquatro candidatos à Presidência – Michel Temer(PMDB-SP), Ciro Nogueira (PP-PI), Aldo Rebelo (PcdoB-SP) e OsmarSerraglio (PMDB-PR) – e suas equipes de coordenaçãotelefonam para cada um dos deputados para pedir votos e reafirmarsuas propostas de campanha.Desde o inicio desta semana, osquatro candidatos estão em Brasília renovando oscontatos com os colegas e fazendo as contas dos votos que esperam terna eleição, prevista para a tarde da próximasegunda-feira (2). Michel Temer recebeu o apoio formal de 14partidos, o que representa cerca de 430 deputados, embora isso nãose traduza automaticamente em votos.Como a votaçãoé secreta e nenhum partido fechou questão em favor dacandidatura Temer, os outros três postulantes contam com ofator “traição” para levar a decisão para osegundo turno. Para ser eleito em primeira votação,o candidato precisa ter maioria absoluta, ou seja, metade mais um dosvotos. Se nenhum deles, obtiver essa maioria, realiza-se nova votaçãoe é eleito o mais votado.Diferentemente de disputasanteriores para os cargos da Mesa Diretora, em que os candidatosespalhavam cartazes por todas as dependências da Câmara,nesta campanha poucos cartazes foram colocados na Casa. Até anoite de hoje (29), não havia nenhum cartaz de Temer.Serraglio e Ciro Nogueira distribuíram alguns cartazes hojepela Câmara – Aldo Rebelo tinha feito isso ontem (28).Noentanto, o primeiro cartaz colocado na Câmara foi o da deputadoElcione Barbalho (PMDB-PA), que se lançou como candidataavulsa (sem indicação do partido) à 4ªSecretaria da Mesa. Elcione disputa o cargo com Nelson Marquezelli(PTB-SP), que foi indicado pelo seu partido. Peloacordo entre os 14 partidos que apóiam a candidatura de Temer,a 4ª Secretaria ficará com o PTB, mas, se Elcione tivermais votos que Marquezelli, será eleita. Se isso, a deputadaparaense será a primeira mulher a ocupar um cargo de titularna Mesa Diretora da Câmara. Marquezelli não colocoucartazes nem para dizer que é candidato.Amaioria dos cartazes apresenta mensagens curtas dos candidatos. O deAldo Rebelo, por exemplo, diz: "Aldo presidente, Poderindependente." No de Serraglio, está escrito: "Voteem quem pensa na Câmara e no deputado." Ciro Nogueira,além de cartazes, distribuiu também espelhos pela casa,com frases como: "Você reflete o Brasil. O seu votoprecisa refletir você. Ciro Nogueira é melhor para aCâmara"; "Vote Ciro e veja quem vai mandar naCâmara". Ele distribuiu também um vídeo emque pede o voto de todos os deputados.Os parlamentares acreditam quetodas as atividades de campanha se intensifiquem neste fim de semanae também na segunda-feira, data da eleição. Éque o Congresso está em recesso e a grande maioria dos parlamentares chega a Brasília no fim de semana para que possavotar na segunda-feira, dia em que também o Senado escolheseus novos dirigentes.A poucos dias da eleição,o DEM e o PR ainda não definiram seus candidatos para compor aMesa Diretora da Câmara. O Democratas tem direito àSegunda Vice-Presidência e vai reunir sua bancada na tarde dedomingo para definir o indicado entre dois postulantes: Edmar Moreira(MG) e Vic Pires Franco (PA). O PR também vai reúne abancada domingo à tarde para definir entre seis candidatosaquele que disputará a 2ª Secretaria. Jáestão definidos os nomes dos candidatos do PT, que tem direitoà 1ª Vice-Presidência e à 3ªSecretaria e indicou para os cargos Marco Maia (RS) e Odair Cunha(MG), respectivamente. O PSDB indicou para a 1ª SecretariaRafael Guerra (MG) e o PTB escolheu para a 4ª Secretaria NelsonMarquezelli (SP).As candidaturas para disputar os cargos daMesa Diretora poderão ser registradas até a meia-noitede domingo. Os candidatos podem ser avulsos ou indicados pelospartidos. Qualquer deputado pode se lançar candidato, mas,para ser eleito, precisará da maioria absoluta de votos emprimeiro escrutínio ou da maioria simples, em segundavotação. O segundo turno só é realizadose nenhum candidato tiver maioria absoluta de votos.

29/01/2009 - 20h05

Número de transplantes tem que crescer três vezes em dez anos, afirma associação médica

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - "Para uma retomada, está bom”. Assim o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Walter Duro Garcia, reagiu ao anúncio de que o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 10% em 2008. Segundo Garcia, a instituição já esperava bons resultados, que, inclusive, podem ter sido melhores que os divulgados hoje (29) pelo Ministério da Saúde.

“Fazemos um acompanhamento mensal dos transplantes realizados no Brasil e não só esperávamos por isso como acreditamos que, talvez, o percentual de crescimento chegue perto dos 15%”, disse Garcia à Agência Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 19 mil transplantes foram feitos durante o ano passado. Em 2007, o número chegou a 17.428 transplantes.

Embora comemore os resultados, Garcia alerta que a associação calcula que, nos próximos dez anos, o país precisará multiplicar por três o número de transplantes feitos hoje. “Isso significa que temos que manter um aumento médio anual de 15%. Assim, daqui a dez anos nós chegaremos próximo do que deveríamos estar fazendo hoje”.

Segundo Garcia, para atingir essa meta é preciso que o governo disponibilize – como já vem fazendo, segundo ele próprio - recursos para financiar o sistema público de transplantes. A associação também reivindica a atualização de leis que tratam do tema. “Temos que ter leis e portarias adequadas e que se adaptem [aos avanços e necessidades] rapidamente. Nossa legislação é boa, mas muitas portarias estavam defasadas e a expectativa é de que sejam publicadas em breve”.

Garcia destaca ainda a necessidade de mudanças nas unidades de saúde. “Temos que ter hospitais altamente qualificados, capazes de diagnosticar adequadamente a morte encefálica de um eventual doador e que possam remover os órgãos [a serem doados]. É preciso todo um sistema de transporte”. Por fim, ele falou da importância que a população “aceite, entenda e confie” em todo o processo, autorizando as doações.

Garcia também questiona a metodologia adotada pelo Ministério da Saúde, que soma o total de todos os órgãos transplantados. Isso, segundo ele, acaba “escondendo” maus resultados, como os dos transplantes de pâncrea ou de fígado e rim, que diminuiram, respectivamente, 45% e 21% em comparação a 2007.

“O governo soma transplantes de córnea com os de fígado, de rim, de coração e tudo mais, independente delas serem feitas com [órgãos doados por] doadores vivos, ou falecidos. O que a associação faz é comparar o número de doadores que tiveram morte encefálica com o número de órgãos transplantados”, disse.

29/01/2009 - 20h02

Recursos do BNDES para infra-estrutura vão dobrar até 2010

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setorprodutivo nacional mantêm a expectativa de crescimento para ospróximos anos, revelou hoje (29), nesta capital, o presidenteda instituição, Luciano Coutinho.

“Nossa expectativa éque os desembolsos para infra-estrutura dobrem de 2008 para 2010”.Os recursos liberados para a área de infra-estrutura somaramR$ 35,09 bilhões no ano passado, mostrando evoluçãode 37% sobre o ano anterior.

Para a indústria,que recebeu em 2008 recursos da ordem de R$ 39,02 bilhões, aprevisão é de que ocorra aumento de 84% nos desembolsosaté 2010. No ano passado, o aumento observado foi de 48%.

Coutinho explicou que ofinanciamento direto à exportação estáparado no momento, porque as vendas ao mercado externo se mostramdifíceis na atual conjuntura de crise internacional. Para asexportações, é esperada uma retraçãonos desembolsos de 8% entre 2008 e 2010. Os desembolsos paraoperações de exportação atingiram em 2008um total de US$ 6,6 bilhões, revelando expansão de 57%sobre 2007.

Já na áreasocial, Coutinho salientou que o aumento previsto para as liberaçõesé superior a 109%, uma vez que as operações doPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) na áreasocial estão sendo revistas e deverão incluir novosprojetos referentes a transporte coletivo urbano e saneamento. Osrecursos liberados para a área social somaram R$ 2,87 bilhões,em 2008. O incremento foi de 35% sobre o ano anterior.

Os desembolsos do BNDESestimados para 2009 variam de R$ 110 bilhões a R$ 120 bilhões.Até 2010, o potencial de crescimento das liberaçõesdo BNDES é de R$ 136,2 bilhões. O banco tem recursossuficientes para fazer frente aos projetos de investimento que foremapresentados, reforçou Coutinho, aludindo ao reforço decaixa aprovado pelo Tesouro Nacional para o banco, no montante de R$100 bilhões.

A realizaçãodos investimentos, segundo afirmou Coutinho, vai depender doandamento real da economia e dos planos de investimento das empresas,além da capacidade de recuperação do sistema decrédito privado e do mercado de capitais brasileiro. Com amelhoria do mercado privado, a expectativa é que o BNDES nãoterá necessidade de emprestar todos os recursos do seuorçamento.

29/01/2009 - 19h53

BNDES prevê investimentos acima de R$ 1,3 trilhão para o período 2009/2012

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os investimentos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) previstos para operíodo 2009/2012 deverão ficar acima de R$ 1,3trilhão, com uma taxa média de crescimento anual de9,6%, informou hoje (29) o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.A previsão de investimentos éresultado de um estudo feito pelo banco em agosto, e que foi revistopara baixo em dezembro. A previsão anterior era de R$ 1,5trilhão. O presidente BNDES defendeu asustentação dos investimentos no país como formade combater o desemprego nas empresas brasileiras por conta da crisefinanceira internacional. “Essa deve ser uma preocupaçãoimportante”, disse.

Luciano Coutinhoassegurou que serão investimentos firmes, isto é, que“não vão ceder. São investimentossubstanciais”.

O presidente do BNDESinformou que carro-chefe dos investimentos continua sendo a áreade energia, seguida de transportes (rodovias e ferrovias) etelecomunicações. Na avaliação dopresidente do BNDES, infra-estrutura será um dos fatoresimportantes de sustentação da economia brasileira noquadriênio, “pela robustez” dos investimentos programados.

No campo da indústria,os investimentos previstos somam R$ 450,1 bilhões entre 2009 e2012, contra R$ 551,7 bilhões em agosto de 2008. O destaquesão investimentos intensivos em recursos naturais (R$ 317,7bilhões). Nesse sentido, Coutinho afiançou que o BNDESdará toda a contribuição necessária paraa aceleração dos investimentos da Petrobras.

“O BNDES estarátrabalhando para maximizar a produção no país[dentro] do conteúdo de investimentos da Petrobras”,que atinge no mínimo 65%. A meta, segundo o presidente doBNDES, é dar todo o suporte à cadeia produtivabrasileira, incluindo os projetos referentes ao pré-sal.

De acordo com ele, ovolume de investimentos revisto para a indústria intensiva emrecursos naturais será ampliado com a inclusão doprograma de investimentos da Petrobras para o próximoqüinqüênio (US$ 174 bilhões).

Luciano Coutinhoafirmou ainda que os setores em que o efeito da crise internacionalse manifestou de forma mais intensa foram os de insumos básicos,que correspondem às commodities (produtos agrícolase minerais) exportados pelo Brasil “porque o mercado internacionalestará em forte contração neste ano. E asprevisões de crescimento das economias dos paísesdesenvolvidos têm sido reduzidas e caminham, inclusive, parauma recessão em 2009, e crescimento zero ou ligeiramentepositivo em 2010”.

Na avaliaçãodo presidente do BNDES, essa retração deve afetar osplanos de investimentos de setores exportadores do país. Masos planos em andamento não deverão sofrerdescontinuidade. “O cenário é misto em algunssetores, como siderurgia, papel e celulose, petroquímica eagronegócio, onde há tanto postergaçãocomo confirmação de investimentos”, disse Coutinho.

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