Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesardos reflexos globais da crise financeira, empresas em todo o mundopodem encontrar oportunidades de crescimento em meio aos cerca de 3,7bilhões de pessoas que fazem parte da chamada “base dapirâmide” econômica. A estratégia é indicadapelo Fórum Econômico Mundial – que ocorre em Davos,na Suíça – como promissora caso o foco das empresasseja beneficiar comunidades específicas, como fazendeiros, por exemplo.
“Empresasinovadoras estão encontrando estratégias por meio doengajamento da base da pirâmide em suas valiosas cadeiaseconômicas, oferecendo sustentabilidade e segurançaalimentar para comunidades pobres”, mostra o estudo.
Apublicação, denominada Os próximos bilhões,registra a participação de mais de 150 líderesdo ramo empresarial e de mais de 200 estudos de caso na área,desenvolvida em parceria com o Grupo de Consultoria de Boston e com oapoio da Fundação Bill & e Melinda Gates.
Aproposta central do estudo é o engajamento de nichos que fazemparte da “base da pirâmide” em estratégias denegócio que perpassem por todos os setores da indústria.O fórum indica um potencial de crescimento empresarial de 8%nesse mercado.
Um dosdestaques da publicação é a cadeia alimentícia– desde a produção agrícola, passando peloprocessamento do alimento, até o consumo. De acordo com osdados divulgados, o setor é responsável por 70% daatividade econômica presente na “base da pirâmide”.
“Asempresas podem usar tais oportunidades ao adotar estratégiasque descubram valores e novos parceiros na base dapirâmide. O setor de telecomunicações, porexemplo, desenvolveu tecnologias que reduzem o custo e que levam oserviço até áreas remotas”, cita apublicação.
Da Agência Brasil
Brasília - As atividades de mobilização do Plano Setorial de Qualificaçãopara beneficiários do Programa Bolsa Família (Planseq Bolsa Família)serão realizadas hoje (30), durante todo o dia, em Maceió (AL). O encontro terá a presençade gestores municipais do programa, coordenadores de Centros deReferência de Assistência Social (Cras), secretários estaduais emunicipais e representantes estaduais das Superintendências Regionaisdo Trabalho. Os participantes serão mobilizados para atender, apoiar, esclarecer e acompanhar as famílias de beneficiários do Bolsa Famíliasobre as ações do plano. Participam ainda da reunião a assessora técnica daSecretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Brenda Ferreira da Silva, e a especialista empolíticas públicas da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania AnaAmélia da Silva.
Da Agência Brasil
Brasília - O programa Luz para Todos inaugura hoje (30), às 10h, no município de Baliza (GO), obras de eletrificação que atenderão565 famílias do Assentamento Rural de Oziel, na divisa entre Goiás eMato Grosso. A chegada da energia vai ampliar a fonte de renda dasfamílias, que vivem da criação de gado para produção de leite ederivados. Também serão inaugurados um telecentro composto de dez computadores euma impressora. A sala foi reformada pela própria comunidade.
Da Agência Brasil
São Paulo - Opresidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, recebem a imprensa hoje (30),às 13h. Eles vão apresentar proposta de um amplo acordo destinado a garantiros empregos e os salários do setor, e que envolve a redução temporáriada carga tributária. O encontro será na sede da Abimaq. Participa da coletiva opresidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, CarlosAlberto Grana.
Da Agência Brasil
Brasília - Está na ediçãode hoje (30) do Diário Oficial da União a medida dogoverno de instituir a Política Nacional de Formaçãode Profissionais do Magistério da EducaçãoBásica. A finalidade éorganizar, junto com os estados, o Distrito Federal e os municípios, a formaçãoinicial e continuada dos profissionais do magistério para asredes públicas da educação básica.De acordo com o Decreton.º 6.755, os cursos de atualização eespecialização ficarão a cargo da Coordenaçãode Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)e deverão ser homologados por seu Conselho Técnico-Científicoda Educação Básica.
Da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia hoje (30), ementrevista coletiva no Rio, o reajuste do salário mínimo para esteano. A solenidade será ao meio-dia na Superintendência de Trabalho e Emprego, no Castelo A partir de domingo (1),o salário passa de R$ 415 para R$ 465.
Da Agência Brasil
São Paulo - O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas divulga hoje (30), às 11h, a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação. Ocoordenador de sondagens conjunturais do Ibre, Aloisio Campelo,apresentará os resultados em entrevista coletiva na sede da instituição em SãoPaulo. Um conjunto de informaçõesbásicas estará disponível no site www.fgv.br/dgd. No mesmo horário, serão enviados arquivos para os jornalistas.
Amanda Cieglinski e Luana Lourenço
Enviadas Especiais
Belém - Para uma platéia de mais de 8mil pessoas e ao lado de quatro presidentes da América Latina, opresidente Luiz Inácio Lula Silva criticou, ontem (29) à noite, o Fundo MonetárioInternacional (FMI), defendeu a intervenção do Estado na economia e voltou adizer que a culpa pela crise financeira internacional é dos países ricos. Lulae os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Fernando Lugo, doParaguai, e Rafael Correa, do Equador, participaram de um debate durante o Fórum Social Mundial. “Acrise não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez.Não nasceu por causa da Constituição de Evo Morales. A crise nasceuporque durante os anos 80 e 90 eles defenderam a lógica de que o Estadonão podia nada e que o ‘deus mercado’ ia desenvolver o país e fazerjustiça social. Esse 'deus mercado' quebrou por falta de controle, porirresponsabilidade”.O presidente criticou instituiçõesfinanceiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, que em crisesanteriores emprestavam dinheiro aos países pobres mas exigiam comocontrapartida a redução de investimentos na área social. “Pareciaque eles eram infalíveis e nós, incompetentes. Espero que o FMI diga aoBarack Obama o que ele tem que fazer para consertar a economia. Digaà Alemanha como tem de resolver, ao Nicolas Sarkozy, ao SílvioBerlusconi como vão cuidar das crises que eles criaram”, ironizou. Aose dirigir aos colegas de continente, Lula preferiu falar dassemelhanças entre eles em suas trajetórias políticas até chegar à Presidência e evitou polemizar sobre as divergências em relação àHidrelétrica de Itaipu, com Fernando Lugo, ou os problemas com ofornecimento de gás boliviano, com Evo Morales. Durante odebate, Chávez, Correa, Lugo e Morales repetiram o discurso que fizeramdurante a tarde pedindo união entre os países da América Latina parasuperar a crise e apresentar ao mundo um novo modelo dedesenvolvimento. “Um outro mundo é possível, necessário e está nascendoagora na América Latina”, disse Chávez. Nesta sexta-feira (30), Lula vai se reunir com o comitê internacional do FórumSocial Mundial e em seguida almoçar com a governadora do Pará, Ana JuliaCarepa.
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As cidades de médio porte já são o motor do crescimento da economia brasileira, e estão crescendo praticamente o triplo dos municípios de grande porte. A constatação é do coordenador de Desenvolvimento Urbano do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Daniel da Mata. Autor da pesquisa Crescimento das Cidades Médias, relatada em um dos artigos que compõem o Boletim Regional e Urbano do Ipea, Daniel explicou que enquanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de municípios com mais de 500 mil habitantes foi de 1,55% entre 2002 e 2005, o de cidades com menos de 100 mil habitantes foi de 3,22%, e o de cidades com população entre 100 mil e 500 mil foi de 4,71%. “Isso significa que o crescimento do PIB per capita foi de 0,42% para as cidades grandes, de 2,85% para as médias e de 2,08% para as pequenas”, acrescentou. “Nosso trabalho mostrou que as cidades médias estão crescendo três vezes mais do que as de grande porte, e que isso tem relação direta com a fuga de mão-de-obra das cidades grandes para as médias, na busca por melhor qualidade de vida.”, disse o pesquisador. Segundo ele, o estudo identificou que as cidades médias apresentam um parque econômico menos diversificado e conseguem atrair profissionais especializados que buscam perfis de empregos específicos. “Isso atrai inclusive a mão-de-obra mais qualificada, o que resulta também na incrementação da produção e da produtividade”.
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar do grande volume de recursos disponibilizados, o modelo adotado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) para o setor de saneamento precisa ser repensado e mais descentralizado, de forma a apresentar aspectos menos políticos e mais permanentes. A afirmação é do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Valdemar Araújo, que entre 2003 e 2007 foi assessor do então secretário Nacional de Saneamento Básico, Abelardo de Oliveira Filho. Ele disse que o déficit em abastecimento de água se manteve constante em torno de 10 milhões de unidades domésticas de 1993 até 2007, apesar de os investimentos em saneamento terem aumentado significativamente nos últimos cinco anos,“No caso do esgotamento sanitário, no início dos anos 90 o déficit se situava entre 20 e 22 milhões de unidades domiciliares. Em 2006, esse número estava em torno de 26 a 27 milhões de unidades. E entre 2006 e 2007, pela primeira vez no Brasil, o déficit absoluto em esgotamento sanitário foi reduzido em cerca de 700 mil unidades”, informou o pesquisador.Para ele, esse patamar, no entanto, ainda é insuficiente para responder aos requisitos do processo de urbanização que vem ocorrendo no país. “O incremento domiciliar no Brasil tem sido excessivamente alto. A cada cinco anos, mais de 5 milhões de domicílios são incorporados a cidades brasileiras. Nos padrões atuais de urbanização, a sociedade brasileira requisita outra política de investimentos, que conte inclusive com fluxos contínuos de recursos”, argumentou, durante o lançamento do Boletim Regional e Urbano do Ipea. Valdemar explicou que a capacidade de coordenação do governo federal precisa ser incrementada porque a estrutura de regras contida nos programas federais ainda permite que as companhias tenham até dois anos para desembolsar os recursos.“Só que com artifícios administrativos esse prazo costuma ser prolongado, prejudicando o quadro de cobertura de saneamento básico do país”, disse Valdemar.Na sua opinião, a política de investimentos de saneamento básico tem variado muito em termos de disponibilidade de recursos. “As empresas e os tomadores de recursos sabem desse comportamento e do padrão de financiamento, quando o governo federal disponibiliza recursos. Com isso, esses tomadores se antecipam, tomam empréstimos e depois passam anos até desembolsá-los”, afirmou.“O resultado é que a política de saneamento básico apresenta um ciclo de desembolso excessivamente longo, de até sete anos, até que o desembolso seja efetuado. Isso está relacionado com o modelo centralizado em que as companhias estaduais detêm excessivamente autonomia política e administrativa”, completou.