01/02/2009 - 10h58

Haitianos pedem apoio para retirar missão de paz da ONU do país

Juliana Cézar Nunes
Enviada Especial/Rádio Nacional Amazônia
Belém (PA) - Representantes demovimentos sociais haitianos e de organizaçõesinternacionais de direitos humanos discutiram no Fórum SocialMundial a situação do Haiti e da Missão das Nações Unidas para a Estabilização dopaís (Minustah). As críticas estão voltadasprincipalmente ao comando militar brasileiro da missão do ONU.O professor de economiada Universidade de Estado do Haiti e integrante da Campanha JubileuSul, Camille Chalmers, coordenou as reuniões com liderançasde movimentos sociais brasileiros e latino-americanos. Segundo ele,ainda este ano haverá uma missão de solidariedade aoHaiti. Serão convidados 25 representantes de movimentos daAmérica Latina para uma visita ao país, possivelmenteno dia 1º de maio.Para Chalmers, aMinustah transformou-se em uma “ocupação militar”que segue o “jogo do imperialismo”. “Apesar de dizerem que amaioria das tropas são sul-americanas, a direçãoe a orientação estratégica política estánas mãos dos Estados Unidos. Me parece muito feio que ossoldados do Brasil estejam colaborando para este tipo de projeto”,criticou Chalmers, em entrevista à Rádio Nacional daAmazônia.“Há um momentode indignação popular crescente. Esse sentimento poderesultar em rebeliões e em uma posiçãoinsustentável para a tropa, que não pode fazerrepressões massivas. Se os movimentos sociais do Brasil e daAmérica Latina nos apoiarem, podemos conseguir a saídadas tropas e a conversão dessa cooperaçãobrasileira em um projeto solidário real.”Camille Chalmers foichefe de gabinete do ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide,entre 1993 e 1994. Apesar de ter feito parte do governo, ele tem umaavaliação crítica da gestão de Aristide.Reconhece que o ex-presidente frustrou as expectativas do haitianos enão realizou um mandato popular, adotando medidas de ajusteeconômico e social no país recomendadas pelos EstadosUnidos.“No primeiro momento,a participação do Brasil na missão deestabilização oferecia boas perspectivas. Mas hojepercebemos que está se gastando quase US$ 6 milhões porano para manter de pé um aparelho militar sofisticado. Essesrecursos poderiam ser usados para ajudar realmente o povo no Haiti,com investimento em áreas como saneamento, ecologia e saúde.”O professor de economiada Universidade de Estado do Haiti acredita que ainda épossível construir um projeto de cooperação maissolidário entre os dois países, principalmente porconta da base cultura e histórica comum.“No entanto,precisamos passar dessa fase de repressão, de violaçãode direitos. O que ocorre hoje não é solidariedade, nemapoio, é dominação. E o mais grave é queesse parece ser um ensaio de novas formas de ocupaçãomilitar. Temos que denunciar isso e converter essa missão numaverdadeira missão de solidariedade, que respeite os direitosdos povos do Haiti e a cultura haitiana.”Camille Chalmers foiconvidado pela Via Campesina para fazer uma análise deconjuntura em nome dos movimentos sociais, durante encontro com ospresidentes latino-americanos, na última quinta-feira (29). Em seu discurso, falando em espanhol com sotaque francês, eleressaltou o papel de líderes da região, como JoséMartí e Fidel Castro, e a resistência dos povos doCaribe.Para Chalmers, aAmérica Latina é a única região do mundoque passou da resistência frente à dominaçãodo capitalismo neoliberal à construção dealternativas concretas, como os governos da Venezuela e da Bolívia.“As conquistas atuaisse realizam em um grande e contínuo processo heróico deluta de nossos povos contra os exércitos europeus, luta contrao genocídio dos povos originários, luta contra aescravidão, contra o racismo, contra o patriarcado, contra oneocolonialismo e várias formas de dominaçãocapitalista. Os movimentos populares nascem desse longo processo deacumulação de forças e seguem desempenhando umpapel chave na resistência.”Para o economistahaitiano, o espaço do Fórum Social Mundial contribuipara a consolidação de uma nova cultura políticae para a construção de diferentes formas de relaçãoentre governos e movimentos sociais. Chalmers destacou como um dosavanços recentes da América Latina a experiênciaequatoriana de auditoria da dívida externa.“Estamos avançando,mas temos sérios desafios pela frente. A luta do capitaltransnacional contra nossos povos, contra nosso planeta, contra ascivilizações com milenária sabedoria popular,seguem se intensificando. A reinvenção de novas formasde relacionamento entre governos progressistas e movimentos sociais éuma das chaves para acelerar o processo de acumulaçãode forças orientadas para a reprodução dosistema capitalista e para a edificação de sociedadesnovas, de homens e mulheres novos.”

01/02/2009 - 10h52

Aumento da exportação para Norte da África depende de melhoria de transporte

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasil, Salin Taufic Schahin,diz que a falta de linhas diretas aéreas ou de navegaçãoentre Brasil e países do Norte da África pode retrair o avanço dasnegociações para aumentar o comércio do Brasil com aquela região.Segundo ele, essa foi a principal queixa de empresários que integrarama delegação brasileira que visitou, na última semana, países como Líbia, Argélia,Tunísia e Marrocos em busca de novos parceiros comerciais.Atualmente,as exportações de mercadorias e equipamentos do Brasil para o Norte daÁfrica fazem conexão na Europa, elevando o custo da transação comercial. “ACâmara vem tentando há vários anos convencer as empresas aéreas acriarem vôos regulares para o Norte da África. Mas elas dizem que arelação custo benefício não compensa porque a demanda é muito baixa.Agora, depois dessa missão, que confirmou a possibilidade de novosnegócios, vamos voltar a insistir com as companhias aéreas e também comas empresas de navegação”, disse.Para Schahin, o fluxo de comérciodo Brasil com o Norte da África pode aumentar neste momento em que aEuropa e os Estados Unidos tentam se recuperar da crise financeira queatingiu seus mercados. “Aqui no Brasil também fomos atingidospela crise, só que numa escala bem pequena devido às políticasmacroeconômicas, fiscal e monetária adotadas pelo governo e queprotegem o nosso sistema bancário. Então, temos que aproveitar aoportunidade que temos uma economia forte e tentar chegar a outrosmercados para ampliar nossas exportações.”O empresário DeonísioPetry, do setor de logística e que também fez parte da delegaçãobrasileira na viagem ao Norte da África,  informou que a falta delogística e infra-estrutura eficientes nos portos e aeroportos aumentamem 35% o custo das transações comerciais de importação e exportação noBrasil. “Os empresários têm que ter habilidade profissional para contornar os entraves burocráticos e minimizar os impactos negativos da negociação”, reclamou.Petrydestacou, ainda que este problema de falta de infra-estrutura de transporte acontece em vários outros países da América Latina. Para ele, aAlemanha é o país com a melhor estrutura aeroportuária e também com omelhor sistema alfandegário.

01/02/2009 - 10h33

Ministério Público vai investigar mortandade de peixes no RJ

Isabela Vieira*
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O MinistérioPúblico Estadual do Rio de Janeiro está atento àmortandade de peixes na Lagoa de Araruama, na região dos Lagos(RJ) . Na última semana, instaurou dois inquéritospúblicos. Um vai apurar as causas do incidente, investigandoas duas concessionárias de água e esgoto da região,e o outro ratará da situação dos pescadores. Um dos promotoresresponsáveis pelos inquéritos, Leandro Navega explicaque possíveis culpados podem ser condenados não sóa restituir o dano ambiental, como indenizar os prejuízos dapopulação, principalmente os pescadores. “A aberturadas comportas era uma coisa possível. Mas será que foirealizada de forma adequada?”, questionou. “É isso quevamos analisar”.Uma semana apósa mortandade, a Lagoa de Araruama, que teve a cor alterada devido àproliferação das algas e ficou com um cheiroinsuportável por conta da morte dos peixes, começalentamente a dar sinais de recuperação. No entanto, na mente deum pescador do município de São Pedro uma imagem vaipermanecer por um muito tempo. “O que mais me doeu foi ver aquelesmilhares peixes pedindo socorro, com a boca para fora da água.É como se uma pessoa estivesse passando mal e você nãopudesse fazer nada. Desde sábado [24], nãoconsigo dormir, falo com minha mulher... só lembrando. Jamaisvi uma coisa dessa na minha lagoa”, conta Luiz CláudioSampaio, da Praia da Balei. De lá, ele continua àespera de um sinal do padroeiro, o mesmo que dá nome a cidade.“Do mesmo jeito que matou, ele [São Pedro] pode dar umareviravolta."

01/02/2009 - 10h32

Governo fluminense lança campanha Cultura Antidengue em comunidades carentes

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governo fluminense lança hoje (1) a campanha Cultura Antidengue, no Piscinão de Ramos, zona norte da cidade. Iniciativa conjunta das Secretarias Estaduais de Educação e de Saúde e Defesa Civil, a campanha vai ser  levada a cem comunidades carentes do Rio de Janeiro, no entorno das escolas estaduais, por meio de apresentações de teatro do Grupo Cultural AfroReggae. “Pretendemos que a campanha seja permanente. Entendemos que a única maneira de a gente prevenir e combater essa doença  é a população estar sempre preparada, conhecendo as suas causas e evitando o foco da dengue”, disse o secretária de Educação do Estado do RJ, Tereza Porto. As apresentações de teatro servirão para mobilizar a sociedade, de forma lúdica e bem-humorada, para a importância do combate à dengue, explicou a secretária. “O que a gente quer é incentivar que toda a população participe conosco no combate à doença”, enfatizou. O lançamento da campanha Cultura Antidengue contará com shows das bandas O Rappa e Furacão 2000.Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, Vitor Berbara,  no ano passado foram registrados 259.392 casos de dengue em todo o estado do Rio de Janeiro. A maior incidência de casos ocorreu na capital fluminense (130.888). A faixa etária com maior número de notificações (54%) foi observada entre 15 a 49 anos. Em 2009, já foram registrados 117 casos de dengue no estado, dos quais o maior número de notificações foi feito nos municípios do Rio de Janeiro (57) e Angra dos Reis (24).A dengue é uma preocupação constante da Secretaria Estadual de Educação que, em novembro do ano passado, instituiu a Gincana Contra a Dengue na rede de ensino pública, envolvendo a comunidade escolar. Pelo menos 600 escolas da rede estadual estão desenvolvendo ações relativas à doença. “Todas os alunos  visitam as casas  no entorno das escolas, identificando os focos dos mosquitos, dando dicas e orientando a população. Aquelas escolas  que tiverem o maior número de visitas vão sendo pontuadas na gincana”, disse a secretária Tereza Porto. Ela esclareceu que, na verdade, o que a secretaria pretende é  “mobilizar os nossos alunos para que eles participem conosco dessa campanha”.A Gincana Contra a Dengue prosseguirá até abril próximo, quando  serão premiadas as escolas que tiverem marcado mais pontos.

01/02/2009 - 10h25

Lideranças de partidos reúnem-se para definir candidatos na Câmara

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes do PTB estão reunidos neste momento, na Câmara dosDeputados, para escolher o candidato do partido à quartasecretaria da casa. Pela regra da proporcionalidade das bancadas, oPTB tem direito a esse cargo.Participam da reuniãodo PTB o presidente do partido, o ex-deputado cassado RobertoJefferson; o ministro das Relações Institucionais, JoséMúcio Monteiro; e o candidato do bloco majoritário de14 partidos à presidência da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), além dos deputados do PTB quepleiteiam uma vaga na mesa.A bancada do PTBindicou Nelson Marchezelli (SP) para disputar a quarta secretaria emplenário. Mas os deputados Augusto Farias (AL) e o pastorManuel Ferreira (RJ) anunciaram candidaturas avulsas. Ferreiralançou-se à terceira secretaria que é um cargodestinado ao PT. Os petistas já indicaram o deputado mineiroOdair Cunha.Ainda hoje (1) pelamanhã, as bancadas do PPS, PT e PDT farão reuniões,em separado, para tentar acertar os votos para a eleiçãode amanhã na Câmara. No parte da tarde, será avez dos encontros do PC do B, DEM, PR e PMDB. A mesa da Câmaratem sete titulares e quatro suplentes.O DEM e o PR têmdireito à segunda vice-presidência (que acumula a funçãode corregedor da Câmara dos Deputados) e à segundasecretaria, respectivamente, e vão escolher seus candidatos.

01/02/2009 - 10h02

Mortandade de peixes no Rio de Janeiro pode se repetir nos próximos dois anos

Isabela Vieira*
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As causas da mortandadede peixes na Lagoa de Araruama, na região dos Lagos (RJ) , háuma semana, ainda são investigadas. Segundo a prefeitura de umdos municípios afetados, o despejo de esgoto in natura noecossistema pode ter provocado o incidente. O desastre ecológicoresultou na morte de pelo menos 40 toneladas de peixes, mas asassociações de pescadores calculam um volume bemsuperior, de 700 toneladas. Este é o terceiro ano quehá mortandade na lagoa , e a Secretaria Estadual do Ambientenão descarta que isso venha a se repetir nos próximosverões. O Instituto Estadual doAmbiente (Inea) – órgão da secretaria –, aponta as chuvas e o lançamento de esgoto como prováveiscausas do incidente. As duas concessionárias de água daregião têm permissão para abrir as comportas edespejar esgoto sem tratamento na lagoa toda vez que estiveremoperando acima da capacidade. Por causa do excesso de chuvas, aProlagos – responsável pelo tratamento em três cidades– informa que teve de optar pelo procedimento, mas garante que oesgoto estava diluído na água e era a menor parte dosdejetos lançados na lagoa.“Não temjeito. Isso [a mortandade] pode acontecer por mais um ou doisanos”, afirma o presidente do Inea Luiz Firmino Martins. Emboracaptem toda a água das chuvas por meio do sistema de drenagem,Firmino explica que o contrato com as concessionárias sóprevê o tratamento de esgoto em tempo seco. “Quando chovetemos um excedente que não tem como ser tratado, que édespejado na lagoa.”Na época daassinatura do contrato, lembra Marins, o modelo que teria capacidadepara tratar tanto a água da chuva como o esgoto, chamadoseparativo, custaria muito mais caro e foi excluído. “GastamosR$ 100 milhões com esse modelo [para tempo seco]. Com oseparativo, gastaríamos dez vezes mais. Em vez de começara atender logo a região e tentar recuperar a lagoa, estaríamosaté hoje com apenas 10% da rede pronta por falta de recursos.”Ainda assim, segundoele, até o final de 2008, cerca de 40% do esgoto produzido nossete municípios banhados pela lagoa eram jogados nela semtratamento. “É claro que fazer a rede completa, separativa,está nos nossos planos, mas isso deve levar entre dez e quinzeanos.”Enquanto não hádinheiro para o modelo ideal, o consórcio responsávelpor administrar a lagoa – formado por governo, empresas e sociedade– investe em novas estações de tratamento em temposeco e em melhorias para a lagoa, como a dragagem do Canal deItajuru, onde devem ser investidos mais R$ 15 milhões até2010. “A solução é fortalecer a lagoa para quenão sofra um impacto grande como esse quando isso [aabertura das comportas] for necessário, porque nãoexiste medidade curto prazo”, diz Martins.Ao descartar aconstrução de um emissário submarino, opresidente do Inea informa que consta dos planos para a lagoa odesvio da água tratada para um rio, diminuindo a quantidadedespejada na laguna - com a maior salinidade do mundo -, alémda utilização do Canal de Monte Altos, ampliando atroca com o mar. A água doce daschuvas, assinala Firmino, desequilibrou a lagoa salgada e causou, como esgoto, a mortandade dos peixes. O nível de sal estariabaixo em Araruama, Iguaba e São Pedro da Aldeia –municípios mais afetados entre os sete banhados pela lagoa. Aprefeitura de São Pedro decretou situação deemergência, na semana passada, para garantir indenizaçãopara cerca de dois mil pescadores afetados.Muitos acreditam em umatragédia anunciada. Em 2007 e 2008, houve mortandade depeixes. Segundo o vice-prefeito de São Pedro, Francisco MarcosMoreira, a quantidade nunca foi tão grande porque, alémdas melhorias na lagoa, o ano passado foi o primeiro a ter defesopara reprodução dos animais marinhos.Moreira confirma que,com as chuvas e com o número de moradores quintuplicado, nãohá como tratar todo o esgoto. “As comportas foram abertasdurante dois três dias.” Embora lembre que o incidente estásob investigação, ele acredita que os peixes morrerampor asfixia em decorrência da proliferação dealgas, que competem com os peixes por oxigênio. “Foi o esgoto quecausou isso. A chuva tira a salinidade da água, mas nãomata peixe. Pelo menos não de um dia para o outro”, afirmaMoreira. “O peixe está acostumado com a salinidade do mar,quatro vezes menor que a da lagoa. O problema é que o esgotocinco vezes acima do normal, despejado na lagoa, aumentou o teor defósforo e coliformes fecais que produzem os alimentos paraalgas”.

01/02/2009 - 8h44

Inscrições para o ProJovem Urbano estão abertas na Baixada Fluminense

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Até o final deste mês, todos os jovens moradores do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na faixa etária de 18 a 29 anos, poderão se inscrever para participar do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano), do governo federal.

A Secretaria Municipal de Ação Social de Caxias  informou que o cadastramento gratuito poderá ser feito em 16 pólos instalados nos distritos da cidade.  Só serão aceitas inscrições de moradores que saibam ler e escrever e que não tenham concluído o ensino fundamental nem estejam trabalhando.

 Durante 18 meses, os participantes terão a chance de concluir o ensino fundamental, além de desenvolver ações comunitárias. Aqueles que comprovarem freqüência de 75% às aulas  terão ajuda de custo mensal de R$ 100.

 Desenvolvido pela Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Projovem Urbano é executado em parceria com as diversas prefeituras brasileiras.  O objetivo é reduzir a desigualdade social, dando oportunidade aos jovens de completar o ensino fundamental e ter iniciação profissional, inclusão digital e práticas de cidadania.

 Este ano, em sua segunda etapa, o programa oferece mais de 250 mil vagas  em 23 estados e 85 municípios.  Até 2010, a meta é atender a cerca de 900 mil jovens em todo o país. Na primeira fase, realizada  de julho a agosto de 2008, o programa registrou um total de 88.419 jovens matriculados em 26 municípios, mais o estado de Goiás.

O ProJovem Urbano é uma das quatro modalidades do novo Programa Integrado de Juventude (ProJovem), lançado no final de 2007 com a unificação dos programas Agente Jovem, Saberes da Terra, ProJovem, Consórcio Social da Juventude, Juventude Cidadã e Escola de Fábrica. Juntos, esses programas atenderam a 467 mil jovens. A expectativa da Secretaria Nacional de Juventude é que, com a unificação, serão  beneficiados mais de 3,5 milhões de jovens até 2010.

Além do ProJovem Urbano, o programa inclui  o ProJovem Adolescente, o ProJovem Campo e ProJovem Trabalhador. Os interessados em todo o país poderão obter informações, diariamente, na Central de Relacionamento do ProJovem Urbano, no número 0800 722 7777.

01/02/2009 - 8h38

Povos sem Estado pedem criação de agenda democrática internacional

Amanda Mota
Enviado Especial
Belem (PA) - Palestinos, bascos e outros representantes de povos e nações sem Estado defenderam, no Fórum Social Mundial, (FSM) em Belém (PA), acriação de uma agenda democrática social com objetivo de acabar com os conflitosarmados envolvendo os territórios onde vivem. Eles estiveram reunidos ao longode toda programação do FSM para debater alternativas capazes de reverter oatual cenário de guerras e confrontos, como os protagonistas Israel e o grupopalestino Hamas na Faixa de Gaza.Yousef Habash, que faz parte do Comitê pela Saúde naPalestina, disse que a criação da agenda poderá garantir a paz aos povos sem Estado.Habash criticou o apoio dado por governos internacionais a Israel, porque, nasua avaliação, isso contribui para a luta armada na região palestina."Israel tem muitos líderes criminosos que devem serlevados à Justiça. Em 2005, Israel bombardeou Gaza com apoio de outros países.Não é Israel contra Gaza, mas contra parte da humanidade. Os israelenses estãomatando não só nossos soldados, mas crianças e mulheres de Gaza", disseHabash.As discussões realizadas no FSM pelos representantes depovos sem Estado tiveram como foco central a defesa do direito a autodeterminaçãodos povos.Na opinião do presidente do Centro Tamil pelos DireitosHumanos, Kiruba, a luta dos povos não-reconhecidos (nações sem Estado) é fundamentalmentepor se tratar de uma questão política e cultural. "O direito democrático dessas pessoas,com capacidade dedecidir o que querem, não está sendo respeitado. Um  modelo político justo tem que permitir o direitode escolher, seja por meio de referendo, constituições ou mesmo de lutapopulares.  Esses povos só terão suaprópria identidade se tiverem suas tradições e costumes preservados”, comentou.Kiruba disse que essas populações devem ter apoiointernacional. “Os processos de emancipação desses povos precisam dasolidariedade internacional, sem injustiças e sem opressões", declarou.“A opressão de direitos coletivos e o não-reconhecimento depovos e nações sem Estado contribuem para desencadear grandes lutas”, enfatizouMohammed Fidati, membro da Frente Polisário (Saara Ocidental). “Já os os processosde luta vitoriosos vão contribuir para a futura cultura de paz no mundo.”Para Fidati, a agenda democrática deve conter uma estratégiade emancipação dos povos sem estado. Ele também criticou o trabalho da ONU. "Precisamosde um verdadeiro instrumento de justiça e legalidade para sermosverdadeiramente nações e povos unidos no planeta." 

01/02/2009 - 8h38

Carnaval ajuda reduzir impacto da crise mundial no Rio, diz secretário

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O carnaval carioca, além deatrair anualmente milhares de turistas para a cidade, tem contribuído paraamenizar os efeitos da crise econômica mundial em relação ao desemprego naregião metropolitana do Rio de Janeiro. A afirmação é do secretário estadual deTrabalho e Renda, Ronald Ázaro.

De acordo com ele, a indústria docarnaval tem funcionado como uma válvula geradora de empregos na região. “O Riode Janeiro é um grande fomentador da festa do carnaval. E esse é um grande momentode empregabilidade no Rio. Isso minimiza o impacto [em relação ao desemprego] na região metropolitana”, afirmou.

Segundo a Secretaria Estadual deDesenvolvimento Econômico do Rio, o carnaval gera mais de 400 mil postos detrabalho em toda a cadeia produtiva, ou seja, desde o trabalho nos barracõesdas escolas de samba até os empregos na rede hoteleira e no comércio.

Ronald Ázaro explica que oimpacto do carnaval é tão positivo que consegue manter estáveis os níveis deemprego e todo o estado, neutralizando os baixos índices da Região do MédioParaíba fluminense, provocados pelas demissões.

Essa região, aliás, tem sido o ponto maisvulnerável do estado em relação à perda de empregos por causa da crise mundial.O Médio Paraíba é o pólo metal-mecânico do Rio, concentrando as indústriasautomobilísticas e siderúrgicas, como a Volkswagen Ônibus e Caminhões,Peugeot-Citröen e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Apenas em Volta Redonda,segundo Ázaro, cerca de duas mil pessoas perderam seus empregos desde o inícioda crise. Para tentar evitar mais demissões na área, a secretaria temtrabalhado em parceria com as prefeituras.

 Entre as medidas feitas emparceria do governo do estado com as prefeituras do Médio Paraíba, estão aoferta de cursos de qualificação para 15 mil pessoas a partir de maio ecampanhas para que os moradores consumam no comércio local.

Além disso, os nove municípios da região estãoestudando reduzir impostos para que as empresas não demitam. A proposta dedesoneração, que ainda não foi concluída, deverá garantir a redução de até 20%do Imposto Sobre Serviços (ISS) e de até 30% do Imposto Predial e TerritorialUrbano (IPTU). 

01/02/2009 - 8h37

Cosméticos fabricados com frutas tropicais e caipirinha fazem sucesso no exterior

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Acerola, açaí, pitanga, maracujá, cupuaçu. As frutas brasileiras são um sucesso no exterior. Mas, em vez de serem vendidas nos mercados, estão disponíveis nas prateleiras de lojas de produtos de beleza de todo mundo. Usadas como princípio ativo na fórmula de cosméticos, elas chamam a atenção dos consumidores estrangeiros e ajudam as empresas brasileiras a exportar cada vez mais.“Os cosméticos brasileiros têm um importante compromisso com o tripé da sustentabilidade. Nossa indústria se preocupa em ser ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa. A resposta positiva do mercado internacional é uma prova de que estamos caminhando na direção certa”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio da Silva.Segundo dados da entidade, os cosméticos brasileiros já estão em 135 países e as vendas externas cresceram 165% entre 2003 e 2007. Ao total, o volume de exportações do período foi de US$ 537,5 milhões. O jeito brasileiro de ser nos cosméticos não se restringe às frutas. Apesar do nome, a Brazilian Fruit, empresa de cosméticos de São Paulo, exporta hidratante, gel esfoliante e espuma de banho de caipirinha. A bebida mais famosa do país saiu dos bares para as necessaires das mulheres de todo mundo, seguindo uma estratégia da empresa: "Queríamos mostrar para o mundo que existe mais coisas [no Brasil] além da Amazonia. A caipirinha é comum a todos os brasileiros, do Oiapoque ao Chuí", afirma Veronika Rezani, diretora da marca. "As pessoas sempre riem e comentam que os produtos trazem alegria."Mesmo com a crise econômica internacional, Veronika pretende continuar exportando. "A crise é só uma turbulência. Não vamos ficar parados no pátio e nem cair. Nenhum projeto foi cancelado por causa da crise, apenas foram reduzidos." Neste ano, Veronika pretende exportar 70% do que é produzido em sua empresa – hoje o volume exportado representa 40% da produção. "Vamos focar o Oriente Médio."Uma das pioneiras a exportar, a Natura construiu seu nome no exterior baseada no conceito de brasilidade. "Vendemos o jeito de ser do Brasil, os produtos têm um pouco da nossa alegria, trazem bem-estar", diz Andrea Sanches, diretora de marketing da América Latina. Até 2012, a Natura pretende atingir 4,5% do mercado latino vendendo sabonetes, shampoos, condicionadores e hidratantes com princípio ativo de frutas brasileiras, como o guaraná e a andiroba. "Temos quase 111 mil consultoras na Argentina, Colômbia, Chile, México, Peru e Venezuela", informa Andrea.Na loja da empresa em Paris, os franceses procuram "um pouco do Brasil". "Na França, o que mais se destaca é o atendimento: procuramos levar um pouco das nossas relações, que são mais calorosas e afetivas", afirma Andrea.Segundo Adriana Mendes, diretora da Very Important, empresa que exporta cosméticos à base de cupuaçu, buriti, babaçu e açaí, o conceito de brasilidade não é o único componente do marketing dos produtos brasileiros. "A questão da sustentabilidade faz parte da agenda global. Os estrangeiros compram porque sabem que nossos produtos são comprometidos com o meio ambiente."

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