Amanda Mota
Enviada Especial
Belém (PA) - O começo dasarticulações para a realização do 5ºFórum Social Mundial Pan-Amazônico foi uma dasprincipais decisões tomadas por representantes dos paísesque compõem a região, reunidos em assembléia-geral,hoje (1º), no Fórum Social Mundial (FSM), em Belém(PA).Durante a assembléia,segundo um dos membros do comitê organizador do FSM, LuizArnaldo, foram tratados temas como: demarcação e oreconhecimento dos direitos coletivos dos povos indígenas,quilombolas e comunidades tradicionais; o combate ao modeloenergético para a construçãode hidrelétricas; combate aos danos ambientais causados pelasgrandes mineradoras; e uma discussão geral sobre o futuro daPan-Amazônia. Arnaldo declarou quecaberá aos povos pan-amazônicos decidir sobre o seufuturo. "Esperamos que essas propostas sejam sistematizadas eorganizadas para campanhas de luta para serem levadas em conjunto portoda a Pan-Amazônia. Ao mesmo tempo, queremos discutir areorganização do Fórum Social MundialPan-amazônico.”De acordo com ele, oFórum Social Mundial Pan-Amazônico existiu de 2002 a2005. “Agora vamos iniciar o processo do 5º FórumSocial Pan-Amazônico. Queremos discutir a transformaçãodessas reivindicações em campanhas de luta."O peruano NicanorAlvarado, da Pastoral do Meio Ambiente naquele país, destacouque a Amazônia é hoje uma das regiões maisimportantes do mundo e a esperança de milhares de pessoas quenela vivem. Para ele, seu povo precisa ter voz ativa e nãopode ser apenas um recipiente das decisões de quem vive forada região.
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um convênio entre os governos federal e do Estado do Rio de Janeiro vai permitir a construção de 64 casas e a reforma de outras 265 no Morro Dona Marta, na zona sul da cidade. Nas obras, serão gastos R$ 7 milhões do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e mais R$ 1,7 milhão em verbas estaduais, segundo informações do governo do RJ.O convênio será assinado na terça-feira (3), às 12h30, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próprio Morro Dona Marta. A favela já vem sendo alvo de intervenções urbanísticas do governo estadual há alguns meses.O Dona Marta está sendo também utilizada, desde o final do ano passado, como laboratório para uma nova experiência de policiamento comunitário no Rio de Janeiro. Esse tipo de patrulhamento prevê uma aproximação maior da polícia com a comunidade.
Luana Lourenço
Enviada Especial
Belém (PA) - Algumas propostasdebatidas no Fórum Social Mundial (FSM) vão sair deBelém e chegar a Copenhague (Dinamarca), palco da próximareunião da Organização das NaçõesUnidas (ONU) sobre mudanças climáticas, em dezembro. Emuma das assembléias temáticas realizadas hoje (1º),último dia do megaevento, os participantes combinaram umchamado global por justiça climática como forma depressionar os líderes mundiais para que contenham oaquecimento global.“Para nós aluta por justiça climática e por justiça socialé a mesma luta. É uma luta pelos territórios,pela soberania, pelos direitos indígenas, por distribuiçãomais justa da riqueza do planeta”, aponta o documento finalaprovado pelo grupo.Entre as açõespráticas combinadas, estão a organizaçãode campanhas globais para alertar sobre os impactos do aquecimento doplaneta sobre as populações, a criação deuma rede de informações de organizaçõesda sociedade civil sobre mudanças climáticas e atéum protesto simultâneo contra alguma corporaçãomultinacional.O documento critica auso de mecanismos de mercado somo soluções para oenfrentamento do aquecimento global, principalmente o chamado omercado de carbono, mecanismo de compensação deemissões de gases de efeito estufa . “Mais uma vez, aspessoas que criaram o problema estão dizendo que podemresolvê-lo. Não são soluções reais,são ilusões neoliberais”.As alternativas,segundo as propostas do Fórum sobre mudançasclimáticas, devem valorizar o conhecimento dos povos indígenase comunidades tradicionais. “As soluções verdadeiras estão sendo construídas por quem vive a terra e sãoessas [soluções] que temos que globalizar”.Para o estudante eativista ambiental André Braga, a articulação,durante o Fórum, vai ampliar a participação degrupos geralmente excluídos do debate sobre mudançasclimáticas, além de organizar a pressão sobre oslíderes que representarão os países emCopenhague.“As mobilizaçõestêm que ser descentralizadas, tem que ter gente de todos oslugares, de todas as etnias, os povos indígenas tem queparticipar. Se fôssemos depender somente dos nossos ministros,não teríamos nenhuma representatividade. O queremosaqui é forçar para que os ministros nos ouçam erepresentem realmente a nossa vontade na reunião da ONU”.
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um grupo de homens armados invadiu hoje (1o) o prédio-sede dos Correios, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, para roubar quatro caixas-eletrônicos. A ação, que durou cerca de uma hora e meia, foi frustrada com a chegada de policiais civis, que cercaram o edifício e prenderam quatro pessoas.Os assaltantes entraram no prédio dos Correios dentro de uma Kombi, com crachás falsificados, por volta das 7h. Segundo o titular da Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil, Marcio Franco de Mendonça, assim que os homens entraram no edifício, eles renderam os vigilantes e começaram a tentar arrancar os caixas-eletrônicos com o uso de maçaricos.“Eles chegaram cedo, justamente na troca de turno, renderam os vigilantes e estavam começando a cortar os caixas, no momento em que nossas equipes chegaram. A quadrilha que estava dentro do prédio foi avisada. Eles saíram, houve uma intensa troca de tiros e prendemos quatro pessoas”, disse.O restante do grupo conseguiu fugir depois de roubar um carro dos Correios. E, apesar do tiroteio, ninguém ficou ferido. Os quatro presos têm várias anotações criminais, por crimes como homicídio, tráfico, roubo e furto. Um dos homens tinha um mandado de prisão expedido contra ele, pela Justiça do Pará.
Amanda Cieglinski
Enviada Especial
Belém (PA) - A criminalizaçãodos movimentos sociais e a perseguição de defensoresdos direitos humanos foram alguns dos principais temas discutido hoje (1º) durante a assembléia final da tenda dos Direitos Humanos,no Fórum Social Mundial (FSM), em Belém. Essas reuniõestemáticas marcam o fim dos debates no FSM.Segundo Darci Frigo, daorganização Terra de Direitos e coordenador de últimaassembléia da tenda dos Direitos Humanos, a criminalizaçãodos movimentos sociais está ligada ao modelo dedesenvolvimento adotado pelo Brasil e outros países.“Esse modelo gera umasérie de violações aos direitos humanos. Quandoas populações locais e os movimentos sociais reagempara garantir esses direitos, sofrem repressões, ameçase processos judiciais”, disse Frigo. Para Frigo, o debatesobre direitos humanos no FSM foi ampliado e permeou diversas áreastemáticas. Durante o início das atividades na manhãde hoje, os participantes fizeram uma plenária livre paradenunciar violações em diversas partes do mundo."Tiveram denúnciasda Índia, do Brasil, da Colômbia. As violaçõesvão desde o trabalho escravo até a discriminaçãodas pessoas que são daliti [tipo de casta] na Índia”, contou outra coordenadora da atividade, Rosa Gonzales.Um dos eixos dediscussão, além da criminalização dosmovimentos sociais, foi o impacto de grandes projetos e a conseqüenteviolação de direitos econômicos, sociais eculturais que eles implicam.A idéia daassembléia é que os movimentos possam se conhecer,trocar experiências e planejar futuros projetos em parceria.“Não é possível um mundo novo, como o Fórumprega, se não forem respeitados os direitos das mulheres,crianças, homossexuais e todos que estão dentro dasociedade”, defendeu Frigo.
Da Agência Brasil
Brasília - O Fórum Econômico Mundial terminou hoje, em Davos na Suíça, com os líderes empresariais e de governospedindo uma ação rápida e coordenada dos países para enfrentar “a mais séria recessão global desde1930”. Os participantes do encontro temem os efeitos sociais da crise, principalmente uma instabilidade política maior nos países, ressurgimento do protecionismo comercial e um revés nas iniciativas em favor da globalização. "O tempo das palavras está terminado. Este é um tempo para implementação e ação. Se voltarmos daqui a seis meses ou um ano e continuarmos falando as mesmas coisas, nós teremos falhado. A agitação social com que teremos delidar será absolutamente dramática”, disse a executiva Maria Ramos, da África do Sul, que foi uma das coordenadoras do Fórum Econômico neste ano.As declarações finais do encontro podem ser consultadas na página oficial do Fórum Econômico Mundial nainternet.Hoje, foi apresentada a Agenda Global para 2009. As cinco principais recomendações foram o apoio aos governos e às instituições do G20 (grupo dos países mais ricos); medidas que levem em conta as mudanças climáticas e os problemas de suprimento de água; maior cooperação internacional contra a crise; valorização de questões éticas nos negócios; e restauração da confiança em relação futuro da economia mundial.Os participantes criticaram algumas decisões que, segundo eles, podem estimular o protecionismo e o fechamento de mercados a produtos e serviços estrangeiros. “Se formos dar uma resposta global à crise, temos de dar a todos os países a capacidade de aumentar seus gastos fiscais”, ponderou Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional, da John F. Kennedy School of Government, da Universidade de e Harvard.As projeções para a economia mundial 2009 são pessimistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um crescimento econômico de apenas 0,5% no mundo, o valor mais baixo desde 1945. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que 50 milhões de trabalhadores podem perder seus empregos neste ano, no caso de agravamento dos problemas.
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recomendado muita cautela nas disputas que estão sendo realizadas para os cargos das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. A informação foi dada hoje pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, após reunião na liderança do seu partido, o PTB."Precaução é a palavra de ordem, e devemos entender que isso é um episódio do Parlamento. O presidente tem recomendado muita cautela, porque a disputa envolve candidatos da base aliada", disse o ministro. Segundo ele, essas disputas não devem atrapalhar a unidade da base aliada, mas será preciso cuidados na forma de conduzir as conversas tanto com os vitoriosos como com os derrotados.Embora, observando que os quatro candidatos que disputam a Presidência da Câmara e os dois que disputam a Presidência do Senado sejam de partidos da base governista, José Múcio afirmou que qualquer resultado eleitoral deixa seqüelas. "É por isso que precisa ter muito cuidado, porque a disputa é dentro da base. Algumas ações precisam ser feitas para que essas coisas não sejam maximizadas".O ministro esteve hoje (1) na Câmara para participar da reunião das lideranças do PTB, na qual o partido conseguiu afastar da disputa pela terceira Secretaria da Mesa da Casa o deputado Pastor Manoel Ferreira (PTB-RJ), que havia se lançado para disputar o cargo com o petista Odair Cunha (MG). Pela regra da proporcionalidade, o cargo deverá ser preenchido por um deputado do PT. O cargo que cabe ao PTB é a quarta Secretaria.O presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, que conduziu as negociações para a retirada da candidatura de Ferreira, disse que ela poderia criar uma crise na disputa pela Presidência da Câmara. Segundo Jefferson, Manoel Ferreira havia condicionado a retirada de sua candidatura à desistência da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) de disputar a quarta Secretaria, cargo que deverá ficar com o PTB. Como Elcione desistiu da disputa, Ferreira também saiu do páreo.O deputado Michel Temer (PMDB-SP), candidato à Presidência da Câmara, pelo bloco formado de 14 partidos, também participou da reunião do PTB, juntamente com outros candidatos a cargos da Mesa Diretora. Ao deixar o encontro, Temer reafirmou sua convicção na vitória amanhã. "Estou animadíssimo. Fechamos 14 partidos e agora esses partidos estão reunindo suas bancadas e reafirmando o apoio."Os 14 partidos somam cerca de 430 deputados. O número é mais do que suficiente para eleger o presidente da Casa. Mas, como a votação é secreta, os outros três candidatos acreditam que a eleição será decidida em segundo turno, porque haverá muita traição dos deputados desses 14 partidos. Temer disse que não acredita na traição dos parlamentares desses partidos. "Sem traições. Traição é uma palavra que não se deve usar aqui. A palavra que se deve usar é fidelidade."
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MC&T), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ) está desenvolvendo o projeto do 1º Centro Tecnológico de Capacitação em Design de Moda do estado. Ele ficará localizado no Centro de Moda e Serviços do Arranjo Produtivo de Confecção de Petrópolis, na região serrana fluminense.O Centro Tecnológico deve começar a operar neste mês. O gerente da área de Desenvolvimento Industrial do Sebrae/RJ, Renato Regazzi, disse que o projeto deve dinamizar o Arranjo Produtivo Local (APL) de Moda de Petrópolis (RJ), trazendo melhorias ao design de moda da região.“Vão ser disponibilizadas dez estações completas, munidas de ‘softwares’ (programas de computador) de vestuário para treinar os empreendedores e seus empregados na utilização dessa moderna técnica de confecção de ‘design’”, salientou Regazzi. O projeto conta com recursos de R$ 500 mil do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) do MC&T, especializado na parte de ‘software’ e computação, dará o suporte necessário ao projeto nessa área. “Automação significa produtividade e alto valor agregado ao produto”, salientou Regazzi.O APL de Moda de Petrópolis reúne 600 confecções de micro e pequeno portes que geram mais de 22 mil empregos diretos na região. São ao todo 1.500 lojas, cujo faturamento mensal atinge cerca de R$ 375 milhões. A expectativa é que o Centro Tecnológico de Capacitação em Design de Moda de Petrópolis beneficie, no primeiro ano de funcionamento, cerca de 150 indústrias integrantes do pólo
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O vice-presidente da República, José Alencar, obteve progresso na evolução do quadro de saúde e deve deixar amanhã (2) a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hosptal Sírio-Libanês, segundo boletim médico, divulgado no início da tarde de hoje (1). “O paciente segue evoluindo bem, alimenta-se por via oral, senta-se e conversa normalmente”, informa a nota.Hoje (1) completa uma semana da cirurgia a que Alencar foi sumetido para retirada de tumores na porção posterior da região abdominal e que durou mais de 17h, terminando apenas na madrugada da última segunda-feira (26). O vice-presidente realiza tratamento contra câncer desde 1997.
Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os metalúrgicos contratados pela montadora de veículos General Mortors em regime por prazo determinado e cujos contratos vencem neste mês de fevereiro vão solicitar à montadora que os matenha empregados. O pedido será apresentado, na próxima quarta-feira (4), às 10h, em reunião de negociação com os representantes da empresa.Esse encaminhamento foi aprovado na manhã de hoje (1º), em assembléia dos trabalhadores, em frentre à sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul (SP). A medida envolve l.633 metalúrgicos em cumprimento de férias remuneradas e que estão com receio de perder o emprego. Mas, na avaliação do presidente do sindicato da categoria, Aparecido Inácio da Silva, existe uma expectativa de acordo porque “já há sinalização de melhoria no mercado [de veículos]”, disse ele, referindo-se não apenas às vendas da montadora mas do setor como um todo.