01/02/2009 - 8h35

Cooperativa de pequenos agricultores expande negócios com R$ 851,3 mi do BNDES

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Cooperativa Mista Agropecuáriade Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) espera ter em atéquatro anos cerca de 3 mil associados. Hoje, ele conta com 2.200 agricultoresfamiliares dedicados à produção e processamento de mandioca. Para aumentar o númerode sócios, a Coopasub aposta na construção de uma central de embalagens,armazenamento e distribuição, além da instalação de sua sede administrativa. Asobras serão feitas com um financiamento de R$ 851,3 mil já aprovado pelo BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).“A gente poderá empacotar a farinhacom a nossa logomarca e terá como organizar a produção dos cooperados”, afirmouà Agência Brasil odiretor-presidente da Coopasub, Izaltiene Rodrigues Gomes.Com o financiamento do BNDES, acooperativa poderá beneficiar 25 toneladas de farinha de madioca por dia,calcula a assessoria de imprensa do BNDES. Com isso, o produto agregará valor,e a Coopasub reduzirá a ação de atravessadores. Os recursos vão ser repassados à entidade na modalidade não-reembolsável, ou seja, a entidade não precisará pagar ao banco.Gomes informou que os 2.200cooperados da Coopasub estão espalhados por 17 municípios situados no sudoestebaiano. “A região é grande produtora de mandioca e a gente precisa organizar acadeia produtiva”.A entidade também conta com oapoio também da Fundação Banco do Brasil. O BB destinou cerca de R$ 3,9 milhõespara a instalação de uma fecularia para produção de goma, ou amido de mandioca,no mesmo local da central de armazenamento.O projeto, explicou o diretor-presidenteda Coopasubl, não visa à geração de emprego nas indústrias. “O objetivo nosso égerar renda para os pequenos produtores e emprego no campo. Com a construção dafecularia e da central empacotadora de farinha, vamos gerar muitos empregosdiretos no campo. E os agricultores poderão trabalhar nas suas própriaspropriedades como cooperados da Coopasub”.De acordo com ele, esse movimentojá é percebido com o retorno de algumas pessoas que estavam em grandes centrosurbanos, como São Paulo, para trabalhar no campo com as famílias na produção demandioca. A idéia é começar a produzir goma de mandioca em um ano e meio,quando a fábrica estiver instalada.A operação está sendo realizadapelo Departamento de Economia Solidária da Área de Inclusão Social do BNDES,por meio acordo de cooperação técnica firmado com o Banco do Brasil, queobjetiva apoiar projetos de produção sustentável em regiões menos favorecidasdo país. O financiamento do BNDES corresponde a 84,1% do investimento total.

 

 

31/01/2009 - 23h28

"ONGs não podem ser o paradigma de outro mundo possível", diz Emir Sader

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O outro mundo possível pode estar além do espaço de debates ediscussões do Fórum Social Mundial (FSM). Ao fim da nona edição, quetermina hoje (1°) em Belém, as primeiras análises sobre a maior reuniãode movimentos sociais do planeta começam a aparecer. O sociólogo Emir Sader avalia com“frustração” o resultado de uma semana de debates sobre alternativas à situação mundial. “Háum certo sentimento de frustração em relação ao que o Fórum poderiadizer o mundo, mas parece que está girando em falso”, apontou. Saderreitera a opinião apresentada antes do início do evento: o Fórumprecisa se renovar. A mudança incluiria mais espaço para osgovernos no FSM. Sader fez duras críticas à presença maciça deorganizações não governamentais (ONGs) no Fórum, em detrimento dosmovimentos sociais. “Onde estão as massas nas ruas mobilizadas pelas ONGs?Quem faz o Fórum são os movimentos populares. Elas [ONGs] têm lugar,mas o protagonismo tem que ser dos movimentos sociais.” Naavaliação de Sader, “as ONGs não podem ser o paradigma de outro mundopossível”. O cientista defende a integração de experiênciasaltermundistas reais ao espaço de debates do Fórum, mesmo que venham degovernos. “O Evo Morales não deveria ter vindo apenas para as reuniões com os presidentes, deveria ter vindoaté aqui, mostrar as experiências que a Bolívia está vivendo como oregime democrático mais legitimado da América Latina”, avaliou. Mais otimista, ojornalista Luis Hernández Navarro, editor do jornal mexicano LaJornada, acredita que a volta do FSM ao Brasil renovou as perspectivasdo encontro, que nos últimos anos dava sinais de esgotamento. “Depois deNairóbi [2007], em que até empresas privadas financiaram o Fórum, acheique o lema Outro Mundo é Possível poderia ser trocado para Outro Turismo é Possível.  Dava a impressão que o modelo de Porto Alegrehavia passado por provas difíceis de superar”, afirmou. Aavaliação de Navarro ao fim de uma semana do Fórum amazônico mudou. “OFórum existe. Não é uma invenção, uma quimera, ou uma construçãomidiática. É um foco importante de irradiação de idéias”. Navarrodefende o FSM como única instância internacional de ativismo. “É aúnica organização multi-setorial com um projeto emergente.” Para ojornalista, a presença de cinco presidentes latino-americanos no Fórumem Belém mostra que a reunião ainda influencia a tomada de decisões políticas. “O Fórum faz sonhar e pode ter muito a dizer, pela capacidade de pensar alternativas para a crise.” Últimodia de programação, hoje o Fórum realiza o chamado Dia das Alianças,com assembléias temáticas que vão debater e tentar sintetizar asdemandas e análises discutidas ao longo da reunião. 

31/01/2009 - 23h20

Tempo é estável na região sul do RS no momento

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As chuvas deram uma trégua e o tempo permanece estável hoje (1º) no Rio Grande do Sul,  informou a Defesa Civil do estado. “"No momento, não há alerta [sobre chuvas ou temporais na região sul do Estado ]”, disse o operador do Centro de Operações da Defesa Civil, João Rodrigues. Dois caminhões foram enviados ontem (31) com produtos de primeira necessidade para as áreas atingidas pelas enxurradas e alagamentos. O município de Capão Leão, um dos principais prejudicados pelas chuvas, recebeu 150 colchões, 150 lençóis, 150 fronhas, 150 travesseiros, 150 cobertores, 150 toalhas de banho, 150 kit limpeza e 56 cestas básicas. Até o momento, o total de pessoas afetadas pela enxurrada é de 76.016, mais de 2.600 permanecem desalojadas e 1.053 desabrigadas na região sul do estado. Por enquanto a Defesa Civil contabiliza 12 mortos.

31/01/2009 - 23h16

Fórum Social termina hoje com uma série de encontros

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Belém - A nona edição do Fórum Social Mundial chega ao fim hoje com um diadedicado às assembléias, chamado de Dia das Alianças. Membros dasociedade civil, entidades e movimentos sociais que defendem algumgrupo ou causa específica da população se reuniram pela manhã paradiscutir as principais demandas surgidas durante as reuniões do Fórum. Foram 22 assembléias com temas específicos como Pan-Amazônia, direitoshumanos, população negra, mulheres, crise financeira e meio ambiente.Ao final da reunião, as diferentes organizações que se encontram,estabelecem parcerias de trabalho e podem traçar pautas comuns.No período da tarde, todos os 100 mil participantes do Fórum se encontram para a “Assembléia das Assembléias”. Sem hora para terminar, o encontroserá no palco da Universidade Federal Rural da Amazônia. Representantes dediferentes movimentos sobem ao palco para fazer uma avaliação sobre ostemas discutidos durante o FSM. Diferente de outros encontros,o Fórum não apresenta uma carta com prioridades ou propostas a seremdesenvolvidas até a próxima edição. Isso porque, segundo osorganizadores, o Fórum  não termina ao final do evento, seus resultadoscontinuam após o encerramento.“Os encontros do Fórum Social Mundial não têm caráter deliberativoenquanto Fórum Social Mundial. Ninguém estará, portanto, autorizado aexprimir, em nome do Fórum, em qualquer de suas edições, posições quepretenderiam ser de todos os seus/suas participantes”, diz a carta deprincípios aprovada em 2001 pelo Conselho Internacional do Fórum. Oclima nas universidades em Belém já é de fim de festa. Os partcipantes doacampamento da juventude começam a se organizar para ir embora após asúltimas atividades do dia.

31/01/2009 - 23h05

Indústria têxtil quer exportar roupas de ginástica para o norte da África

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A indústria têxtil brasileira quer levar mercadorias para o norte da África, com a marca Brasil, por considerar que essa forma de atuaçãoé a mais agressiva na disputa de mercado com produtos da Europa e dosEstados Unidos. Na missão comercial que visitou aLíbia, Argélia, Tunísia e Marrocos na última semana, o setor têxtil esteve representado por um fabricante deroupas para ginástica (fitness). A Bia Brazil, que já exporta 90% desua produção para mais de 30 países e é a quinta noranking de vendas nos Estados Unidos, inicia agora o desafio de chegara países onde praticamente toda a população tem a religião muçulmana eainda não despertou para a cultura do corpo.A proprietária da marca, Beatriz Wilhelm Dockhorn, diz ter consciênciada dificuldade de vender calças, shorts e tops que modelam a silhuetafeminina em países em que as mulheres são obrigadas a usar roupaslongas e largas e lenços na cabeça. No entanto, ela voltou otimista como resultado dos contatos feitos nos quatro países visitados.“Não hágrandes academias de ginástica nesses quatro países, com exceção dacidade de Casablanca, no Marrocos. Isso não significa que as pessoasnão façam exercícios físicos. Mesmo na Líbia, onde a resistência émaior, existem salas de ginástica e lá as mulheres praticam aulas emhorários e dias específicos, só para elas, e, claro, tiram aquelasroupas pesadas e usam malhas ou lycra", diz Beatriz. "Na Argélia, a situação ésemelhante, mas na Tunísia e no Marrocos temos grandes chances devender roupas de fitness. O importante é conhecer e respeitar a culturade cada país”, contou.Fernando Pimentel, daAssociação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que também acompanhou amissão, enfatizou que a demanda não só pela marca Brasil como portecidos, malhas e fios já foi identificada. Agora, assinala, o setor tem queavançar para conquistar o mercado, hoje dominado pela União Européia eEstados Unidos.“As negociações do Brasil com outros países estãorestritas ao Mercosul e à comunidade andina, o que faz com que nossosprodutos sejam taxados nos Estados Unidos e na Europa. Mas estamos comuma consulta aberta no Mercosul para que o Brasil possa fazer um acordode preferência tarifária com o Marrocos, o que nos deixamais otimistas na conquista pelo mercado da África como um todo”,explicou.No ano passado, a indústria têxtil do Brasil exportoucerca de US$ 40 milhões para a África. Isso, segundo Pimentel, significaapenas 0,5% do conjunto de importações do Continente Africano, que tem53 países e uma população de 800 milhões de pessoas. “Em 2008, asimportações do setor têxtil da África giraram em torno de US$ 19bilhões e os maiores parceiros são a China e os Estados Unidos”.

31/01/2009 - 20h09

Tarso confirma que Funasa deixará de dar assistência à saúde dos índios

Amanda Mota
Enviada Especial
Belém (PA) - O ministro da Justiça,Tarso Genro, reiterou neste sábado (31) que o controle da saúde indígena deixaráde ser de responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e passarápara outra área do Ministério da Saúde. De acordo com ele, a transferência deveocorre até junho deste ano.

"Para que essa transferênciase efetive, temos que esperar a votação de uma lei no Congresso, mas aestimativa é que ainda no primeiro semestre possamos resolver isso. Para tanto,vamos nos esforçar porque é um desejo do governo federal e uma determinação dopresidente Lula", disse o ministro, em entrevista à Agência Brasil.

O ministro deu a informação apósuma reunião com representantes dos povos indígenas, durante o Fórum SocialMundial (FMS), na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), em Belém..

Ao comentar a declaração doministro, o líder da nação indígena Kayapó no Pará, Akiaboro Kayapó, destacouque a mudança prometida é um desejo dos índios. "A Funasa não dá mais. O quea gente quer é melhorar a saúde do nosso povo. Com quem vai ficar não importa.O que importa é garantir que o recurso chegue aos índios e de formafacilitada".

 Durante o encontro com o ministro,os índios falaram sobre outros assuntos, como a demarcação da reserva RaposaSerra do Sol, em Roraima, e o massacre aos indígenas. Tarso se comprometeu a encaminhartais temas como garantia dos direitos indígenas. Akiaboro Kayapó também reafirmoua posição contrária dos indígenas à Hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu.

"Não queremos a Hidrelétricade Belo Monte, no Xingu, porque vai contaminar os peixes, xpulsar os bichos queestão lá e trazer um monte de outros problemas, como o alagamento de roçasribeirinhas aos rios e aldeias dos índios. Estamos preocupados com isso também",acrescentou.

 

31/01/2009 - 19h42

Metalúrgicos da GM discutem proposta para manutenção dos empregos

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Mais de l.600 empregados da montadora General Motors foram chamados a comparecer amanhã, às 10h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, para participar da elaboração de uma proposta em favor de manutenção de emprego. Para avisar a categoria sobre a assembléia, a entidade, vinculada à Força Sindical, enviou telegramas a l.633 metalúrgicos, que estão em férias remuneradas e têm regime de contrato determinado.O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, informou que a maioria deles têm contratos vencendo agora em fevereiro. “Dependendo do caso, o empregado pode negociar a prorrogação, mas isso se já não tiver tido antes uma renovação”, explicou o líder sindical. Como as atividades no setor vêm diminuindo, Silva avalia ser importante a presença dos trabalhadores na assembléia para que possam discutir uma proposta a ser encaminhada à montadora. No entanto, ele evitou adiantar que tipo de sugestão pretende pôr em votação, limitando-se a dizer que a proposta saíra da reunião.Em recentes acordos firmados com a intermediação de outra entidade ligada à Força Sindical, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, ficou estabelecido que mais de cinco mil metalúrgicos do setor automotivo terão perdas salariais, com redução da jornada de trabalho, em troca de permanência no emprego.O Ministério Público do Trabalho teme que tais acordos estejam descumprindo a legislação. Por isso, marcou audiência para segunda-feira, às 14h, a fim de analisar o acordo feito pela Valeo Sistema Automotivo Ltda com seus empregados.Em nota publicada pelo Ministério Público, nos últimos dias 28 e 29, a procuradora-chefe da instituição, Oksana Maria Dziura Boldo, informal que metalúrgicos de São Paulo e de Mogi das Cruzes relataram estar havendo “pressão dos empregadores sobre os trabalhadores”. A nota, porém, não cita nomes e nem revela se os problemas estão ocorrendo de forma generalizada no setor ou em determina empresa. Ainda segundo o comunicado, os metalúrgicos apresentaram documentos com estudos preparados com a ajuda de técnicos e economistas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o ajuste da jornada de trabalho, salário e estabilidade “pelo período em que a situação econômica emergencial das empresas estiver afetada”.

31/01/2009 - 19h23

STF deve confirmar status de refugiado político ao italiano Battisti, diz especialista

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF0 deve acompanhar a decisão do Ministério da Justiça de conceder refúgio político ao ex-ativista de esquerda e escritor italiano Cesare Battisti. A opinião é da professora de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, Denilde Oliveira Holzhacker.“Há uma norma interna de que o Judiciário brasileiro acata as decisões tomadas pelo Ministério da Justiça sobre asilo. Espera-se que o STF tome uma decisão favorável ao Battisti”, disse hoje (31) em entrevista à Rádio Nacional.Caso isso ocorra, a professora disse que as relações entre o Brasil e a Itália podem ficar mais complicadas, embora isso não tenha grandes conseqüências. “Vai gerar um certo mal-estar e até ampliar a crise diplomática, mas não acredito que vá abalar profundamente”, disse. “O governo brasileiro tem tentato, diplomaticamente, amenizar o problema com a Itália.”O STF concedeu, na última quinta-feira (29) cinco dias para que o governo italiano se manifeste sobre o processo de extradição de Battisti. Ele está preso numa penitenciária em Brasília. Um pedido de libertação foi feito no dia 14, depois que ele recebeu do governo brasileiro a condição de refugiado político.

31/01/2009 - 18h03

Moradores da periferia de Belém protestam contra falta de acesso ao FSM

Juliana Cézar Nunes*
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Belém (PA) - Palco de manifestaçõescontra as desigualdades sociais e econômicas, o FórumSocial Mundial (FSM) foi alvo hoje (31) de um protesto de moradoresda periferia de Belém. Eles reclamaram que o ingresso de R$ 30excluiu a comunidade do bairro Terra Firme do megaevento, quecomeçou na última terça-feira (27) e terminaamanhã (2).O bairro Terra Firmefica próximo ao campus da Universidade Federal Rural daAmazônia (Ufra), um dos locais onde o FSM está sendorealizado. Há dois dias, contou o líder comunitárioFrancisco Batista, moradores da lugar foram impedidos de entrar naUfra para ver um show porque não tinham dinheiro para pagar oingresso.A comunidade do TerraFirme não gostou de ter sido barrada no FSM. Ontem, FranciscoBatista aproveitou a realização do Tribunal Popular quepediu a descriminalização da pobreza para convocar uma caminhada até o bairro, durantea qual houve um protesto contra a falta de acesso dos moradores do local ao megaevento. “É bom eles[os participantes do FSM] irem até o bairro paraconhecer a realidade”, disse Francisco Batista, durante a passeata,que reuniu cerca de cem pessoas. Moradores do bairro tambémdisseram que foram feitas obras de “fachada” para melhorar oaspecto da localidade durante o megavento.Antes de aderir aoprotesto em solidariedade aos moradores do bairro Terra Firme, osdefensores da descriminalização da pobreza condenaram,no Tribunal Popular, o Estado, a mídia e a sociedade como umtodo porque, segundo eles, apóiam a criminalizaçãodos pobres.

31/01/2009 - 17h50

Às vésperas da eleição para presidência do Senado, Sarney evita falar em "traições"

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Traição é uma palavra que o candidato peemedebista à presidência do Senado, José Sarney (AP), evita a todo custo a dois dias das eleições. Perguntado hoje (31) sobre a possibilidade de perder votos que conta como seguros para sua eleição na segunda-feira (2), ele disse que “a palavra traição não existe dentro do Congresso”.Segundo Sarney, os senadores que votarão na segunda-feira já estão com a consciência formada e sabem a decisão que vão tomar. Acrescentou que não é “um simples telefonema” que vai modificar a posição já tomada pelos parlamentares.O senador afirmou que a formação da Mesa Diretora, por si, é suprapartidária. Sarney disse ainda que, uma vez eleito, será presidente de toda a Casa. Por isso, argumentou, o que existe é a escolha feita por uma Casa, e não traição a um candidato.O parlamentar disse que conta com “uma grande e folgada vitória” na segunda-feira. “Não estou de maneira nenhuma preocupado. Tenho certeza que essa convocação que me foi feita pelos meus colegas de Senado, pelos partidos, especialmente pelo meu, certamente me assegurará uma grande e folgada vitória”.Sarney não quis, entretanto, comentar os votos que teria hoje para se eleger a presidente do Senado. Perguntado se a decisão do PSDB de apoiar a candidatura de Tião Viana (PT-AP) teria alterado a sua contabilidade de votos, ele afirmou que os tucanos fazem falta a seu grupo de apoio por causa dos nomes de expressão da legenda.“Seria muito bom que ele (PSDB) estivesse junto conosco neste trabalho que pretendemos fazer de renovação, de reerguer o Senado”, ressaltou o candidato do PMDB. Passada a eleição, e caso venha ser reconduzido pela terceira à presidência da Casa, Sarney espera contar com o apoio de todos os partidos e senadores para dar andamento aos trabalhos legislativos.

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